domingo, 25 de junho de 2017

Modificação dos fluidos e magnetismo - FLUÍDOS

O perispírito não fica encerrado no corpo físico, mas se irradia 

1. Qualquer lugar pode ter seus fluidos ambientes poluídos pelas pessoas que ali se encontrem, estejam ou não encarnadas. O pensamento do indivíduo encarnado age, como o dos desencarnados, sobre os fluidos espirituais. Se o pensamento for bom, teremos fluidos saudáveis; se mau, teremos fluidos viciados. 
 
2. A capacidade de atuação dos encarnados sobre os elementos do mundo espiritual decorre do fato de que a encarnação não os priva de sua natureza espiritual. Com a encarnação o Espírito conserva o seu perispírito, que permanece com todas as suas qualidades próprias e, como sabemos, não fica encerrado no corpo físico, mas se irradia em seu derredor, envolvendo-o como uma espécie de atmosfera fluídica. 

3. Os fluidos corrompidos pelos maus eflúvios dos Espíritos inferiores podem ser saneados pelo afastamento destes, e isso se consegue eliminando o que constituía para eles focos de atração. O cultivo dos bons pensamentos e dos bons sentimentos transforma os fluidos ambientes em bons fluidos, que têm o poder de repelir os maus fluidos. Cada indivíduo, encarnado ou não, dispõe em seu perispírito de uma fonte fluídica permanente que pode mobilizar para operar essa renovação. 

4. No tocante à viciação fluídica produzida pelos encarnados, o ambiente modifica-se do mesmo modo, observando-se o procedimento acima referido, uma vez que o cultivo de bons pensamentos e sentimentos tem a faculdade de repelir os fluidos nocivos irradiados pelos maus Espíritos, encarnados ou não. 

A ação continuada dos maus eflúvios pode produzir doenças 

5. Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido. Esses fluidos exercem sobre o perispírito uma ação tanto mais direta quanto, por sua expansão, o perispírito com eles se confunde. Intimamente ligado ao corpo físico, molécula a molécula, ao sofrer a influência desses fluidos, o perispírito reage sobre o corpo material transmitindo-lhe uma impressão salutar ou penosa, conforme os eflúvios recebidos sejam bons ou maus.
  
6. A ação continuada e enérgica dos maus eflúvios pode ter repercussões sérias e até mesmo provocar o surgimento de doenças. Os ambientes onde pululam(brotam) os maus Espíritos são fortemente impregnados de fluidos deletérios que afetam, de forma bastante prejudicial, a saúde dos encarnados que os absorvem através dos poros perispiríticos.  

7. Como já foi visto, o fluido universal sofre inúmeras transformações que formam, assim, uma imensa variedade de fluidos com propriedades especiais. Atuando sobre o perispírito, um desses fluidos possui recursos que possibilitam a recuperação do corpo físico. Para que esse efeito reparador se realize, faz-se preciso inocular tais fluidos no organismo combalido. A cura opera-se então pela remoção das células doentes, que são substituídas por células sadias. Ressalte-se nessa ação a importância da vontade do inoculador, a qual, quanto mais enérgica, mais abundante torna a emissão fluídica e maior poder de penetração no corpo doente lhe confere. 

8. A ação desse elemento fluídico, chamado também de fluido vital ou magnético, apresenta efeitos muito variados sobre os enfermos, efeitos esses que são, às vezes, lentos, a exigir tratamento demorado, e, em outras vezes, rápidos, havendo pessoas que produzem curas instantâneas pela simples imposição das mãos ou tão-só pelo uso da vontade.  

A ação do fluido magnético atinge a intimidade das células 

9. Conforme seja o agente responsável pela emissão magnética, teremos então a seguinte classificação: 
·       Magnetismo humano, ou magnetismo propriamente dito, cuja ação, produzida pelos fluidos do encarnado (magnetizador), depende da força e principalmente da qualidade do fluido transmitido. 

·       Magnetismo espiritual, produzido pelos desencarnados, cuja atuação se faz diretamente e sem intermediário sobre a pessoa enferma, e sua qualidade está ligada às qualidades do Espírito que a exerce. 

·       Magnetismo misto, semi-espiritual ou humano-espiritual, em que ocorre associação dos recursos fluídicos do encarnado com os dos Espíritos, que irradiam sobre o magnetizador encarnado a substância fluídica que lhes é própria e o encarnado as transmite ao enfermo juntamente com seus recursos magnéticos. 

10. Tratando do assunto em seu livro Evolução em Dois Mundos, André Luiz afirma que o fluido magnético constitui por si emanação controlada de força mental sob a alavanca da vontade. E acrescenta que, reconhecida a capacidade do fluido magnético para que as criaturas se influenciem reciprocamente, fácil é perceber que com muito mais amplitude e eficiência atuará ele sobre as entidades celulares que formam o Estado Orgânico (formado por corpo físico e corpo perispiritual), particularmente as células sangüíneas e as histiocitárias, determinando-lhes o nível satisfatório, a migração ou a extrema mobilidade, a fabricação de anticorpos ou, ainda, a improvisação de outros recursos combativos e imunológicos, na defesa contra as invasões bacterianas e na redução ou extinção dos processos patogênicos. 

