sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

O DESENVOLVIMENTO DA MEDIUNIDADE



Desenvolver a mediunidade é aprender a usá-la. Antes de tudo, devemos procurar um Centro Espírita que, por indicação de espíritas conhecedores da doutrina mereça nossa confiança, aí, sob a orientação prudente do diretor dos trabalhos, iniciaremos o nosso desenvolvimento. Não desenvolvamos nossa mediunidade em sessões espíritas particulares ou familiares, como também chamadas; estas sessões quando não dirigidas por pessoas de seguro conhecimento doutrinário, quase sempre constituem terríveis focos de obsessão. É conveniente que iniciemos e terminemos nosso desenvolvimento num mesmo Centro; depois de bem desenvolvidos, podemos ir trabalhar em outro Centro. Só façamos nossos exercícios mediúnicos no Centro e nos dias para isso designados; nunca em casa; fora do Centro não nos preocupemos com nossos trabalhos espirituais.

Para que sejamos bem sucedidos, cultivemos as seguintes virtudes: a paciência, a perseverança, a boa vontade, a humildade e a sinceridade.

Paciência; a mediunidade não se desenvolve de um dia para o outro; geralmente, gastam-se meses e mesmo anos. Ninguém pode marcar um limite de tempo dentro do qual se processe o completo desenvolvimento.

Há médiuns que se desenvolvem em algumas semanas, outros em meses e outros levam anos. Não nos impacientemos; não façamos conta do tempo; nosso único interesse é que nossa mediunidade seja bem desenvolvida; e para isso tenhamos muita paciência.

Sem perseverança nada se alcança. O desenvolvimento da mediunidade exige que sejamos persistentes. Marquemos uma noite certa por semana para os nossos trabalhos mediúnicos e, aconteça o que acontecer, não faltemos à reunião. Uma mediunidade bem desenvolvida é fruto da perseverança.

À paciência e à perseverança ajuntaremos a boa vontade. Ter boa vontade é comparecermos alegres cheios de satisfação às sessões. É esforçarmo-nos o mais possível durante os momentos consagrados ao nosso desenvolvimento.

A humildade é a virtude pela qual reconhecemos que tudo vem de Deus, nosso Pai, e nós, por nós mesmos, nada podemos fazer. Por isso, nunca nos orgulhemos de nossa mediunidade, por mais prodigiosa que ela pareça ser.

 Deus ama os humildes e abate os orgulhosos. Para merecermos que Deus consista que bons espíritos nos auxiliem. Cultivemos a humildade. Para sermos humildes devemos ser bondosos para com todos, porque a bondade é a mais bela forma da humildade. E para adquirirmos essa virtude, nutramos o ardente desejo de sermos realmente úteis e bons.

Sinceridade; o médium sincero é aquele que transmite fielmente o que os espíritos ditam, mesmo que a comunicação seja contrária ao seu modo de pensar, ou seja, uma admoestação a si mesmo. Se faltarmos com a sinceridade no desempenho de nossas funções mediúnicas, cedo ou tarde sofreremos decepções.

São estes os cinco pontos sobre os quais refletiremos profundamente e os teremos sempre na memória; deles depende o bom ou o mau êxito de nossa iniciação mediúnica.

Livro A Mediunidade sem Lágrimas - Eliseu Rigonatti

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