PERGUNTA: - Que nos dizer sobre o período da infância do espírito encarnado na Terra?
RAMATIS:
- O espírito, realmente, encarna-se; não nasce, não cresce, não
envelhece e não morre propriamente na carne. É centelha cósmica da Chama
Criadora, que é Deus; portanto, não renasce nem é destruído. O ego
espiritual desce vibratoriamente
ao mundo carnal, a fim de desenvolver a consciência e ter noção de si
mesmo, passando a existir como entidade emancipada, porém subordinada às
leis do próprio Criador, pois, embora o espírito seja eterno e disponha
do seu livre-arbítrio, jamais se isola do Todo. E o seu
autoconhecimento, ele o adquire mediante as deduções do seu mundo
interior, que resultam do seu contato com o mundo exterior.
Assim,
o espírito do homem não vive propriamente os períodos de infância,
juventude e velhice, conforme acontece ao corpo físico. Nascer, crescer,
envelhecer e morrer são apenas etapas adstritas à concepção de tempo e
espaço entre o berço e o túmulo. O espírito manifesta-se temporariamente
através do equipo de carne, nervos e ossos, que é a sua instrumentação
de trabalho e aprendizado consciencial no ambiente do planeta.
Como
Deus é o pano de fundo da consciência de todos os homens, jamais o
espírito humano desvincula-se da Consciência Cósmica que o originou e
lhe garante o atributo de existir. Nas múltiplas existências físicas,
ele apreende os conceitos do pecado e virtude, do bem e mal, da saúde e
enfermidade, do certo e errado, do inferior e superior, do impuro e
puro, que assim lhe facultam apurar os valores divinos latentes em si
mesmo.
E consequência, o período de infância física do
homem é uma etapa transitória, em que o espírito se manifesta algo
reduzido na sua verdadeira capacidade já adquirida nas vidas pregressas.
A sua ação amplia-se pela comunicação cada vez mais racional e
consciente em equivalência com o crescimento o corpo. Diríamos que o
espírito não nas na Terra, mas acorda, aos poucos, da hipnose a que é
submetido no Espaço, antes de encarnar, manifestando-se tão clara e
conscientemente quanto seja a capacidade e sensibilidade do seu equipo
carnal em relação com o meio material.
PERGUNTA: - Podereis explicar-nos mais claramente essa diferença entre a infância do homem carnal e a sua condição espiritual?
RAMATIS:
- Para habitar a carne, o espírito deve reduzir o seu perispírito ou
invólucro espiritual, que lhe dá a configuração humana, até alcançar a
forma de um "feto" perispiritual, ou seja, a condição "pré-infantil",
capaz de permitir-lhe o "encaixe" no útero-perispiritual da futura mãe
encarnada, na contra parte imponderável do útero físico.
Não se trata de redução da sua faculdade mental, ou capacidade astralina,
já desenvolvida no curso pretérito de sua evolução. Ele fica apenas
temporariamente restringido na sua liberdade de ação durante o
encolhimento perispiritual, colocado no ventre materno, onde deve
materializar-se para atuar no ambiente físico. O espermatozoide, na sua
corrida instintiva em direção ao ovário feminino, é tão-somente o
"detonador psíquico" espécie de "elo"ou "comutador automático", que em
sua essência ectoplasmática funciona ligando o mundo astral ao mundo
físico. É apenas um microorganismo
nutrido de "éter-físico" do orbe terráqueo, o qual desata o energismo
criador nesse limiar oculto da vida e acasala as forças do espírito com o
campo físico da carne. Em seguida, preenche-se gradualmente de
substância física, ante o automatismo atômico e a contextura molecular
própria da Terra.(1)
PERGUNTA: - Qual é a
comprovação, no mundo físico, de que o homem carnal é apenas produto do
desenvolvimento do seu perispírito preexistente ao corpo físico, e não
exclusivamente dos fatores hereditários da genética humana?
RAMATIS: -Após o espírito submeter-se, no Além, ao processo "sui generis" de reduzir-se vibratoriamente
ou encolher o seu perispírito até atingir a forma fetal apropriada para
caber no ventre perispiritual da futura mãe encanada, ele ali permanece
até incorporar e absorver as energias que se condensam do mundo físico e
depois constituem o corpo carnal. Esse processo então se sucede nos
meses de gestação materna, através das diversas etapas evolutivas, que
lembram o verme, o réptil, o peixe, até configurar-se no aspecto humano
aos sete meses.