11. Toda queda moral nos seres responsáveis – explica André Luiz – opera certa lesão no hemisfério psicossomático ou perispírito, a refletir-se em desarmonia no hemisfério somático ou veículo carnal, provocando determinada causa de sofrimento. A dor é, portanto, sempre uma situação de alarma ou emergência, mais ou menos durável no império orgânico, requisitando o socorro externo da medicina do corpo ou da alma, na execução do alívio ou da cura.  

12. Pelo passe magnético, notadamente naquele que se baseie no divino manancial da prece, a vontade fortalecida no bem pode soerguer a vontade enfraquecida de outrem, para que essa vontade novamente ajustada à confiança magnetize naturalmente os milhões de agentes microscópicos a seu serviço, a fim de que o Estado Orgânico se recomponha para o equilíbrio indispensável. 

http://www.oconsolador.com.br/ano2/88/esde.html 

O fluido universal é o intermediário entre o Espírito e a matéria


1. O fluido cósmico universal é o elemento primitivo indispensável à intermediação entre o Espírito e a matéria propriamente dita. Para tornar possível esta intermediação, goza de propriedades comuns a ambos, pelo que não se pode dizer que ele seja matéria ou Espírito, já que estes são os dois elementos gerais, distintos, do Universo. 
 
2. Da resposta dada pelos Espíritos superiores à questão no 27 d´O Livro dos Espíritos, extraímos os seguintes ensinamentos:  

     “Deus, Espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas, ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o Espírito possa exercer ação sobre ela.”  
     (...) 
“Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o Espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.”
 
3. Por suas inúmeras combinações com a matéria, sob a ação do Espírito, é o fluido universal capaz de produzir a imensa variedade dos corpos da Natureza. Em sua condição de elemento primitivo do Universo, o fluido cósmico assume os estados de eterização e de materialização ou, em outras palavras, de imponderabilidade e ponderabilidade. 

4. O primeiro pode ser considerado o primitivo estado normal e o segundo resulta das transformações daquele ao ponto de se apresentar como matéria tangível nos seus múltiplos aspectos. O segundo estado é consecutivo ao primeiro e a tangibilidade da matéria assinala a passagem de um ao outro estado. Contudo, mesmo aí não ocorre transição brusca, porquanto podem considerar-se os nossos fluidos imponderáveis como termo médio entre os dois estados. 

5. Esses dois estados são a causa de uma inumerável quantidade de fenômenos. Uns ocorrem no mundo invisível: constituem os fenômenos espirituais ou psíquicos e se ligam ao estado de eterização. Os outros sucedem no mundo visível: são os fenômenos materiais e relacionam-se ao estado de materialização. 

Para os Espíritos, os fluidos têm aspecto material 

6. O fluido cósmico sofre, no estado de eterização, sem deixar de ser etéreo, inúmeras modificações que dão origem a fluidos diferentes. Não obstante a mesma origem, possuem estes propriedades especiais. Para os Espíritos, esses fluidos têm, dentro da relatividade das coisas, aspecto material. São, por assim dizer, as substâncias do mundo espiritual e estão para os Espíritos como a matéria está para os encarnados. Eles os trabalham e utilizam para obterem os mais diferentes resultados, tal como os homens manipulam a matéria propriamente dita. Os processos é que são diferentes.  

7. Os fluidos do mundo espiritual escapam aos sentidos do indivíduo encarnado, que estão limitados à percepção apenas da matéria tangível. Há, no entanto, alguns intimamente ligados à vida corporal. Não podendo ser observados diretamente, pelo menos seus efeitos são percebidos. 

8. No estado de eterização, os fluidos apresentam-se, em virtude das inúmeras modificações por que passam, em diferentes graus de pureza dentro da faixa compreendida entre a pureza máxima – ponto de partida do fluido universal – e sua transformação em matéria tangível.  

9. Quanto mais próximos do estado de materialização, menos puros os fluidos são. São eles que formam a chamada atmosfera espiritual da Terra. É desse meio, onde igualmente são vários os graus de pureza, que os Espíritos encarnados e desencarnados vinculados ao planeta haurem os elementos necessários à economia de sua existência. Atendidas as condições físicas e de vitalidade próprias de cada planeta, a situação é a mesma em relação aos outros mundos. 

Não é muito correta a denominação “fluidos espirituais” 

10. Os fluidos peculiares ao mundo espiritual são também denominados fluidos espirituais, denominação que decorre de sua afinidade com os Espíritos. Essa expressão não é, porém, muito correta, porque verdadeiramente espiritual somente a alma o é. Tais fluidos constituem, na realidade, a matéria do mundo espiritual.  

