sábado, 27 de abril de 2019

REENCARNAÇÃO - RAMATIS

PERGUNTA: - Que nos dizer sobre o período da infância do espírito encarnado na Terra?

RAMATIS: - O espírito, realmente, encarna-se; não nasce, não cresce, não envelhece e não morre propriamente na carne. É centelha cósmica da Chama Criadora, que é Deus; portanto, não renasce nem é destruído. O ego espiritual desce vibratoriamente ao mundo carnal, a fim de desenvolver a consciência e ter noção de si mesmo, passando a existir como entidade emancipada, porém subordinada às leis do próprio Criador, pois, embora o espírito seja eterno e disponha do seu livre-arbítrio, jamais se isola do Todo. E o seu autoconhecimento, ele o adquire mediante as deduções do seu mundo interior, que resultam do seu contato com o mundo exterior.

Assim, o espírito do homem não vive propriamente os períodos de infância, juventude e velhice, conforme acontece ao corpo físico. Nascer, crescer, envelhecer e morrer são apenas etapas adstritas à concepção de tempo e espaço entre o berço e o túmulo. O espírito manifesta-se temporariamente através do equipo de carne, nervos e ossos, que é a sua instrumentação de trabalho e aprendizado consciencial no ambiente do planeta.

Como Deus é o pano de fundo da consciência de todos os homens, jamais o espírito humano desvincula-se da Consciência Cósmica que o originou e lhe garante o atributo de existir. Nas múltiplas existências físicas, ele apreende os conceitos do pecado e virtude, do bem e mal, da saúde e enfermidade, do certo e errado, do inferior e superior, do impuro e puro, que assim lhe facultam apurar os valores divinos latentes em si mesmo.

E consequência, o período de infância física do homem é uma etapa transitória, em que o espírito se manifesta algo reduzido na sua verdadeira capacidade já adquirida nas vidas pregressas. A sua ação amplia-se pela comunicação cada vez mais racional e consciente em equivalência com o crescimento o corpo. Diríamos que o espírito não nas na Terra, mas acorda, aos poucos, da hipnose a que é submetido no Espaço, antes de encarnar, manifestando-se tão clara e conscientemente quanto seja a capacidade e sensibilidade do seu equipo carnal em relação com o meio material.


PERGUNTA: - Podereis explicar-nos mais claramente essa diferença entre a infância do homem carnal e a sua condição espiritual?

RAMATIS: - Para habitar a carne, o espírito deve reduzir o seu perispírito ou invólucro espiritual, que lhe dá a configuração humana, até alcançar a forma de um "feto" perispiritual, ou seja, a condição "pré-infantil", capaz de permitir-lhe o "encaixe" no útero-perispiritual da futura mãe encarnada, na contra parte imponderável do útero físico.

Não se trata de redução da sua faculdade mental, ou capacidade astralina, já desenvolvida no curso pretérito de sua evolução. Ele fica apenas temporariamente restringido na sua liberdade de ação durante o encolhimento perispiritual, colocado no ventre materno, onde deve materializar-se para atuar no ambiente físico. O espermatozoide, na sua corrida instintiva em direção ao ovário feminino, é tão-somente o "detonador psíquico" espécie de "elo"ou "comutador automático", que em sua essência ectoplasmática funciona ligando o mundo astral ao mundo físico. É apenas um microorganismo nutrido de "éter-físico" do orbe terráqueo, o qual desata o energismo criador nesse limiar oculto da vida e acasala as forças do espírito com o campo físico da carne. Em seguida, preenche-se gradualmente de substância física, ante o automatismo atômico e a contextura molecular própria da Terra.(1)


PERGUNTA: - Qual é a comprovação, no mundo físico, de que o homem carnal é apenas produto do desenvolvimento do seu perispírito preexistente ao corpo físico, e não exclusivamente dos fatores hereditários da genética humana?

RAMATIS: -Após o espírito submeter-se, no Além, ao processo "sui generis" de reduzir-se vibratoriamente ou encolher o seu perispírito até atingir a forma fetal apropriada para caber no ventre perispiritual da futura mãe encanada, ele ali permanece até incorporar e absorver as energias que se condensam do mundo físico e depois constituem o corpo carnal. Esse processo então se sucede nos meses de gestação materna, através das diversas etapas evolutivas, que lembram o verme, o réptil, o peixe, até configurar-se no aspecto humano aos sete meses.

