A todos nós, se tivermos realmente a vontade de ser útil, a
Terra oferece um imenso campo de trabalhos, de realizações e de progresso. Todo
tem possibilidades de realizar alguma coisa: a cada um foi confiada uma tarefa.
Sejamos bons
trabalhadores.
A mediunidade é rica de méritos para o futuro, com a
condição de ser bem empregada. Se nós nos servimos dela consoante a vontade do
Senhor, fácil será aos espíritos fazerem com a humanidade se esclareça, em
menor espaço de tempo. Lembremo-nos sempre de que em qualquer parte que a
bondade de Deus nos colocar, por mais humilde que seja o ambiente onde
exercemos nossa ação, reais serviços poderemos prestar.
Nunca forcemos ninguém a aceitar nossas ideias; ensinemos
primeiro aos que se achegarem a nós desejosos de aprender.
Revelemos a todos as sublimes verdades do Espiritismo: a
Imortalidade da alma, a Reencarnação, a Fraternidade, a paternidade comum que
temos em Deus, nosso Pai.
Seja o nosso modo de viver uma luz a iluminar a nossa mais
atrasados. Seja a nossa vida um exemplo prático e palpável do Evangelho de
Jesus.
Procuremos esforçadamente socorrer os que implorarem a
misericórdia do Senhor. Nunca deixemos de dar a de graça o que de graça
recebemos.
Desempenhemos devotadamente nossos deveres humanos: sejamos
bons patrões, bons chefes, bons empregados, bons amigos, bons irmãos, bons
filhos, bons esposos e bons pais. Seja a nossa família um modelo de virtudes. Sejam
nossas relações sociais impregnadas da mais alta moralidade.
Cuidemos de nossa mediunidade com amor e carinho.
Ela nos dará felicidade futura.
Evangelizemo-nos a nós próprios. Nós também somos espíritos
em doutrinação aqui na terra.
Não ambicionemos excessivamente as coisas da Terra e não as
desprezemos levianamente. Saibamos dar a cada coisa o seu justo valor.
Confiemos no Senhor. Ele nos dará o necessário. Digno é o
trabalhador de seu salário.
A mediunidade não nos dará as honras da Terra e exigirá de
nós a máxima abnegação, o máximo devotamento.
Sejamos formes no cumprimento de nossos deveres na seara do
Mestre. A nossa recompensa não está neste mundo.
Não há sopro que apague uma luz que o Senhor acende no
mundo. Por isso, não tenhamos medo dos incrédulos, nem dos que estão contra
nós: não percamos tempo com eles; um dia, a morte os colherá e, então, verão
com os próprios olhos aquilo que negavam.
Confessemos firmes e
abertamente nossa crença; não a renegarmos; sejamos fiéis até o fim.
O Mestre declarou que não veio trazer paz a Terra, porque a
maioria das criaturas não a compreenderia.
Assim é o Espiritismo: chamando a atenção da humanidade para
os ensinamentos de Jesus. Combatendo os preconceitos de raças, de religiões e
de classe sociais; desmascarando a hipocrisia e verberando os vícios; chamando
cada um ao cumprimento de seus deveres e à responsabilidade de seus mínimos
atos, é natural e lógico que tenha granjeado inúmeros inimigos e detratores. O
Espiritismo trará a paz a união ao mundo, mas por enquanto, será motivo
de escândalo.
Lembremo-nos de que por pequenina que seja nossa mediunidade,
se com ela conseguimos enxugar uma única lágrima, não perderemos nossa
recompensa e seremos contatos nos números dos bons trabalhadores.
Livro Mediunidade sem lágrimas – Eliseu Rogonatti
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por sua mensagem. Será publicada após aprovação.