sábado, 27 de abril de 2019

RAMATIS NOS FALA SOBRE DEUS ÚNICO APESAR DE TODOS OS RITUAIS


citação do livro Mediunidade de Terreiro

Deus é único apesar de todos os rituais, normas, procedimentos e cerimoniais instituídos pelas diversas doutrinas espiritualistas. E não se modifica somente porque os homens O imaginam desta ou daquela maneira, aqui ou ali, pois as formas de concebê-Lo em livros “sagrados” nada mais são que o jugo sufocante da intelectualidade expressando-se sob aspectos pessoais limitados à transitoriedade da existência carnal. A verdadeira realidade não é fruto de tradições e costumes admissíveis à compreensão humana de uma época em particular, mas exatamente o contrário, do mesmo modo como uma carroça não se põe à frente dos bois.

Refletindo que Deus é Deus, em todas as localidades cósmicas, quer represente o Jeová sentencioso dos Judeus, o Tupã dos silvícolas guaranis e tupinambás brasileiros, o Brahma dos hinduístas, o Sucellus dos celtas, o Grande Arquiteto do Universo dos maços, o velho cansado dos céus católicos, o Zambi ou Oludumaré dos africanos, o Rá dos egípcios, o Eterno Absoluto dos ocultistas, a Lei Eterna para os iniciados cabalistas, a Suprema lei dos espíritas ou Oxalá dos umbandistas. O que importa é que Ele seja percebido conforme a capacidade de entendimento de cada povo, cultura, religião, etnia ou nação.

Sendo um Deus único, mantenedor do Universo, os conflitos ocorrem quando diferentes religiões impõe, reciprocamente, partes percebidas do Criador, como verdade absoluta para as demais. Mesmo o ateu, respeitoso com a fé alheia e que desacredita de um Deus das religiões terrenas, tem-No dentro de si em estado latente, e muitas vezes até mais do que os sacerdotes fanáticos das portentosas catedrais da atualidade.

Os espíritos mandatários da umbanda atuantes no Espaço entendem perfeitamente a necessidade das experiências e conclusões de cada cidadão, obtidas pelo intercâmbio “psicofísico” com o mundo oculto, sob os auspícios da mediunidade de terreiro. Gradativamente, os homens se apercebem da Inteligência Suprema causadora e disciplinadora de todos os fenômenos imagináveis, fonte sublime e infinitamente amorosa e sábia que cria, criou e continuará criando e governando o Universo.

Antigamente, as leis divinas eram compreendidas rudemente pela intimidade instintiva das criaturas. Por isso, os “deuses” eram percebidos como eivados de ira, senhores dos elementos da natureza, entre raios, trovões, tempestades raivosas, sedentos de sacrifícios, e a eles depositavam-se oferendas diversas em troca de suas dádivas. “Hoje, são representados pela sabedoria das entidades da umbanda, que reinterpretam a luz do Evangelho tradições do passado e seus fundamentos de orixás” punitivos, de velhos homens das tribos, amedrontados, querendo agradar as divindades. Fazem reluzir no campo mental o conhecimento de que sem mudança interior não existe mais propósito para obrigações e punições exteriores, ordenadas por “divindades” sádicas que relembram  lendas sentenciosas baseadas em mitos que contrariam a Lei Cósmicas que estabelece a flexibilidade libertadora da semeadura livre, no presente, para a colheita obrigatória no futuro.

O momento atual exige união de todos os adeptos espiritualistas encarnados. Estamos junto de vós num esforço planetários único, almejando a mudança da consciência coletiva encarnada em diversas localidades. Independentemente dos rótulos terreno, somente o exercício do amor minimizará arestas ainda existentes entre vós, escoimando as diferenças de embalagens religiosas e doutrinárias que exaltam a forma separatista em detrimento da essência, que é a união fraternal crística.

Desejamos aos espiritistas universalistas que lerem estas letras, organizada com o título Mediunidade de Terreiro, contendo diretrizes esclarecedoras de acordo com as leis universais “escritas” por Jesus, em seu Evangelho redentor, uma compreensão mais dilatada da dinâmica umbandista que, embora não codificada, está unida pela semelhança de conhecimentos disseminados no interior de seus terreiros.

Aos umbandistas, sugerimos uma profunda reflexão a respeito da forma como se deve cultuar o sagrado dentro dos terreiros, não devendo ser este um motivo para separatismos, contendas ou quizilas entre os adeptos, pois a unidade na umbanda se dará pelos estudos continuados, aliando-se a tradição da oralidade interna aos compêndios, a fim de compreender-se a dinâmica dos tempos atuais, em que a diferenças devem unir a todos num mesmo propósito, que o trabalho caritativo evangelizador, conforme nos afirmou Jesus: “Meus Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”.

Muita pas, muita luz!
Ramátis

LIVRO MEDIUNIDADE DE TERREIRO
Preâmbulo de Ramatís

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