terça-feira, 29 de novembro de 2016

JESUS NO LAR



Para a generalidade dos estudiosos, o Cristo permanece tão somente na História, modificando o curso dos acontecimentos políticos do mundo; para a maioria dos teólogos, é simples objeto de estudo, nas letras sagadas, imprimindo novo rumo às interpretações da fé; para os filósofos, é o centro de polêmicas infindáveis e, para a multidão dos crentes inertes, é o benfeitor providencial nas crises inquietantes da vida comum.

Todavia , quando o homem percebe a grandeza da Boa Nova, compreende que o Mestre não é apenas o reformador da civilização, o legislador da crença, o condutor do raciocínio ou o doador de facilidades terrestres, mas também, acima de tudo, o renovador da vida de cada um.

Atingindo esse ápice do entendimento, a criatura ama o templo que lhe orienta o modo de ser, contudo, não se restringe às reuniões convencionais para as manifestações adorativas, e sim traz o Amigo celeste ao santuário familiar, onde Jesus, então, passa a controlar as paixões, a corrigir as maneiras e a inspirar as palavras habilitando o aprendiz a traduzir-lhe os ensinamentos eternos através de ações vivas, com as quais espera o Senhor estender o divino reinado da paz e do amor sobre a Terra.

Quando o Evangelho penetra o lar, o coração abre mais facilmente a porta ao Mestre Divino.
...
Hoje, que quase vinte séculos são já decorridos sobre as primícias da Boa Nova, o domicílio de Simão se transformou no mundo inteiro...

Jesus continua falando aos companheiros de todas as latitudes. Que a sua voz incisiva e doce possa gravar no livro de nossa alma a lição renovadora de que carecemos à frente do porvir, convertendo-nos em semeadores ativos de seu infinito amor, é a felicidade maior a que poderemos aspirar.

Emmanuel
Prefácio do livro Jesus no Lar de pelo espírito de Neio Lúcio – psicografado por Chico Xavier

domingo, 27 de novembro de 2016

A PASSAGEM DO PROF. CHARLES RICHET ( prêmio Nobel de Fisiologia)




A PASSAGEM DE RICHET

O Senhor tomou lugar no tribunal da sua justiça e, examinando os documentos que se referiam às atividades das personalidades eminentes sobre a Terra, chamou o Anjo da Morte, exclamando:

- Nos meados do século findo partiram daqui diversos servidores da Ciência que prometeram trabalhar em meu nome, no orbe terráqueo levantando a moral dos homens e suavizando-lhes as lutas. Alguns já regressaram, enobrecidos nas ações dignificadoras, desse mundo longínquo. Outros, porém, desviaram-se dos seus deveres e outros ainda lá permanecem, no turbilhão das dúvidas e das descrenças, laborando no estudo.

- Lembras-te daquele que era aqui um inquieto investigador, com as suas análises incessantes, e que se comprometeu a servir os ideais da Imortalidade, adquirindo a fé que sempre lhe faltou?

- Senhor alude a Charles Richet, reencarnado em Paris, em 1850, e que escolheu uma notabilidade da medicina para lhe servir de pai?

- Justamente. Pelas notícias dos meus emissários, apesar da sua sinceridade e da sua nobreza, Richet não conseguiu adquirir os elementos de religiosidade que fora buscar em favor do seu próximo. Tens conhecimento dos favores que o Céu lhe tem adjudicado no transcurso da sua existência?

- Tenho Senhor. Todos os vossos mensageiros lhe cercaram a inteligência e a honestidade com o halo da vossa sabedoria. Desde os primórdios das suas lutas na Terra, os gênios da imensidade o rodeiam com o sopro divino de Tuas inspirações. Dessa assistência constante lhe nasceram os poderes intelectuais, tão cedo revelados no mundo. A sua passagem pelas academias da Terra, que serviu para excitar a potência vibratória da sua mente, em favor da ressureição do seu tesouro de conhecimentos, foi acompanhada pelos vossos emissários com especial carinho. Ainda na mocidade, lecionou na Faculdade de Medicina, obtendo a cadeira de fisiologia. Nesse tempo, já seu nome, com os vossos auxiliares, estava cercado de admiração e respeito. As suas produções granjearam-lhe a veneração e a simpatia dos seus contemporâneos. De 1877 a 1884, publicou estudos notáveis sobre a circulação do sangue, sobre a fisiologia dos músculos e dos nervos, perquirindo os problemas graves do ser, investigando no círculo de todas as atividades humanas, conquistando o seu nome a admiração universal.

-E em matéria de espiritualidade – replicou austeramente o Senhor – que lhe deram os meus emissários e de que forma retribuiu o seu espirito a essas dádivas?

