O CONSCIENTE – O INCONSCIENTE - SUPERCONSCIENTE
BIBLIOGRAFIA
ENERGÉTICA DO PSIQUISMO – FRONTEIRAS DA ALMA – Jorge Andréa – Ed. Lorentz CONVITE A FILOSOFIA – Marilena Chauí – Editora Ática
MUITO ALEM DOS NEURONIOS – Núbor Facure – AME-SP
REFLEXÃO
O CONSCIENTE, O INCONSCIENTE E O ESPÍRITO.
Ao adormecermos, a nossa consciência fica inativa. Ao acordarmos recobramos o estado de consciência novamente. Isso ocorre com regularidade em nossa vida. Em outras situações ocorre perda da consciência. Por outro lado, a inconsciência permanece ativa tanto na vigília como durante o sono. No estado epiléptico, no estado de quase-morte e no estado vegetativo apesar do corpo manter as funções vitais, a inconsciência ficaria ativa? Enfim, o que seria o espírito? a consciência ou a inconsciência? Ou ambos?
1ª PARTE: OBJETIVO DA AULA
Esta aula tem por objetivo desvendarmos um pouco mais os trabalhos da mente, suas interações, sua composição, sua consistência e sua forma de atuar.
2ª PARTE: INTRODUÇÃO
Até o final do século XIX pouquíssimos entendiam o funcionamento mental e não se sabia o que fazer com aqueles que escapavam ao rígido controle social. A Humanidade admitia que a consciência era a vida psíquica do Homem. No máximo, os sonhos, a memória, as lembranças, a loucura e a histeria também faziam parte dessa vida. Nesta época, o médico psiquiatra, austríaco Sigmund Freud (1856-1939) revolucionou esse pensamento ao analisar uma paciente e descobre que a vida consciente é de certa forma dirigida por pensamentos que se acham escondidos na sua própria mente. Freud descobre que ocorria um esquecimento consciente de algum trauma que ficava armazenado numa parte, num local, físico ou não que ele denominou INCONSCIENTE. Nesta hora os fatos esquecidos reaparecem sob forma de sintomas que se manifestam com mais intensidade nas doenças psíquicas. A Consciência é uma atividade sensível e intelectual dotada de poder de análise e de síntese, de representação dos objetos por meio de ideias e de avaliação, compreensão e interpretação desses objetos por meio de juízos. É o Sujeito do Conhecimento. Esse se reconhece como diferente dos objetos, cria e ou descobre significações, institui sentidos, elabora conceitos, ideias, juízos e teorias. Do ponto de vista psicológico, a consciência é o sentimento de nossa própria identidade. É o eu. “Freud no início de seus estudos substantiva (inconsciência) o inconsciente e posteriormente passou a adjetivá-lo (inconsciente) dando-lhe qualidades psíquicas”. (Jorge Andrea, pag. 56)
3ª PARTE: A DESCOBERTA DO INCONSCIENTE
Ao analisar a paciente Bertha que apresentava sintomas de histeria (paralisias, enxaquecas, dores de estomago) sem haver causas físicas para eles, Freud fugiu da forma habitual de tratamento e passou a usar o divã e relaxamento. Usou a técnica da associação livre (o médico diz uma palavra e a paciente diz outra, a primeira que lhe vem na mente). Freud percebeu que a paciente reagia a certas palavras (não pronunciava outra palavra, ficava agitada, ou chorava, ou faziam lembrar situações da infância). Essa técnica levou Freud a concluir que a vida consciente era determinada por uma vida inconsciente. Os sintomas histéricos da paciente tinham como objetivo:
1- contar aos outros e a si os sentimentos inconscientes
2 – punir-se por tais sentimentos e
3 – realizar, pelo sofrimento, um desejo inconsciente do que a consciência julgara intolerável. Em outros pacientes, Freud descobriu que embora conscientemente quisessem a cura algo formava uma barreira inconsciente. Os pacientes se sentiam interiormente ameaçados por alguma coisa dolorosa e temida, algo que haviam penosamente esquecido e que não suportavam lembrar. Assim, ou ofereciam resistência a terapia ou apresentavam fortes sintomas de uma doença psíquica.
