Rigorosamente
falando, os bons médiuns são raros.
A maioria, geralmente,
apresenta um ou outro defeito que lhes diminui a qualidade de bons. O defeito,
por pequeno que seja, é sempre de origem moral. Entretanto, o médium que reunir
as cinco virtudes seguintes pode ser qualificado de bom:
SERENIDADE, MODÉSTIA, DEVOTAMENTO, ABNEGAÇÃO e DESINTERESSE.
A serenidade
é a virtude que um médium possui de utilizar sua mediunidade para fins
verdadeiramente úteis, exercendo-a como um nobre sacerdócio.
A modéstia é
a virtude pela qual um médium reconhece que é um simples instrumento da vontade
do Senhor e, por isso, não se envaidece nem se orgulha de sua mediunidade.
Não faz
alarde das comunicações que recebe, porque sabe que foi apenas um simples
intermediário. Não se julga ao abrigo das mistificações e, quando é
mistificado, compreende que isso aconteceu em virtude das falhas de seu caráter
ou devido a algum erro de sua conduta: procura, então, corrigir-se para afastar
de si os espíritos mistificadores.
O
devotamento é a virtude pela qual um médium se dedica ardentemente ao beneficio
de seus irmãos que sofrem. O médium devotado considera-se um servo do Senhor e,
por isso, não despreza nenhuma oportunidade de servi-lo, auxiliando a todos
quantos necessitam dos cuidados dos espíritos de Deus.
A abnegação é
a virtude pela qual um médium leva seu devotamento até ao sacrifício. O médium
abnegado não hesita em renunciar a seus prazeres, a seus hábitos, a seus
gostos, quando se trata de prestar socorros mediúnicos a quem quer que seja.
O
desinteresse é a virtude pela qual um médium dá de graça o que de graça
recebeu. O médium desinteressado nem mesmo esperará um agradecimento dos
homens. Eis expostas às cinco virtudes que devemos cultivar, se quisermos
merecer o qualificativo de bons médiuns.
Livro A Mediunidade sem Lágrimas - Eliseu Rigonatti
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