EFEITOS FÍSICOS – MATERIALIZAÇÕES
BIBLIOGRAFIA
Fatos Espíritas – William Crookes –FEB
Materializações Luminosas, Rafael Américo Ranieri – Edit FEESP.
Reflexão
DEDICATÓRIA
Interessante dedicatória feita por um acadêmico Zollner,
astrônomo e físico da Universidade de Leipzig a outro acadêmico, Crookes,
químico da Real Sociedade de Ciências de Londres;
“Por coincidência notável, nossas investigações científicas
se encontram no mesmo terreno, fornecendo a Humanidade admirada nova classe de
Fenômenos Físicos, que proclamam bem alto e de modo não duvidoso a existência
de outro mundo material de seres inteligentes.
Sobre vós também ingratidão e ridículo tem sido atirado com
a máxima liberalidade pelos cegos representantes da Ciência Moderna e pelas
multidões mal guiadas pelos seus ensinamentos."
(trecho do livro Física Transcendental do prof. Johann Karl
F. Zollner dedicado a Wilian Crookes)
Que seriam os cegos representantes da Ciência Moderna e
quais seriam seus verdadeiros motivos por deixarem de pesquisar os fenômenos
citados por Zollner?
1.
1PARTE – OBJETIVO DESTA AULA
Esta aula tem por objetivo nos levar a reflexão sobre os
fenômenos de materializações efetuadas no século XIX e XX pelo cientista inglês
William Crookes e por Rafael A. Ranieri no Brasil.
2.
2PARTE – INTRODUÇÃO
Esta aula visa dar conhecimento sobre experimentos
envolvendo materializações de entidades extracorpóreas conduzidos por William
Crookes na Inglaterra no período de 1870 a 1874 relatados em seu livro Fatos
Espíritas e por Rafael Américo Ranieri no Brasil de 1948 a 1954 relatados em
livro de sua autoria Materializações Luminosas.
O primeiro por se tratar de um cientista renomado, os
experimentos foram conduzidos utilizando metodologia e rigores exigidos pela
ciência. Quanto ao segundo foram elaborados, observados e descritos com simples
caráter observacional apesar de
testemunhos e chapas fotográfica tirada.
3. 3 PARTE – WILLIAM CROOKES – BIOGRAFIA
A biografia detalhada de William Crookes aparece no livro
citado e foi elaborada por Dr. Paul Gibier. Crookes foi um renomado cientista
inglês da segunda metade do século XIX, conhecido pela sua invenção denominada
Ampola de Crookes sendo hoje em dia utilizada nos aparelhos de TV, o Tubo de
Raios Catódicos. Foi ele também o descobridor dos raios catódicos, responsáveis
pelo surgimento das imagens na tela da TV. Foi o descobridor do elemento
químico Tálio. Crookes foi integrante da Sociedade Real de Londres, órgão que
reúne os notáveis homens de Ciência na Inglaterra.
4.
4 PARTE – FENOMENOS PESQUISADOS POR WILLIAM
CROOKES
No período de 1870 a 1874, William Crookes resolveu se
dedicar a pesquisas científicas em torno dos fenômenos espirituais. Esse
período com as respectivas experiências estão relatadas em Fatos Espíritas de
sua autoria e editado em protugues pela FEB. Nesses quatro anos Willa, Crookes
pesquisou sob rigorosas condições experimentais em sua próprio casa e em outros
locais em épocas por ele designadas e
com audiência por ele escolhida e variável ao longo dos experimentos, fenômenos
originados pelos médiuns Douglas D Home, Kate Fox e Florence Cook. Os
experimentos foram:
1.
Fenômenos de percussão e outros sons de mesma
natureza (pag 30)
2.
Movimento de objetos pesados colocados a certa
distancia do médium (pag33)
3.
Elevação de corpos humanos (pag 35)
4.
Escrita Direta (pag 43)
5.
Movimentos de corpos pesados com contato, mas
sem esforços mecânicos (pag 29)
6.
Mesas e cadeiras elevadas do chão (pag 34)
7.
Aparições luminosas (pag 38 e 40)
8.
Formas e figuras de fantasmas (pag 45)
9.