11. Os Espíritos agem sobre os fluidos espirituais utilizando o pensamento e a vontade. A repercussão dessa ação assume grande importância para os homens, porque esses fluidos são o meio de propagação do pensamento, que tem o poder de modificar-lhes as propriedades, ou seja, o pensamento impregna de boas ou más qualidades os fluidos com os quais entra em contato, alterando-os pela pureza ou impureza dos sentimentos.
  
12. Podemos, desse modo, afirmar que os pensamentos, conforme sejam bons ou maus, purificam ou poluem os fluidos espirituais. Os fluidos que envolvem os maus Espíritos, ou que estes projetam, são, portanto, viciados, ao passo que os fluidos que recebem a influência dos bons Espíritos são tão puros quanto o comporta o grau de perfeição moral deles. 

13. Cada pensamento comunica, assim, determinada qualidade aos fluidos projetados pelas pessoas. Segue-se daí que, em face da enorme variedade de pensamentos, inumeráveis são os tipos de fluidos, o que torna impraticável classificá-los. Não possuem eles denominações próprias; são identificados por suas propriedades, efeitos e tipos originais. A natureza dos nossos sentimentos, virtudes, vícios e paixões imprime-lhes características correspondentes, e por causa disso produzem eles efeitos físicos diversos, tais como excitação, calma, irritação, narcose, toxidez, adstringência etc.

14. Os fluidos – ensina Kardec – não possuem qualidades intrínsecas, mas sim as que adquirem no meio onde se elaboram. Modificam-se pelos eflúvios desse meio, como o ar pelas exalações e a água pelos sais das camadas que atravessa. Conforme as circunstâncias, suas qualidades são temporárias ou permanentes, o que os torna muito especialmente apropriados à produção de tais ou tais efeitos.


Extraído http://www.oconsolador.com.br/ano2/87/esde.html

domingo, 11 de junho de 2017

Mulher, a guardiã do lar e da família


- O homem e a mulher são iguais perante Deus e têm os mesmos direitos?
“Deus não deu a ambos o conhecimento do bem e do mal e a faculdade de progredir?” (O Livro dos Espíritos, questão 817)
- As funções a que a mulher é destinada pela Natureza terão importância tão grande quanto as conferidas ao homem?
“Sim, e até maiores. É ela quem lhe dá as primeiras noções da vida.” (O Livro dos Espíritos, questão 821)
- Sendo assim, uma legislação, para ser perfeitamente justa, deve consagrar a igualdade de direitos do homem e da mulher?
“De direitos, sim; de funções, não. (...)” (O Livro dos Espíritos, questão 822-a)

O livro de André Luiz intitulado Conduta Espírita, tão pouco compulsado, merece ser lido e relido de tempos em tempos devido à riqueza de conteúdo que não pode ser auferida numa única leitura. Essa riqueza conceitual, em sua linguagem simples, mas de uma profundidade notável e uma concisão surpreendente, merece meditada como toda a série romanceada desse autor. Destacamos as seguintes citações endereçadas às mulheres:
[A mulher precisa] “Compenetrar-se do apostolado de guardiã do instituto da família e da sua elevada tarefa na condução das almas trazidas ao renascimento físico.” (Conduta Espírita, cap. 1)
A mãe tem um apostolado. Como apóstolo, é uma enviada com uma missão: ser a guardiã da família; guardar, proteger o núcleo doméstico, garantindo à prole um desenvolvimento sadio. Deve conduzir, levar junto os filhos para que sigam seus passos, transmitindo, com seu exemplo, as primeiras noções da vida. O amor de mãe é um amor incondicional.
[A mulher precisa] “Afinar-se com os ensinamentos cristãos que lhe situam a alma nos serviços de maternidade e da educação, nos deveres da assistência e nas bênçãos da mediunidade santificante.” (Conduta Espírita, cap. 1)
Estamos falando de mulheres que professam o Cristianismo, daí o imperativo de caminhar em sintonia com os ensinamentos cristãos, de afinar-se com eles. A maternidade é um corolário da mulher, uma consequência natural e evidente de sua natureza de esposa. Mas os afazeres domésticos, mesmo para aquelas que trabalham fora, não podem ser um impeditivo do serviço de assistência e da mediunidade. Aliás, é mais do que evidente que, nos dias atuais, os serviços domésticos devem ser compartilhados com o marido, mesmo que haja funcionários a serviço do lar.
[A mulher precisa] “Opor-se a qualquer artificialismo que vise transformar o casamento numa simples ligação sexual, sem as belezas da maternidade.” (Conduta Espírita, cap. 1)
André Luiz considera a maternidade um celeiro de bênçãos, uma fonte do belo. Furtar-se à maternidade, ou evitá-la indefinidamente, é uma transgressão à Lei da Vida, que pede compromisso com a programação reencarnatória, com os espíritos destinados a encarnar na família. O culto da sensualidade é o culto do egoísmo e do materialismo. Nessa prática infeliz, ficamos jungidos aos planos mais baixos da espiritualidade, construindo um cárcere de difícil transposição. 

