Não
julguemos que a mediunidade nos torna diferentes das outras pessoas ou que,
porque somos médiuns, devamos viver uma vida especial e privarmo-nos das coisas
boas que a existência nos oferece. A par do exercício de nosso medianato, temos
também nossas obrigações para com a sociedade, para com nossa família e para
conosco.
Precisamos,
por conseguinte, satisfazer aos compromissos que a nossa situação de encarnados
nos impõe. A nossa perfeição espiritual resultará do bom desempenho de nossas
tarefas materiais e espirituais. Para o completo êxito de nossos trabalhos
mediúnicos é mister que mantenhamos uma higiene física e mental. Um médium
deverá ser saudável de corpo e de espírito; portanto, é necessário tratar dos
dois: do corpo, porque é um instrumento de trabalho e somente um mau operário
não cuida de suas ferramentas; e do espírito, porque é a nossa parte divina e
imortal.
Cultivemos
bons pensamentos. Os bons pensamentos trazem as boas palavras e presidem aos
bons atos.
Sejamos
amigos do estudo e da boa leitura, da leitura sadia e construtora dos elevados
caracteres. Felizmente a literatura espírita já nos oferece ótimos livros cujos
ensinamentos desenvolvem nossas virtudes e aumentam nossa cultura.
Livro A Mediunidade sem Lágrimas - Eliseu Rigonatti
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