MATEUS, 4, 18-22. MARCOS, 1, 16 ao 20 – LUCAS, 5,1-11.
Vocação de Pedro, André, Tiago e João. – Pesca chamada milagrosa
MATEUS: cap. 4,
18. Andando Jesus pela praia do mar da
Galiléia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e André, que lançavam suas
redes ao mar, pois eram pescadores;\
- 19, e lhes disse: Segui-me e farei que
vos torneis pescadores de homens;
- 20. Para logo os dois abandonaram as redes
e o seguiram.
– 21. Continuando a andar, viu dois outros irmãos, Tiago e João,
filhos de Zebedeu, que numa barca com o pai consertaram suas redes, e os chamou.
– 22. Deixando no mesmo instante o pai e as redes, ambos o seguiram.
MARCOS: cap. 1,
16. Passando pela praia do mar da Galiléia,
Jesus viu a Simão e seu irmão André que lançavam as redes ao mar, pois que eram
pescadores;
- 17, e lhes disse: Segui-me e farei de vós pescadores de homens.
–
18. Logo os dois abandonaram as redes e o seguiram.
- 19. Tendo caminhado um
pouco mais, viu a Tiago e seu irmão João, filhos de Zebedeu, que também numa
barca consertavam suas redes.
– 20. Logo os chamou e ambos, deixando na barda
Zebedeu com os jornaleiros, o seguiram.
LUCAS: 5,
1. Um dia em que se achava à margem do lago de
Cenezaré, Jesus, assediando pela multidão que se premia para ouvir a palavra de
Deus,
- 2, viu à borda do lago duas barcas; os pescadores tinham saltado para
lavar suas redes.
– 3. Entrou numa delas pertencente a Simão e lhe pediu que a
afastasse um pouco da praia e, sentando-se, começou a pregar ao povo, de dentro
da barca.
– 4. Quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao lago e atira a
tua rede para pescar.
– 5. Simão lhe objetou: Mestres, trabalhamos toda a noite
e nada apanhamos; mas, obedecendo à tua ordem, lançarei a rede.
– 6. E, tendo-o
feito, pescaram tão grande quantidade de peixes que a rede se rompia.
– 7.
Acenaram aos companheiros que se achavam noutra barca para que viessem ajuda-los;
os outros vieram e as duas barcas ficaram cheias de tal modo que quase se
afundaram.
– 8. Vendo isso, Simão Pedro se prostrou aos pés de Jesus, dizendo:
Senhor afasta-te de mim, pois que sou um pecador.
– 9. Tanto ele como os que o
acompanhavam ficaram assombrados da pesca que haviam feito.
– 10. Tiago e João,
filhos de Zebedeu e companheiros de Simão, partilhavam do mesmo assombro.
Então, disse Jesus a Simão: Nada temas: daqui por diante serás pescador de
homens.
– 11. Tendo de novo conduzido as barcas à praia, eles abandonaram tudo
e o seguiram.
Desta para da narrativa evangélica ressalta a submissão, dos
primeiros discípulos de Jesus. Sob a inspiração de seus anjos da guarda, eles
ouviram a voz interior que os concitava à obediência e fizeram o que ela lhes
prescrevia, cedendo a essa espécie de atração que liga fortemente uns aos
outros os Espíritos reciprocamente simpáticos.
A pesca, de que aí se fala nada teve de milagrosa, ou
sobrenatural. Foi um fenômeno do número dos que ainda hoje surpreendem a
muitos, mas que depois, quando o conhecimento do Espiritismo e do Magnetismo
estiver suficientemente difundido, serão reconhecidos como fatos naturais e
normais.
O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma revelação e uma
ciência. Como ciência, ele espalhará o conhecimento do Magnetismo, cujo estudo
tem sido tão estultamente desprezado pelos “sábios” da Terra. Com esse
conhecimento e com os dos ensinos evangélicos em espírito e verdade, estará a
Humanidade senhora das duas fontes de toda a luz e de todo o progresso, físico,
moral e intelectual. Fácil então e simples se lhe tornará a compreensão de
muitos fatos tido ainda hoje por impossíveis e cuja realidade os homens negam,
proferindo sentença condenatória da ciência espírita que os explica, sentença,
aliás, absolutamente destituída de qualquer valor, por isso que emanada de quem
tudo completamente ignora daquela ciência.
A pesca foi o resultado de uma aplicação do Magnetismo.
Produziu-a uma atração magnética determinada por Jesus que, conhecendo a fundo,
pela suprema graduação do seu Espírito, esse agente universal que tudo rege e
tudo aciona como conhecia e conhece a natureza de todos os fluidos existentes,
suas propriedades de ação e, as combinações de que são passíveis, faz que sobre
eles atuasse a força incontrastável da sua vontade, sempre de perfeita harmonia
com a vontade divina, e a grande alavanca operou e efeito desejado.
Ainda não está ao alcance do homem apreender as causas de
todos os fenômenos, os meios por que se dão, nem as leis que lhes presidem à
produção. Pouco a pouco, porém, ele vai avançando na senda do conhecimento e um
dia chegará, por virtude dos seus progressos, à meta suprema, que Jesus já
alcançara, quando o Pai o investiu na missão excelsa de presidir à formação do
planeta em que habitamos e à marcha progressiva da Humanidade a que
pertencemos. Assim é que, por exemplo, os fenômenos elétricos já foram
excluídos da categoria dos milagres. Os magnéticos o serão igualmente, daqui a
mais ou menos tempo.
O Espiritismo representa hoje a rede lançada por Pedro.
Atraídos pelos fluidos que os bons Espíritos espalham, os homens estão vindos e
virão cada vez mais lançar-se nessa rede, a fim de serem retirados das águas
infectas dos vícios e das paixões em que se acham mergulhados.
Antonio Luiz Sayão - Livro Elucidações Evangélicas - cap. 15
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