- Nesse particular – exclamou solicito o Anjo – muito lhe foi dado. Quando deixastes cair, mais intensamente, a Vossa luz sobre os mistérios que me envolve, ele foi dos primeiros a receber-lhe os raios fulgurantes. Em Carqueiranne, em Milão e na Ilha Roubaud, muitas claridades o bafejaram junto de eusapia Paladino, quando o seu gênio se entregava a observações positivas; com os seus colegas Lodge, Myer e Sidgwick. De outras vezes, com Delanne intelectuais e materialistas da França, que então representava o cérebro da civilização ocidental.

“Todos os pensadores das vossas graças levaram as sementes da Verdade à sua poderosa organização psíquica, apelando para o seu coração a fim de que ele afirmasse as realidades da sobrevivência; povoando-lhe as noites de severas meditações, com as imagens maravilhosas das Vossas Verdades, porém apenas conseguiram que ele escrevesse o “Tratado de Metapsíquica” e um estudo proveitoso a favor da concórdia humana que lhe valeu a Prêmio Nobel da Paz em 1913.

“Os mestres espirituais não desanimaram nem descansaram nunca em torno da sua individualidade; mas apesar de todos os esforços despendidos, Richet viu, nas expressões fenomenológicas de que foi atento observador, apenas a exteriorização das possiblidades de um sexto sentido nos organismos humanos. Ele que fora o primeiro organizador de um dicionário de fisiologia, não se resignou a ir além das demonstrações histológicas. Dentro da espiritualidade, todos os seus trabalhos de investigador se caracterizam pela dúvida que lhe martiriza a personalidade. Nunca pôde Senhor, encarar as verdades imortalista, senão como hipóteses, mas o seu coração é generoso e sincero. Ultimamente, nas reflexões da velhice, o grande lutador se veio inclinando para a fé, até hoje inacessível ao seu entendimento de estudioso. Os vossos mensageiros conseguiram inspirar-lhe um trabalho profundo, que apareceu no planeta como “A Grande Esperança” e, nestes últimos dias, a sua formosa inteligência realizou para o mundo uma mensagem entusiástica em prol dos estudos espiritualistas.”.

- Pois bem – exclamou o Senhor – Richet terá de voltar agora a penates. Traze de novo aqui a sua individualidade para as necessárias interpenetrações.

- Senhor, assim tão depressa? – retornou o Anjo, advogando a causa do grande cientista – O mundo vê em Richet um dos seus gênios mais poderosos, guardando nele sua esperança. Não conviria protelar a sua permanência na Terra, a fim de que ele vos servisse, servindo à Humanidade?

- Não – disse o Senhor tristemente – Se, após oitenta e cinco anos de existência sobre a face da Terra, não pôde reconhecer, com a sua consciência, a certeza da imortalidade, é desnecessária a continuação de sua estada nesse mundo. Como recompensa aos seus esforços honestos em benefício dos seus irmãos em humanidade, quero dar-lhe agora, como o poder do meu amor, a centelha da crença, que a ciência planetária jamais lhe concedeu nos seus labores ingratos e frios.


No leito de morte, Richet tem as pálpebras cerradas e o corpo na posição derradeira, em caminho da 
sepultura. Seu espírito inquieto de investigador não dormiu o grande sono.

Há ali, cercando-lhe os despojos, uma multidão de fantasmas.

Gabriel Delanne estende-lhe os braços de amigo, Denis e Flammarion o contemplam com bondade e carinho. Personalidades eminentes da França antiga, velhos colaboradores da “Revista dos Dois Mundos” cooperadores devotados dos “Anais das Ciências Psíquicas” ali estavam para abraçarem o mestre, no limiar do seu túmulo.

Richet abre os olhos para as realidades espirituais que lhe eram desconhecidas. Parece-lhe haver retrocedido às materializações da Vila Carmem; mas, ao seu lado, repousam os seus despojos, cheios de detalhes anatômicos. O eminente fisiologista reconhece-se no mundo dos verdadeiros vivos. Suas percepções estão intensificadas, sua personalidade é a mesma e, no momento em que volve a atenção para a atitude carinhosa dos que o rodeiam, ouve uma voz suave e profunda falando do infinito.

- Richet – exclama o Senhor no tribunal da sua misericórdia, por que não afirmaste a Imortalidade, e por que desconheceste o meu nome no seu apostolado de missionário da ciência e do labor? Abri todas as portas de ouro, que te poderia reservar sobre o mundo. Perquiriste todos os livros. Aprendeste e ensinaste, fundaste sistemas novos do pensamento, à base das dúvidas dissolventes. Oitenta e cinco anos se passaram, esperando eu que a tua honestidade me reconhecesse, sem que a fé desabrochasse em teu coração... 

