A lei do Antigo
Testamento teve em
Moisés a sua
personificação; a do
Novo Testamento tem-na
no Cristo. O Espiritismo
é a Terceira Revelação
da Lei de Deus, mas não
tem a personificá-la
nenhuma individualidade,
porque é fruto do ensino
dado, não por um homem,
sim pelos Espíritos, que
são as vozes do Céu,
em todos os pontos da
Terra, com o concurso de
uma multidão inumerável
de intermediários. É, de
certa maneira, um ser
coletivo, formado pelo
conjunto dos seres do
mundo espiritual, cada
um dos quais traz o
tributo de suas luzes
aos homens, para lhes
tornar conhecidos esse
mundo e a sorte que os
espera.(1) Sabemos
que a Lei de Deus foi
expressa no Sinai a
Moisés, as Lições de
Jesus em Israel e a
Terceira Revelação a
Allan Kardec na França
de 1857. Cada uma dessas
revelações foi a
expansão das idéias
apresentadas
anteriormente,
obedecendo a inequívoca
lei do progresso.
Obviamente toda
Revelação tem por
característica a
Verdade. Se for
desmentida por fatos,
deixa de ter origem
divina, pois Deus não se
engana nem mente.
Observemos que com
Moisés temos o impacto
da força e do temor,
para arrancar os homens
da idolatria (bezerro de
ouro) e da submissão ao
paganismo. Com Jesus
temos o exercício da fé
e do amor, para livrar o
homem do aguilhão dos
formalismos, da
tradição, inspirando-o à
prática da fraternidade.
Com os Espíritos
concretiza-se o emprego
da verdade, que ilumina
a fé pelo raciocínio,
para que o espírito
humano possa amar
compreendendo sua
transcendência. O homem
já não deve temer, nem
apenas crer e amar, mas
também e, sobretudo
saber para que crê e
porque ama.
Uma importante revelação
se cumpre na época
atual: a que nos
mostra a possibilidade
de se comunicar com os
seres do mundo
espiritual, pela
mediunidade. Esse
conhecimento não é novo,
sem dúvida; mas
permaneceu, até os
nossos dias, de certa
forma, no estado de
letra morta, quer dizer,
sem proveito para a
Humanidade. (2)
O mestre Lionês explica
que o Cristo, tomando da
lei antiga o que era
eterno e divino, e
rejeitando o que não era
senão transitório,
puramente disciplinar e
de concepção humana
[leis mosaicas],
acrescentou a revelação
da vida futura, a das
penas e recompensas que
esperam o homem depois
da morte. Dando-nos a
conhecer o mundo
invisível, as leis que o
regem, suas relações com
o mundo visível, a
natureza e o estado dos
seres que o habitam e em
conseqüência, o destino
do homem depois da
morte. À idéia vaga
da vida futura
acrescenta a revelação
do mundo invisível que
nos cerca e povoa o
espaço, e, com isto,
fixa a crença, dá-lhe um
corpo, uma consistência,
uma realidade no
pensamento. (3)
Um dos pontos altos da Terceira Revelação é a lei das vidas sucessivas, objetivando demonstrar que o Espírito não encarna uma só vez, mas tantas e quantas forem necessárias a fim de se tornar um Espírito perfeito e portador das mais nobres qualidades morais e espirituais. A reencarnação, cujo princípio o Cristo colocou no Evangelho, mas sem defini-lo, é, sem dúvida, uma das leis mais importantes reveladas (relembradas) pelo Espiritismo, no sentido de que lhe demonstra a realidade e a necessidade para o progresso.
Um dos pontos altos da Terceira Revelação é a lei das vidas sucessivas, objetivando demonstrar que o Espírito não encarna uma só vez, mas tantas e quantas forem necessárias a fim de se tornar um Espírito perfeito e portador das mais nobres qualidades morais e espirituais. A reencarnação, cujo princípio o Cristo colocou no Evangelho, mas sem defini-lo, é, sem dúvida, uma das leis mais importantes reveladas (relembradas) pelo Espiritismo, no sentido de que lhe demonstra a realidade e a necessidade para o progresso.
A Terceira Revelação,
bem longe de negar ou de
destruir o Evangelho,
vem ao contrário,
confirmar, explicar e
desenvolver, pelas novas
leis da Natureza que
revela, tudo o que o
Cristo disse e fez; traz
a luz sobre o ponto
obscuro dos seus
ensinamentos, de tal
sorte que aqueles para
quem certas partes do
Evangelho eram
ininteligíveis, ou
pareciam inadmissíveis,
as compreendem sem
esforço, com a ajuda do
Espiritismo, e as
admitem, vêem melhor a
sua importância e podem
separar a realidade da
alegoria.
