TECNOLOGIA – CONSUMO – NECESSÁRIO E SUPÉRFLUO
BIBLIOGRAFIA
FILOSOFANDO –Introdução a Filosofia – M Lucia A Aranha –
Edit Moderna
A CAMINHO DA FELICIDADE – Hubert Rohden – Edit Alvorada
HISTÓRIA GERAL – Sonia Irene do Carmo
REFLEXÃO
A TECNOLOGIA FAZ O HOMEM FELIZ?
O conhecimento
científico é função da curiosidade e das necessidades humanas.
O destino da ciência,
via de regra é pragmático, ou seja, aplicável ao uso humano.
Como consequência
surge a tecnologia.
A Tecnologia como
sendo pragmática, utilitária e objetiva, atende as necessidades físicas e fisiológicas
do Homem.
Poderia o Homem se
desprender a tal ponto que a Tecnologia lhe seja indiferente? Ou, o Homem
poderia fazer da tecnologia uma fonte de Felicidade?
1 PARTE: OBJETIVO
DESTA AULA
Esta aula tem por
finalidade nos conscientizar e questionar sobre os benefícios ou malefícios da
tecnologia e do consumismo por ela facultada. Ela visa também distinguir o que
é realmente necessário para vive e quanto o supérfluo é nocivo à humanidade e
ao meio ambiente
2 PARTE: INTRUDUÇÃO
O desenvolvimento da
ciência e da tecnologia aliado a um sistema econômico adequado proporciona ao
homem uma enorme quantidade de objetos e serviços que atendem uma vasta gama de
necessidades humanas. Caminham para além das necessidades chegando às raias das
não necessidades.
Esses objetivos e
serviços podem com muita facilidade atender paralelamente vontades e desejos
que se encontram numa outra instancia que não ao da necessidade básica,
Surge uma nova forma
de vida para a humanidade que incentiva o individualismo, o consumismo e a
degradação dos recursos naturais.
3 PARTE: AS NECESSIDADES
HUMANAS – A SOBREVIVÊNCIA
As necessidades
humanas são aquelas que atendem ao equilíbrio físico, biológico e mental do
homem. Podemos classificar em necessidades básicas de sobrevivência que atende
o equilíbrio biológico, qual seja: a alimentar no aspecto sólido, liquido e
gasoso, a de conservação no aspecto da segurança e da proteção contra as
intempéries e proteção contra as doenças.
À medida que as
necessidades elementares são atendidas surgem outras também importantes para
atender o equilíbrio emocional, mental e espiritual. Ou seja, há uma escala de
atendimento de necessidades como se fosse uma pirâmide, em cuja base estão as
necessidades básicas, num plano acima estão as necessidades emocionais,
necessidades intelectuais e no topo as necessidades espirituais (teoria de
Maslow)
4 PARTE: A CIÊNCIA –
A TECNOLOGIA - A EVOLUÇÃO DO BEM ESTAR
MATERIAL
A Tecnologia nada
mais é do que a aplicação prática da ciência. É o conjunto organizado de todos
os conhecimentos, científicos, empíricos ou indutivos empregados na produção e
na comercialização de bens e serviços. Podemos dizer que a Tecnologia é Ciência
Aplicada aos objetivos do Homem, geralmente ao seu bem-estar.
A Ciência iniciou com
os gregos, mas permaneceu muito tempo em caráter especulativo e teórico. A
partir do século XVI a ciência passou a se experimental, ou seja, além de
observada e pensada passou a ser medida e reproduzida objetivamente em
laboratório.
Nos séculos XVII em diante
a ciência passa a ser aplicada para a resolução dos problemas do homem.
Primeiro atendendo suas necessidades básicas atuando na agricultura, no
vestuário (tecidos), nos transportes (locomotiva e navegação a vapor) e na
comunicação (telégrafo e telefone).
Juntamente com a
tecnologia surge uma nova forma de vida. A burguesia se expande e começa a
formar a sociedade capitalista e industrial. Cresce o comercio e a burguesia comercial.
Surgem os bancos. A burguesia aumenta seu poder e passa a assumir o controle do
Estado.
Até o século XIX
poucos eram os que desfrutavam da tecnologia, mas a partir do século XX houve
uma expansão para benefício de grande numero de pessoas. É que chamamos
globalização.
Ancorados por um sistema
econômico que tinha como consequência o maior numero de pessoas fez com que a
tecnologia fosse popularizada. Isto proporciona bem-estar a um numero
significativo da população.
A Tecnologia
juntamente com o sistema econômico capitalista vê um grande nicho e ganhos
quando passa a atender outras necessidades e vaidades do ser humano. É neste
ponto que começam a surgir os surpléfluos.
5 PARTE: A PRODUÇÃO –
EVOLUÇÃO DO ARTESANATO À MANUFATURA
No decorrer dos
séculos XVII e XVIII, o processo de produção artesanal foi modificado. Antes,
nas oficinas artesanais das cidades, agrupadas em corporações, a produção era
extremamente limitada. Nelas não havia divisão de trabalho: cada artesão
realizava todas as etapas de produção de uma determinada mercadoria, o que
resultava num processo muito lento e numa pequena quantidade de peças.