  
Extraído da revista O Consolador http://www.oconsolador.com.br/ano11/520/editorial.html


quarta-feira, 7 de junho de 2017

Existência de Deus - DEUS - A GËNESE

Existência de Deus
Sendo Deus a causa primária de todas as coisas, a origem de tudo o que existe, a base sobre que repousa o edifício da criação, é também o ponto que importa consideremos antes de tudo.

Constitui princípio elementar que pelos seus efeitos é que se julga de uma causa, mesmo quando ela se conserve oculta.

Se, fendendo os ares, um pássaro é atingido por mortífero grão de chumbo, deduz-se que hábil atirador o alvejou, ainda que este último não seja visto. Nem sempre, pois, se faz necessário vejamos uma coisa, para sabermos que ela existe. Em tudo, observando os efeitos é que se chega ao conhecimento das causas.

Outro princípio igualmente elementar e que, de tão verdadeiro, passou a axioma é o que todo efeito inteligente tem que decorrer de uma causa inteligente.

Se perguntassem qual o construtor de certo mecanismo engenhoso, que pensaríamos de quem respondesse que ele se fez a si mesmo? Quando se contempla uma obra-prima da arte ou da indústria, diz-se que há de tê-la produzido um homem de gênio, porque só uma alta inteligência poderia concebê-la. reconhece-se, no entanto, que ela é obra de um homem pode se verificar que não está acima da capacidade humana, mas, a ninguém acudirá a ideia de dizer que saiu do cérebro de um idiota ou de um ignorante, nem ainda menos, que é trabalho de um animal, ou produto do acaso.

Em toda parte se reconhece a presença do homem pelas suas obras. A existência dos homens antediluvianos não se provaria unicamente por meio de fósseis humanos, provou-a também, e com muita certeza, a presença, nos terrenos daquela época, de objetos trabalhados pelos homens. Um fragmento de vaso, uma pedra talhada, um arma, um tijolo bastarão para lhe atestar a presença. Pela
grosseria ou perfeição do trabalho, reconhecer-se-á o grau de inteligência ou de adiantamento dos que executaram. Se, pois, achando-vos numa estátua digna de Fídias, não hesitaríeis em dizer que, sendo incapazes de tê-la feito os selvagens, ela é obra de uma inteligência superior à destes.

Pois, bem! lançando o olhar em torno de si, sobre as obras da Natureza, notando a providência, a sabedoria, a harmonia que presidem a essas obras, reconhece o observador não haver nenhuma que não ultrapasse os limites da mais portentosa inteligência humana. Ora, desde que o homem não as pode produzir, é que elas não são produtos de uma inteligência superior à Humanidade, a menos se sustente que há efeitos sem causa.

A isto opõem o seguinte raciocínio:

As obras da Natureza são produzidas por forças materiais que atuam mecanicamente, em virtude das leis de atração e repulsão; as moléculas dos corpos inertes se agregam e desagregam sob o império dessas leis. As plantas nascem, brotam, crescem e se multiplicam sempre da mesma maneira, cada uma na sua espécie, por efeito daquelas mesmas leis; cada indivíduo se assemelha ao de quem ele proveio; o crescimento, afloração, a frutificação, a coloração se acham subordinados a causas materiais, tais como o calor, a eletricidade, a luz, a umidade. etc. O mesmo se dá com os animais. O astros se forma pela atração molecular e se movem perpetuamente em suas órbitas por efeito da gravitação. Essa regularidade mecânica no emprego das forças naturais não acusa a ação de qualquer inteligência livre. O homem movimenta o braço quando quer e como quer; aquele, porém que o movimentasse no mesmo sentido, desde o nascimento até a morte, seria autônomo. Ora, as forças orgânicas da Natureza são puramente automáticas.

Tudo isso é verdade; mas, essas forças são efeitos que hão de ter uma causa e ningué, pretende que elas constituam a Divindade. Elas são materiais e mecânicas; não são postas em ação, distribuidas, apropriadas às necessidades de cada coisa por uma inteligência que não é a dos homens. a aplicação últil dessas forças é um efeito intelgente, que denota uma causa inteligente. Um pêndulo se move co automática regularidade e é nessa regularidade que lha está o mérito. É toda material a força que o faz mover-se e nada tem de inteligente. Mas, que seria esse pêndulo, se uma inteligência não houvesse combinado, calculadom dstribuido o emprego daquela força, para fazê-lo andar co precisão? Do fato de não estar a inteligência no mecanismo do pêndulo e do de que ninguém a vê, seria racional deduzir-se que ela não existe? Apreciamo-la pelos seus efeitos.

A existência do relógio atesta a existência do relojoeiro; a engenhosidade do mecanismo lhe atesta a inteligência e o saber, Quando um relógio vos dá , no momento preciso, a indicação de que necessitas, ja vós terá vindo a mente dizer: aí está um relógio bem inteligente?

Outro tanto ocorre com o mecanismo do Universo: Deus não se mostra, mas se revela pelas suas obras.

