A obsessão é um dos
maiores escolhos da mediunidade; também um dos mais frequentes. Assim nunca
seriam demasiados os cuidados em combatê-la porque, além dos inconvenientes pessoais
que disso podem resultar, é um obstáculo absoluto à bondade e à veracidade das
comunicações. Em qualquer grau que se a considere, desde que a obsessão é
resultado de um constrangimento, este jamais poderia ser exercido por um por
Espírito. Disso resulta que toda comunicação dada por um médium obsidiado é suspeita
e não merece confiança. Se, por vezes, nelas se encontra algo de bom, deve-se toma-lo
e rejeitar tudo quanto seja simplesmente duvidoso.
A obsessão é
reconhecida pelos seguintes caracteres:
- Persistência de um Espírito em se comunicar, bom grado, mau grado, pela escrita, pela clariaudiência, pela tiptologia, etc., obstando a manifestação de qualquer outro;
- Ilusão que, não obstante a inteligência do médium, o impede de reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicações que recebe;
- Crença na infalibilidade e na identidade absoluta dos Espíritos que se comunicam e que, sob nomes respeitáveis e venerados, dizem coisas falsas e absolutas.
- Confiança do médium nos elogios que lhe fazem os Espíritos manifestados por seu intermédio.
- Disposição de afastar-se das pessoas que lhe podem dar avisos úteis.
- Intolerância para a crítica feita às comunicações que recebe.
Constrangimento
físico qualquer, dominando a vontade e forçando a agir ou a falar mau grado
seu;
Ruídos
e desordens constantes em seu redor, dos quais se é causa ou objeto.
Allan
Kardec – Livro dos Médiuns - capítulo XXIII
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