segunda-feira, 10 de abril de 2017

Parábola dos Talentos

Porque assim é como um homem que, ao ausentar-se para longe, chamou os seus servos e lhes entregou os seus bens. E deu a um cinco talentos, e a outro dois, e a outro deu um, a cada um segundo a sua capacidade, e partiu logo. O que recebera pois cinco talentos, foi-se, e entrou a negociar com eles e ganhou outros cinco. Da mesma sorte também o que recebera dois, ganhou outros dois. Mas o que havia recebido um, indo-se com ele, cavou na Terra, e escondeu ali o dinheiro de seu senhor. E passando muito tempo, veio o senhor daqueles servos, e chamou-os a contas. E chegando-se a ele o que havia recebido os cinco talentos, apresentou-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, tu me entregastes cinco talentos; eis aqui tens outros cinco mais que lucrei. Seu senhor lhe disse: Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel nas coisas pequenas, dar-te-ei a intendência das grandes; entra no gozo do teu senhor. Da mesma sorte apresentou-se também o que havia recebido dois talentos, e disse: Senhor, tu me entregaste dois talentos, e eis aqui tens outros dois que ganhei com eles. Seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel, já que fostes fiel nas coisas pequenas, dar-te-ei a intendência das grandes; entra no gozo de teu senhor.
 
            E chegando também o que havia recebido um talento, disse: Senhor, sei que és homem de rija condição; segas onde não semeaste, e recolhes onde não espalhaste; e temendo me fui, e escondi o teu talento na Terra; eis aqui tens o que é teu. E respondendo o seu senhor, lhe disse: Servo mau e preguiçoso, sabia que sego onde não semeei, e que recolho onde não tenho espalhado. Devias logo dar o meu dinheiro aos banqueiros, e, vindo eu, teria recebido certamente com juro o que era meu. Tirai-lhe, pois, o talento, e dai ao que tem dez talentos. Porque a todo o que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; e ao que não tem, tirar-se-lhe-á até o que parece que tem. E ao servo inútil, lançai-o nas trevas exteriores: ali haverá choro e ranger de dentes. (Mateus, XXV: 14-30).
O Evangelho Segundo o Espiritismo cap XVI 



O CONCEITO FINAL DA PARÁBOLA DEVE SER A SENTENÇA:

 "A cada um será dado segundo suas obras" 


OS DEZ TALENTOS

O Senhor nos entrega os bens da Criação, necessários às nossas necessidades e experiência evolutiva. Cada um recebe o que precisa e jamais lhe é exigido esforço maior do que pode suportar.

Desses bens, nos utilizamos de forma diferente, segundo nossas maturidade espiritual; uns, mais esforçados e diligentes empenham-se em aumentá-los, espalhando-os em torno, para que deles também outros se beneficiem, enquanto que os egoístas, preguiçosos ou gozadores, quando não os delapidam, limitam-se a conservar o que receberam, utilizando-o em benefício próprio.

Os talentos que o Senhor distribui são os dons de fortuna, de posição social, de conhecimentos, que devem ser utilizados, compartilhados e transmitidos a toda a humanidade; e tanto maior será a obrigação de assim se proceder, quanto maior o volume ou a extensão dos bens recebidos.

Na parábola, dois dos beneficiários aplicaram bem os recursos que lhes foram confiados, enquanto que um terceiro, de compreensão mais estreita, egoísta e mesquinha imobilizou a sua parte, nada produzindo.

Os dois primeiros prestaram boas contas e foram recompensados, mas o último não o fez e foi castigado, mandando o Senhor que os bens que recebera lhe fossem tirados e doados aos que apresentaram resultados satisfatórios porque: "ao que muito tem, muito mais ainda lhe será dado e, ao que tem pouco, esse mesmo lhe será tirado", porque quem não se esforça não merece recompensa; e mais ainda, mandou o Senhor que fosse ele posto fora do reino, em esferas trevosas, onde imperam o sofrimento e as privações, para o devido aprendizado.

O conceito final da parábola deve ser a sentença: "a cada um será dado segundo suas obras".

Edgard Armond - Livro O REDENTOR

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