A existência de Deus é, pois, uma realidade comprovada não só pela revelação, como pela evidência material dos fatos. Os selvágens nenhuma revelação tiveram; entretanto, crêem institivamente na existência de um poder sobre-humano. Eles vêem coisas que estão acima das possibilidades do homem e deduzem que essas coisas provêm de um ente superior à Humanidade. Não demosntram raciocinar com mais lógica do que os que pretendem que tais coisas se fizeram a sim mesmas?

A Gênese - Allan Kardec



























domingo, 4 de junho de 2017

DIFERENÇAS ENTRE ESPÍRITO, PERISPÍRITO E ALMA


Marlene Monteiro Peixoto
Site Rede Amigo Espírita

 O  Espiritismo ensina-nos que a ALMA  é um Espírito encarnado, sendo o corpo  tão-somente o seu envoltório. Há, assim, no homem três coisas: o CORPO ou ser  material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital; a ALMA   ou ser imaterial, ESPÍRITO ENCARNANDO O CORPO ; e o laço que prende a alma ao  corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito, a que Kardec deu o  nome de PERISPÍRITO.
O  homem é dotado, pois, de duas naturezas: pelo corpo, participa da natureza dos  animais, cujos instintos lhe são comuns; pela alma, participa da natureza dos  Espíritos. O laço ou perispírito, que prende ao corpo o Espírito, é uma espécie  de envoltório semimaterial. A morte é a destruição do invólucro mais grosseiro.  O Espírito conserva o segundo, que lhe constitui um corpo etéreo, invisível para  nós no estado normal, mas que pode tornar-se acidentalmente visível e mesmo  tangível, como sucede no fenômeno das aparições.
As  primeiras informações sobre os Espíritos podem ser vistas nas questões 76 a 78  d´O Livro dos Espíritos, adiante reproduzidas:
76.  Que definição se pode dar dos Espíritos? “Pode dizer-se que os Espíritos são os  seres inteligentes da criação. Povoam o Universo, fora do mundo  material.”
77.  Os Espíritos são seres distintos da Divindade, ou serão simples emanações ou  porções desta e, por isto, denominados filhos de Deus? “Meu Deus! São obra de  Deus, exatamente qual a máquina o é do homem que a fabrica. A máquina é obra do  homem, não é o próprio homem. Sabes que, quando faz alguma coisa bela, útil, o  homem lhe chama sua filha, criação sua. Pois bem! O mesmo se dá com relação a  Deus: somos seus filhos, pois que somos obra sua.”
78.  Os Espíritos tiveram princípio, ou existem, como Deus, de toda a eternidade? “Se  não tivessem tido princípio, seriam iguais a Deus, quando, ao invés, são criação  sua e se acham submetidos à sua vontade.”
Com  relação ao vocábulo perispírito, o tema apareceu pela primeira vez nas questões  93 a 95 da mesma obra, que adiante transcrevemos:
93.  O Espírito, propriamente dito, nenhuma cobertura tem, ou, como pretendem alguns,  está sempre envolto numa substância qualquer?
“Envolve-o uma substância, vaporosa para  os teus olhos, mas ainda bastante grosseira para nós; assaz vaporosa,  entretanto, para poder elevar-se na atmosfera e transportar-se aonde  queira.”
94.  De onde tira o Espírito o seu invólucro semimaterial? “Do fluido universal de  cada globo, razão por que não é idêntico em todos os mundos. Passando de um  mundo a outro, o Espírito muda de envoltório, como mudais de  roupa.”
a)  Assim, quando os Espíritos que habitam mundos superiores vêm ao nosso meio,  tomam um perispírito mais grosseiro? “É necessário que se revistam da vossa  matéria, já o dissemos.”
95.  O invólucro semimaterial do Espírito tem formas determinadas e pode ser  perceptível?  “Tem a forma que o Espírito queira. É assim que este vos  aparece algumas vezes, quer em sonho, quer no estado de vigília, e que pode  tomar forma visível, mesmo palpável.”
Sobre o perispírito seria interessante  consultar um dos textos publicados na edição 90 desta  revista
- O  CONSOLADOR
A  natureza do perispírito guarda relação com a evolução da  pessoa
1.  O perispírito, ou corpo fluídico dos Espíritos, é uma condensação do fluido  cósmico em torno da alma. O corpo físico, ou carnal, resulta de uma maior  condensação do mesmo elemento, fato que o transforma em matéria  tangível.
2.  Embora tenham origem comum, que é o fluido cósmico, as transformações  moleculares são diferentes nesses dois corpos, resultando daí ser o perispírito  etéreo e imponderável. Ambos são, portanto, matéria, mas em estados diferentes.  Conforme ensina o ministro Clarêncio, da colônia espiritual “Nosso Lar”, o corpo  perispiritual é constituído à base de princípios químicos semelhantes, em suas  propriedades, ao hidrogênio, a se expressarem através de moléculas  significativamente distanciadas umas das outras (Entre a Terra e o Céu, cap.  XXIX).
3.  O Espírito forma seu envoltório perispirítico com os fluidos retirados do  ambiente em que vive. Como a natureza dos mundos varia conforme o seu grau de  evolução, será maior ou menor a materialidade dos corpos físicos dos seus  habitantes. O perispírito guarda relação, quanto à sua composição, com esse grau  de materialidade. Admitindo-se que um Espírito emigre da Terra, aí ficará o seu  envoltório fluídico, porquanto o Espírito precisa tomar um outro envoltório  fluídico apropriado ao planeta em que passará a viver.