4ª PARTE: FREUD – ID EGO E SUPEREGO
Freud estudando outros pacientes, prosseguindo com a técnica da associação livre, buscando interpretações desses acontecimentos foi criando o que chamou análise da vida psíquica ou psicanálise. O objeto central desses estudos era o inconsciente e cuja finalidade era a cura das perturbações e doenças mentais tendo como método a interpretação e como instrumento a linguagem verbal e corporal. Os estudos de Freud levam a formulação de uma teoria que a vida psíquica é constituída por três instancias, duas delas inconscientes e uma consciente. Freud as denominou de isso, eu e super-eu ou na forma latinizada, mais conhecida ID, EGO e SUPEREGO. O ID é uma instancia inteiramente inconsciente, o EGO a instancia consciente e o SUPEREGO apresenta os dois aspectos. O ID é formado por instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes designados por ele, PULSÕES. Estes são regidos pelo Princípio do Prazer e exige satisfação imediata. Freud admitiu que esses pulsões são de natureza sexual e empregou um termo para isso: LIBIDO. Essa sexualidade não se reduz ao ato genital, mas envolve todas as partes do corpo. Assinalou três fases dessa sexualidade: a fase oral, a fase anal e a fase fálica. Na 3ª fase, a fálica é que se desenvolvem os primeiros complexos, as neuroses, que seriam os desejos incestuosos pelo pai ou pela mãe e tudo dependerá como a criança conseguirá ou não superar esse complexo. Aí surge o complexo de castração ou medo da perda do falo. O SUPEREGO é a censura dos pulsões que a sociedade e a cultura impõe ao ID. É a repressão interna sob a forma de moral. Como consciência moral, o SUPEREGO apresenta aspectos conscientes e como atividade de repressão suas operações são inconscientes. O superego se desenvolve no período de 6 a 7 anos. O EGO ou o EU é a consciência, pequena parte da vida psíquica submetida aos desejos do ID e a observação, censura e repressão do superego. O ego obedece ao Princípio da Realidade, ou seja, a necessidade de encontrar objetos que possam satisfazer ao ID sem transgredir as exigências do superego. Espremido por três senhores: os desejos insaciáveis do ID, a severidade repressiva do superego e aos apelos do mundo exterior, o EGO passa a ter uma existência de angustia. Cabe a ele encontrar caminhos para administrar essas três forças opostas. Se se submeter ao ID, torna-se imoral e destrutivo, se se submeter ao superego, enlouquece de desespero e se submeter à realidade do mundo será destruído por ele. Ao ego-eu, ou seja, a consciência, é dada uma função dupla: ao mesmo tempo recalcar o ID satisfazendo o superego ou satisfazer o ID limitando o poderio do superego. A vida consciente normal é o equilíbrio encontrado pela consciência para realizar essa dupla ação.
5ª PARTE: AS ZONAS DO PSIQUISMO SEGUNDO JORGE ANDREA
A figura abaixo apresenta os elementos constitutivos da psique humana onde o inconsciente apresenta vários planos energéticos que envolvem as zonas: consciente e superconsciente que são relativamente pequenos e limitados. O Consciente é representado pelos centros nervosos do sistema nervoso. É a zona dos atos analítico-intelectivo. O Superconsciente – zona de consciência mais evoluída cujos centros nervosos traduzem os atos sintéticos-intuitivos. O Inconsciente Atual ou Presente é a zona que tem contato com o consciente. É onde se formam os conflitos e complexos. O Inconsciente Passado é o que para Jung é chamado inconsciente coletivo. Estão arquivadas as experiências do passado em outras vidas. O Inconsciente Puro é a zona que Freud denominou de Superego.
6ª PARTE: O CONSCIENTE E O SUPERCONSCIENTE
A zona consciente, segundo Andrea, esta representada pelo encéfalo, a medula espinhal, os gânglios e os sistemas simpáticos e parassimpáticos. Ou seja, constituído por todos os elementos nervosos do organismo. Não existe parte do organismo que não esteja diretamente ligado ao consciente. Pesquisadores realizaram verdadeiros mapas da localização das funções, tais como:
a-) de orientação e movimento
b-) das sensações (os cinco sentidos e a dor)
c-) das emoções (raiva, tristeza, cólera, medo, alegria)
d-) das percepções (a atenção e os cinco sentidos simultaneamente)
e-) das afetividades (caráter e moral)
f-) das faculdades intelectuais (raciocínio, lógica) e
g-) da criatividade e da harmonia (as artes, musica, literatura, pintura, escultura)
Em síntese, a zona do consciente se encarrega do trabalho da razão analítica. O superconsciente já seria a área do trabalho de síntese, de intuição. Ele não se ocupa em analisar, nem em raciocinar os fenômenos para depois colocá-los nos devidos lugares, como faz o consciente, mas de senti-los de uma maneira global sem passar pela análise (lembrar-se do élan vital de Bergson). Os diversos problemas da vida são resolvidos momentaneamente pelo superconsciente, uma espécie de “presença de espírito”, diferentemente do consciente que demora na análise de um pequeno problema.