Casos particulares parecendo indicar ação de uma
inteligência externa (pag 46)
5 PARTE – MATERIALIZAÇÕES DE KATIE KING
Durante cerca de três anos Florence Cook com 15 anos de
idade ao final do período, materializou o espírito denominado Katie King e
experimentos realizados em ambiente preparado pelos pesquisadores em suas
próprias residências, embora com pouca luz (condição necessária a
materialização). A materialização percorre a sala e interage com os
pesquisadores por períodos de até duas horas, enquanto a médium permanece
encarcerada, em profunda letargia. A aparição é fotografada diversas vezes.
Seguem abaixo ter relatos:
“Desde o começo da mediunidade da Srta Cook, Katie King
havia anunciado que tinha o poder de ficar perto da sua médium durante três anos,
e que depois desse tempo despedir-se-ia para sempre. O fim desse período
expirou em 21 de maio de 1874. Durante quase toda a sessão Katie ficou de pé
diante de nós; a cortina do gabinete estava afastada e todos podiam ver distintamente
a médium adormecida. Tomando o braço do Sr. Crookes, Katie fez uma volta na
sala, apertando a mão de cada um. Katie escreveu cartas de despedidas. Pediu a
tesoura, cortou pedaços de seus cabelos e deu a todos nós. Cortou vários
pedaços do seu vestido, e instantaneamente essa parte ficou tão completa e nítida
como dantes. Examinando o pano, não havia orifícios, costura ou tecido
sobreposto”.
“Uma noite, contei as pulsações de Katie: o pulso batia
regularmente 75, enquanto o da Srta Cook, poucos instantes depois atingia 90,
seu número habitual. Auscultando o peito de Katie, eu ouvi um coração bater no
interior, e as suas pulsações eram ainda mais regulares que as do coração da
Srta Cook. Os pulmões de Katie mostravam-se ainda mais sãos que os da médium,
pois a Srta Cook seguia tratamento médico por grave bronquite”.
“Para ter certeza que a Srta Cook estava no interior do gabinete
enquanto a Katie estava fora dele, o Sr Varley concebeu a ideia de fazer
atravessar o corpo da médium pro fraca corrente elétrica, medindo-a por um
galvanômetro. Os extremos do aparelho foram fixados aos braços da médium, pouco
acima de seus punhos. As mãos e os braços de Katie King apareceram fora do gabinete,
escrevendo diversas cartas. Se os extremos do aparelho fossem deslocados pra os
ombros da Srta Cook, para liberar os braços da médium, o trajeto percorrido
pela corrente elétrica, no corpo dela, teria sido diminuído pelo menos de metade,
e a agulha do galvanômetro se elevaria. Durante três minutos, enquanto Katie
King redigia as cartas com o braço inteiramente fora da cortina, a agulha do galvanômetro
registrou oscilações insignificantes”.
6 PARTE – TEORIAS EXPOSTAS POR CROOKES PRA EXPLICAREM OS FENOMENOS
Existem segundo Crookes (pag 54/58), oito teorias que podem
explicar os fenômenos:
1 teoria – todos os fenômenos são resultados de fraudes e os
médiuns soa impostores
2 teoria – as pessoas que assistem são vitimas de uma
espécie de loucura ou ilusão
3 teoria – resultado da ação consciente ou inconsciente do cérebro
4 teoria – fenômenos produzidos são resultados do espirito
do médium
5 teoria – os fenômenos são ações dos demônios
6 teoria – são produzidos por certa classe de seres que
vivem na Terra, mas imateriais
7 teoria – as manifestações são devidas a intervenção dos “mortos”
8 teoria – resultado de uma força fsiquica
7 PARTE – DECLARAÇÕES DE CIENTISTAS SOBRE OS FENOMENOS
As paginas 142 e 151 de Fatos nos oferecem as declarações de
vários pensadores filósofos, cientistas, professores e pesquisadores sobre
fenômenos realizados na Europa na segunda metade do século XIX. Destacamos os
seguintes depoimentos:
“o espiritismo está tão bem demonstrado com a lei da
gravidade”(Alfred Russeal Wallace)
“sem dúvida os fenômenos espiritas são verdadeiros e que é impossível
dar-lhes uma interpretação”(Cesare Lombrose)
“o espiritismo está cientificamente demonstrado” (William
Crookes – Soc Real de Londres)
“pelas minhas experiências, convenci-me que os pretendidos
mortos se podem comunicar conosco...”(Prof Myers- membro da Soc Real de
Londres)
“a barreira que separa os dois mundos espiritual e material
pode cair gradualmente...”(Oliver Lodge – membro da Soc Real de Londres)
8 PARTE – RAFAEL AMERICO RANIERI – BIOGRAFIA
Rafael Américo Raneri nascido em 1920, em Belo Horizonte,
casado com Arlete Meireles com a qual teve quatro filhos: Gloria, Arus, Kratus
e Helena (esta falecida em tenra idade). Foi delegado de policia, prefeito de
Guaratinguetá de 1969/1972 e deputado estadual por dois mandatos de 1973/1978.
