Sobre as leis de Deus n’O
Livro dos Espíritos - Parte Terceira, nos
capítulos de I a XII, Allan Kardec diz:
A lei natural é a lei de Deus.
É a única verdadeira para a felicidade do
homem; ela lhe indica o que deve ou não
fazer, e ele é infeliz somente quando se
afasta dela: A lei natural Eterna e imutável
como o próprio Deus.
Deus não pode se enganar; são
os homens que são obrigados a mudar suas
leis, porque são imperfeitos; mas as leis de
Deus são perfeitas. A harmonia que rege o
universo material e o universo moral é
fundada sobre as leis que Deus estabeleceu
para toda a eternidade.
Todas as leis da natureza são
leis divinas, uma vez que Deus é a causa de
todas as coisas. O sábio estuda as leis da
matéria, o homem de bem estuda as leis morais
e as pratica.
Uma vez que o homem traz
escrito na consciência a lei de Deus, há
necessidade que ela lhe seja revelada para que
aflore.
Assim, Deus deu a alguns homens a missão de revelar Sua lei.
A lei natural pode ser
dividida em onze partes, compreendendo as leis de
adoração, trabalho, reprodução, conservação,
destruição, sociedade, progresso, igualdade,
liberdade e, por fim, a de justiça, amor e
caridade e perfeição moral.
O tipo mais perfeito que Deus
ofereceu ao homem para lhe servir de guia e
modelo foi Jesus.
A seguir passamos a resumir estas leis.
1. Lei da adoração:
É a elevação do pensamento a Deus.
Pela adoração, a alma (Espírito encarnado) se aproxima d’Ele.
A verdadeira adoração é a do coração.
Em todas as vossas ações,
imaginai sempre que o Senhor está convosco.
Esta lei é equivalente a Amar a Deus sobre todas as coisas.
O estudo desta lei está subdividido em:
- 1. Objetivo da adoração; -
2. Adoração exterior; - 3. Vida
contemplativa;
- 4. A prece; - 5. Panteísmo; - 6. Sacrifícios.
2. Lei do Trabalho:
O trabalho é uma lei natural,
por isso mesmo, é uma necessidade, e a
civilização obriga o homem a trabalhar mais,
porque aumenta suas necessidades e prazeres.
Ao trabalhar o homem promove o progresso.
O estudo desta lei está subdividido em:
1. Necessidade do trabalho; - 2. Limite do trabalho. Repouso.
3. Lei da Reprodução:
Isso é evidente; sem a reprodução, o mundo corporal acabaria.
Esta lei se aplica ao reino vegetal e animal, incluindo aí o homem.
É necessário e permitido ao
homem que entenda melhor esta lei, atuando
nela.
Portanto, criar
novas espécies de vegetais, fazer clones de
animais, criar fetos humanos em provetas,
etc., e é aprendizado segundo a Lei do
progresso.
O estudo desta lei está subdividido em:
- 1. População do globo; - 2.
Sucessão e aperfeiçoamento das raças;
- 3. Obstáculos à reprodução; -
4. Casamento e celibato; - 5. Poligamia.
4. Lei da Conservação:
O instinto de conservação foi
dado a todos os seres vivos, seja qual for o
grau de inteligência.
Para uns, nos animais, por
exemplo, é puramente mecânico, já que o
instinto é um tipo de inteligência.
Para outros, os homens, parte
dele permanece mecânico, como instinto
(nossas reações automáticas na presença do
perigo), e parte dele podemos submeter nossa
inteligência racional, submetendo-o à nossa
vontade, já que em alguns casos podemos
controlar o instinto.
O
instinto de conservação, que nos foi útil no
reino animal na forma mecânica, tende a
desenvolver o egoísmo no homem.
Sendo o egoísmo um dos maiores dos
males, ele nos atrapalha e deve ser
transformado em fraternidade, humildade,
amor etc., para que a raça humana tenha a
felicidade neste mundo, como prometeu Jesus.
O estudo desta lei está subdividido em:
- 1. Instinto de Conservação; - 2. Meios de conservação;
- 3. Gozo dos bens terrenos; - 4. Necessário e supérfluo;
- 5. Privações voluntárias Mortificações.
5. Lei da destruição:
É preciso que tudo se destrua
para renascer e se regenerar.
O que chamamos destruição é
apenas transformação, que tem por objetivo a
renovação e o melhoramento dos seres vivos.
Diz a lei de Lavoisier: “Nada
se perde nada se cria, tudo se transforma”.
O estudo desta lei está subdividido em:
- 1. Destruição necessária e
destruição abusiva; - 2. Flagelos
destruidores;
- 3. Guerras; - 4. Assassínio; -
5. Crueldade; - 6. Duelo; - 7. Pena de
morte.
6. Lei de Sociedade:
A vida social é uma obrigação natural.
Deus fez o homem para viver em sociedade.
Deus deu-lhe a palavra e todas
as demais faculdades necessárias ao
relacionamento.
O estudo desta lei está subdividido em:
- 1. Necessidade da vida
social; - 2. Vida de insulamento. Voto de
silêncio; - 3. Laços de família.
7. Lei do Progresso:
O estado natural é o estado primitivo.
A civilização é incompatível
com o estado natural, enquanto a lei natural
contribui para o progresso da humanidade.
O estado natural é a infância
da humanidade, é o ponto de partida de seu
desenvolvimento intelectual e moral.
O homem, tendendo à perfeição e
tendo em si o germe de seu aperfeiçoamento,
não está destinado a viver perpetuamente no
estado natural, como não foi destinado a
viver perpetuamente na infância.
