DE QUEM ESTAMOS FALANDO?
De um homem espontâneo, aberto ao relacionamento, numa sociedade
submetida a uma religião formal e legalizada, que ditava o certo e o errado, e
que provocava o cidadão constantemente a se perguntar o que era lícito ou não
fazer. Estamos falando do conhecedor da alma, psicólogo por natureza, senhor
dos Espíritos, pois tinha a capacidade de falar direto à consciência, ao inconsciente,
à psiquê (Estrutura funcional que responde pela atuação do Espírito no mundo.
Pode ser entendida como uma função do Espírito, cuja configuração é
extremamente plástica e flexível. Não se situa no corpo, porém sua ação se
projeta diretamente no córtex cerebral. Nela estão contidos os processos inconscientes
e conscientes do Espírito.), ao Espírito. Um homem realizado e centrado.
De um homem alegre e cheio de vida, sem preconceitos, ou
dificuldades para entender seu semelhante e ao mundo. De uma pessoa singular,
sem ser arrogante e que vivia come como sua cultura o ditava.
De um homem que agia naturalmente, sem máscaras, coerente e
comprometido com sua missão. Capaz de levar às últimas consequências aquilo em que
acreditava. Um homem comum, nem Deus nem semideus, nem mito e nem embusteiro.
Um homem que, pela sua nobreza, foi utilizado, como todo missionário, como
referencial de projeção de mitos e heróis, pela própria necessidade da
sociedade.
De voz suave e firme, de olhar meigo e penetrante, de gestos
suaves e decididos, semblante calmo e altivo, ele pregava sem impor, atingindo
o coração do ser humano pela autoridade moral e pela sabedoria de que era
portador.
Trecho extraído do livro Psicologia do Evangelho – Adenáuer Novaes
– cap. – “Jesus, psicólogo da alma”.
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