EXCERTOS (fragmentos extraído da obra acima)
"A Educação para a Morte não é nenhuma forma de preparação religiosa
para a conquista do Céu. É um processo educacional que tende a ajustar os
educandos à realidade da Vida, que não consiste apenas no viver,
mas também no existir e no transcender*."
"Quem primeiro cuidou da Psicologia da Morte e da Educação para a
morte, em nosso tempo, foi Allan Kardec. Ele realizou uma pesquisa psicológica
exemplar, sobre o fenômeno da morte. Por anos seguidos falou a respeito com os
espíritos dos mortos. E, considerando o sono como irmão ou primo da morte,
pesquisou também os espíritos de pessoas vivas durante o sono. Isso porque,
segundo verificara, os que dormem saem do corpo durante o sono. Alguns saem, e
não voltam: morrem".
"A ideia cristã da morte, sustentada e defendida pelas diversas
igrejas, é simplesmente aterradora. Os pecadores ao morrer se vêem diante de um
Tribunal Divino que os condena a suplícios eternos. Os santos e os beatos não
escapam às condenações, não obstante a misericórdia de Deus, que não sabemos
como pode ser misericodioso com tanta impiedade. As próprias crianças
inocentes, que não tiveram tempo de pecar, vão para o Limbo misterioso e
sombrio, pela simples falta do batismo. Os criminosos broncos, igonorantes
e todo o fosso da espécie humana são atirados nas garras de Satanás, um anjo
decaído que só não encarna o mal porque não deve ter carne."
"Desconhecendo a complexidade do processo da vida, o homem terreno
sempre se apegou, principalmente nas civilizações ocidentais, ao conceito
negativo da morte como frustração total de todas as possibilidades
humanas."
"A Educação para a Morte não é nenhuma forma de preparação religiosa
para a conquista do Céu. É um processo educacional que tende a ajustar os
educandos à realidade da Vida, que não consiste apenas no viver,
mas também no existir e no transcender*.
A vida e a morte constituem os limites da existência. Entre o primeiro grito
da criança ao nascer e o último suspiro do velho ao morrer, temos a
consciência do ser e do seu destino.* As plantas e os animais vivem
simplesmente, deixam-se levar na correnteza da vivência, entregues às forças
naturais do tropismo e dos institntos.
...Mas a criatura humana é um ser definido, que reflete o mundo na sua
consciência e se ajusta a ele, não para nele permanecer, mas para
conquistá-lo,
tirar dele o suco das experiências possíveis e transcendê-lo, ou seja,
passar
além dele."
"Seria estranho, e até mesmo irônico que, num Universo em que nada se
perde, tudo se transforma, o homem fosse a única exceção peerecível, sujeito a
desaparecer com os seus despojos."
"O homem é imortal. Ao morrer na Terra, transfere-se para os planos de
matéria mais sutil e rarefeita, em que continua a viver com mais liberdade e
maiores possibilidades de realizações, certamente inconcebíveis aos que ficam
no plano terreno."
"A mente não é física e por meios não físicos age sobre a matéria, O
cérebro é simplesmente o instrumento de manifestação da mente no plano físico.
Isso equivale a dizer que o homem é espírito e não apenas um organismo
biológico."
"É preciso que não nos esqueçamos deste ponto importante: os homens são
espíritos e os espíritos nada mais são do que homens libertos das injunções da
matéria. "
"...Desta maneira, mortos e vivos somos todos. Revezamo-nos na Terra e
no Espaço porque a lei de evolução exige o nosso aprimoramento contínuo. Se no
plano espiritual os limites de nossas potencialidades de aprendizado se
esgotam, por falta de desenvolvimento dos potenciais anímicos, retornamos às
duras experiências terrenas. A reencarnação é uma exigência do nosso atraso
evolutivo, como a semeadura da semente na terra é a exigência básica da sua
germinação e do seu crescimento. Assim, nascimento e
morte são fenômenos naturais da vida, que não devemos confundir com desgraça ou
castigo. Só os homens matam para vingar-se ou cobrar dívidas afetivas. Deus não
mata, cria."*
"A ideia trágica da morte sobrevive em nosso tempo, apesar do avanço
das Ciências e do desenvolvimento geral da Cultura. Há milhões de anos morremos
e ainda não aprendemos que vida e morte são ocorrências naturais. E as
religiões da morte, que vampirescamente vivem dos gordos rendimentos das
celebrações fúnebres e das rezas indefinidamente pagas pelos familiares e
amigos dos mortos, empenham-se num combate contra os que pesquisam e revelam o
verdadeiro sentido da morte. A ideia fixa de que a morte é o fim, e o terror
das condenações de após morte, sustentam esse comércio necrófago em todo o
mundo. Contra esse comércio simoníaco é necessário desenvolver-se a Educação
para a morte que, restabelecendo a naturalidade do fenômeno dará
aos homens a visão consoladora e cheia de esperanças reais da continuidade
natural da vida nas dimensões espirituais, e a certeza dos retornos através do
processo biológico da reencarnação, claramente ensinado nos próprios
Evangelhos*. Conhecendo o mecanismo da vida, em que nascimento e morte se
revezam incessantemente, os instintos de morte e seus impulsos criminosos irão
se atenuando até desaparecerem por completo. Os desejos malsãos de extinsão da
vida, que originam os suicídios, os assassinatos e as guerras, tenderão a se
transformarem nos instintos da vida. A esperança e a
confiança em Deus, bem como a confiança na vida e nas leis naturais, criarão um
novo clima no planeta, hoje devastado pelo desespero humano*.
O medo e o
desespero desaparecerãocom o esclarecimento racional e científico do mistério da morte, esse enigma que a ressurreição de Jesus e os seus ensinos, bem como os do Apóstolo
Paulo, já deviam ter esclarecido há dois mil anos."
Elaine Saes
que texto fantástico e esclarecedor, já li muito material desse autor e gosto muito. estou com um novo blog espírita e te convido a uma visita, bjs
ResponderExcluirhttp://espiritosevangelizados.blogspot.com.br/
Jeanne obrigada pelo comentário. Seja sempre bem vinda!
ResponderExcluirAgradeço o convite e irei conhecer seu trabalho.
Paz e luz
Elaine Saes