quarta-feira, 4 de setembro de 2019

PERCEPÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE FLUIDOS

SUMÁRIO:O Universo que não conseguimos perceber normalmente. Os fluidos e sua fonte primária. Absorção automática de fluidos. Exteriorização e percepção fluídica. Atmosfera psíquica própria do ser humano. Identificação e análise dos fluidos.

OS FLUIDOS E SUA FONTE PRIMÁRIA. - Vivemos em um Universo constituído de partículas, raios e ondas, que não conseguimos perceber normalmente. A própria matéria é constituída de pequenas porções chamadas átomos, que são tão pequenas que não podem ser vistas nem com os melhores aparelhos. Mas, ainda assim, concebemos que a matéria compacta que conhecemos e que compõe um objeto qualquer - uma mesa, uma cadeira, um livro - é formada do ajuntamento dessas pequenas partículas invisíveis.

Ela não são imóveis, pelo contrário; é a velocidade intensa que as anima que faz com que estejam aparentemente em muitos lugares, dando continuidade à matéria. As pás de um ventilador desligado dão-nos uma ideia a respeito, visto que se pode passar os dedos entre elas, através dos espaços vazios, o que não é possível fazer quando o ventilador está ligado.

Estamos submersos em um mundo de matéria sutilizada, refinada, invisível, porém real, e que tem como fonte primária uma substância que denominamos fluido cósmico universal, que dá origem a todas as formas materiais conhecidas e desconhecidas, bem como a todas as formas de energia nos variados graus em que se manifesta.

Os fluidos nada mais são que formas energéticas dessa substância primordial que nosso perispírito automaticamente absorve do meio ambiente, transforma de acordo com o padrão vibratório espiritual em que se encontra e irradia em derredor de si, formando uma verdadeira esteira psíquica, ou hálito mental. (60)

Essa substância primordial sujeita-se à impulso da mente do Espírito, esteja encarnado ou desencarnado, e o pensamento e as emoções dão-lhe uma determinada estrutura, mas ou menos densa, de acordo com a maior ou menor pureza ou harmonia com que são emitidos. Quanto mais elevados são os pensamentos e as emoções, os fluidos são mais harmônicos, agradáveis, luminosos e saudáveis. Quanto mais inferiores, mais desarmônicos, desagradáveis, escuros, doentios.

EXTERIORIZAÇÃO E PERCEPÇÃO FLUÍDICA - Constantemente estamos irradiando de nós o que realmente somos e impregnando com esse fluido particular as coisas, o ambiente, os objetos, influindo assim sobre as pessoas que aceitam e assimilam essa tonalidade energética. Graduando a força do pensamento, podemos irradiar uma quantidade maior e de qualidade superior de fluidos que metabolizamos com a nossa mente. Daí a importância de sempre a mantermos em estado de elevação.

Como visto, estamos envoltos em uma atmosfera fluídica que absorvemos automaticamente e metabolizamos, dando características particulares a esses fluidos. Assim é que cada um de nós vive na atmosfera psíquica que lhe é própria, recebendo na proporção exata do que tenha semeado.

É preciso saber, porém, que não vivemos isolados e que agimos e reagimos uns sobre os outros. Uma lei rege esse mecanismo: os semelhantes se atraem e os contrários se repudiam. Sabemos também que no fenômeno mediúnico, durante o transe, ocorre uma exteriorização mais ou menos acentuada do perispírito do médium e, nessas circunstâncias, se acordam na criatura percepções que se achavam impedidas de funcionar plenamente, em face do maior estreitamento vibratório determinado pela influência do organismo físico sobre a alma.

Assim o médium fica de posse de uma percepção mais acurada e sente em todo o corpo uma sensação de maior vibratilidade, conseguindo então, pela associação das correntes fluídicas com que entra em contato, saber-lhes a intensão, sentir-lhes o "peso específico", que será tanto maior quanto mais desagradáveis e pesados forem os fluidos.

Os fluidos que envolvem uma pessoa se misturam com os que  compõem a atmosfera espiritual dos indivíduos presentes e dos Espíritos atraídos para o ambiente, formando no seu conjunto o ambiente fluídico do local, que pode ser perfeitamente percebido pelo médium, pois este dispõe de sentidos mais aguçados.

IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DOS FLUIDOS - A prática ensinará ao médium como deve diferenciar os vários tidos de Espíritos, conforme os fluidos que lhes são particulares.

De um modo geral, sabemos que os bons Espíritos irradiam em torno de si fluidos leves, agradáveis, suaves, calmos, harmônicos, e o médium tem uma sensação de bem-estar geral e euforia espiritual, podendo então, se entrar na faixa mental do Espírito, perceber-lhe as ideias, intenções e sentimentos. Os maus irradiam fluidos pesados, desagradáveis, fortes, violentos, desarmônicos, e o médium tem uma sensação de mal-estar geral, ansiedade, desassossego, nervosismo, cabeça pesada, pálpebras chumbadas, bocejos frequentes e arrepios. (61)

O médium em desenvolvimento, após a concentração e a prece, ficará em atitude passiva, relaxado física e psiquicamente, procurando colocar-se em condições de perceber o ambiente psíquico local e o de algumas entidade que por ventura dele se aproxime, analisando quanto possa os efeitos dessa influência a ela se associando ou rechaçando-a.

 Astolfo Olegário de Oliveira
Extráido do livro 20 Lições sobre Mediunidade cap.7

60 Sobre os fluidos, sua natureza e sua qualidades, leia também os cap. e 6 desta obra. 
61 "A Gênese", cap. XIV, itens, 19 e 20.

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