Todavia, decifraste, com o teu esforço abençoado, muitos enigmas dolorosos da ciência do mundo e todos os teus dias representaram uma sede grandiosa de conhecimentos... Mas, eis, meu filho, onde a tua razão positiva é inferior à revelação divina da fé. Experimentastes as torturas da morte com todos os teus livros e diante dela desapareceram os teus compêndios, ricos de experimentações no campo das filosofias e das ciências. E agora, premiando os teus labores, eu te concedo os tesouros da fé que te faltou na dolorosa estrada do mundo!

Sobre o peito do abnegado apóstolo desce do Céu um punhal de luz opalina como um venábulo maravilhoso de luar indescritível.

Richet sente o coração tocado de luminosidade infinita e misericordiosa, que as ciências nunca lhe haviam dado. Seus olhos são duas fontes abundantes de lágrimas de reconhecimento ao Senhor. Seus lábios como se voltassem a serem os lábios de um menino, recitam o “Pai Nosso que estais no Céu...”.

Formas luminosas e aéreas arrebatam-no pela estrada de éter da eternidade e, entre prantos de gratidão e de alegria, o apóstolo da ciência caminhou da grande esperança para a certeza divina da Imortalidade.
Humberto de Campos (Espírito)
(Recebida em Pedro Leopoldo a 21 de janeiro de 1936, por Francisco Cândido Xavier).

O LIVRO:

“A GRANDE ESPERANÇA” É APRESENTADA AOS ESTUDIOSOS DOS PROBLEMAS DA SOBREVIVÊNCIA DA ALMA, CHAMADO À RAZÃO PELA CONSTATAÇÃO POSITIVAS DOS CHAMADOS FATOS NÃO HABITUAIS.

É UM CANTO DE GLÓRIA PARA OS VITORIOSOS MERGULHADORES DO INFINITO, CONCLAMANDO AS CRIATURAS PARA O GRANDE BANQUETE DA FRATERNIDADE E DA PAZ, SOB AS LUZES AMIGAS DA PALAVRA DO CRISTO.

“A GRANDE ESPRANÇA”DO PROF. CHARLES RICHET, É COM CERTEZA MAIS UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A DIVULGAÇÃO DOS FATOS PARANORMAIS.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

REENCARNAÇÃO - Richard Simonett

1 – O tema reencarnação é sempre evocado quando se fala em Espiritismo. Trata-se de um dogma espírita?
A reencarnação não é simples princípio espírita e muito menos um dogma religioso. Trata-se de uma lei divina que envolve a evolução dos Espíritos. O Espiritismo apenas a enuncia.

2 – Seria, então, um tema de caráter científico?
Sem dúvida. Mais cedo ou mais tarde a Ciência comprovará que retornamos à carne muitas vezes, no desdobramento de experiências necessárias à nossa evolução.

3 – Se a reencarnação é uma lei divina, por que não foi adotada pelas religiões?
Isso não é novidade. Princípios bem mais palpáveis, sob o ponto de vista científico, como os movimentos de rotação e translação da Terra foram rejeitados pela religião durante séculos. Galileu Galilei, que acumulou provas matemáticas desses movimentos, teve que desdizer-se para não ser conduzido à fogueira, porquanto os teólogos insistiam na tese inconsistente de que a Terra era imóvel e o centro do Universo.

4 – Qual a finalidade da reencarnação?
Promover nossa evolução. No estágio primário de evolução em que nos encontramos, necessitamos das limitações impostas pela carne, que agitam nossa alma ao mesmo tempo em que nos habituam às disciplinas do trabalho. A simbologia bíblica – ganhar o pão de cada dia com o suor do rosto – nos dá uma idéia a respeito do assunto.

5 – Se a reencarnação é uma lei divina, é possível comprovar sua existência com os recursos da ciência?
Como não podemos levar a alma para o laboratório, submetendo-a a testes variados, devemos buscar essa comprovação nas experiências de vida, envolvendo crianças que recordam existências passadas, regressão de memória por hipnose ou técnicas de relaxamento, crianças dotadas, marcas de nascença… No somatório, fatos dessa natureza falam bem alto sobre a realidade da reencarnação.

6 – Nota-se que quem não está familiarizado com a reencarnação tem dificuldade para conceber que possa ter sido outra pessoa. Como explica-la de forma objetiva e clara?
Imaginemos um ator desempenhando sucessivos papéis – homem, mulher, velho, criança, europeu, asiático, branco, negro, são, doente… Mudará de trajes e de aparência, mas será sempre ele mesmo, transvestido. Assim é o Espírito, que assume sucessivas personalidades, mas é sempre a mesma individualidade.