4.  A natureza do envoltório fluídico guarda sempre relação com o grau de  adiantamento moral do Espírito. À condição moral do Espírito corresponde, por  assim dizer, uma determinada densidade do perispírito. Maior elevação, menor  densidade fluídica. Maior inferioridade, maior densidade, isto é, perispírito  mais grosseiro, com maior condensação fluídica. É claro que, apesar de mais  densos, os envoltórios fluídicos mais grosseiros continuam  imponderáveis.
Cada perispírito tem uma densidade, um  peso específico próprio .
5.  No cap. XIII da obra acima citada, Clarêncio assevera que o veículo espiritual  é, por excelência, vibrátil e se modifica profundamente, segundo o tipo de  emoção que lhe flui do âmago. Como ninguém ignora, em nosso próprio meio a  máscara física altera-se na alegria ou no sofrimento, na simpatia ou na aversão.  No plano espiritual, semelhantes transformações são mais rápidas e exteriorizam  aspectos íntimos do ser, com facilidade e segurança, porque as moléculas do  perispírito giram em mais alto padrão vibratório, com movimentos mais intensivos  que as moléculas do corpo carnal.
6.  Pode-se, assim, dentro da relatividade das coisas, admitir um peso específico  para o perispírito. Os de maior peso específico chumbam os Espíritos às regiões  inferiores, impossibilitando-lhes o acesso a planos mais elevados e, por isso  mesmo, o ingresso em mundos de maior elevação espiritual. A acentuada densidade  do perispírito de grande número de Espíritos leva-os a confundi-lo com o corpo  material que utilizaram durante sua última encarnação. Esse é um dos motivos que  levam muitos a se considerarem ainda encarnados e a viverem na Terra,  imaginando-se entregues a ocupações que lhes eram habituais.
7.  O perispírito dos Espíritos superiores, de reduzido peso específico,  confere-lhes uma leveza que lhes permite viver em planos mais elevados e  deslocar-se a outros mundos. Eles podem, evidentemente, descer aos planos  inferiores e, dada a sutileza do seu envoltório, não serão percebidos pelas  entidades desencarnadas inferiores.
8.  Quando encarnado, o Espírito mantém o envoltório perispirítico, constituindo o  corpo material um segundo envoltório, mais grosseiro, apropriado ao meio físico  em que vive. O perispírito serve, em tal situação, de intermediário entre a alma  e o corpo. É o órgão de transmissão de todas as sensações, quer partam do  Espírito, quer venham do exterior, através do corpo físico. Devido ao estado  grosseiro da matéria, os Espíritos não podem agir diretamente sobre ela.  Fazem-no, então, por meio do seu perispírito. Os fluidos perispiríticos  constituem-se, dessa forma, sob a ação da vontade, em verdadeiras alavancas que  lhes permitem produzir ruídos, pancadas, deslocamentos de objetos  etc.
A  matéria não oferece obstáculo algum ao perispírito e aos  Espíritos
9.  Em condições normais, o perispírito é invisível, mas pode tornar-se visível em  razão das modificações que venha a experimentar pela ação da vontade do  Espírito. Essas modificações consistem numa espécie de condensação ou em novos  arranjos das moléculas que o compõem, mas isso requer a existência de certas  circunstâncias que não dependem apenas do Espírito. Para tornar-se visível a  alguém, ele precisa de permissão, que nem sempre lhe é dada.
10.  Nas aparições, o perispírito apresenta-se comumente com aspecto vaporoso e  diáfano. De outras vezes, tem as formas delineadas e os traços bem nítidos,  podendo apresentar a solidez de um corpo físico, isto é, tangível, o que não o  impede de retomar instantaneamente o estado normal de invisibilidade e  intangibilidade.
11.  A matéria – tal como a conhecemos em nosso mundo – não oferece obstáculo algum  ao perispírito, porque a condição etérea do corpo espiritual lhe confere a  propriedade de penetrabilidade. Ele atravessa a matéria como a luz atravessa os  corpos transparentes. Eis por que portas e janelas fechadas não impedem que ali  penetrem os Espíritos.
12.  Como já foi dito, é das camadas de fluidos espirituais que envolvem a Terra que  os Espíritos formam o seu envoltório perispirítico. Esses fluidos não são  homogêneos; por isso, conforme seja mais ou menos depurado o Espírito, seu  perispírito se formará das partes mais puras ou mais grosseiras do fluido  peculiar ao planeta em que vai se encarnar. Nesse processo, o Espírito atrai  automaticamente as moléculas que se afinam com o seu padrão  vibratório.
13.  Não é, pois, idêntica a constituição íntima do perispírito dos indivíduos que  povoam a Terra e o espaço que a circunda, fato que não se dá com o corpo  material, formado pelos mesmos elementos, independentemente da elevação  espiritual das pessoas. O envoltório perispirítico dos Espíritos modifica-se com  o progresso moral que eles realizam em cada existência, ainda que reencarnem no  mesmo meio. Assim, os Espíritos superiores, mesmo quando reencarnem em mundos  inferiores, terão perispírito menos grosseiro do que o perispírito dos Espíritos  vinculados, devido ao seu nível evolutivo, a esses mundos.
FONTE – O CONSOLADOR

