terça-feira, 28 de junho de 2016

VISÃO ESPIRITUAL DO TRABALHO


Segundo Joanna de Angelis o trabalho tem como objetivo a melhoria das condições de vida bem como do meio onde o individuo se encontra. Impulsiona a capacidade criativa do homem de modo a obter altas expressões de beleza e de harmonia. Liberta-o paulatinamente, das formas grosseiras e primárias em que transita para atingir a plenitude da perfeição. Não fora o trabalho e o homem permaneceria na infância primitiva. Deus muitas vezes faculta ao fraco de forças físicas os inapreciáveis recursos da inteligência, mediante a qual granjeia progresso e respeito, adquirido independência econômica, valor social e consideração, contribuindo poderosamente para o progresso de todos.

Emmanuel esclarece-nos que a partir do momento que o trabalho se transforma em prazer de servir, surge o ponto mais importante da remuneração espiritual. A Justiça Divina nos procura no endereço exato para execução das sentenças que lavramos contra nós próprios, segundo as leis de causa e efeito, se nos encontra no serviço ao próximo. Assim manda a Divina Misericórdia que a execução seja suspensa, por tempo indeterminado.
 
Os Espíritos da Codificação nos ensinam que a capacidade adquirida pelo estudo e pelo trabalho torna-se uma verdadeira propriedade, da qual é naturalmente lícito tirar proveitos. Os Espíritos não poupam o homem dos trabalho de pesquisas. Não lhes trazem formulas prontas. Pelo contrario, auxiliam o homem nas novas descobertas e invenções. Se assim não fosse lhe colocaria tudo pronto as mãos sem o incômodo, sequer, de abaixar-se para apanhar, nem mesmo o de pensar. A necessidade fez criar a riqueza, como fez descobrir a Ciência. A atividade que esses mesmos trabalhos impõem lhe amplia e desenvolve a inteligência. E esta que ele concentra, primeiro, na satisfação das necessidades materiais, o ajudará mais tarde a compreender as grandes verdades morais.
Por que não são igualmente ricos todos os homens? Não o são por uma razão muito simples: por não serem igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar. Quando a falta do trabalho se generaliza, toma proporções de um flagelo como a miséria.

 A ciência econômica procura o remédio no equilíbrio entre a produção e o consumo; mas esse equilíbrio, supondo-se que seja possível, não será contínuo, e nesses intervalos o trabalhador precisa viver. Há um elemento que não se costuma considerar, sem o qual a ciência econômica torna-se apenas uma teoria: é a educação. Não a educação intelectual, mas a educação moral; não ainda a educação moral pelos livros, mas a que consiste na arte de formar o caráter, que dá os hábitos: porque educação é o conjunto dos hábitos adquiridos.

Diante destas considerações finalizamos com a frase Jesus ao responder aos judeus que o perseguiam porque fazia boas obras no Sábado (Dia do Sabbath):

“Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. (João 5:17).” O Pai dá o exemplo do qual espera que os filhos o sigam. Em outras palavras, Jesus nos mostra a importância do trabalho visto que o Pai dentro de Sua perfeição utiliza o trabalho, obviamente não no entendimento de ganho, mas de prazer e de satisfação. E fundamental voltarmos a colocar o trabalho na sua verdadeira função, qual seja, educativa, prazerosa e criativa.

Extraído
CURSO DE FILOSOFIA ESPÍRITA (CFE) LIVRO 2 - CAPÍTULO 20 - TURMA A DISTANCIA TRABALHO – ALIENAÇÃO - LEI DO TRABALHO

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