Pelo trabalho o homem transforma a natureza.
E alem de transformar a natureza, humanizando-a, procede a união dos homens e, sobretudo transforma o próprio homem.
Isto significa que pelo trabalho o homem se autoproduz, desenvolve habilidades e imaginação.
Aprende a conhecer as forças da natureza, desbravando-a e desafiando-la.
Impõe-se uma disciplina.
O homem não permanece o mesmo, pois o trabalho altera a visão que ele tem do mundo e de si mesmo.
Se num primeiro momento a natureza se apresenta aos homens como destino, o trabalho será a condição da superação dos determinismos:
a transcendência é propriamente a liberdade.
Por isso, a liberdade não é alguma coisa que é dada ao homem, mas o resultado da sua ação transformadora sobre o mundo, conforme seus projetos
Segundo Pietro Ubaldi, em A Grande Síntese, para preparar o reino do espírito é necessário primeiro transformar a terra, pois as vias da evolução, no nível humano, são a Ciência e o Trabalho.
Devemos atentar para não tornar o trabalho unicamente utilitário numa visão limitada, egoísta e socialmente danosa denominado trabalho-ganho.
É necessário transforma-lo em trabalho-aprendizado, trabalho-prazer, trabalho-missão.
Limitar o trabalho à exclusiva finalidade egoística do ganho é diminuir-se a si mesmo.
É um mutilar-se, uma renúncia à função de célula social, de construtor, que por menor que seja, tem seu lugar no funcionamento orgânico do universo.
Compreender o trabalho como disciplina do espírito, como escola de ascensão, como absoluta necessidade da vida, que relaciona o nosso progresso mediante nosso esforço, dando um sentido de seriedade, de dever, de responsabilidade perante a vida.
Extraido da apostila
CURSO DE FILOSOFIA ESPÍRITA (CFE) LIVRO 2 - CAPÍTULO 20 - TURMA A DISTANCIA TRABALHO – ALIENAÇÃO - LEI DO TRABALHO
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