Ontolgia




"Ontologia significa “estudo do ser” e consiste em uma parte da filosofia que estuda a natureza do ser, a existência e a realidade.

A palavra é formada através dos termos gregos ontos (ser) e logos (estudo, discurso). Engloba algumas questões abstratas como a existência de determinadas entidades, o que se pode dizer que Este termo foi popularizado graças ao filósofo alemão Christian Wolff, que definiu a ontologia como philosophia prima (filosofia primeira) ou ciência do ser enquanto ser. Assim, esta ciência tinha um caráter racional e dedutivo, que tinha como objetivo estudar os traços mais gerais do ser.

No século XX, a ligação entre ontologia e metafísica geral deu lugar a novos conceitos, como o de Husserl, que vê a ontologia como ciência formal e material das essências. Para Heidegger, a ontologia fundamental é o primeiro passo para a metafísica da existência.

A “prova ontológica” é uma das provas clássicas sobre a existência de Deus, que indica que se a mente humana pondera a existência de um ser perfeito, esse ser deve existir, pois a existência é um requisito de todos os seres. Assim, ao contemplar Deus como um ser perfeito e infinito, a sua existência é comprovada.

Retirado de: <https://www.significados.com.br/ontologia/>".

Portanto,  na Filosofia Espírita, teoricamente entendemos o Ser como a junção de: corpo(Ente) + espírito + perispírito; e isso nós justificamos pois entendemos a existência desses três elementos. Sendo assim, não conseguiremos demonstrar essa teoria, sem antes provarmos a existência do "espírito" e também do "perispírito", pois, a existência é parte fundamental na concepção do Ser.
Entendo então, que por mais que nós consigamos teorizar sobre o tema, temos antes e acima de tudo, que aprofundar nossos estudos sobre ele.

Volto então a um tema em mim sempre recorrente, NÓS ESPÍRITAS TEMOS QUE LEVAR A SÉRIO A FILOSOFIA ESPÍRITA, E APROFUNDAR COM RAZÃO E CONVICÇÃO NOSSOS ESTUDOS NESSA ÁREA, senão ficaremos sempre nos defrontando com o "talvez".
Estevão (tutor do curso de Filosofia Espírira Ifevale)

Ontologia Espírita

1. O SER HISTÓRICO
O problema do ser empolga toda a História da Filosofia e podemos considerá-lo como o elo que mantém a união do pensamento religioso com o filosófico.
O início da cogitação filosófica encontra-se em Pitágoras, quando o representa pelo número um.
Para Sartre, criador do Existencialismo Ateu, o Ser é uma espécie desses ovóides de que nos falam os livros de André Luiz.
No marxismo e no neopositivismo, é o ser humano o que importa.
E o que é o ser humano, senão a projeção pitagórica do Ser único e a projeção sartreana do mistério limboso? Assim, o Ser é sempre, em qualquer sistema ou concepção, o mistério do Um e do Múltiplo (1).

2. REVELAÇÃO E COGITAÇÃO
Na Filosofia Espírita esse mistério se aclara através da revelação e da cogitação.
revelação, como vimos, pode ser humana e divina. No caso, é divina, pois reservamos para o campo humano a expressão clássica da técnica filosófica: a cogitação.
Os Espíritos revelaram a existência do Ser pela comunicação mediúnica (e a provaram pela fenomenologia mediúnica), mas os homens confirmaram essa existência pela cogitação, pela pesquisa mental do problema.
Kardec não repetiu Descartes - cogito ergo sum - mas ampliou o conceito da presença de Deus no homem. Podemos interpretar assim a posição de Kardec: sinto Deus em mim, logo existo (1).

3. O SER HUMANO
Para Aristóteles, o Ser é “aquilo que é”.
Na Bíblia é Deus quem fala, embora figuradamente, e se explica: “Eu sou o que é”.
Deus é e se afirma na intuição cartesiana de Um Ser supremo, como se afirma no sentimento intuitivo kardeciano.
Na Filosofia Espírita o conceito de Ser abrange todas as categorias daquilo que é, concordando portanto com o pensamento filosófico antigo e moderno.
A definição do Ser supremo, por exemplo, nos é dada no item 1º de O Livro dos Espíritos da seguinte forma: “Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas” ( 1).

