quarta-feira, 29 de junho de 2016

AS LEIS DE DEUS

Sobre as leis de Deus n’O Livro dos Espíritos - Parte Terceira, nos capítulos de I a XII, Allan Kardec diz: 
 
A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem; ela lhe indica o que deve ou não fazer, e ele é infeliz somente quando se afasta dela: A lei natural Eterna e imutável como o próprio Deus.
Deus não pode se enganar; são os homens que são obrigados a mudar suas leis, porque são imperfeitos; mas as leis de Deus são perfeitas. A harmonia que rege o universo material e o universo moral é fundada sobre as leis que Deus estabeleceu para toda a eternidade.
Todas as leis da natureza são leis divinas, uma vez que Deus é a causa de todas as coisas. O sábio estuda as leis da matéria, o homem de bem estuda as leis morais e as pratica.
Uma vez que o homem traz escrito na consciência a lei de Deus, há necessidade que ela lhe seja revelada para que aflore.
Assim, Deus deu a alguns homens a missão de revelar Sua lei.  
A lei natural pode ser dividida em onze partes, compreendendo as leis de adoração, trabalho, reprodução, conservação, destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade e, por fim, a de justiça, amor e caridade e perfeição moral.
O tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e modelo foi Jesus.

A seguir passamos a resumir estas leis.

1. Lei da adoração:
É a elevação do pensamento a Deus.
Pela adoração, a alma (Espírito encarnado) se aproxima d’Ele.
A verdadeira adoração é a do coração.
Em todas as vossas ações, imaginai sempre que o Senhor está convosco.
Esta lei é equivalente a Amar a Deus sobre todas as coisas.
O estudo desta lei está subdividido em:
- 1. Objetivo da adoração; - 2. Adoração exterior; - 3. Vida contemplativa;
- 4. A prece; - 5. Panteísmo; - 6. Sacrifícios.

2.  Lei do Trabalho:
O trabalho é uma lei natural, por isso mesmo, é uma necessidade, e a civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque aumenta suas necessidades e prazeres.
Ao trabalhar o homem promove o progresso.
O estudo desta lei está subdividido em:
1. Necessidade do trabalho; - 2. Limite do trabalho. Repouso.

3. Lei da Reprodução:
Isso é evidente; sem a reprodução, o mundo corporal acabaria.
Esta lei se aplica ao reino vegetal e animal, incluindo aí o homem.
É necessário e permitido ao homem que entenda melhor esta lei, atuando nela.
Portanto, criar novas espécies de vegetais, fazer clones de animais, criar fetos humanos em provetas, etc., e é aprendizado segundo a Lei do progresso.
O estudo desta lei está subdividido em:
- 1. População do globo; - 2. Sucessão e aperfeiçoamento das raças;
- 3. Obstáculos à reprodução; - 4. Casamento e celibato; - 5. Poligamia.

4. Lei da Conservação:
O instinto de conservação foi dado a todos os seres vivos, seja qual for o grau de inteligência.
Para uns, nos animais, por exemplo, é puramente mecânico, já que o instinto é um tipo de inteligência.
Para outros, os homens, parte dele permanece mecânico, como instinto (nossas reações automáticas na presença do perigo), e parte dele podemos submeter nossa inteligência racional, submetendo-o à nossa vontade, já que em alguns casos podemos controlar o instinto.
O instinto de conservação, que nos foi útil no reino animal na forma mecânica, tende a desenvolver o egoísmo no homem.
Sendo o egoísmo um dos maiores dos males, ele nos atrapalha e deve ser transformado em fraternidade, humildade, amor etc., para que a raça humana tenha a felicidade neste mundo, como prometeu Jesus.

O estudo desta lei está subdividido em:
- 1. Instinto de Conservação; - 2. Meios de conservação;
- 3. Gozo dos bens terrenos; - 4. Necessário e supérfluo;
- 5. Privações voluntárias Mortificações.

5. Lei da destruição:
É preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar.
O que chamamos destruição é apenas transformação, que tem por objetivo a renovação e o melhoramento dos seres vivos.
Diz a lei de Lavoisier: “Nada se perde nada se cria, tudo se transforma”.
O estudo desta lei está subdividido em:
- 1. Destruição necessária e destruição abusiva; - 2. Flagelos destruidores;
- 3. Guerras; - 4. Assassínio; - 5. Crueldade; - 6. Duelo; - 7. Pena de morte.

6. Lei de Sociedade:
A vida social é uma obrigação natural.
Deus fez o homem para viver em sociedade.
Deus deu-lhe a palavra e todas as demais faculdades necessárias ao relacionamento.
O estudo desta lei está subdividido em:
- 1. Necessidade da vida social; - 2. Vida de insulamento. Voto de silêncio; - 3. Laços de família.