7 – A questão crucial é o esquecimento. Por que não lembramos conscientemente das existências pregressas se somos sempre a mesma individualidade?
O esquecimento funciona em nosso benefício, por inúmeras razões. A principal é que se lembrássemos haveria um sobreposição de experiências que nos perturbaria. Há pessoas que vão parar em hospitais psiquiátricos por lembrarem da existência passada, embaralhando duas personalidades em sua cabeça. Imaginemos se isso ocorresse em relação a incontáveis personalidades de vidas anteriores…

8 – De que valem as experiências reencarnatórias, se não guardamos lembrança delas?
Guardamos seu substrato, a manifestar-se em tendências e vocações. Ninguém revela facilidade para determinada atividade por mero condicionamento genético. Tudo é fruto de experiências passadas, envolvendo, inclusive, o relacionamento afetivo e familiar. Tendemos a reencontrar afetos e desafetos do pretérito, a fim de consolidar afeições e desfazer aversões. Não lembramos, mas experimentamos sentimentos muito fortes, que transcendem o presente. Remontam a vivências anteriores.

Livro Espiritismo, Tudo o que você precisa saber 

http://www.richardsimonetti.com.br/pingafogo/exibir/126




quarta-feira, 23 de novembro de 2016

CURSO DE FILOSOFIA ESPÍRITA – LIVRO 3 CAP 11




O PRINCÍPIO INTELIGENTE NA FASE HOMINAL – O ESPÍRITO

Bibliografia
IMPULSOS CRIATIVOS DA EVOLUÇÃO – Jorge Andréia – Edit. F. V. Lorenz
EVOLUÇÃO DO PRINCÍPIO INTELIGENTE – Durval Ciamponi – Edit FEESP
O LIVRO DOS ESPÍRITOS – Allan Karded Edit FEB

REFLEXÃO

A ESCALADA EVOLUTIVA E AS VIRTUDES
Consistiria a escalada evolutiva somente em aquisição de virtudes?
 Ou o conceito de evolução é muito mais amplo?
O desenvolvimento espiritual envolve o conhecimento, a criatividade e as atitudes.
Por conhecimento entenda-se o desvendar das leis naturais.
E finalmente, as atitudes seriam a real execução daquilo que foi concebido pela criatividade, a qual resulta em experiências adquiridas.

1 PARTE OBJETIVO DESTA AULA
Nas aulas anteriores investigamos a gênese do princípio inteligente seguido de suas inúmeras vivencias nos reinos inferiores. Nesta aula estudaremos o princípio inteligente se manifestando no reino hominal, desenvolvendo outras potencialidades latentes em si.

2 PARTE INTRODUÇÃO
O viajor cognoscente estagia nos diferentes reinos e em cada um deles adquire conhecimentos que o reino lhe possibilita, o qual fará parte de sua bagagem intelectiva. A matéria nos estágios que se encontra nos reinos inferiores contribui dentro de sua limitação, no fornecimento de experimentações condizentes ao estado físico. Mas isso não é pouco. O viajor adquire esses aprendizados em doses homeopáticas cresce na escala evolutiva.

O reino hominal lhe abre uma série de possibilidades de experimentações agora de suas novas potencialidades como a razão e as emoções.

3 PARTE VISÃO DA CODIFICAÇÃO SoBRE A TRANSIÇÃO
O mestre liones perscruta os Espíritos Superiores sobre a evolução do princípio inteligente e sua transição dos reinos inferiores ao reino hominal. A longa resposta da questão 613 nos indica a parca informação que mesmo os Espíritos Superiores ainda tem, ou que ainda não é o tempo apropriado para o homem conseguir compreender.

“O ponto de partida do Espírito é uma dessas questões que se prendem ao princípio das coisas e estão no segredo de Deus. Não é dado ao homem conhece-las de maneira absoluta,  e ele não pode fazer, a esse respeito, senão suposições, construir sistemas mais ou menos prováveis. Os próprios Espíritos estão longe de conhecer tudo. Podem também. Ter opiniões pessoais mais ou menos sensatas”. 

Através dessa colocação entendemos porque existem diferentes correntes entre os pensadores espíritas, alguns estabelecendo seu inicio mineral, outros onde se inicia a vida, no protoplasma e outros somente no reino hominal.

Continuando ainda na resposta a questão 613, com as explicações de Kardec:

“Segundo alguns, o Espírito não alcança o período de humanidade senão depois de ser elaborado e individualizado nos diferentes graus dos seres inferiores da criação. Segundo outros, o Espírito do homem teria sempre pertencido a raça humana sem passar pela experiência animal”.

Na resposta a questão 540 do L.E., as entidades nos deixam uma linha de raciocínio a seguir:

“... É assim que tudo serve, tudo se coordena na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo que, ele mesmo começou pelo átomo...”

4 PARTE O PSIQUISMO E SUA EVOLUÇÃO
Jorge Andréa, em impulsos Criativos da Evolução, nos ilustra a evolução do principio inteligente no quadro abaixo. O desenvolvimento do psiquismo desde sua forma mais simples, a finidade até o complexo-pensamento-modelação.

