domingo, 31 de março de 2019

VIDA ESPIRITUAL


A vida spiritual é a vida verdadeira. O mundo dos espíritos é a sua morada e o local onde desempenham suas principais missões e ocupações. Para se entender a vida espiritual é necessária uma compreensão maior a respeito de energia que, no Espiritismo, é conhecida pelo nome de fluido.  Os fluidos são energias sutis que fazem parte da energia que preenche o Universo. Allan Kardec chamou essa energia geral de Fluido Cósmico Universal. A matéria é uma condensação desse fluido e, as várias modalidades de energia conhecidas pelo homem, são estados diferentes do mesmo Fluido Cósmico Universal.

Matéria, energia e fluido são expressões da substância material, que difere do princípio espiritual pela inteligência presente neste último.

Os fluidos são mais maleáveis ao pensamento do que a matéria presta-se à realização dos fenômenos espirituais pela sua natureza sem imaterial. O períspirito, veículo de manifestação do espírito, é constituído de fluidos derivados do Fluido Cósmico Universal. Suas propriedades são a base para a realização dos fenômenos mediúnicos. O períspirito é corpo complexo, constituído de estruturas que se prestam às mais diferentes funções. Na realidade, o que se conhece pelo nome de períspirito é um conjunto de corpos que se interpenetram e vão sendo eliminados na medida em que o espírito evolui.

É através da manifestação dos fluidos que os espíritos constroem suas moradas e se organizam de acordo com sua evolução espiritual. Cidades, colônias, organizações diversas são construídas pela utilização e manipulação do Fluido Cósmico Universal. Quanto mais evoluído o espírito, mais capacidade tem ele de utilizar-se dos diferentes tipos de fluidos. É pelos fluidos e suas modificações que se estruturam as cidades astrais. A alimentação dos espíritos desencarnados se dá através de fluidos próprios que vitalizam o corpo espiritual.

Os espíritos, seres humanos desencarnados, organizam-se de acordo com os níveis de evolução em que se encontram o que vai ditar seus interesses após a morte do corpo. De acordo com seus estágios evolutivos buscam reunir-se para ações comuns. Há organizações com interesses diversos no mundo espiritual: escolas, hospitais, locais de repouso, de lazer, de preparação à reencarnação, de desenvolvimento espiritual, etc.

As pessoas que desencarnam doentes, e que, continuam nesse estado, são abrigadas em instituições onde espíritos, que organizam na tarefa do auxílio ao próximo, desenvolvem seus trabalhos de socorro e cura. Há outras que desencarnam em bom estado psíquico e logo se entrosam em grupos afins para continuarem seu crescimento espiritual. Os espíritos se agrupam por afinidades e mútuos interesses.

Evidentemente que espíritos mais atrasados também se agrupam, muitas vezes em situações de sofrimento e dor e noutras com a finalidade de perturbar pessoas e grupos com quem acreditam ter contas a ajustar. Portanto, há regiões onde impera a felicidade sem ociosidade como também há regiões de sofrimento e dor. Neste último caso é comum chamar-se de região umbralina ou simplesmente umbral. Os bons espíritos habitam regiões superiores onde imperam o amor e a verdade; os maus espíritos, estado transitório, habitam locais mais próximos da convivência com os encarnados, onde imperam a desordem e a indiferença. Os bons se unem aos bons; os intelectuais aos intelectuais; os ociosos aos ociosos; semelhante atrai semelhante.

Os espíritos que fazem parte de uma mesma família espiritual têm oportunidade de se reunirem para traçar novos planos de reencontro numa nova encarnação. Os verdadeiros laços de família se fortalecem após a morte.

Alguns podem retornar ainda desencarnados, e ajudar aqueles que ficaram. Outros não adquirem maturidade suficiente para tal e podem vir a atrapalhar seus sentes queridos. Em geral, os espíritos se buscam pelas afinidades e realizam suas tarefas de acordo com suas motivações.