O estado natural é
transitório, o homem liberta-se dele pelo
progresso e pela civilização. A lei natural,
ao contrário, rege a humanidade inteira e o
homem se aperfeiçoa à medida que melhor
compreende e pratica essa lei.
O estudo desta lei está subdividido em:
- 1. Estado de natureza; - 2.
Marcha do progresso; - 3. Povos degenerados;
- 4. Civilização; - 5. Progresso da
legislação humana;
- 6. Influência do Espiritismo no progresso
.
8. Lei de Igualdade:
Todos os homens são iguais perante Deus.
Todos tendem ao mesmo objetivo
e Deus fez suas leis para todos.
Muitas vezes, dizeis: “O Sol
nasce para todos” e aí está uma verdade
maior e mais geral do que pensais.
Todos os homens são submissos
às mesmas leis da natureza; todos nascem com
a mesma fraqueza, sujeitos às mesmas dores,
e o corpo do rico se destrói como o do
pobre.
Portanto, Deus não deu a nenhum homem
superioridade natural, nem pelo nascimento,
nem pela morte: todos são iguais diante de
Deus.
O estudo desta lei está subdividido em:
- 1. Igualdade natural; - 2.
Desigualdade das aptidões; - 3.
Desigualdades sociais; - 4. Desigualdade das
riquezas; - 5. As provas de riqueza e de miséria;
- 6. Igualdade dos direitos do homem e da
mulher;
7. Igualdade perante o túmulo.
9. Lei de Liberdade:
Não há liberdade absoluta,
porque todos necessitam uns dos outros,
tanto os pequenos quanto os grandes.
O estudo desta lei está subdividido em:
- 1. Liberdade natural; - 2.
Escravidão; - 3. Liberdade de pensar; - 4.
Liberdade de consciência; - 5.
Livre-arbítrio; - 6. Fatalidade; - 7.
Conhecimento do futuro; - 8. Resumo teórico do
móvel das ações do homem.
10. Lei de Justiça, Amor e Caridade:
O sentimento de justiça é tão
natural que vos revoltais com o pensamento
de uma injustiça.
O progresso moral desenvolve,
sem dúvida, esse sentimento, mas não o dá.
Deus o colocou no coração do
homem; por isso encontrareis, muitas vezes,
nos homens simples e primitivos, noções mais
exatas de justiça do que naqueles que têm
muito conhecimento.
“Benevolência para com todos,
indulgência para as imperfeições dos outros,
perdão das ofensas.”
O amor e a caridade são o
complemento da lei de justiça, pois, amar o
próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja
possível e que desejáramos nos fosse feito.
Tal o sentido destas palavras de Jesus:
Amai-vos uns aos outros como irmãos.
A caridade, segundo Jesus, não
se restringe à esmola, abrange todas as
relações em que nos achamos com os nossos
semelhantes, sejam eles nossos inferiores,
nossos iguais, ou nossos superiores.
O estudo desta lei está subdividido em:
- 1. Justiça e direitos
naturais; - 2. Direito de propriedade. Roubo;
- 3. Caridade e amor do próximo; - 4. Amor materno e filial.
11. Lei da Perfeição Moral:
Todas as virtudes têm seu
mérito, porque indicam progresso no caminho
do bem.
Há virtude sempre que há resistência
voluntária ao arrastamento das más
tendências; mas a sublimidade da virtude é o
sacrifício do interesse pessoal pelo bem de
seu próximo, sem segundas intenções.
“A mais merecedora das
virtudes nasce da mais desinteressada
caridade.”
O Espírito prova sua elevação quando todos os
atos de sua vida são a prática da lei de Deus e
quando compreende por antecipação a vida
espiritual.
Esta lei
é a mais importante; é por ela que o homem
pode avançar mais na vida espiritual, porque
resume todas as outras. Foi por este motivo
que Jesus a focou com maior força.
O estudo desta lei está subdividido em:
- 1. As virtudes e os vícios; -
2. Paixões; - 3. O egoísmo;
- 4. Caracteres do homem de
bem; - 5. Conhecimento de si mesmo.
Nota importante:
Kardec deixou bem claro, ao
explicar esta lei, que ela era a mais
importante e ainda disse que foi por este motivo
que Jesus a focou com maior força.
Kardec também preferiu tratar
deste enfoque de Jesus em um livro em
separado que é O Evangelho segundo o
Espiritismo.
Por este
motivo também não a estou focando aqui, por
preferir, a exemplo de Kardec, fazer para
elas um resumo informativo em separado,
tratando, entre outros, dos seguintes tópicos:
Bem-aventurados os aflitos.
Bem-aventurados os pobres de espírito.
Bem-aventurados os que têm puro o coração.
Bem-aventurados os que são brandos e pacíficos.
Bem-aventurados os que são misericordiosos.
Amar o próximo como a si mesmo.
Amai vossos inimigos.
Fazer o bem sem ostentação.
Fora da Caridade não há salvação.
Sede perfeitos.
Reencarnação:
Muito embora Kardec não tenha
elencado a reencarnação como sendo uma lei
natural, acho importante relacionar este
assunto aqui por ser uma forma da humanidade
progredir, no estágio em que estamos,
alternando experiências no plano espiritual e
físico.
Pela sua
importância, este assunto será tratado em um
resumo informativo em separado, da mesma
forma que Kardec preferiu fazê-lo.
Os que quiserem um
detalhamento maior devem ler O Livro dos
Espíritos - Parte Terceira - Capítulos de I a
XII - Allan Kardec.
http://www.oconsolador.com.br/ano7/331/paulo_artur.html
Elaine Saes
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