É mostrado de forma gráfica associando ao psiquismo o binômio determinismo-livre arbítrio bem como a escalada espiritual respectiva.

5 PARTE A EVOLUÇÃO DO TIPO HUMANO NA TERRA
Os hominídeos são os antecedentes do homem e sua evolução segundo a Ciência se apresenta na figura acima. Iniciando com o Ramapitecus (forma primitiva do Australopitecus), há 10 milhões de anos, vem logo a seguir o Australopitecus há 4 milhões de anos, o Homo Habilis há 2 milhões de anos, o Homo Erectus há 500 mil anos, o Homo Sapiens (Neandertal) há 100 mil anos e o Homo Sapiens-Sapiens (Cro-Magnon) há 30 mil anos.

Um dos erros mais comum no estudo da evolução do homem é a afirmação que o homem descende do macaco. Nenhum primata vivo é o ancestral do homem. A semelhança dos grupos que ainda vivem decorre da ancestralidade comum.

O esqueleto mais antigo já encontrado pelo homem é o denominado Luci, com 3,5 milhões de anos trata-se de um Australopitecus bípede de postura erecta e 1 m de altura.

Hoje a Ciência tem conhecimento que o berço desses antepassados era o sul e o centro do continente africano e sua dispersão pelo mundo se deu a 25 mil anos atrás.

O volume do crânio do homem desde o australopitecos até o homo sapiens-sapiens subiu de 550 cm3 para 1500 cm3

6 PARTE QUADRO DA EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE HUMANA
Faremos um comparativo das diferentes atividades do homem desde os primórdios nas cavernas, seguindo dos indígenas formando agrupamentos maiores e com relativa organização (nas Américas e na África).

Em seguida trataremos do Homem Rural como sendo aquele que já se fixava em sua propriedade perdendo a mobilidade ou situação nômade. Seriam os antigos feudos na Europa ou as civilizações a margem dos grandes rios.

Passamos ao home atual urbano que vive nas pequenas, medias e grandes cidades.

Apresentamos uma proposta do homem que se desenvolverá nos próximos 2 ou 3 séculos ap qual denominamos o home universal.


O quadro mostra como o psiquismo na fase hominal se aprimorou. A aquisição de conhecimento e a elevação da moral e da ética conduzem o ser humano dos agrupamentos primitivos pré-historicos onde prevalecia toda carga psíquica animal até as sociedades pós-contemporâneas designadas como universal onde o psiquismo adquire características intelectivas, éticas e espirituais.

A análise de cada item do quadro de forma individualizada notamos a caminhada do ser humano em direção a uma vida equilibrada, harmônica, criativa e feliz.

7 PARTE  DA INFÂNCIA ESPIRITUAL AO ESPÍRITO CRÍSTICO
O dualismo experimento-aprendizado é a ferramenta evolutiva. As leis naturais e a vontade individual são as forças que podem se contrapor ou se alinhar reforçando uma a outra.

As leis se encontram de forma insipiente dentro do ser e vão se desvelando à medida que a vivencia se efetua. A vontade pode estar em contraposição ou no sentido da lei.

A transformação da vontade em ação tem como consequência uma reação do meio que poderá ser em concordância com as leis ou em oposição a elas. Ocorrendo a concordância há satisfação harmonia entre o indivíduo e o conjunto. No segundo caso haverá preponderância do conjunto sobre o ser, do todo sobre a unidade.

E assim se desenvolve o aprendizado do viajor em direção a esferas superiores.

8 PARTE CONCLUSÃO
A resposta dos Espíritos Superiores a Kardec na pergunta 115 do Livro dos Espíritos nos diz que “Deus criou todos os Espíritos simples e ignorante, quer dizer, sem ciência: .

Isso nos faz entender que, seja a creação do princípio inteligente no reino hominal ou anterior a ele, os espíritos que tem o gérmen divino com todos Seus atributos na forma potencial efetuam as experimentações junto a matéria e aos poucos vão atualizando suas potencialidades.
Alan Krambeck

9 PARTE MÁXIMA/ LEITURAS E PREPARAÇÃO PARA PRÓXIMA AULA
Próxima aula:
Livro 3 – cap 12 – A REENCARNAÇÃO – VIDAS MÚLTIPLAS
Leitura:
REENCARNAÇÃO SEGUNDO A BIBLIA E CIÊNCIA – José Reis Chaves – Edit M Claret
O LIVRO DOS ESPÍRITOS – Allan Kardec – Edit FEB
REENCARNAÇÃO – Richard Simoneti – CEAC Edit

terça-feira, 22 de novembro de 2016

CURSO DE FILOSOFIA ESPÍRITA – LIVRO 3 CAP 10




O PRINCÍPIO INTELIGENTE – SUA EVOLUÇÃO NOS REINOS INFERIORES

Bibliografia
DEUS – ESPÍRITO – MAT’RIA – Manuel de O Portásio f. – edit FEESP
FILOSOFIA ESPÍRITA TOMO II – Manoel P São Marcos – Edt FEESP
A EVOLUÇÃO DO PRINCÍPIO INTELIGENTE – Durval  Ciamponi – Edit FEESP
O LIVRO DOS ESPÍRITOS – Allan Kardec – Edi FEB

REFLEXÃO
OS AUTOMATISMOS DA PSIQUE HUMANA TÊM SUA ORIGEM NOS REINOS INFERIORES?
Muitas são as ações do cérebro em órgãos do nosso corpo. Ações estas que por vezes passamos a existência sem as perceber.