No movimento espirita foi ativo participante nas décadas de
40 em diante, sendo amigo pessoal de Francisco Cândido Xavier. Presidiu o Grupo
Espírita André Luiz no Rio de Janeiro, foi um dos fundadores da Fraternidade no
Campo do Galvão em Guaratinguetá e presidente do Jornal Espirita Brasileiro.
Como escritor espirita tem 35 obras editadas, sendo muitos deles pela sua própria
editora.
Nos últimos anos de sua vida no seu sítio em Guaratinguetá,
no qual montou uma creche com 37 crianças abandonadas e carentes. Faleceu em
Guaratinguetá devido a isquemia cerebral em 1989.
9 PARTE – LOCAIS DOS FENOMENOS DESCRITOS POR RANIERI
O fenômenos descritos por Ranieri em seu livro Materializações
Luminosas se ceram em Pedro Leopoldo, Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. Expressivo
conjunto de materializações é relatado em seu livro com diversas fotografias das
materializações.
O médium Francisco Lins Peixoto (Peixotinho) promove
materializações em Pedro Leopoldo, Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. O médium
Fábio Machado o faz em Belo Horizonte.
No Rio de Janeiro as reuniões se davam no Grupo Espírita
André Luiz na época à rua Moncorvo Filho.
Muitos dos trabalhos relatados, como,
operações espirituais, letreiros luminosos, visualizações luminosas no interior
de médiuns e paciente entre outros sempre com objetivo de cruas em pessoas que
buscavam o centro.
Em Belo Horizonte as reuniões se davam na residência de Jair
Soares, no Centro Espirita Tiago Maior e no grupo Irmã Scheilla. E finalmente
em Pedro Leopoldo na residência de Chico Xavier.
10 PARTE – PRINCIPAIS MEDIUNS E ENTIDADES NOS RELATOS DE
RANIERI
Dentre as entidades que se manifestaram com maior frequência:
Jose Grosso (caboclo nordestino de grande estatura), Scheilla (moça alemã na
ultima encarnação), Heleninha (filha de Ranieri, desencarnada em 1945 aos 2
anos de idade), Fidelinho, Uemoto (pintor japonês – autor de vários quadros de
entidades espirituais), Tonga (pintor japonês prestes a reencarnar) e Palminha
(jovem brincalhão).
11 PARTE – FENOMENOS DESCRITOS POR RANIERI
Materializações luminosas: Nos três locais, por intermédio
dos dois médiuns, mesmo grupo de espíritos materializa-se. Em sessões
realizadas no escuro, surgem figuras luminosas que clareiam o ambiente: “A
materialização luminosa de Sheila estava a meio metro de mim. Com sua presença,
a sala inundou-se de doce claridade e os presentes podiam ver-se uns aos
outros. Para imitar uma figura daquelas seria necessária uma prodigiosa
instalação elétrica. Outras entidades se materializaram nessa noite e todas
elas luminosas”. O livro cita múltiplas manifestações, sempre luminosas.
Curas por aparatos luminosos: Em quarto de hotel ocupado por
cinco pessoas, em Pedro Leopoldo, Peixotinho, que é asmático, pede que fizéssemos
uma prece para que pudesse ser tratado pelos espíritos. Após a prece, faixas
luminosas de cor verde clara surgiu sobre o peito de Peixotinho. Havíamos
estados juntos todo o tempo, não sendo possível qualquer preparação por parte
de médium.
Em outra reunião no Grupo Espírita André Luís, no Rio de
Janeiro, entidade de clarão forte, que atigia todos os pontos da sala,
aproximou-se da srta. Laís, deitada em um leito, requerendo operação de
apêndice.
Após certo tempo, voltou-se a nós, trazendo nas mãos faixa luminosas
de cor verde clara. Dirigiu-se a
Lenice, quartanista de medicinam, irmã de
Lais, mostrando ponto de luz vermelha no meio da faixa: Este é o apêndice dela.
