JESUS, PSICÓLOGO DA ALMA
VISÃO SUBJETIVA DAS PARÁBOLAS
Pode-se aplicar várias interpretações às parábolas do Cristo. Sempre que feitas com amor e para o amor, elas terão sentido. O conteúdo das parábolas e de suas entrelinhas é arquetípico, portanto, comporta muitas interpretações, inclusive percepções aparentemente contraditórias. Tais diferenças percepções foram motivo de desavenças, por séculos, entre católicos e protestantes, ambos, intérpretes de uma mesma mensagem.
Seu sentido fundamental pertence à essência arquetípica do
ser humano, estando presente nas mais diversas culturas, filosofias e
religiões. Na sua essência encontramos as mensagens do Bem, do Amor, do
respeito à Vida, da busca do encontro consigo mesmo, da comunhão com Deus, as
quais estão presentes na alma humana e nas manifestações culturais da
humanidade.
O encontro do ser humano consigo mesmo, seu processo de
autoconhecimento de autodescoberta, de autotransformação, é a tônica dos
ensinamentos das grandes religiões da humanidade. Tudo que se faz tudo que se
pensa, tudo que se escreve ou se sente, é feito em função do ser humano e para
o ser humano. O ser humano não é só a medida de todas as coisas, mas é também o
sentido de todas as coisas.
O significado essencial da mensagem do Cristo é a busca do
Si mesmo. É o ser humano na sua incessante preocupação de entender-se, de
justificar sua própria existência. Se quiséssemos resumir a mensagem Dele,
poderíamos dizer que seu objetivo é reestruturação psicológica do ser humano em
vistas à própria evolução.
Seguir ao Cristo, portanto, é vivenciar sua mensagem na vida
íntima, familiar e social. É viver sua própria vida como ele viveu a dele. É
descobri-nos em meio as influência coletivas que nos levam apenas para fora de
nós mesmos.
Sua mensagem se destina à alma dotada de razão, emoção e
intuição. Não se dirige apenas a um grupo de seguidores ou ao estabelecimento
de uma casta de adeptos e crentes. Impregnar a mensagem do Cristo no coração
humano não quer dizer a instituição de uma religião com adeptos e fiéis
ortodoxos que vivem em seu nome. Mas a transformação de pessoas que encontraram
o sentido real de suas vidas e se dispões a vivê-lo externa e internamente.
Extraído do livro Psicologia do Evangelho – Adenáuer Novaes
– cap. – “Jesus, psicólogo da alma”.
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