Os espíritos desencarnados continuam seu processo evolutivo independente da vida na Terra. No mundo espiritual há tantas oportunidades quanto na carne para o desenvolvimento integral. Muitas vezes, os mesmos espíritos que se dedicaram à tarefa de educar quando encarnados continuam seus investimentos após a morte do corpo.

As cidades astrais proliferam em redor da Terra numa multiplicidade muito grande, de acordo com os interesses de grupos de espíritos afins.

Tanto quanto encarnados, os espíritos trabalham e organizam-se politicamente, buscando a melhor forma de convivência face aos desafios da vida eterna, muito mais complexos do que os da etapa em que se acredita mortal. Na vida espiritual há trabalho, alimentação, lazer, aprendizagem. A vida espiritual, pela consciência da eternidade e da lei do retorno a novas encarnações, promove modificações profundas na forma de pensar e de agir do ser desencarnado. Suas perspectivas modificam-se tendo em vista a necessidade de rever comportamentos e planejar novas encarnações.

As cidades espirituais se espalham pela vizinhança em torno de Terra, dispondo-se em regiões próximas às populações dos encarnados, com as quais mantêm ligações físicas e psíquicas. Elas, geralmente, são fundadas à mesma época em que surgem as cidades dos encarnados.

O desenvolvimento das cidades espiritual erigidas por espíritos mais adiantados, mais evoluídos moral e intelectualmente, impulsiona a evolução da Terra, tendo em vista a reencarnação de seus habitantes com o fito de fazer evoluir a sociedade dos encarnados. Espíritos cada vez mais adiantados reencarnam, de tempos em tempos, trazendo seus conhecimentos e suas experiências adquiridas junto a grupos de espíritos mais evoluídos, preocupados com o crescimento espiritual na Terra.

O desenvolvimento espiritual e o progresso tecnológico na Terra são fruto e reflexo do desenvolvimento das cidades espirituais. As cidades terrenas são cópias materiais das cidades espirituais a que estão ligadas. Há espíritos mais adiantados, missionários a serviço dos condutores do progresso de desenvolvimento espiritual da Terra, que reencarnam trazendo novas ideias fomentando o progresso, a paz e a harmonia nas populações. À vezes, surgem em comunidades atrasadas, superando as dificuldades de seu meio, fazendo revoluções que propiciam o crescimento social e espiritual da humanidade.

Os espíritos, quando desencarnados, têm uma vida social/espiritual de acordo com seus níveis de evolução. Reencarnam sempre em busca de novo aprendizado.

Extraído do livro Conhecendo o Espiritismo de Adenáuer Novaes - cap. 9.

sábado, 30 de março de 2019

CARACTERÍSTICAS DA MENSAGEM DO CRISTO


Sua mensagem transformadora e educativa é portadora de alegria e amorosidade. Aquele que sente a mensagem do Cristo mostra sua alegria interior nos atos mais simples da vida. Sua vivência não é uma demonstração para que o vejam, pois é dirigida para o interior de si mesmo. Ela é vivida de forma natural, espontânea, sincera e sadia. Nos seus momentos de irritação, ele não permite que alegria interior seja subtraída por muito tempo. Indigna-se, porém não perde o objetivo de seu estado de espírito natural. Permite-se contrariedade, porém logo se refaz.

Sua mensagem é preventiva e curativa. É um código de ética espiritual e de felicidade pessoal. O cristão sincero sabe que vivenciar a mensagem o prepara melhor para muitos males e aflições, com os quais naturalmente terá que aprender a viver. Pensar e sentir como um verdadeiro cristão coloca-nos em contato com o mais alto código de Vida, trazendo-nos paz e felicidade. O máximo de felicidade alcançável na Terra.

Seu exercício e sua vivência colocam o ser humano em contato com as forças superiores do universo. Os Bons Espíritos naturalmente procurarão intuir, para as mais nobres missões, aqueles que vivenciam sinceramente a mensagem do Cristo. A mediunidade intuitiva será a forma mais comum de captação das benéficas influências com o Mundo Espiritual Superior, para aqueles que sinceramente vivenciarem a mensagem do Cristo.