Por outro lado,
passou a haver uma procura cada vez maior de mercadorias, porque a população
das cidades estava em crescimento, principalmente com a chegada de grandes
levas de camponeses expulsos da terra. Além disso, havia os mercados colônias. Assim,
havia um número cada vez maior de compradores ou consumidores e tornava-se
necessário aumentar a produção para atender a essa procura.
Com esse objetivo,
estabebeceram-se as indústrias domesticas. Além das indústrias domésticas,
foram surgindo ainda as manufaturas, isto é, oficinas que reuniam muitos
artesões. Nelas, as ferramentas também começaram a ser substituídas por
máquinas, e o novo sistema resultou num grande aumento da produção, pois além da
utilização de máquinas mais modernas, os trabalhadores se tornavam eficientes e
rápidos na execução de suas tarefas. Esse sistema, cada vez mais aperfeiçoado,
originou a moderna produção em série.
O desenvolvimento da
indústria doméstica e das manufaturas foi responsável por um grande aumento nos
lucros da burguesia e contribuiu para a acumulação de capitais.
A Revolução
Industrial e a sociedade capitalista que veio com ela modificaram profundamente
o modo de vida das pessoas.
A agricultura também
sofre profundas mudanças: a relações de trabalho servis iam sendo substituídas cada
vez mais pelo sistema de arrendamento de terras e muitos pobres começaram a
viver do aluguem de suas propriedades.
O grande negócio
agrícola, entretanto, era a produção de lã, para fabricação de tecidos.
A produção industrial
e as máquinas mais eficientes entram em cena.
A exploração do mundo
colonial nos séculos XVI e XVII geraram uma grande quantidade de riquezas, que
se acumulou na Europa.
Esses fatores contribuíram
para uma série de inovações técnicas, conhecidas pelo nome de Revolução Industrial,
que resultaram na substituição do artesanato manual, característico da idade
Média, pela produção industrial realizada em fábricas.
A Revolução
Industrial transformou profundamente a vida econômica, social, política e
cultural da humanidade. Em toda parte onde ocorreu o processo de
industrialização, o modo de viver e de pensar se modificou rápida e
radicalmente.
A Revolução
Industrial teve um longo tempo de preparação, que corresponde à transição da
economia feudal para a economia capitalista, durante a Idade Moderna. Podemos considerar
a Revolução Industrial como o passo decisivo para o estabelecimento da
sociedade capitalista.
Ao mesmo tempo em que
se sucediam essas inovações técnica, grupos de capitalistas investiam seu
dinheiro na mineração, na siderurgia e na indústria metalúrgica, setores
indispensáveis para a fabricação de máquinas industriais.
E assim a produção
passou a atender um grande número de pessoas.
6 PARTE: O CONSUMO –
A EVOLUÇÃO DO CONSUMO
O consumo é um
fenômeno inerente ao ser humano. Este precisa adquirir coisa para suas
necessidades básicas como, alimentação, vestuário e habitação. O consumo é um
meio para se atingir um fim. A criatividade para atender as mais diferentes
necessidades foi se ampliando a abriu um leque enorme de consumo desde objetos
extremamente simples até os mais complexos.
Passa-se a associar o
desnecessário ao necessário. Ou seja, o necessário passa a ser o agradável. E caminha-se
no sentido de o agradável se sobrepor ao necessário.
Em outras palavras, o
consumo que no início visava atender as necessidades básicas se volta atender
as necessidades secundárias e estas passam a ser em maior escala que aquelas,
principalmente nas faixas da população com alto poder aquisitivo.
7 PARTE: O CONSUMISMO
– AS DIFERENTES FORMAS DE CONSUMO
O consumismo é um
fenômeno moderno vindo após a revolução industrial. O consumo passa a ser um
objeto dos grandes produtores até que o início do século XX (1929) ocorre uma
crise de superprodução.
A Urbanização é um
fenômeno recente e que acentua o consumo. Todos os países tiveram e tem suas populações
deixando o campo e se dirigindo as cidades. O Brasil atual possui 85% de sua
população nas cidades.
Esse novo estilo de
vida leva cada vez mais o homem buscar trabalho para poder se manter e consumir
o que a sociedade tem para lhe oferecer.
O Consumo se estendeu
a todas as atividades humanas. E essa demanda faz com que sociedade se prepare
pra produzir o que ela exige.
Tudo vira fonte de
renda, de faturamento e consumo.
Hoje o consumo se
efetua nos mais diferentes campos da sociedade: vestuário, habitação,
transporte, lazer, turismo, esportes e por incrível que pareça, no religioso.
O consumo se transformou
no consumismo que já se encontra arraigado nas culturas modernas. As sociedades
passam a ter o consumo como objetivo para que haja mais oportunidade de
trabalho.
