quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

ORAÇÃO DOMINICAL - Caibar Schutel



. De todas as preces, é esta a que os Espíritos consideram como símbolo dentre todas as preces. É o mais perfeito modelo de concisão verdadeira obra prima de sublimidade em sua singeleza.

       I – PAI NOSSO QUE ESTAIS NOS CÉUS, SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME!
Acreditamos em Vós, Senhor, porque tudo revela o Vosso poder e a Vossa bondade. A harmonia do Universo testemunha uma sabedoria, uma prudência e uma previdência que excedem a todas as faculdades humanas; o nome de um Ser soberanamente grande e sábio está inscrito em todas as obras da criação, desde o mais insignificante arbusto e o mais diminuto inseto, até nos astros que se movem no espaço; por toda a parte vemos a prova de uma solicitude paterna; cego é aquele que Vos não reconhece em Vossas obras, orgulhoso aquele que Vos não glorifica e ingrato o que Vos não presta ação de graça.

II – VENHA A NÓS O VOSSO REINO!
Que o reino de paz e de Caridade, instituído pelo Vosso Amado Filho Jesus Cristo, se torne conhecido e obedecido por todos, para que cessem as maldades deste mundo. Que a inteligência e a razão humana se esclareçam à luz das divinas verdades, de que são portadores os Vossos Santos Espíritos, para que a incredulidade desapareça da Terra e todos possam reconhecer a Vós como único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo o Mestre soberano que Vós enviastes.
 
III- SEJA FEITA A VOSSA VONTADE ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU!
Ajudai-nos a observar as Vossas leis e a submeter-nos, sem murmurar, aos decretos divinos, porque Vós sois a fonte da sabedoria e do amor e nós, criaturas inferiores, devemos satisfazer a Vossa vontade.

IV – O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE!
Dai-nos o alimento material para entreter as foças do corpo e o alimento espiritual para o desenvolvimento de nosso espírito. Dai-nos amor ao trabalho: ao trabalho material e ao trabalho espiritual, para não ficarmos estacionários na Estrada da Vida e para que possamos auxiliar aos necessitados com as nossas dádivas. Dai-nos, pois, Senhor, o pão nosso de cada dia, isto é, os meios de adquirimos pelo trabalho as coisas necessárias à vida do corpo e à vida do Espírito.

V- PERDOAI AS NOSSAS DÍVIDAS, ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS AOS NOSSOS 
DEVEDORES. PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS, ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS AOS NOSSOS OFENSORES!
Senhor, da Caridade fizestes uma lei expressa para nós e fora dessa lei não poderíamos reclamar a Vossa indulgência. Se nós mesmos recusamos o perdão àqueles de quem nos queixamos, com que direito reclamaríamos para nós o perdão das muitas faltas que contra Vós temos cometido? Se vos aprouver retirar-nos hoje mesmo deste mundo, permiti que possamos nos apresentar perante Vós, puros de toda a animosidade a exemplo do Cristo cujas derradeiras palavras foram de indulgências pelos seus algozes.

VI – NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO, MAS LIVRAI-NO DO MAL!
Dai-nos forças para resistirmos às sugestões dos maus espíritos que, tentando desviar-nos do caminho do bem, nos inspiram pensamentos maléficos,
Sustentai-nos e inspirai-nos pela voz dos Anjos Guardiões e dos bons Espíritos, a vontade de corrigirmos as nossas imperfeições a fim de fecharmos a alma ao acesso dos espíritos impuros.

VII – ASSIM SEJA!
Assim seja; praza a Vós, Senhor, que os nossos desejos se realizam; todavia nos inclinamos diante da Vossa infinita sabedoria.

Extraido do livro PRECES ESPÍRITAS - Caibar Schutel

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

O QUE FAZ UM MÉDIUM FRACASSAR



De “O Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec, retiramos as dez seguintes causas que levam um médium ao fracasso; são elas: falta de análise das comunicações, leviandade, indiferença, presunção, orgulho, suscetibilidade, exploração, egoísmo, inveja e elogios.

A falta de rigorosa análise das comunicações dá margem a que espíritos mistificadores, através de ditados extravagantes, desviem o médium e esterilizem sua mediunidade, que nada mais produzirá de útil.

A leviandade é própria dos médiuns que não tomam sério sua mediunidade e a utilizam para futilidades. Os médiuns levianos vivem constantemente rodeados de espíritos brincalhões e zombeteiros, dos quais nada de bom se pode esperar.

A indiferença caracteriza os médiuns que não procuram melhorar seu procedimento e não tiram proveito dos conselhos que os espíritos protetores lhes dão. Os médiuns indiferentes acabem sendo abandonados por seu protetor, porque os espíritos de boa vontade só auxiliam médiuns que trabalham ativamente para sua própria reforma moral.

A presunção é o traço distintivo dos médiuns que julgam que só recebem comunicações de espíritos elevados por isso, acreditam-se infalíveis. Os médiuns presunçosos arriscam-se a serem facilmente mistificados.

