1 – O tema reencarnação é sempre evocado quando se fala em Espiritismo. Trata-se de um dogma espírita?
A reencarnação não é simples princípio espírita e muito menos um dogma
religioso. Trata-se de uma lei divina que envolve a evolução dos
Espíritos. O Espiritismo apenas a enuncia.
2 – Seria, então, um tema de caráter científico?
Sem dúvida. Mais cedo ou mais tarde a Ciência comprovará que retornamos à
carne muitas vezes, no desdobramento de experiências necessárias à
nossa evolução.
3 – Se a reencarnação é uma lei divina, por que não foi adotada pelas religiões?
Isso não é novidade. Princípios bem mais palpáveis, sob o ponto de vista
científico, como os movimentos de rotação e translação da Terra foram
rejeitados pela religião durante séculos. Galileu Galilei, que acumulou
provas matemáticas desses movimentos, teve que desdizer-se para não ser
conduzido à fogueira, porquanto os teólogos insistiam na tese
inconsistente de que a Terra era imóvel e o centro do Universo.
4 – Qual a finalidade da reencarnação?
Promover nossa evolução. No estágio primário de evolução em que nos
encontramos, necessitamos das limitações impostas pela carne, que agitam
nossa alma ao mesmo tempo em que nos habituam às disciplinas do
trabalho. A simbologia bíblica – ganhar o pão de cada dia com o suor do
rosto – nos dá uma idéia a respeito do assunto.
5 – Se a reencarnação é uma lei divina, é possível comprovar sua existência com os recursos da ciência?
Como não podemos levar a alma para o laboratório, submetendo-a a testes
variados, devemos buscar essa comprovação nas experiências de vida,
envolvendo crianças que recordam existências passadas, regressão de
memória por hipnose ou técnicas de relaxamento, crianças dotadas, marcas
de nascença… No somatório, fatos dessa natureza falam bem alto sobre a
realidade da reencarnação.
6 – Nota-se que quem não está familiarizado com a reencarnação tem
dificuldade para conceber que possa ter sido outra pessoa. Como
explica-la de forma objetiva e clara?
Imaginemos um ator desempenhando sucessivos papéis – homem, mulher,
velho, criança, europeu, asiático, branco, negro, são, doente… Mudará de
trajes e de aparência, mas será sempre ele mesmo, transvestido. Assim é
o Espírito, que assume sucessivas personalidades, mas é sempre a mesma
individualidade.
7 – A questão crucial é o esquecimento. Por que não lembramos
conscientemente das existências pregressas se somos sempre a mesma
individualidade?
O esquecimento funciona em nosso benefício, por inúmeras razões. A
principal é que se lembrássemos haveria um sobreposição de experiências
que nos perturbaria. Há pessoas que vão parar em hospitais psiquiátricos
por lembrarem da existência passada, embaralhando duas personalidades
em sua cabeça. Imaginemos se isso ocorresse em relação a incontáveis
personalidades de vidas anteriores…
8 – De que valem as experiências reencarnatórias, se não guardamos lembrança delas?
Guardamos seu substrato, a manifestar-se em tendências e vocações.
Ninguém revela facilidade para determinada atividade por mero
condicionamento genético. Tudo é fruto de experiências passadas,
envolvendo, inclusive, o relacionamento afetivo e familiar. Tendemos a
reencontrar afetos e desafetos do pretérito, a fim de consolidar
afeições e desfazer aversões. Não lembramos, mas experimentamos
sentimentos muito fortes, que transcendem o presente. Remontam a
vivências anteriores.
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