7. Lei do Progresso:
O estado natural é o estado primitivo.
A civilização é incompatível com o estado natural, enquanto a lei natural contribui para o progresso da humanidade.
O estado natural é a infância da humanidade, é o ponto de partida de seu desenvolvimento intelectual e moral.
O homem, tendendo à perfeição e tendo em si o germe de seu aperfeiçoamento, não está destinado a viver perpetuamente no estado natural, como não foi destinado a viver perpetuamente na infância.
O estado natural é transitório, o homem liberta-se dele pelo progresso e pela civilização. A lei natural, ao contrário, rege a humanidade inteira e o homem se aperfeiçoa à medida que melhor compreende e pratica essa lei.
O estudo desta lei está subdividido em:
- 1. Estado de natureza; - 2. Marcha do progresso; - 3. Povos degenerados; - 4. Civilização; - 5. Progresso da legislação humana;
- 6. Influência do Espiritismo no progresso
.
8. Lei de Igualdade:
Todos os homens são iguais perante Deus.
Todos tendem ao mesmo objetivo e Deus fez suas leis para todos.
Muitas vezes, dizeis: “O Sol nasce para todos” e aí está uma verdade maior e mais geral do que pensais.
Todos os homens são submissos às mesmas leis da natureza; todos nascem com a mesma fraqueza, sujeitos às mesmas dores, e o corpo do rico se destrói como o do pobre.
Portanto, Deus não deu a nenhum homem superioridade natural, nem pelo nascimento, nem pela morte: todos são iguais diante de Deus.

O estudo desta lei está subdividido em:
- 1. Igualdade natural; - 2. Desigualdade das aptidões; - 3. Desigualdades sociais; - 4. Desigualdade das riquezas; - 5. As provas de riqueza e de miséria; - 6. Igualdade dos direitos do homem e da mulher;
7. Igualdade perante o túmulo.

9. Lei de Liberdade:
Não há liberdade absoluta, porque todos necessitam uns dos outros, tanto os pequenos quanto os grandes.
O estudo desta lei está subdividido em:
 - 1. Liberdade natural; - 2. Escravidão; - 3. Liberdade de pensar; - 4. Liberdade de consciência; - 5. Livre-arbítrio; - 6. Fatalidade; - 7. Conhecimento do futuro; - 8. Resumo teórico do móvel das ações do homem.

10. Lei de Justiça, Amor e Caridade:
O sentimento de justiça é tão natural que vos revoltais com o pensamento de uma injustiça.
O progresso moral desenvolve, sem dúvida, esse sentimento, mas não o dá.
Deus o colocou no coração do homem; por isso encontrareis, muitas vezes, nos homens simples e primitivos, noções mais exatas de justiça do que naqueles que têm muito conhecimento.
“Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”
O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, pois, amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível e que desejáramos nos fosse feito. Tal o sentido destas palavras de Jesus: Amai-vos uns aos outros como irmãos.
A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, abrange todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais, ou nossos superiores.
O estudo desta lei está subdividido em:
- 1. Justiça e direitos naturais; - 2. Direito de propriedade. Roubo;
- 3. Caridade e amor do próximo; - 4. Amor materno e filial.

11. Lei da Perfeição Moral:
Todas as virtudes têm seu mérito, porque indicam progresso no caminho do bem.
Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento das más tendências; mas a sublimidade da virtude é o sacrifício do interesse pessoal pelo bem de seu próximo, sem segundas intenções.
“A mais merecedora das virtudes nasce da mais desinteressada caridade.”
O Espírito prova sua elevação quando todos os atos de sua vida são a prática da lei de Deus e quando compreende por antecipação a vida espiritual.
Esta lei é a mais importante; é por ela que o homem pode avançar mais na vida espiritual, porque resume todas as outras. Foi por este motivo que Jesus a focou com maior força.

O estudo desta lei está subdividido em:
- 1. As virtudes e os vícios; - 2. Paixões; - 3. O egoísmo;
- 4. Caracteres do homem de bem; - 5. Conhecimento de si mesmo.
Nota importante:
Kardec deixou bem claro, ao explicar esta lei, que ela era a mais importante e ainda disse que foi por este motivo que Jesus a focou com maior força.
Kardec também preferiu tratar deste enfoque de Jesus em um livro em separado que é O Evangelho segundo o Espiritismo.
Por este motivo também não a estou focando aqui, por preferir, a exemplo de Kardec, fazer para elas um resumo informativo em separado, tratando, entre outros, dos seguintes tópicos:

Bem-aventurados os aflitos.
Bem-aventurados os pobres de espírito.
Bem-aventurados os que têm puro o coração.
Bem-aventurados os que são brandos e pacíficos.
Bem-aventurados os que são misericordiosos.
Amar o próximo como a si mesmo.
Amai vossos inimigos.
Fazer o bem sem ostentação.
Fora da Caridade não há salvação.
Sede perfeitos.

 

Reencarnação:
Muito embora Kardec não tenha elencado a reencarnação como sendo uma lei natural, acho importante relacionar este assunto aqui por ser uma forma da humanidade progredir, no estágio em que estamos, alternando experiências no plano espiritual e físico.
Pela sua importância, este assunto será tratado em um resumo informativo em separado, da mesma forma que Kardec preferiu fazê-lo.
Os que quiserem um detalhamento maior devem ler O Livro dos Espíritos - Parte Terceira - Capítulos de I a XII - Allan Kardec.

http://www.oconsolador.com.br/ano7/331/paulo_artur.html
Elaine Saes

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por sua mensagem. Será publicada após aprovação.