A mensagem do Cristo tem sido divulgada concitando as pessoas à fraternidade, à solidariedade, à comunhão, à consolação, à ajuda mútua e à assistência recíproca. Deve também ser vista como poderosa força de transformação e de vontade de mudança pessoal, Verdadeiramente alavanca para a motivação e a movimentação da energia que impulsiona o ser humano a viver, também conhecida pelo nome de energia psíquica.

Allan Kardec escreveu E.S.E. item I que a mensagem endereçada pelo Cristo é um “roteiro infalível para a felicidade.” É “uma regra de proceder que abrange todas as circunstâncias da vida privada e da vida pública, o princípio básico de todas as relações sociais que se fundam na mais rigorosa justiça.” De fato, é uma regra de proceder na vida pública (norma externa) como também na vida privada (norma interna). Quando a norma interna alcança o patamar em que o indivíduo atinja espiritualidade nas suas atitudes, ela será capaz de fazê-lo viver externamente bem na sociedade.

Alcançar espiritualidade é viver consciente da imortalidade da alma, compreender as atitudes humanas, respeitando inclusive os equívocos do outro, agir com calma e equilíbrio diante de situações adversas, ter fé e esperança num mundo melhor, utilizar-se da razão e do sentimento na análise das situações, confiar na presença dos Bons Espíritos em sal vida, buscar o crescimento pessoal e ocupar-se em proporcionar que outros o façam agir para com o próximo da mesma forma que gostaria que agissem consigo, dentre outras atitudes.

A mensagem do Evangelho nos convida à busca da alegria além do prazer efêmero. Eleva-nos a alma além das circunstâncias materiais, dando um sentido (objetivo) para a Vida. Um sentido espiritual, que vale para o além, para a eternidade, para o aquém e para o presente. Como mensagem cristã, o Espiritismo traz um conteúdo que deve nos levar à felicidade, como um estado de espírito, ainda enquanto encarnados. Os princípios espíritas devem ser perseguidos para utilização aqui e não apenas no além. Vivê-los no presente, para o presente, consequentemente para o futuro.

Podemos observar que os primeiros cristãos, face ao fulgor que brotava da essência da mensagem, por muitos séculos, ante ela, permaneceram admirados e em êxtase. Buscavam vive-la sem consciência de sua transcendência e magnitude. Isso ocorreu durante os primeiros séculos depois de Cristo. Mais tarde, já refeitos do primeiro impacto, politizaram e racionalizaram a mensagem. Transformaram-na em religião do Estado, oficial e obrigatória. O que ainda perdura até hoje, porém sem obrigatoriedade inicial. Em paralelo a estes, por muitos séculos também, apareceram os sectários e inquisidores que transformaram a mensagem em instrumento de punição e terror, agindo frontalmente contra sua essência de amor e paz. Logo depois, em oposição aos anteriores, surgiram os questionadores e reformadores que buscavam depurar a mensagem, porém deixando ainda marcas que a manchavam. Protestaram, provocando reações contrárias que fomentaram guerras que ainda ocorrem em nossos dias. Com o advento do Espiritismo podemos notar o surgimento de uma quinta e última geração de cristão, preocupados em viver plenamente a mensagem. Estes
Últimos, embora, às vezes, apresentem a mesmas tendências das outras gerações, até porque são os mesmo que retornam pela reencarnação, se perseguirem o propósito de aplicarem-na a si mesmos, alcançarão a iluminação apregoada pelo Cristo.

A mensagem cristã é, portanto, a espírita, pela sua capacidade de alcançar o consciente e, principalmente, o inconsciente humano, permite que a vida seja vista de um ponto de vista mais claro e menos pesado para o Espírito. O Espiritismo é uma doutrina leve e suave que faz com que os conflitos e problemas das pessoas sejam encarados da mesma forma.

Além de outros objetivos superiores, creio que a mensagem do Evangelho contém o propósito de que o ser humano alcance espiritualidade também enquanto encarnado.
Trecho extraído do livro Psicologia do Evangelho – Adenáuer Novaes – cap. – “Jesus, psicólogo da alma”.