Assim, em vez de o espírito nascer na Terra, ele acorda ou desenleia-se, pouco a pouco, até retomar a sua configuração peculiar primitiva e "pré-encarnatoria", embora modificada pelos traços morfológicos da nova ancestralidade biológica. Em verdade, o homem somente cresce em aparência corporal, pois, evidentemente, ele apenas desperta até lograr a forma humana-perispiritual, que já existia no Espaço antes de se encarnar no ventre feminino. A figura adulta do homem, manifestada no cenário do mundo físico, apenas revela a limite da configuração perispiritual tecida nas diversas vidas pregressas. Diríamos que o espírito traz do Além o seu cartucho invisível, o que se reduz e se amolda no útero feminino e preenche-se da substância física até o limite que o impede de crescer ininterruptamente em todos os sentidos. De contrário, se o homem com vinte anos de idade possui um metro e sessenta de altura, com quarenta anos deveria atingir 3,20m; e, com sessenta anos, a altura de 4,80m! No entanto, devido à matriz, o molde ou "cartucho"perispiritual preexistente à formação do corpo carnal, o homem não ultrapassa na matéria a estatura que é própria do seu perispírito antes de nascer fisicamente.

PERGUNTA: - Poderíeis dar-nos algum exemplo concreto dessa redução vibratória do perispírito, o qual depois de justapor-se ao ventre materno, preenche-se com a substância física do mundo, mas não transcende a sua configuração pré-natal?
 
RAMATIS: -  Em exemplo singelo, lembramos o que acontece com os balões de borracha inflados de gás, os quais recortam as figuras de palhaços coloridos, e que tanto divertem as crianças. Quando se expele o gás desses balões de borracha ou plástico, eles murcham e ficam reduzidos a figurinhas diminutas, embora nessa redução mantenham as características fundamentais de sua anterior configuração peculiar de quando estavam inflados de gás. Depois, novamente inflados de ar ou gás, esses balões voltam a configurar as mesmas formas características dos palhaços coloridos. Supondo-se que o perispírito do homem seja algo semelhantes a essas figuras plásticas infladas de gás ou de ar quente, ele também precisa ser esvaziado ou reduzido na sua configuração peculiar no Além, a fim de poder encaixar-se no útero perispiritual da mulher. Embora ainda seja invisível o perispírito do encarnante, depois de reduzido e ajustado ao vaso materno da mulher gestante, ele irá se desatando ou se  "desenleando" à medida que absorve a substância física, tal qual os balões murchos de borracha inflam-se gradativamente de ar.(2) Quando, apos a sua gestação física, no ventre da mulher, a criança nasce ou surge no mundo físico, isso é apenas a "materialização" do seu perispírito anteriormente reduzido no Espaço. Após o corte umbilical, o espírito continua a despertar ou desenvolver o seu perispírito até o limite traçado pela sua própria contextura individual.

(1) Não há uma encanação ou desencarnação absolutamente semelhante a outra, acontecimento que depende, fundamentalmente da especialidade magnética e do desenvolvimento psíquico do espírito encarnante ou desencarnante. Há casos em que os técnicos siderais aguardam primeiramente a cópula humana, para então processarem a redução perispiritual do encarnante até atingir a forma fetal. No caso de espíritos primários que devem encarnar instintivamente atraídos pelas forças da carne, a redução do perispírito é feita com bastante antecedência à cópula e depois ligada imediatamente ao ato físico ( nota de Ramatis)

(2) Certa vez, num raro momento de vidência etereofísica, percebi através do abdomen da senhora M.T.S. nossa conhecida, a configuração de um feto perispiritual no seu ventre, e predisse-lhe o nascimento de mais um filho. A irmà protestou, que em absoluto não sentia qualquer sintoma gestativo e não podia crer na minha predição. Oito meses após nascia-lhe o terceiro filho, hoje um rapaz de 14 anos e que eu vira na configuração perispiritual processando a sua materialização à luz do mundo (nota do médium)

Extraído do livro A Vida humana e o Espírito Imortal -  cap. 1 -  Problemas da Infância - psicografia de Hercílo Maes .




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por sua mensagem. Será publicada após aprovação.