4. ESSÊNCIA E EXISTÊNCIA
Os seres têm essência e essa essência se desenvolve através da evolução: é o princípio inteligente. Essa essência se reveste de formas diversas no processo evolutivo, isto é, toma determinada forma e se reveste de matéria.
No ser humano, essa realidade se apresenta no complexo Espírito, Perispírito e Matéria. Entre os dois últimos existe ainda o fluido vital.
Toda essa complexidade, entretanto, é simplesmente a expressão  pluralista de um monismo fundamental. A essência é que tudo domina. Ela é a realidade última. Mas só através da existência conseguimos atingi-la.
Temos de penetrar as capas existenciais do Ser para encontrá-lo na sua realidade essencial (1).

5. VISÃO DIALÉTICA DAS COISAS E DOS SERES
Aprendemos que a realidade aparente é ilusória mas que também é necessária para chegarmos à realidade verdadeira.
O ser humano está no ápice da escala evolutiva existencial. Acima dele, os que superaram o domínio da matéria e que as religiões chamam anjos, devas, arcanjos e assim por diante.
Esses Espíritos conservam sua individualidade após a morte do corpo e a conservam através da evolução nos mundos superiores. Só a parte formal é perecível: o corpo e o perispírito.
A essência do Espírito é indestrutível, pois representa a atualização das potencialidades do princípio inteligente, uma criação de Deus para fins que ainda desconhecemos (1).
6. ESCALA ESPÍRITA

O Livro dos Espíritos, a partir do n.º 100, oferece-nos um esquema ontológico da evolução do homem. Não é um esquema rígido, mas uma orientação aos estudiosos (1).

ONTOLOGIA E ESPIRITISMO

Ontologia - do grego onto mais logia significa parte da Filosofia que  trata do ser enquanto ser, ou seja, do ser concebido na sua totalidade e na sua universalidade. A Ontologia seria, então, aciência do noumenoA ela caberia o papel especial de estudar o que permanece atrás dos fenômenos, de explicá-los, enquanto os fenômenos, propriamente ditos,  caberiam às ciências particulares. 

Essência e existência são os elementos básicos do ser. À pergunta: que é o ser, temos uma infinidade de respostas, dependendo, é claro, do ponto de vista considerado. Se materialista, a essência estaria na matéria; se idealista, no espírito; se religioso dogmático, em Deus. Essa aparente contradição de pontos de vista é aclarada pelo Espiritismo, que faz a síntese de todas as correntes filosóficas.

Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, define o Ser, com s maiúsculo, como sendo Deus, a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. A prova da existência de Deus não se dá Nele mesmo, mas nos efeitos que Dele provém. Dessa forma, se o efeito é inteligente deduz-se que a causa também o seja. Embora ainda nos falte um sentido para compreender o mistério da Divindade, chegará um dia que o compreenderemos, principalmente quando os nossos espíritos não estiverem mais obscurecidos pela matéria.
O Ser maiúsculo é Deus, o ser minúsculo é o homem. O ser minúsculo provém do Ser maiúsculo, ou seja, no ser minúsculo existe uma essência criada pelo Ser maiúsculo, cujo processo de criação ainda nos é infenso. Sabemos apenas que fomos criados simples e ignorantes, o que já é suficiente para entendermos o ser no seu tríplice aspecto: Espírito, Perispírito e Corpo Vital. Essa é a grande diferença que o Espiritismo nos proporciona com relação às diversas filosofias existentes. É por esse conhecimento que fazemos a síntese dessas filosofias.

O Espiritismo é uma doutrina com recursos extraordinários para desvendarmos os mistérios que se ocultam atrás do ser. Mas, mesmo assim, há muitos conhecimentos que não nos são revelados, porque não temos condições de absorvê-los. À medida, porém, que evoluímos através do nosso esforço e da nossa perseverança, vamos adentrando, também,  em níveis mais elevados do conhecimento superior.
Estejamos sempre alertas a fim de sermos dignos de captar o conteúdo da revelação que os Espíritos superiores nos proporcionam. Os bons Espíritos desejam apenas a constância do nosso progresso espiritual.

QUESTÕES
1)  Qual o conceito de Ontologia?
2)  Como o Ser é visto no processo histórico?
3)  Como o mistério do Um e do Múltiplo se aclara no Espiritismo?
4)  O que é o Ser supremo para o Espiritismo?
5)  O que distingue a essência da existência?

TEMAS PARA DEBATE
1)  O homem, no processo evolutivo, é o último estádio de evolução do Espírito?
2)  No que se transforma o ser após a morte física?
3)  Essência, existência e Espiritismo. Comente.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
(1) PIRES, J. H.  Introdução à Filosofia Espírita.
Copyright © 2010 por Sérgio Biagi Gregório
Blogs e Sites do Autor