A PSICOTERAPIA DO CRISTO


A psicoterapia aplicada pelo Cristo era sua própria personalidade. Impunha-se pelo exemplo e pela autoridade moral. Não trouxe um método ou uma técnica padronizada de busca ou de cura, como se lidasse com máquinas. A cada um de acordo com suas necessidades evolutivas. Agia com firmeza quando o momento exigisse, com brandura quando a situação comportasse e com silencia quando o assunto não merecesse palavras.

Sua personalidade superior exalava amor e equilíbrio. Sua presença derramava fluídos curadores no ambiente. Quem com ele manteve contato nunca mais foi o mesmo. Ele curava e provocava reflexões íntimas naturalmente. Estar em sua presença significava ter que refletir sobre si mesmo. Ele tocava a alma.

Ele não deve ser tomado como um psicólogo comum. Sua técnica não está mencionada nos livros das academias, principalmente pela inexistência de um padrão no atendimento às pessoas que o procuravam. A um questionamento, devolvia com outro, o que obrigada o interlocutor a perceber seu próprio processo.

Não julgava nem criticava, mas levava o outro a perceber-se e a enxergar-se, não apenas no comportamento social, mas, principalmente, na sua consciência. Infalível técnica de colocar-se diante do outro como um espelho neutro, que deve refletir aquilo que lhe é mostrado. E havia alguma, essa era a técnica.

Sua mensagem, portanto, além de levar-nos a uma conduta social harmônica, convida-nos inadiavelmente a iniciarmos uma autoanálise e uma autocrítica. Mais do que viver bem em sociedade, ela nos conduz a viver em paz com nossa própria consciência, examinando-a constantemente.

A psicologia adotada pelo Cristo é sempre atual, pois penetra as raízes do Espírito. Não é uma psicologia fisiológica ou mentalista, mas baseada na subjetividade da psique humana. Uma subjetividade não inferida, mas auto percebida e auto sentida. Qualquer entendimento que tenhamos da psicologia isto é, qualquer escola que se adote, a interpretação da mensagem poderá ser feita sem prejuízo de sua essência. É uma psicologia profunda e transformadora. Leva-nos à compreensão da necessidade de mudança e renovação. Quem entra em contato real com sua mensagem exige-se transformação. Obriga-se a uma revisão de valores internos. Aqueles comportamentos que antes de davam por imposições sociais, passam a ocorrer por um sentido íntimo de consciência superior da Vida.

O cristão não muda por ser cristão, mas por compreender um sentido e um objetivo de Vida. A partir dessa percepção, dizer-se cristão, isto é, rotular-se é secundário, não essencial e dispensável.

É uma psicologia para o corpo e para o Espírito. Compreender a vida consciente e a inconsciente. Ela não exige o corpo perfeito nem o corpo sadia, mas o corpo respeitado e bem cuidado. Respeitado nos seus limites e nas suas deficiências. Bem cuidado pela busca constante em coloca-lo o mais apto possível ao bom desempenho nas experiências que a vida exige. Para o Espírito, por dirigir-se diretamente a ele, a quem cabe o cuidado com o corpo, seu instrumento de percepção do mundo consciente.

Extraído do livro Psicologia do Evangelho – Adenáuer Novaes – cap. – “Jesus, psicólogo da alma”.

Psiquê

Estrutura funcional que responde pela atuação do Espírito no mundo. Pode ser entendida como uma função do Espírito, cuja configuração é extremamente plástica e flexível. Não se situa no corpo, porém sua ação se projeta diretamente no córtex cerebral. Nela estão contidos os processos inconscientes e conscientes do Espírito.
Livro Psicologia do Evangelho – Adenáuer Novaes – cap. – “Jesus, psicólogo da alma”.

JESUS



DE QUEM ESTAMOS FALANDO?