As batidas cardíacas são governadas pela psique humana, tanto que quando nos assustamos, ela imediatamente dispara a fim de reativar o mecanismo de defesa corporal a eventuais perigos.

O aparelho digestivo exerce uma série de movimentos no sentido de absorver os nutrientes do alimento e separa automaticamente o resíduo indesejável para posterior excreção.

Esses automatismos se encontram registrados na constituição biológica da célula ou é parte integrante de um psiquismo que caminha no tempo e se situa fora do corpo físico?

1 PARTE OBJETIVO DESTA AULA
Esta aula tem por objetivo dar prosseguimento na investigação acerca da existência . nosso foco será o princípio inteligente: conceito, atributos, natureza e, sua evolução nos reinos inferiores da creação.

2 PARTE INTRODUÇÃO
A doutrina espírita é criacionista assim como a doutrina das diferentes igrejas cristãs também o são. A diferença, porém se encontra no espaço e no tempo. Enquanto estas estabelecem a creação como sendo a creação bíblica ocorrida a 6000 anos atrás com a formação do homem através do barro telúrico e o respectivo sopro divino, aquela separa a creação em duas, uma material e outra espiritual ocorrendo em instantes não necessariamente o mesmo.
A codificação trabalha mais o Espírito em sua fase hominal deixando indícios sobre o Princípio Inteligente, mas as informações trazidas pelos espíritos permitem-nos avançar neste estudo com certo grau de segurança.
Esta aula se baseia na codificação e nos principais pensadores filosófos espíritas como Leon Denis, Herculano Pires a na recente escola filosófica espírita com núcleo na Federação Espírita do Estado de São Paulo.

3 PARTE O PRINCÍPIO INTELIGÊNCIA – CONCEITO E ATRIBUTOS
O Princípio Inteligente é a substancia no sentido aristotélico, não sujeita aos sentidos, ao tempo e ao espaço, estando, pois, dissociadas da forma. É a arché dos filósofos pré-socráticos.

Quando tratamos do Princípio Inteligente, ele já se encontra individualizado formando o Ser o viajor em direção a enteléquia.
No livro I do Livro dos Espíritos, Kardec tratou das Causas Primárias onde desenvolveu o conceito de Deus e dos elementos gerais do Universo, qual seja, espírito e matéria. Tratando espírito com “e” minúsculo quando se refere ao elemento universal. No livro II abordou o ser individualizado e para diferenciá-lo grafou com “E” maiúsculo.
23- Que é o espírito?
 
