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OS SINAIS DA RENOVAÇÃO– Jesus no Lar cap 24
Ante a assembleia familiar, o Mestre tomou a palavra e falou
persuasivo:
- E quando o Reino Divino estiver às portas dos homens, a
alma do mundo estará renovada.
“O mais poderoso não será o mais desapiedado e, sim, o que
mais ame.
“O vencedor não será aquele que guerrear o inimigo exterior
até a morte em rios de sangue, mas o que combater a iniquidade e a ignorância
dentro de si mesmo, até à extinção do mal, nos círculos da própria natureza.
“O mais eloquente não será o dono do mais belo discurso,
mas, sim, o que aliar as palavras santificantes aos próprios atos, elevando o
padrão da vida, no lugar onde estiver.
“O mais nobre não será o detentor do maior numero de títulos
que lhe conferem a transitória dominação em propriedades efêmeras da Terra, mas
aquele que acumular, mais intensamente, os créditos do amor e da gratidão nos
corações das mães e das crianças, dos velhos e dos enfermos, dos homens leais e
honestos, operosos e dignos, humildes e generosos.
“O mais respeitável
não será o dispensador de ouro e poder amando e, sim o de melhor coração.
“O mais santo não será o que se isola em altares do supremo
orgulho espiritual, evitando o contato dos que padecem por temer a degradação e
a imundície, mas sim, aquele que descer da própria grandeza, estendendo mãos
fraternas aos miseráveis e sofredores, elevando-lhes a alma dilacerada aos
planos da alegria e do entendimento.
“O mais sábio não será o possuidor de mais livros e teorias,
mas justamente aquele que, embora saiba pouco, procura acender uma luz nas
sombras que ainda envolvem o irmão mais próximo...”
O Amigo Divino pousou os olhos lúcidos na noite clara que
resplandecia, lá fora, em pleno coração da Natureza, fez longo intervalo e
acentuou:
- Nessa época sublime, os homens não se ausentarão do lar em
combate aos próprios irmãos, por exigências de conquista ou pelo ódio de raça,
em tempestades de lágrimas e sangue, portanto estarão guerreando as trevas da
ignorância, as chagas das enfermidades, as angústias da fome e as torturas
morais de todos os matizes. Quando o arado substituir o carro suntuoso dos
triunfadores, nas exibições públicas de grandeza coletiva, quando o livro
edificante absorver o lugar da espada no espírito do povo; quando a bondade e a
sabedoria presidirem às competições das criaturas para que os bons sejam
venerados, quando o sacrifício pessoal em proveito de todos constituir a honra
legítima da individualidade, a fim de que a paz e o amor não se percam, dentro
da vida – então uma Nova Humanidade estará no berço luminoso do Divino Reino...
Nesse ponto, a palavra doce e soberana fez branda pausa e,
lá fora, na tepidez da noite suave, as estrelas fulgurantes, a cintilarem no
alto, pareciam saudar essa era distante...
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