domingo, 6 de junho de 2021

RAZÕES PARA LER ERNESTO BOZZANO

 

“Todos os seres da criação são filhos do Pai e irmãos do homem... Deus quer que auxiliemos aos animais se necessitarem de ajuda. Toda criatura em desamparo tem o mesmo direito à proteção”. Francisco de Assis

Um homem experimenta a solidão mesmo junto de outras pessoas – não há tristeza maior que a desses solitários -, mas quem desfruta a companhia de um animal de estimação jamais se sentirá só. Um cão alegra e diverte as crianças e se torna o esteio moral de idosos esquecidos pelos seus. Não é menos fascinante a companhia de um gato. Esses felinos são capazes de exprimir sentimentos e emoções – afeto, alegria, fome, sede, irritação, medo – de modo à sempre se fazerem compreender. Uma coincidência muito interessante é que nos gatos e nos seres humanos a parte do cérebro responsável pelas emoções é a mesma. No reino animal o quociente de Inteligência do gato só é superado pelo de alguns símios, como os chimpanzés. Aliás, a estrutura cerebral do gato é mais semelhante à do homem do que a deste com a dos cães.

Há pelo menos quatro milênios, no Antigo Egito, os gatos já eram animais domésticos e, mais, objetos de uma adoração como se deuses fossem. Naquela época, matar um gato constituía crime punível com pena de morte.

Mais recentemente, o cientista alemão Wilhelm Von Humboldt (1767 – 1835) escreveu que “o grau de civilização de um povo se mede pela forma com a qual trata os animais”, Léon Tolstoi (1828 – 1910), romancista russo, afirmou: “Maltratar animais é uma demonstração de covardia e ignorância”.

Embora não sejam dotados da capacidade de raciocinar – expressam apenas sentimentos e emoções – alguns animais são capazes de demonstrar afeto e fidelidade de uma forma tão sincera e permanente que enternecem alguns dos corações mais empedernidos. Certos cães protagonizaram, em todas as épocas, episódios inesquecíveis de heroísmo e dedicação a seus donos. A literatura registra desde Esopo, na Grécia Antiga, a Ernesto Bozzano, nos tempos modernos – incontáveis casos em que animais desempenham papéis notáveis, muitas vezes de um modo misterioso e inexplicável.

Esta obra de Ernesto Bozzano – originalmente intitulada, em italiano, Animali e Manifestazioni Metapsichici (Os Animais e as Manifestações Metapsíquicas), publicada em 1923 e traduzida neste volume sob o titulo A Alma nos Animais – apresenta uma criteriosa pesquisa em torno da fenomenologia paranormal envolvendo animais. Cerca de 130 casos foram analisados e classificados pelo autor com a máxima isenção, na medida do possível, deixando ao leitor a prerrogativa de tirar conclusões. Bozzano não oculta sua condição de espiritista, especialmente nos trechos finais do livro, mas administra sua exposição com exemplar elegância científica, sem tentar fazer do leitor um prosélito. A propósito, esta edição apresenta 29 notas explicativas, muitas das quais elaboradas com esse viés, qual seja o de contextualizar alguns conceitos eventualmente estranhos ao leito.

Nascido em Gênova, Itália, no dia 9 de janeiro de 1862, onde também morreu, em 24 de junho de 1943, Bozzano interessou-se inicialmente, ainda adolescência, pelo pensamento filosófico do inglês Herbert Spencer (1820- 1903) e pela filosofia positivista do francês Augusto Conte (1798- 1857), depois, até o fim da vida, em sentido diametralmente oposto, dedicou-se à pesquisa da fenomenologia Metapsíquica: aparições, clarividência, levitação, psicometria, materialização, telepatia, premonição, etc..

Concentrou-se, por fim, no estudo da “Ciência da alma”. Este é um de seus livros mais significativos, em que busca evidência a favor da tese da existência e sobrevivência da alma nos animais, objetivo que perseguiu com persistência e a aplicação sistemática de metodologia científica.