7ª PARTE: O INCONSCIENTE E SUAS PARTES
Diferente de Freud, para Andrea o inconsciente não é somente um baú de traumas que as pessoas guardam, vai muito além disso, nele se operacionalizam os sonhos, as fantasias, e sobretudo as criações humanas que se exteriorizam através das artes, da literatura, da pintura e outras. O inconsciente é o terreno quase desconhecido, difícil de ser definido e decifrado. Tem tido por parte dos psicopatologistas muitas interpretações, formando as diversas escolas existentes. Ele pode ser estudado também por suas manifestações indiretas, sob a forma de sintomas ou complexos, visões, imagens e símbolos. Os sonhos, por exemplo, podem representar criações fantasiosas, recordações, projeções e vivencias. O inconsciente, o centro dos fenômenos psíquicos, conforme Jung é tão real, embora não seja visível e nem tangível. Ele é tratado como zona espiritual sendo a origem das baixezas dos menos evoluídos como as criações dos grandes gênios e artistas. O inconsciente pode ser dividido em três zonas: o inconsciente atual, o inconsciente passado e o inconsciente puro.
8ª PARTE: AS CAPAS VIBRATÓRIAS DO INCONSCIENTE
Estas capas, segundo Andrea, são regiões intermediarias ou de transição da zona inconsciente. Assim, o Inconsciente apresenta seis zonas energéticas composta das três já citadas anteriormente e as três de transição que ora investigamos. As capas vibratórias seriam camadas de densidade energética variável que partindo do centro espiritual, zona de vibrações puras iriam sofrendo um adensamento cada vez maior a medida que se aproximam do corpo físico, da matéria. A essas capas vibratórias unidas por contigüidade dá o aspecto de uma capa única, uma veste espiritual cuja denominação é psicossoma ou perispírito. Elas não seriam detentoras nem sede de funções psíquicas, pois sua localização estaria no Inconsciente.
9ª PARTE: CAMPOS DE ESTUDO DO CÉREBRO E DA PSIQUE
A palavra grega PSYKHÉ tem o significado de alma, consciência e é usada sempre que se refere a mente, ao cérebro e a alma. Nos últimos séculos vários foram os vocábulos oriundos desse termo grego. Assim, psiquiatria, psicologia, psicanálise, psiquismo, psicoterapia, psicopatia, psicose, psicossomático, psicofonia, psicografia, psicocinésia, psicobiofisica e outros. Assim, define-se: PSIQUIATRIA – parte da medicina que estuda as doenças mentais, alterações de comportamento e respectivos tratamentos. PSICOLOGIA – ciência dos fatos psíquicos; ciência que estuda os fenômenos mentais. PSICANÁLISE – método de investigação psicológica do procedimento humano individual e uma orientação terapêutica (denominada PSICOTERAPIA) que visa corrigir os desajustamentos emocionais que constituem a base das neuroses e psicoses. HIPNOSE – sono ou estado de passividade provocado artificialmente por processos mecânicos, físicos ou psíquicos e até por produtos químicos (narcose).
10ª PARTE: PSIQUISMO E ESPÍRITO
Quem seria o Espírito em todo esse conjunto psíquico apresentado? Fazendo uma reflexão sobre essas questões podemos admitir que o Espírito tem sua composição em todas as partes ora citadas. Ele não se restringe a um aspecto simplesmente. Assim como o corpo físico é composto de uma série de sistemas com suas funções distintas, o Espírito é composto pelas diferentes partes do psiquismo. Podemos entender que os pulsões freudianos diminuem com a evolução do espírito. Assim como o super-ego, instancia controladora adquire consciência de valores morais mais elevados diminuindo o papel repressor. Estas zonas psíquicas alteram seu campo de atuação a medida que ocorre a evolução.
11ª PARTE: CONCLUSÃO
Freud, Adler, Jung e outros com suas teorias psicanalíticas fornecem subsídios incalculáveis no entendimento cada vez maior do que vem a ser o psiquismo e por consequência o Espírito como essência. Freud entretanto, colocou importância demasiada nos pulsões e no prazer sexual que são regidos pelo princípio do prazer o qual exige satisfação imediata. E todos esses pulsões relacionados com o sentido do tato. Sem dúvida essa teoria é explicativa da maciça origem dos problemas psíquicos da humanidade. A Doutrina Espírita apresenta uma ampliação significativa do entendimento do psiquismo humano estendendo por exemplo a existência de outros prazeres que não só os de fundo sexual. Os prazeres intelectivos sobrepujando os prazeres sensitivos. Alan Krambeck
12a. PARTE – MÁXIMA / LEITURAS E PREPARAÇÃO PARA PRÓXIMA AULA Próxima aula: Aula 28 - O CONSCIENTE – O INCONSCIENTE – O SUPERCONSCIENTE Leitura: CONVITE A FILOSOFIA – Marilena Chauí – Edit Ática .
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