Fluidificamo-lo e o retiramos. Lenice pede a materialização do apêndice. A
entidade fechou a faixa sobre o ponto luminoso e abriu-o instantaneamente,
apresentando no lugar do ponto vermelho apêndice de carne em péssimo estado.
Materialização de flores: Ao fim de outra dreunião, Sheilla
materializa-se e anuncia que iria distribuir cravos frescos aos assistentes,
vermelhos para os homens e brancos para as mulheres. AS luzes dos espíritos se
apagaram e, na completa escuridão era impossível distinguir o sexo dos assistentes – feita a distribuição, em
completo silencio, era impossível distinguir a cor do cravo que cada um
recebeu. Encerrada a sessão, sem engano, cada um recebeu cravo na cor
prometida.
Moldes em parafina: Em reunião de materialização, enche-se
uma lata de 20 litros com parafina líquida, mantida aquecida entre 80 e 100
graus por fogareiro. Ao lado, idêntica lata é preenchida com água fria. A materialização
mergulha na parafina o membro que deseja moldar, colocando-o em seguida na água
solidificando a parafina. Em seguida desmaterializa o membro, abandonando o molde de parafina sólida. Ao término da
sessão, preenchemos o molde com gesso molhado e quebramos o molde. Caso o molde
seja de uma mão, fica a reprodução fiel de mão humana, notando-se até os
cabelos e os poros da pele. Impossível, pela temperatura da parafina,
reproduzir o mecanismo com um ser humano sem produzir queimaduras horrendas.
Fotografias de múltiplas peças em gesso aparecem no livro.
12 PARTE – MATERIALIZAÇÕES EM PEDRO LEOPOLDO – FOTOS
Antes de a editora rodar a primeira edição do livro houve
oportunidade do médium Peixotinho submeter-se a uma serie de reuniões em Pedro
Leopoldo de 1952 a 1954 com a presença de Fancisco Candico Xavier, onde foram
batidas chapas fotográficas de espíritos materializados.
Estas fotos em numero de oito foram tiradas na casa de Chico
e no Centro Espirita Luiz Gonzaga. A primeira foto batida em 03 de fevereiro de
1952 de um rapaz de 17 anos que faleceu em Campinas no desmoronamento de Cine
Rink. Não houve autorização de seu pai para a publicação da foto. Este era
medico no Rio de Janeiro, sendo que sua esposa e cunhado acompanhavam as reuniões.
A segunda foto é Camerino batida em abril de 1953. A
terceira é de Ana em setembro de 1953, criatura que viveu e desencarnou em
Campos – RJ. A quarta, quinta e sexta fotos mostram o ectoplasma em movimento
finalizando com a formação do rosto materializado de Pinheiro, pessoa que viveu
e desencarnou em Macaé – RJ. Estas fotos foram batidas em intervalos de 30 seg.
A sétima foto é de uma amiga espiritual de Chico. Todas as fotos tem declaração
de próprio punho de Francisco Cândico Xavier indicando local, pessoas presentes
e data.
13 PARTE – CONCLUSÃO
Para muitos o que foi relatado nos livros citados trata-se
de truques, charlatanismo e trapaças feitas pelos seus autores. Para outros,
guardando o devido respeito pelos homens e pelos trabalhos executados trata-se
de fenômenos psíquicos oriundos do inconsciente profundo. Entre os terceiros se
encontram religiosos de toda gama afirmando se tratar de fatos demoníacos os quais
é prudente nos afastarmos.
Numa reflexão e atitude mais ponderada, não deixando de
aceitar as hipóteses acimo levantadas, pediríamos, com forte probabilidade de acerto
deduzir pela atuação de seres extracorpóreos. Em se assumindo esta posição, os
vemos forçosamente aceitar a existência de uma vida espiritual onde o além tumulo
e uma realidade. O bom senso recusa fortemente as três primeiras hipóteses.
Alan Krambeck
14 PARTE: MÁXIMA / LEITURAS E PREPARAÇÃO PARA A PRÓXIMA AULA
Próxima aula: Livro 3 – Cap 3: A Existência de Espírito – O Mundo
Espiritual
Leitura:
MUITO ALEM DOS NEURONIOS – Núbur Facure – ANESP
O LIVRO DOS ESPÍRITOS – AlLan Kardec – Edt. FEB
NOSSO LAR – Francisco C. V – Edt FEB
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