Atualmente a bibliografia de Ernesto Bozzano está sob os cuidados da Fondazione Biblioteca Bozzano-De Boni, m Bolonha, Itália.

Caio Bastos Toledo

Extraído do livro A Alma nos Animais – Ernesto Bozzano

 

 

CONSCIÊNCIA EM DEUS

 


Desde o alvorecer da razão no Ser humano que, segundo os códigos da doutrina despertou no Ser há 40.000 anos, o homem veio recebendo ensinamentos da Lei Divina através dos mensageiros do Filho Unigênito do Pai – Nosso Senhor Jesus Cristo – que lhe conduzem a repensar atos e perceber a luz de Deus nas manifestações da Natureza que conosco se comunica no silêncio de seus vários movimentos a se realizarem pelos mais diversos seres.

Exultamos na glória de Sua manifestação é proclamarmos a prece de gratidão ao solo que nos recebe as sujidades, ao arvoredo que junto ao vento nos revela a brisa suave na face e a sombra amiga a nos aliviar do calor do Sol, astro que nos sustenta a Vida e nos recorda as bênçãos de Deus todas a manhãs.

De coração contrito digamos: “Obrigado Deus pela Fonte de Vida que se traduz na Natureza – revelação de Teu Amor”.

Miramez

Extraído do livro Semente de Paz – psicografia de Leonardo Paixão – espíritos diversos

EVOLUÇÃO E VIDA

 


“E há diversidade de operações. Mas, o Espírito é dado a cada um para o que for útil"– Paulo  (Coríntios, 12: 6-7)

 

Nascido primeiramente no Mundo Espiritual, o Espírito, centelha divina, evolui sob a supervisão de Espíritos considerados engenheiros siderais. Em tradições orientais são chamados de Devas.

Nos desígnios de Deus nada na vida fica sem um fim útil.

Aqui, vemos o trabalho intenso das formigas a preparar o solo; ali, temos o batráquio a alimentar-se de insetos, auxiliando a cadeia natural da vida; adiante, encontramos o homem a procriar e auxiliar o desenvolvimento humano pela educação e os resultados são os que vemos com o progresso da Ciência.

Como diz o Apóstolo da gentileza, há diversidade de operações, todos temos que cumprir como o papel que nos cabe no palco da existência.

Reclamam companheiros que atuam em nosso Movimento Redentor, de que não são capazes de realizar certos feitos que observam em oradores e médiuns outros, no entanto, já perguntaram-se em que podem contribuir sem que para isto tenham que exigir de si próprios um talento que, no momento, não lhes foi confiado?

No trabalho com o Cristo de Deus, a menor atitude é essencial para cumprirmos o processo de evolução – determinismo da Providência Divina.

Alberto, guia do médium.

(Mensagem psicografada no 4 Congresso e Encontro de Grupos Espíritas de Campo e Região realizado no GE Luiz de Gonzaga no dia 19/11 2011).

Extraído do livro Sementes de Paz – psicografia de Leonardo Paixão – espíritos diversos

TRANSE

 


O transe mediúnico caracteriza-se por uma exteriorização do ser psíquico, e daí, a sua maior ou menor profundidade, porém, pode-se dizer que não só a exteriorização é responsável pelo transe como também é muito necessária à interiorização do medianeiro. A sondagem íntima proporciona ao médium a avaliação de sua capacidade para tal ou qual comunicado, como poderá o médium que não se moraliza receber longos ditados sobre filosofia moral e Ética, se não faz nenhum esforço por se melhorar? Alguns médiuns imperfeitos e viciosos recebem de vez em quando ditados morais, mas não lhes dando atenção e não buscando fazer-se melhor, os espíritos sérios os deixam à mercê da sintonia que buscam.