De um homem espontâneo, aberto ao relacionamento, numa sociedade submetida a uma religião formal e legalizada, que ditava o certo e o errado, e que provocava o cidadão constantemente a se perguntar o que era lícito ou não fazer. Estamos falando do conhecedor da alma, psicólogo por natureza, senhor dos Espíritos, pois tinha a capacidade de falar direto à consciência, ao inconsciente, à psiquê (Estrutura funcional que responde pela atuação do Espírito no mundo. Pode ser entendida como uma função do Espírito, cuja configuração é extremamente plástica e flexível. Não se situa no corpo, porém sua ação se projeta diretamente no córtex cerebral. Nela estão contidos os processos inconscientes e conscientes do Espírito.), ao Espírito. Um homem realizado e centrado.
De um homem alegre e cheio de vida, sem preconceitos, ou dificuldades para entender seu semelhante e ao mundo. De uma pessoa singular, sem ser arrogante e que vivia come como sua cultura o ditava.

De um homem que agia naturalmente, sem máscaras, coerente e comprometido com sua missão. Capaz de levar às últimas consequências aquilo em que acreditava. Um homem comum, nem Deus nem semideus, nem mito e nem embusteiro. Um homem que, pela sua nobreza, foi utilizado, como todo missionário, como referencial de projeção de mitos e heróis, pela própria necessidade da sociedade.

De voz suave e firme, de olhar meigo e penetrante, de gestos suaves e decididos, semblante calmo e altivo, ele pregava sem impor, atingindo o coração do ser humano pela autoridade moral e pela sabedoria de que era portador.

Trecho extraído do livro Psicologia do Evangelho – Adenáuer Novaes – cap. – “Jesus, psicólogo da alma”.

JESUS, PSICÓLOGO DA ALMA


Quem foi esse homem singular, capaz de viver numa época de poucas luzes, numa região de parcos recursos naturais atrativos, de comércio pouco promissor? Por que a escolha de nascer num povo que não apresentava experiências místicas transcendentes, como, por exemplo, na Índia ou na China? Seria talvez o fato da experiência vivida pelo sofrimento do cativeiro enfrentado no Egito e depois na própria Palestina, desta feita com os romanos? Será que ele considerava o sofrimento, a submissão e o desejo do encontro com Deus estados de espírito importantes para a recepção de sua mensagem? Qualquer que tenha sido seu motivo pessoal foi naquele povo sofrido e numa sociedade eminentemente teocrática que ele escolheu trazer sua mensagem profunda e transformadora.

Sua escolha mudou a faze do mundo ocidental muito mais do que da região onde ele viveu, em todos os sentidos. Mudou a religião, a economia, os costumes, a visão de mundo e da Vida, e, principalmente a percepção de Deus. A Terra não seria como hoje é sem sua mensagem vigorosa, endereçada ao coração humano. Não sabemos como estaríamos sem ela, porém com certeza teríamos a necessidade de conhecer alguma outra mensagem renovadora e libertadora. O mundo oriental, face à globalização das culturas, também sofreu e sofre sua benéfica influência, ampliando seus horizontes psíquicos e sociais.

Nem sempre foi possível ao ser humano aplicar verdadeiramente e com equilíbrio os preceitos cristãos. Coletivamente prevaleceu durante muitos séculos, e ainda prevalecem, os interesses egoístas e materialistas. Sua aplicação tem sido mais social que interna. A mensagem vem sendo gradativamente compreendida e aplicada pelos cristãos, porém de forma muito lenta e com pouco compromisso com a transformação interior. Por não haver um centro diretor (ainda bem que não há), mas vários, o cristianismo vem se desenvolvendo de forma heterogênea, de acordo com o desenvolvimento particular de seus profitentes.

Esse é um dos motivos pelo qual creio ser imprescindível o investimento do cristão em si mesmo, no seu mundo psíquico, na sua vida psicológica e espiritual. Na compreensão de si mesmo e de seus processos internos.

Extraído do livro Psicologia do Evangelho – Adenáuer Novaes – cap. – “Jesus, psicólogo da alma”.