- O princípio inteligente do universo
Sua natureza íntima nós desconhecemos, pois, sua essência não se compara a nada do que conhecemos. Tal como o conceito de Deus, a essência do que seja o espírito só o entendemos pelo intelecto e jamais através dos sentidos. Estes só nos fazem perceber os efeitos. O atributo principal do espírito é a própria inteligência. Assim é que, filosoficamente, é correto dizer-se princípio inteligência. Na metafísica é a “coisa em si” Kantiana ou a “res cogito”(coisa pensante) cartesiana.
É a inteligência que caracteriza o ser infinito relativo, como também qualifica em grau superlativo o ser infinito absoluto. O espírito é em ultima análise, o fundamento constitutivo do eu. É a entidade única que pode constatar em cada coisa real e ideal o principio metafisico que na anima, que lhe dá unidade e sentido.
Os atributos do princípio inteligência são: uno, eterno, infinito, imutável (não sujeito a evolução) e imóvel.
4 PARTE O SER FRAGMENTO OU PRINCÍPIO INTELIGENTE
No livro II de O Livro dos Espíritos, o codificador fala dos Espíritos com “E”maiúsculo, ou seja, eles agora individualizados.
76 – Que definição se pode dar dos Espíritos?
Pode- se dizer que os Espíritos são seres inteligentes da criação. Povoam o Universo fora do mundo material.
Os Espíritos são seres e não entes. O ser antecede o ente. O ser é o espírito e o ente é o corpo, a matéria. O ser é metafísico e o ente é o físico.
O Espírito é o Princípio Inteligente já na fase hominal, entretanto a filosofia espírita concebe uma etapa anterior não totalmente clarificada na codificação. Seria o Principio Inteligente desde sua fragmentação analógica até a entrada no reino hominal.
Os Espíritos Superiores afirmam a Kardec que “os Espíritos são individualizações do princípio inteligente, como os corpos são individualizações do principio material”.
Como entender o ser fragmento se o ser é de natureza metafísica e indivisível?
Essa divisão é de caráter analógico, não, material ou físico.
O professor São Marcos nos fornece a seguinte definição de Princípio Inteligente baseada na codificação sobre a analógica fragmentação: “o ser fragmento é a unidade homogênea e autônoma, oriunda direta e imediatamente da hipóstase-fonte ou principio inteligência, cuja interação com o princípio matéria produz a vida organizada em sua múltipla e variável forma de ser, que constitui o universo.”
Identificamos o Ser fragmento com Princípio Inteligente e reservamos o termo Princípio Inteligência para a substância ou hipóstase.
5 PARTE A NATUREZA DO ESPÍRITO (PRINCÍPIO INTELIGENTE)
Com respeito a natureza do Espírito é preciso ficar bem claro que não é formado de matéria, nem mesmo de energia sutil ou matéria quintessênciada. O Livro dos Espíritos nos diz:
27 – Haveria assim, dois elementos gerais do universo: a matéria e o espírito?
- Sim. E acima de ambos, Deus, o criador, o Pai de todas as coisas. Essas três coisas são o princípio de tudo o que existe, a trindade universal.
Basicamente são duas substancias heterogêneas entre si e autônomas, tal como na teoria cartesiana: a res cogito e a res extensa. A matéria em sim nada tem de inteligente, sem a ação do espírito ela não se organiza, não se intelectualiza, não adota formas. Não constitui corpos, não realiza absolutamente nada, é o elemento inerte, amorfo e inoperante.
A matéria é a ferramenta de trabalho do espírito que por sua vez aparece no cenário da vida como agente transformador de tudo que existe. Matéria e espírito, todavia, estão em interação necessária e indissolúvel, algemada uma a outra desde princípio.
Hoje, físicos teóricos e expoentes da Física Quântica já admitem que até mesmo o movimento atômico seja dirigido por uma inteligência.
A matéria não possui impulsos inteligentes; ela não tem atributos, ela tem propriedades. Dessa forma a matéria não é a causa ou a sede da inteligência, como também do sentimento ou do comportamento do homem. O cérebro definitivamente, não fabrica a inteligência.
Quanto ao átomo ser o traço de união entre dois elementos fundamentais do universo, lembramos que o movimento atômico não é acéfalo, puramente mecânico, casual. A organização atômica é suficiente para mostrar que ela só existe em razão da inteligência que a organiza e governa.
É assim que “o arcanjo começou pelo átomo” no genuíno ensino da codificação.
6 PARTE OS ATRIBUTOS DO PRINCÍPIO INTELIGENTE
O atributo é tudo aquilo que é inerente ao ser, sem ele o ser não é. O Princípio Inteligência tem  os atributos que foram apresentados, enquanto  o ser fragmento ou o princípio inteligente individualizado tem além deles, outros que decorrem de sua própria existência que a partir de então se trata de sua manifestação enquanto ser.
O Ser tem o ímpeto como atributo primordial, ou seja, a capacidade de agir. Ele não necessita quem ou o que o impulsione, que o ponha em marcha, que o arroje em direção a um alvo. É ele mesmo quem sai de si e se projeta para. Não se trata de uma saída qualquer, banal e sem rum, mas, de uma ação plena de sentido e realização em demanda a algo maior, certo, previsível, atividade inteligente que qualifica o próprio ser que a dirige por isso a inteligência é o atributo essencial do ser fragmento que pauta todas as suas ações por ela. A inteligência manifesta-se por atos de vontade.
Além do atributo ímpeto, o ser fragmento é autônomo em suas ações e homogêneo com os demais seres em sua fragmentação. Possui necessidade da convivência com a outra hipóstase para poder se manifestar.

