Já possuímos todos os “ingredientes” para levedar a
“massa” de nossa evolução
“massa” de nossa evolução
“E
todas as nações serão reunidas diante d`Ele, e apartará uns dos outros,
como o pastor aparta os bodes das ovelhas; e porá as ovelhas à sua
direita, mas os bodes à esquerda.” (Mt., 25:32 e33.)
Segundo Emmanuel[1], “há muitos milênios, um dos orbes da Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos. As lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas, como ora acontece convosco, relativamente às transições esperadas no século XX, neste crepúsculo de civilização. Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a edificação dos seus elevados trabalhos.
As
grandes comunidades espirituais, diretoras do Cosmos, deliberam, então,
localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui
na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos
penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e
impulsionando, simultaneamente, o progresso de seus irmãos inferiores.
Foi
assim que Jesus recebeu, à luz do Seu Reino de Amor e de Justiça,
aquela turba de seres sofredores e infelizes. Com a Sua palavra sábia e
compassiva, exortou essas Almas desventuradas à edificação da
consciência pelo cumprimento dos deveres de solidariedade e de amor, no
esforço regenerador de si mesmas. Mostrou-lhes os campos imensos de luta
que se desdobravam na Terra, envolvendo-as no halo bendito da Sua
misericórdia e da Sua Caridade sem limites. Abençoou-lhes as lágrimas
santificadoras, fazendo-lhes sentir os sagrados triunfos do futuro e
prometendo-lhes a sua colaboração cotidiana e a Sua vinda no porvir”.
No
transcurso do Terceiro Milênio, a nossa Terra estará atingindo, também,
a exemplo do orbe de Capela, a culminância de um dos seus mais penosos
ciclos evolutivos, que, aliás, foi profetizado por Jesus[2] há dois milênios: “não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada”.
“Dize-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?”
E Jesus, respondendo, disse-lhes:
“acautelai-vos, que ninguém vos engane; porque muitos virão em Meu
Nome, dizendo: eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. E ouvireis de
guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é
necessário que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se
levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e
pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o
princípio das dores. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo. E
este Evangelho do Reino será pregado em todo o Mundo, em testemunho a
todas as gentes, e então virá o fim”.
Muitos exegetas precipitados baseiam-se nesta frase de Jesus (e então virá o fim)
para, apocalipticamente profetizar o fim do Mundo. Ora, será possível
que o mundo vai chegar ao fim justamente no momento em que o Evangelho
do Reino estiver sendo pregado em toda parte?! Tal fato seria incoerente
e paradoxal!...
Realmente
será mesmo o fim do mundo, mas do Mundo de Provas e Expiações que se
alçará à categoria de Mundo de Regeneração. E as criaturas que ignoram a
Doutrina Espírita não conseguem visualizar essa sutileza, pois não
conseguem entender Jesus quando menciona que “a Casa do Pai tem muitas moradas”,
e o Espiritismo, ratificando-Lhe as palavras nos mostra a escala dos
mundos, que se resume nos seguintes: Mundos Primitivos, Mundos de Provas
e Expiações, Mundos de Regeneração, Mundos Ditosos ou Felizes e,
finalmente: Mundos Celestiais, última escala dos Espíritos que já
atingiram o zênite e o nadir da evolução...
Seria
um insulto à misericórdia do Pai Celestial julgar que a Terra será
destruída justamente após ter sido escoimada dos males e misérias que
hoje a assolam.
Tão
somente o Espiritismo que, com suas luzes inapagáveis, está credenciado
para oferecer-nos a solução para tais questões. O Espírito Imortal “progride sempre, tal é a Lei”, e, também, da mesma forma as “muitas moradas da Casa do Pai”, isto é, os planetas, semeados no Universo Infinito...
Ao
Espírito calceta, refratário, empedernido e indócil, não restará outra
alternativa senão a emigração para um Orbe cujo nível (ou desnível?)
evolutivo comporte a sua rebeldia, isto é, um Orbe inferior onde “há trevas, choro e ranger de dentes”.
Lázaro avisa com severidade[3]:
“(...) ai do Espírito preguiçoso, ai daquele que cerra o seu
entendimento! ai dele! porquanto nós, que somos os guias da humanidade
em marcha, lhe aplicaremos o látego e lhe submeteremos a vontade
rebelde, por meio da dupla ação do freio e da espora. Toda resistência
orgulhosa terá de, cedo ou tarde, ser vencida. Bem-aventurados, no
entanto, os que são brandos, pois prestarão dócil ouvido aos ensinos”.
Afirma São Luís[4]: “predita
foi a transformação da humanidade e vos avizinhais do momento em que se
dará, momento cuja chegada apressam todos os homens que auxiliam o
progresso. Essa transformação se verificará por meio da encarnação de
Espíritos melhores, que constituirão na Terra uma geração nova. Então,
os Espíritos maus, que a morte vai ceifando dia a dia, e todos os que
tentem deter a marcha das coisas serão daí excluídos, pois que viriam a
estar deslocados entre os homens de bem, cuja felicidade perturbariam.
Irão para mundos novos, menos adiantados, desempenhar missões penosas,
trabalhando pelo seu próprio adiantamento, ao mesmo tempo em que
trabalharão pelo de seus irmãos ainda mais atrasados.
Todos
vós, homens de fé e de boa vontade, trabalhai, portanto, com ânimo e
zelo na grande obra da regeneração, que colhereis pelo cêntuplo o grão
que houverdes semeado. Ai dos que fecham os olhos à luz! Preparam para
si mesmos longos séculos de trevas e decepções. Ai dos que fazem dos
bens deste mundo a fonte de todas as suas alegrias! Terão que sofrer
privações muito mais numerosas do que os gozos de que desfrutaram!”
Jesus ensinou[5]: “o
Reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher, tomando-o,
escondeu em três medidas de farinha, até que tudo levedou”.
Não padece dúvida que o significado dessas três medidas não é outro senão as três Revelações que tivemos com Moisés, Jesus e Kardec e também os três milênios que nos foram dados de prazo para assimilar essas Revelações. Já temos, então, todos os “ingredientes” para levedar a “massa” de nossa evolução e elevar-nos para os níveis superiores.
Aos
Espíritos calcetas, refratários à luz (bodes) caberá, então, ficar à
esquerda, enquanto os que docilmente acederam ao convite (ovelhas)
ficarão à direita.
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