Ser feliz é estar em perfeita harmonia com a constituição do universo, seja consciente, seja inconscientemente. A natureza não hominal é inconscientemente feliz porque está sempre em harmonia com o universo. Aqui na Terra somente o homem pode ser conscientemente feliz e também infeliz.
Com o homem começa o estranho fenômeno da liberdade no meio da universal necessidade.
A natureza só conhece o dever compulsório. O homem conhece um querer espontâneo, seja rumo ao positivo, seja rumo ao negativo. O desejo universal é a felicidade. A humanidade tem potencialidade de ser feliz. Com o tempo essa potência vai virando ato, ou seja a potencialidade vai se atualizando, realizando e se expandindo.
A vivencia do ego externo e ilusório deságua numa felicidade externa ilusória. A do ego interno realiza a real potencialidade. O caminho do ego interno passa pelo auto-conhecimento. Pouquíssimos homens têm uma visão nítida da sua genuína realidade interna. Quase todos se identificam com uma realidade externa: um ator, um vizinho, um parente. A consequência disso é não enxergar a realidade do próximo. Aquele homem se encontra na luta obsessiva da obtenção da realidade externa. Não consegue realizar o amor ao próximo.
O amor-próprio não é necessariamente egoísmo. Este é exclusivista e aquele é inclusivo, inclui os amores alheios no seu amor próprio.
Para ser feliz não podemos depender das ações de outrem, mas somente das nossas. A felicidade só pode consistir em algo que dependa de mim, algo que eu possa crear independente das circunstâncias externas, físicas ou sociais. Toda vez que dependermos do exterior, alta é a possibilidade da frustração e por consequência da infelicidade.
extraído - Curso de Filosofia Espírita - site Ifevale
Elaine Saes
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