8 PARTE: O CIRCULO
VICIOSO – TRABALHO – PRODUÇÃO – PROPAGANDA – CONSUMO
A sociedade moderna
está apoiada nos seguintes pontos: Trabalho – Produção – Propaganda – Consumo –
Produção e este círculo alimenta e realimenta o dipolo pessoa – empresa. Pelo
lado da pessoa: Trabalho – Consumo gerando a Prazer. Pelo lado da empresa:
Produção – Venda, gerando o Lucro.
Assim, as pessoas
buscam o Prazer – Felicidade e a Empresa o Faturamento – Lucro.
A Empresa é uma
entidade real-virtual, sem sentimentos, só com ambições de crescer, se
aperfeiçoar e da lucros. Vive e sobrevive para manter seu proprietário, ou
proprietários alimentados de dinheiro e ideais personalisticos ou até mesmo
ilusórios.
A Pessoa é um Ser –
real que vive com o objetivo de ser feliz e alimentar suas necessidades e
desejos por vezes artificialmente criados.
A Tecnologia alimenta
a Empresa e por consequência alimenta Pessoa.
A Felicidade, porém,
não se completa somente com a realização dos desejos. Para ela se completar
precisa vir de encontro aos valores do homem. Neste ponto é que a Tecnologia
perde sua eficácia. A Tecnologia não atinge os valores do Homem, pois estes são
alcançados e complementados pelo próprio homem seu criador.
9 PARTE: NECESSÁRIO – O SUPÉRFLUO – A CONSUMOPATIA
O mercado a cada
instante apresenta novas utilidades sedutoramente colocadas a disposição do
homem por preços acessíveis. É difícil sair de uma loja sem comprar algo do
qual não se necessita. Ou melhor, sempre tem algo tão barato que nos irá servir
para alguma coisa.
O segredo da
propaganda consiste em fazer crer ao consumidor que ele necessita de alguma
coisa que apenas deseja. Todo homem necessita de água para viver, mas a
propaganda à força de repetição incessantes lhe faz crer que ele tem
necessidade da bebida ao qual o marketing está a serviço.
O egos desconhece a
palavra chega. Quanto mais o egoísta tem, tanto mais deseja ter, confundindo o
consumo com o consumismo.
Este consumo crônico
acaba em consumopatia de tal forma que de tanto consumir não mais consegue usar. O paradoxo é tamanho que o
excesso do consumo gera a insatisfação do uso. A compra passa a vira hábito e o
uso passa a tornar-se menos importante.
O consumo passa a ser
fugas de comportamentos carentes.
Ser feliz é aprender
a se contentar com o necessário para que o supérfluo não te leve ao fatio e a
infelicidade.
10 PARTE: O MEIO
AMBIENTE – A VIDA NO PLANETA
O homem imagina que
tudo aquilo que a natureza lhe oferece não tem fim. Seja o ar, seja a água, eja
a terra fértil, sejam os minerais, sejam as árvores, sejam os peixes. Isto porque
em seus limites visuais são muito curtos, nãos só fisicamente como mentalmente.
Nada lhe custa o ar
que respira pouco lhe custa a água que consome. Por que economizar o que custa
nada ou muito pouco?
A sociedade
industrial, capitalista, consumista e individualista enxerga somente o aspecto
utilitário e lucrativo dos bens naturais. O ambiente natural está se esvaindo
com avidez do homem em consumir esses
bens. E muitos deles já mostram esgotamento.
A vida no planeta
começa apresentar um desequilíbrio sensível, pois algumas espécies desaparecem
assustadoramente. O que levou milhões de anos para se estabilizar começa a dar
mostra de significativas mudanças, pois esta sendo consumido num tempo muito
curto.
A poluição é um
fenômeno recente, pois inverte o sentido onde antes a natureza fornecia habilidade
ao homem, agora este começa a devolver a inabilidade nela.
11 PARTE: CONCLUSÃO
Mais uma vez de
percebe que a busca somente do bem-estar material com vistas a atender os
desejos e vontade vem desequilibrar o homem.
A aula nos mostra que
o atendimento das necessidades básicas são importante para um posterior despertamento
e desenvolvimento dos fatores emocionais e seguido de um complementação
espiritual. Essa aquisição de supérfluos atendendo muito mais ao ego com sua
imperfeições faz com que o aprimoramento espiritual fique comprometido.
Essa produção e
consumo desenfreados levam a uma degradação ambiental de tal envergadura que
para o homem inverter esse rumo só se fará a custa de muitas vidas e muito
sofrimento.
Alan Krambeck
Próximo aula:
Livro 3 – Capítulo 1 –
Fenômenos Cientificamente Inexplicáveis
Leitura:
O ESPIRITISMO E A
IGRJA – Heraldur Nielsen – Edt Correi Fraterno
A MEDIUNIDADE NA
BIBLIA – Henrique N Gimenez – Edit FEESP
Vídeo
PROGRAMA GLOBO
REPÓRTER DE 23/08/1991 E 07/06/1996
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