Não resta dúvida de que
os Evangelhos têm sido
entendidos, ao longo dos
séculos, precipuamente
em sua feição literal;
mas, com a Revelação dos
Espíritos, a
interpretação literal,
tendo em vista o estádio
evolutivo das gerações,
de há muito não
prevalece. O
Espiritismo - Terceira
Revelação -, com suas
raízes mais profundas
fincadas no Evangelho do
Cristo, não deixa de
apresentar-se como
doutrina essencialmente
dinâmica, evolutiva.
(4)
Para André Luiz a
Terceira Revelação
entroniza a certeza que
a mediunidade atual é,
essencialmente, a
profecia das religiões
de todos os tempos. Com
a diferença de que a
mediunidade hoje é uma
concessão do Senhor à
Humanidade em geral,
considerando-se a
madureza do entendimento
humano, à frente da vida.
(5)
A mediunidade em si não
é coisa recente, a
diferença atualmente
dela é tão-somente a
forma de mobilização,
porque a liderança
religiosa de várias
procedências jaz, há
muitos séculos,
engessado no estéril
culto exterior,
espetaculizando
indebitamente o conjunto
das revelações
metafísicas.
Sobretudo a religião
cristã de várias
denominações, que
deveria ser a mais
consistente e a mais
simples das propostas de
fé, há vários séculos se
embutiu no
superficialismo dos
templos de pedra. Era
mister transferir-lhes
os princípios, a
benefício do mundo que,
cientificamente, hoje se
banha no clarão de nova
era. (6) Motivo pelo
qual, pela Terceira
Revelação, o Senhor da
Vida deliberou que a
mediunidade fosse
trazida do colégio
sacerdotal à praça
pública, a fim de que a
noção da eternidade,
através da sobrevivência
da alma, desperte a
mente narcotizada do
povo.
O próprio Cristo,
Instrumento de Deus por
excelência, se utilizou
da mediunidade para
acender a luz da sua
Doutrina de Amor. Seja
aliviando as dores de
enfermos e asserenando
os que estavam sob o
impacto da aflição, e
não raro, comunicou-se
com os desencarnados,
alguns dos quais
Espíritos sofredores a
subjugarem obsedados de
diversas gradações.
E, além de surgir em
colóquio com Moisés
materializado no Tabor,
Ele mesmo é o grande
ressuscitado, legando
aos homens o sepulcro
vazio. (7)
A Terceira Revelação,
sem quaisquer
arrogâncias,
simbolicamente, é Jesus
que retorna ao mundo,
instando-nos ao
crescimento espiritual.
À Revelação Espírita
deveremos, acima de
tudo, a luz para vencer
os tenebrosos enigmas da
desencarnação, a fim de
que nos consorciemos,
afinal, com as legítimas
noções da consciência
cósmica. E como ressalta
André Luiz: será
pouco revelar a
excelsitude da Justiça?
Será desprezível
descortinar a vida em
suas ilimitadas facetas
de evolução e
eternidade? (8)
Portanto, através da
Terceira Revelação
observaremos
embevecidamente, dos
cimos da consciência de
realidade, os estreitos
compartimentos das
cogitações terrenas,
compreendendo
racionalmente, por fim,
que o esplendor
reservado ao homem é
excelso e infinito, no
Reino Divino do
Universo.
Com a certeza na vida
futura que o Espiritismo
comprova de modo tão
claro, o homem adquire
força para seguir sua
caminhada, certo de que
um dia esse Deus interno
que existe dentro de nós
resplenderá inteiramente
e ofuscará de vez o
homem velho que ainda
faz morada em nossa
alma.
FONTES:
1 - Kardec, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo, RJ: Ed. FEB, 2003, Cap. I.
2 - Kardec, Allan. A Gênese, RJ: Ed. FEB, 2001, Cap. I.
3 - Idem.
4 - Artigo de Juvanir Borges de Souza, publicado em Reformador - abril de 1977.
5 - Xavier, Francisco Cândido. Nos Domínios da Mediunidade, RJ: Ed. FEB, 1999, Cap. "Apontamentos à Margem".
6 - Idem.
7 - Idem ibidem.
8 - Idem ibidem.
FONTES:
1 - Kardec, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo, RJ: Ed. FEB, 2003, Cap. I.
2 - Kardec, Allan. A Gênese, RJ: Ed. FEB, 2001, Cap. I.
3 - Idem.
4 - Artigo de Juvanir Borges de Souza, publicado em Reformador - abril de 1977.
5 - Xavier, Francisco Cândido. Nos Domínios da Mediunidade, RJ: Ed. FEB, 1999, Cap. "Apontamentos à Margem".
6 - Idem.
7 - Idem ibidem.
8 - Idem ibidem.
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