"Quem quiser ser o maior entre vós, seja o servo de todos"- JesusRefletem-se igualmente no meio religioso espíritas, as disputas pelas lideranças de grupos, tão peculiares no passado, quando o domínio das consciências humanas preocupava os poderes estabelecidos em cada época.
Já entre os primeiros discípulos, das perguntas feitas ao Mestre, uma é bem característica:
"...quem entre nós será o maior?"Ao que Jesus respondeu
"Quem quiser ser o maior entre vós, seja o servo de todos".Aí está o comportamento a ser adotado por todos os cristãos que, naturalmente, se evidenciam como líderes entre os demais companheiros.
O líder autêntico é certamente aquele que sabe habilmente conduzir os grupos de homens numa direção projetada sem que a sua opinião seja prevalecida, mas despertando no grupo a desejo e a participação de todos no objetivo maior": servir a Jesus.
A palavra influente e bem articulada nas assembléias de criaturas que recebem os primeiros chamamentos à causa do Mestre, pode magnetizar e impressionar as massas, no entanto, os discursos singelos, de ensinamentos vividos no amor e no trabalho permanente das transformações morais, transmitem o exemplo e as forças impulsionadoras no objetivo primordial de cada homem: a transformação de si mesmo.
O respeito às ideias e opiniões dos companheiros de crença, nas atividades exercidas em conjunto, sem as pressões individuais, calcadas no convencimento de que sejamos os únicos detentores das verdades espirituais ou os exclusivos porta-vozes dos instrutores do Além, é comportamento que deve convidar à análise os liderantes nos meios espiritas de nossos dias, que ainda tentam subordinar a outrem a aceitação dos pontos e vista pessoais.
A Doutrina dos Espíritos é obra que vem sendo edificada nos corações dos homens a exemplo da planta que cresce entre os abrolhos e o mato deteriorante e que, no decurso de sua evolução, se eleva, sombreia e acolhe tudo o que, no tempo, se perdeu em baixo, espalhando então, aos homens, os frutos do seu valor. No entanto, não são aconselháveis as posições radicais de companheiros que, na defesa dos postulados Kardecistas, até mesmo esquecem da tolerância religiosa para com o próximo, e provocam desuniões na família espírita.
Carecemos ainda, no nosso convívio religioso de estabelecer com amor e compreensão, os diálogos fraternos, a aferição dos rumos doutrinários em favor da massa obscura que necessita, principalmente, de caridade, entendimento e orientação para Cristo.
Lembremos as palavras do nosso Sublime Mestre que, em preparando os discípulos para a continuação da sua obra redentora, disse:
"É por muito vos amardes sereis reconhecidos como meus discípulos".
Ainda muito distanciados nos encontramos dessa vivência evangélica exaltada por Jesus.
Emmanuel esclarece com muito acerto:
"Recordemos que o supremo orientador das equipes de serviço cristão é sempre Jesus. Dentro delas, a nossa oportunidade de algo fazer constitui só por si valioso prêmio".
É ainda o amor a forma que reúne as únicas condições de harmonização as criaturas e, em particular, com prioridade, a família espírita.
Extraído do livro Iniciação Espírita - Ed. Aliança - Cap O CRISTÃO NO MEIO RELIGIOSO E NO MEIO PROFANO
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