Assim, em vez de o espírito nascer na
Terra, ele acorda ou desenleia-se, pouco a pouco, até retomar a sua
configuração peculiar primitiva e "pré-encarnatoria",
embora modificada pelos traços morfológicos da nova ancestralidade
biológica. Em verdade, o homem somente cresce em aparência corporal,
pois, evidentemente, ele apenas desperta até lograr a forma
humana-perispiritual, que já existia no Espaço antes de se encarnar no
ventre feminino. A figura adulta do homem, manifestada no cenário do
mundo físico, apenas revela a limite da configuração perispiritual
tecida nas diversas vidas pregressas. Diríamos que o espírito traz do
Além o seu cartucho invisível, o que se reduz e se amolda no útero
feminino e preenche-se da substância física até o limite que o impede de
crescer ininterruptamente em todos os sentidos. De contrário, se o
homem com vinte anos de idade possui um metro e sessenta de altura, com
quarenta anos deveria atingir 3,20m; e, com sessenta anos, a altura de
4,80m! No entanto, devido à matriz, o molde ou "cartucho"perispiritual
preexistente à formação do corpo carnal, o homem não ultrapassa na
matéria a estatura que é própria do seu perispírito antes de nascer
fisicamente.
PERGUNTA: - Poderíeis dar-nos algum exemplo
concreto dessa redução vibratória do perispírito, o qual depois de
justapor-se ao ventre materno, preenche-se com a substância física do
mundo, mas não transcende a sua configuração pré-natal?
RAMATIS:
- Em exemplo singelo, lembramos o que acontece com os balões de
borracha inflados de gás, os quais recortam as figuras de palhaços
coloridos, e que tanto divertem as crianças. Quando se expele o gás
desses balões de borracha ou plástico, eles murcham e ficam reduzidos a
figurinhas diminutas, embora nessa redução mantenham as características
fundamentais de sua anterior configuração peculiar de quando estavam
inflados de gás. Depois, novamente inflados de ar ou gás, esses balões
voltam a configurar as mesmas formas características dos palhaços
coloridos. Supondo-se que o perispírito do homem seja algo semelhantes a
essas figuras plásticas infladas de gás ou de ar quente, ele também
precisa ser esvaziado ou reduzido na sua configuração peculiar no Além, a
fim de poder encaixar-se no útero perispiritual da mulher. Embora ainda
seja invisível o perispírito do encarnante, depois de reduzido e
ajustado ao vaso materno da mulher gestante, ele irá se desatando ou se
"desenleando" à medida que absorve a substância física, tal qual os
balões murchos de borracha inflam-se gradativamente de ar.(2) Quando,
apos a sua gestação física, no ventre da mulher, a criança nasce ou
surge no mundo físico, isso é apenas a "materialização" do seu
perispírito anteriormente reduzido no Espaço. Após o corte umbilical, o
espírito continua a despertar ou desenvolver o seu perispírito até o
limite traçado pela sua própria contextura individual.
(1)
Não há uma encanação ou desencarnação absolutamente semelhante a outra,
acontecimento que depende, fundamentalmente da especialidade magnética e
do desenvolvimento psíquico do espírito encarnante ou desencarnante. Há
casos em que os técnicos siderais aguardam primeiramente a cópula
humana, para então processarem a redução perispiritual do encarnante até
atingir a forma fetal. No caso de espíritos primários que devem
encarnar instintivamente atraídos pelas forças da carne, a redução do
perispírito é feita com bastante antecedência à cópula e depois ligada
imediatamente ao ato físico ( nota de Ramatis)
(2) Certa vez, num raro momento de vidência etereofísica, percebi
através do abdomen da senhora M.T.S. nossa conhecida, a configuração de
um feto perispiritual no seu ventre, e predisse-lhe o nascimento de mais
um filho. A irmà protestou, que em absoluto não sentia qualquer sintoma
gestativo e não podia crer na minha predição. Oito meses após
nascia-lhe o terceiro filho, hoje um rapaz de 14 anos e que eu vira na
configuração perispiritual processando a sua materialização à luz do
mundo (nota do médium)
Extraído do livro A Vida humana e o Espírito Imortal - cap. 1 - Problemas da Infância - psicografia de Hercílo Maes .
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