O orgulho: os médiuns orgulhosos pensam valer mais do que seus companheiros e que nada mais precisam aprender. Duras lições os reconduzirão à humildade da qual se afastaram.

A suscetibilidade demonstra que o médium possui excessivo amor-próprio.

Lembremo-nos de o amor-próprio é causador de inúmeras quedas. Os médiuns suscetíveis melindram-se quando as comunicações são analisadas, ressente-se por qualquer motivo e se esquecem de praticar a sublime virtude que se chama Tolerância.

A exploração da mediunidade traz gravíssimo fracasso. O Espiritismo veio para destruir o egoísmo e não para reforça-lo; por isso o médium que usa sua mediunidade para explorar seus irmãos desvirtua sua nobre finalidade.

Os médiuns egoístas são aqueles que usam sua mediunidade somente em proveito próprio, esquecidos de servir ao próximo. É claro que os espíritos do bem evitam estes médiuns, os quais passarão a ser assistidos por espíritos ignorantes.

A inveja é o defeito dos médiuns que ficam despeitados, quando outros médiuns produzem mais e melhor do que eles. Não há motivos para invejar ninguém; quem quiser ser alvo das atenções dos espíritos elevados que se esforce por merecê-las pela prática do bem e por um comportamento exemplar.

Um médium nunca dará ouvido a elogios, venham eles de onde vierem. O elogio desperta nosso amor- próprio e alimenta nosso orgulho. É conveniente sabermos que os homens e os espíritos verdadeiramente superiores dificilmente elogiam e, quando o fazem, é com palavras de estímulo que nos revelam o muito que ainda nos falta trabalhar para concluirmos o que nos propusemos realizar.
Como vemos, as causas do fracasso residem dentro do próprio médium; por isso é necessário à máxima vigilância para não deixarmos que elas produzam seus maléficos efeitos.

Livro A Mediunidade sem Lágrimas - Eliseu Rigonatto

domingo, 19 de janeiro de 2020

A PORTA ESTREITA



Quão pequena é a porta da vida! Quão apertado o caminho que a ela conduz!

A porta estreita de que falam Mateus e Lucas é uma alegoria interessante para quando pensamos sobre o futuro que nos espera.

O amanhã é uma questão instigante para todos nós, pois é incerto e completamente envolto em mistério. Ninguém tem a menor ideia do que será.

É bem verdade que quase todos vivemos sem nos preocupar muito com o futuro, acreditando que tudo será perfeito, que teremos um lugar seguro para aportar, enquanto alguns, por só pensar no futuro, deixam de viver no presente.

Quase não nos damos conta de que o amanhã será consequência do hoje, assim como o hoje é resultado do que vivemos até então.

Por que Jesus disse que a porta é estreita? Esse filtro faz parte de algum pacote que assinamos para assistir e viver as delícias do Planeta Terra?

Por que passar por essa abertura apertada se o Universo é ilimitado?

Para onde vamos afinal?

Por tudo que li, vi, ouvi e percebi não iremos a lugar específico nenhum. Creio que a alegoria da porta estreita é uma referência a como devemos caminhar na vida, subindo degraus continuamente ad infinitum em direção à perfeição.

Nessa passagem precisamos estar sozinhos – sim, na porta estreita não passam dois – porque o desenvolvimento do ser é feito com o aprimoramento das atitudes, consequentemente do caráter, e isto ninguém pode fazer por nós.

Avançamos sozinhos, entretanto crescendo por meio do convívio com a família e com a sociedade que nos cerca e que nos espelham a nossa íntima realidade.

O recado do Mestre é para que continuamente caminhemos livres das tormentas do narcisismo e do orgulho que nos inflam o ego e das quimeras que engrossam nossas mentes com cargas emocionais que não podemos carregar para sempre sobre nossos ombros. Assim acrescidos, inflados, não poderemos passar por porta nenhuma.

A dica é para aprendermos a caminhar leves, despojados de falsas autoimagens e sentimentos nocivos e predatórios que não nos acrescentam - na realidade - em nada, apenas nos sobrecarregam e tornam nossa caminhada mais lenta, árdua e sofrida como um corredor polonês.

Para seguir em frente pleno de alegria e contentamento o caminho parece ser o da simplicidade eletiva, fazendo sempre aos outros aquilo que gostaríamos que fizessem conosco.

Adilson Maestri

QUALIDADES DE UM BOM MÉDIUM



Rigorosamente falando, os bons médiuns são raros.

A maioria, geralmente, apresenta um ou outro defeito que lhes diminui a qualidade de bons. O defeito, por pequeno que seja, é sempre de origem moral. Entretanto, o médium que reunir as cinco virtudes seguintes pode ser qualificado de bom: 


SERENIDADE, MODÉSTIA, DEVOTAMENTO, ABNEGAÇÃO e DESINTERESSE.