7 PARTE  A EVOLUÇÃO DO PRINCIPIO INTELIGENTE NOS DIFERENTES REINOS
A partir da “analógica fragmentação”, momento em que o Sr se individualiza, unindo-se a um “quantum” de matéria cósmica, a dinâmica da é posta em marcha e jamais cessa até que o ser atinja as culminâncias da purificação.
A evolução consiste num caminhar sempre crescente e ascendente regido pelas leis divinas que tudo abrangem e solucionam. Desconhecemos a duração do processo, pois a escalada é infinita.
É no espaço cósmico que o ser articula seus próprios desígnios. O ser fragmento transita de experiência em experiência por força do seu ímpeto natural, tutoreado pelos ditames das leis divinas que o dirigem para as instancias existenciais dos reinos da natureza assistido de perto pelas grandes inteligências do espaço que se ocupam dessa tarefa por missão.
Nesta fase não há violação de leis, tudo concorre para a harmonia do universo. O processo evolutivo é infinito. É dito que o ser infinito relativo é perfectível e dinâmico na óptica de Heráclito do “vir a ser” em toda sua existência enquanto o ser infinito absoluto é perfeito e estático.
A partir da atuação sobre as partículas subatômicas dando sentido ao que existe, a próxima ação é em direção a matéria planetária para dualizá-la em inorgânica e orgânica.
Os estágios junto aos reinos não significam propriamente habitação, mas, trabalho junto a. Esforço de aprendizado e preparação para algo maior.
Para o ser fragmento ou principio inteligente trata-se da aprendizagem nos reinos inferiores como preparação para atividades mais complexas.
As características do psiquismo em cada reino são as seguintes:
No reino mineral a principal caracterisitca é a atração, pois aí o principio inteligente desenvolve entre outros o poder organizacional e estético. O campo do conhecimento, a Cristalografia demonstra esse poder através das formas observadas nos cristais. Dentre elas alguns exemplos: a cúbica de corpo centrado (CCC), a cúbica de face centrada (CFC) e hexagonal compacta (HC) entre outras. Exemplos típicos onde se observa a atração e a organização desenvolvida pelo principio inteligente.
No reino vegetal, o evoluir da matéria já apresenta a forma orgânica, organização típica própria para o recebimento do fluido vital, ou seja, a vida. Aqui se desenvolve outras aptidões do psiquismo, como as sensações e os tropismo, ou seja, o fototropismos ( a busca da luz, da energia), o hidrotropismo ( a busca da água e da alimentação através dos minerais). Desenvolve-se assim o sistema de alimentação através da seiva, o sistema de respiração da fotossíntese e o sistema de proteção através da camuflagem, dos espinhos e proteção química (venenos).
No reino animal, nova capacidade psíquica é adquirida: o instinto. Com aquisição da mobilidade os sentidos o servem de orientação a aqui se desenvolvem. Neste reino o principio inteligente adquire nova bateria de conhecimentos e aprendizados. São eles: a conservação (através da proteção e segurança) a manutenção (através da reprodução da espécie e alimentação).

8 PARTE ETIMOLOGIA – ELUCIDAÇÃO DE TERMOS
Para que esta aula fique suficientemente clara e compreensível, resumiremos os principais conceitos tratados nesta parta da doutrina espírita.

- Espírito com “e” minúsculo (observado em O Livro dos Espíritos – Kardec) – é um dos elementos constituintes do universo.

- Espírito com “e” maiúsculo (observado em O Livro dos Espíritos – Kardec) - são os seres inteligentes da criação – Deus os cria por Sua vontade.

- O Princípio Inteligência e o Princípio Matéria (tratado na recente Filosofia Espírita) – são as substancias essenciais da criação.

- O Princípio Inteligente ou o Ser- Fragmento (tratado na recente Filosofia Espírita) – é o ser individualizado oriundo das substancia, a Hipóstase-mãe Princípio Inteligência.

- o espírito (na recente Filosofia Espírita) – é o ser fragmento ou o principio inteligente na fase hominal.

Outros conceitos comuns no meio espírita mas não tratados dentro da Filosofia Espírita são:

- Mônada – termo criado por Leibniz distinto ao utilizado na Filosofia Espírita.

- Principio Espiritual – é de uso corrente no movimento espírita e  até na literatura espírita significando o princípio inteligente e por vezes o principio inteligência.

9 PARTE CONCLUSÃO
Poucos são os campos do conhecimento e muito menos as religiões que vão tão longe ao entendimento da existência. Eles voltam suas atenções exclusivamente ao ambiente terráqueo. a doutrina espírita alarga enormemente os horizontes envolvendo a metafísica e com isto tempo e espaço se alargam para além do ventre e do tumulo e além do planeta Terra.

A doutrina espírita desconhece limites espaciais e temporais fornecendo luzes a antigas questões insolúveis como: quem sou, de onde vim, que faço aqui e para onde vou.

10 PARTE MÁXIMAS/ LEITURAS E PREPARAÇÃO PARA A PRÓXIMA AULA
PRÓXIMA AULA:
LIVRO 3 CAP.11: O PRINCÍPIO INTELIGENTE NA FASE HOMINAL – O ESPÍRITO
LEITURA:
IMPULSOS CRIATIVOS DA EVOLUÇÃO – Jorge Andréa – Edit F V Lorentz
A EVOLUÇÃO DO PRINCIPIO INTELIGENTE – Durval Ciamponi – Edit FEESP
O LIVRO DOS ESPÍRITOS – Allan Kardec – Edt FEB