Desejar um transe profundo não é suficiente para que tal se dê, entretanto, precisamos analisar melhor a expressão “transe mediúnico”. O médium deve se esforçar por viver em um contínuo transe, expliquemo-nos: o transe mediúnico, como acima dissemos, é caracterizado não só pela exteriorização do ser psíquico, mas também por uma interiorização, que é o famoso “Conhece-te a ti mesmo”. O “estado de transe” que os médiuns devem buscar, não é a chamada inconsciência mediúnica, sim a constante sintonia com os trabalhadores do Cristo. De nada adiantará a capacidade de maior exteriorização do ser psíquico, enquanto a interiorização não for parte da vida do medianeiro. Paulo de Tarso levou três anos nos deserto em seu trabalho de reforma íntima e tornou-se médium do Cristo que, quando entre nós, era o Perfeito Médium do Deus.

Odilon

Extraído do livro Sementes de Paz –psicografia Leonardo Paixão – espíritos diversos

sábado, 5 de junho de 2021

MEDIUNIDADE E SINTONIA

 

Médiuns! Olhai para si próprios e desvieis o olhar crítico que tendes para com os outros, preocupai-vos com o vosso crescimento e a sua sintonia se fará cada vez mais com os bons espíritos.

Quando se diz que em mediunidade é necessária uma parceria consciente, não se quer dizer que o médium fará todo o trabalho, entretanto, compreende-se que o esforço do médium não é dos menores, ele tem de estudar, cumprir com seus compromissos na vida profissional, atuar na caridade – pois sem o trabalho no Bem não pode haver médium evangelizado -, cumprir com a sua disciplina na agremiação espírita da qual faz parte, enfim, não é um esforço pequeno, e muitos médiuns querem se dar ao luxo de vivenciar na mediunidade um caminho florido, ora o que foi a vida do Cristo, senão espinhos todo o tempo, quantos o compreenderam? Mesmo os Apóstolos temeram na hora da Crucificação.

Médium que se preza e que quer ser tal há de saber que o caminho da mediunidade é de sacrifício e renúncia, de que adianta uma mediunidade “a flor da pele”, se o médium é qual semente fraca que não germina? Qualidade mediúnica é a aptidão para a prática do Evangelho, é a compreensão de que “É necessário que Ele cresça e que eu diminua”, de que vale uma enxada se para nada serve? Com o tempo haverá de enferrujar, assim é o médium que só pensa que o serviço no Bem é feito nas horas das reuniões mediúnicas. Quando é que os médiuns entenderão que o estudo leva à compreensão e com esta, o sentimento do dever no auxílio ao próximo? Que os médiuns procurem as tarefas junto aos necessitados, e aí sim, seus dotes mediúnicos vão se aprimorar; lembre-se do Cristo que a todos serviu indo ao máximo do sacrifício: a morte na Cruz para em seguida ressurgir glorioso no esplendor do seu Espírito.

Médiuns! Olhai para si próprios e desvieis o olhar crítico que tendes para com os outros, preocupai-vos com o vosso crescimento e a sua sintonia se fará cada vez mais com os bons espíritos.

 Agradecidos a Deus pela oportunidade, somos os amigos,

Inácio e Odilon

Extraído do livro Sementes de Paz (psicografia Leonardo Paixão – espíritos diversos)


quinta-feira, 3 de junho de 2021

O JUGO LEVE

 

Vinde a mim, todos os que andais em sofrimento e vos achais carregados, e eu vos aliviarei. Tomais sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve. (Mateus, XI: 28-30)

Todos os sofrimentos: miséria, decepções, dores físicas, perdas de seres queridos, encontram sua consolação na fé no futuro, e na confiança na justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens. Sobre aquele que, pelo contrário, nada espera após esta vida, ou que simplesmente duvida, as aflições pesam com todo o seu peso, e nenhuma esperança vem abrandar sua amargura. Eis o que levou Jesus a dizer: “Vinde a mim, vós todos que estais fatigados, e eu vos aliviarei”.

Jesus, entretanto, impõe uma condição para a sua assistência e para a felicidade que promete aos aflitos. Essa condição é a da própria lei que ele ensina: seu jugo é a observação dessa lei. Mas esse jugo é leve e essa lei é suave, pois que impõe como dever o amor e a caridade.

Evangelho Segundo o Espiritismo cap. VI - O Cristo Consolador