A serenidade é a virtude que um médium possui de utilizar sua mediunidade para fins verdadeiramente úteis, exercendo-a como um nobre sacerdócio.

A modéstia é a virtude pela qual um médium reconhece que é um simples instrumento da vontade do Senhor e, por isso, não se envaidece nem se orgulha de sua mediunidade.

Não faz alarde das comunicações que recebe, porque sabe que foi apenas um simples intermediário. Não se julga ao abrigo das mistificações e, quando é mistificado, compreende que isso aconteceu em virtude das falhas de seu caráter ou devido a algum erro de sua conduta: procura, então, corrigir-se para afastar de si os espíritos mistificadores.

O devotamento é a virtude pela qual um médium se dedica ardentemente ao beneficio de seus irmãos que sofrem. O médium devotado considera-se um servo do Senhor e, por isso, não despreza nenhuma oportunidade de servi-lo, auxiliando a todos quantos necessitam dos cuidados dos espíritos de Deus.
A abnegação é a virtude pela qual um médium leva seu devotamento até ao sacrifício. O médium abnegado não hesita em renunciar a seus prazeres, a seus hábitos, a seus gostos, quando se trata de prestar socorros mediúnicos a quem quer que seja.

O desinteresse é a virtude pela qual um médium dá de graça o que de graça recebeu. O médium desinteressado nem mesmo esperará um agradecimento dos homens. Eis expostas às cinco virtudes que devemos cultivar, se quisermos merecer o qualificativo de bons médiuns.

Livro A Mediunidade sem Lágrimas - Eliseu Rigonatti

sábado, 18 de janeiro de 2020

O PROTETOR DO MÉDIUM



Logo que iniciamos nosso desenvolvimento mediúnico, é nos designado um espírito protetor, o qual trabalhará conosco no desempenho de nossas funções mediúnicas, proteger-nos-á das investidas dos espíritos malévolos e nos orientará para que nossa mediunidade produza resultados benéficos.

Cada médium tem o seu protetor, que é um espírito esclarecido e possuidor da experiência que este gênero de trabalho requer. Às vezes, é um nosso parente ou amigo; e pode ser também um espírito que não conheçamos, mas, ao qual estamos ligados por laços de afeto e simpatia, desde épocas remotas. O grau de adiantamento de seu protegido: quanto mais adiantado for o médium tanto mais elevado será seu protetor. Os nossos trabalhos mediúnicos são realizados com sua presença; sempre que precisamos dele para tributarmos a alguém os benefícios de nossa mediunidade, chamaremos por meio de uma prece fervorosa e imediatamente o teremos ao nosso lado, cooperando conosco.

É comum acontecer que o espírito protetor tenha de se retirar, ou porque chegou sua vez de reencarnar, ou porque irá executar tarefas em outros planos do Universo; nesse caso será substituído por um espírito de mesma categoria.

Tomemos nota de um ponto muito importante: o protetor de um médium não lhe poderá dar bens materiais; não lhe dará conselhos ou indicações para tratar de negócios; não o livrará de suas provas ou expiações; nem lhe satisfará caprichos ou mesquinhas ambições. As obrigações de um espírito protetor junto de um médium são todas de ordem puramente espiritual e é nesse sentido que devemos compreender sua proteção. Peçamos-lhe que nos auxilie a obter a riqueza da espiritualidade, certos de que, quanto mais espiritualizados estivermos, tanto menos necessitaremos das coisas da Terra.

Livro A Mediunidade sem Lágrimas - Eliseu Rigonatti

HIGIENE FÍSICA E MENTAL



Não julguemos que a mediunidade nos torna diferentes das outras pessoas ou que, porque somos médiuns, devamos viver uma vida especial e privarmo-nos das coisas boas que a existência nos oferece. A par do exercício de nosso medianato, temos também nossas obrigações para com a sociedade, para com nossa família e para conosco.

Precisamos, por conseguinte, satisfazer aos compromissos que a nossa situação de encarnados nos impõe. A nossa perfeição espiritual resultará do bom desempenho de nossas tarefas materiais e espirituais. Para o completo êxito de nossos trabalhos mediúnicos é mister que mantenhamos uma higiene física e mental. Um médium deverá ser saudável de corpo e de espírito; portanto, é necessário tratar dos dois: do corpo, porque é um instrumento de trabalho e somente um mau operário não cuida de suas ferramentas; e do espírito, porque é a nossa parte divina e imortal.

Cultivemos bons pensamentos. Os bons pensamentos trazem as boas palavras e presidem aos bons atos.

Sejamos amigos do estudo e da boa leitura, da leitura sadia e construtora dos elevados caracteres. Felizmente a literatura espírita já nos oferece ótimos livros cujos ensinamentos desenvolvem nossas virtudes e aumentam nossa cultura.

Livro A Mediunidade sem Lágrimas - Eliseu Rigonatti