(utilize o site: ifevale.org.br)
PITÁGORAS – ESCOLA ITÁLICA
BIBLIOGRAFIA A HISTÓRIA DA FILOSOFIA E OS PRINCIPAIS FILÓSOFOS – Alan Krambeck
OS FILÓSOFOS – Herculano Pires – Edições FEESP
O PENSAMENTO FILOSÓFICO DA ANTIGUIDADE – Huberto Rodhen
OS PENSADORES – Pré-Socráticos – Edit. Nova Cultural
PITÁGORAS – Ciência e Magia na Grécia Antiga – Carlos B. Conte - Madras
SITES www.mundodosfilosofos.com.br/pitagoras.htm www.inf.ufsc.br/~l3c/artigos/fractais.pdf
REFLEXÃO
O UNIVERSO É REGIDO POR NÚMEROS?
Pitágoras foi um homem de gênio, porque é o primeiro filósofo grego a quem ocorre à ideia de que o princípio donde tudo o mais se deriva, aquilo que existe de verdade, o verdadeiro ser, o ser em si não é uma coisa; ou melhor, dito, é uma coisa; porém que não se vê, nem se ouve, nem se toca, nem se cheira, que não é acessível aos sentidos. Essa coisa é o “número”. Para Pitágoras, a essência ultima de todo o ser, dos que percebemos pelos sentidos, é o número. As coisas são números, escondem dentro de si números. As coisas são distintas umas das outras pela diferença quantitativa e numérica. Pitágoras era um aficionado da musica, e foi quem descobriu que na lira, as notas das diferentes cordas, soam diferentemente, é porque umas são mais curtas que as outras. Descobriu igualmente que existe uma relação numérica bem definida entre as diferentes notas musicais básicas. E isto levou a pensar e o conduziu a ideia de que tudo quanto vemos e tocamos, as coisas tal como se apresentam, não existem de verdade, mas antes são outros tantos véus que ocultam a verdadeira e autentica realidade, a existência real que esta por detrás dela é o numero. A harmonia reinante no universo é matemática?
1ª PARTE: OBJETIVO DA AULA
Esta aula tem por objetivo conhecer Pitágoras, um pré-socrático que postulava o número como sendo o elemento essencial do cosmos. Ela visa também conhecer a escola que ele deu origem. Os pitagóricos, como sugeria o mestre, afirmavam que os números eram a causa de toda ordem, harmonia e determinação do universo, assim como o fundamento de todo o conhecimento.
2ª PARTE: INTRODUÇÃO
A escola pitagórica também ficou conhecida como Escola Itálica devido ao seu local de surgimento, Itália meridional. Essa escola, entretanto, apresentou outras ramificações como a Eleática, de Eléia também ao sul da Itália, porém, na costa oeste. A escola pitagórica é uma escola racionalista por gerir-se pelo intelecto, ou seja, os sentidos perdem consideravelmente sua força prevalecendo o fruto da especulação racional.
Apesar dessa forte componente racional, ela também se mescla com um misticismo religioso de fundo órfico. Portanto, uma escola iniciativa com bases racionais e místicas
.
3ª PARTE: BIOGRAFIA DE PITÁGORAS
Nascido em 570 aC na ilha de Samos (Mar Egeu). O nome Pitágoras é uma junção de Pítia + Goras ou “guiado por pitonisa” Filho de Mnesarcos um rico negociante de Samos (gravador de anéis) e de Pártenes uma linda mulher da época na ilha de Samos. Ambos descendentes dos fundadores da colônia na ilha. Conta a lenda que Apolo, o deus grego procurou Pártenes e com ela gerou Pitágoras. Mnesarcos orgulhoso de tal fato construiu na ilha um templo em homenagem ao deus (fazer um paralelo com a geração divina de Jesus). Viveu na ilha de Samos e em sua juventude participou das Olimpíadas. Foi discípulo do órfico Ferecides Saindo de Samos o jovem se destina a Mileto onde freqüenta a escola de Tales. Viveu 20 (?) anos no Egito (Tebas) e posteriormente 10 (?) anos na Babilônia Ao voltar a Samos, já como filósofo, monta uma escola. Foi perseguido pelo então tirano. Parte para Crotona (Magna Grécia) ao sul da Itália e cria a sua escola filosófica. Casa-se com Teano e tem uma filha e um filho. Depois de muitos anos é perseguido novamente (e morto?) fugindo para Metaponto onde termina seus dias. Morre por volta de 490 aC. Assim como o nascimento do filósofo foi uma incógnita, sua morte também o foi. Várias são as versões. Uma delas fala que ele morreu em Crotona perseguido por seus inimigos políticos. Uma outra aventa a hipótese de suicídio em Metaponto.
4ª PARTE: SAMOS E MILETO – EGITO E BABILÔNIA
A saída de Samos se deu devido à perseguição do tirano Polícrates ou mesmo a sêde da busca pela sabedoria. O rumo era Mileto, próspera cidade comercial e cultural e aí teve o primeiro contato com os números na Escola de Tales (famoso na matemática pelo seu teorema). Os historiadores falam da beleza de Pitágoras o qual não a usava em suas intenções afrodisíacas tal como seus pais Apolo e Mnesarcos. Pitágoras deixa Mileto em direção ao Egito. Historiadores divergem a respeito desse destino por não ter elementos históricos seguros. Ao chegar na terra dos faraós percorre diversos centros religiosos como Heliópolis, Menfis, Dióspolis e Tebas. Fixa-se nesta por 20 anos e aí esteve em varias escolas. Segue posteriormente para a Babilônia onde fica por 10 anos. É discípulo de Zoroastro e conhece os princípios do Avesta, livro sagrado da doutrina mazdeista aprendendo o dualismo (o Bem e o Mal). Retorna a Samos e ainda governa Polícrates. Cria a sua primeira escola. Contam que seu primeiro aluno recebeu em dinheiro para aprender, porém não tarda para este dispensar o pagamento e arranjar novos discípulos. Novamente deixa a ilha por problemas políticos com o poderoso tirano. Dirige-se a Crotona no sul da Itália (Magna Grécia)
5ª PARTE: CROTONA - NASCE O TERMO FILOSOFIA
Crotona, cidade próspera principalmente no campo da medicina. Monta novamente a sua escola onde os discípulos aprendem os segredos dos números e da harmonia. Nasce então o Pitagorismo. Ela se divide numa parte exotérica (externa, para leigos) e uma esotérica (interna, para iniciados). Duas correntes se formam entre seus discípulos: os Acusmáticos (religiosos) e os Matemáticos (científicos). Pitágoras é o pai do termo “filosofia” – quando perguntado por Leonte (o tirano de Fliunte) se era sábio respondeu: “sábio só Deus o é”...... “sou um filos sofos” (amigo da sabedoria). Sua resposta mostra um homem com alto senso de equilíbrio e modéstia e com exata compreensão das limitações humanas. Seus discípulos passavam por um longo período na lei do silencio para só então conhecer o Mestre.
6ª PARTE: O PITÁGORISMO E OS PRINCIPAIS PITAGÓRICOS
O pitagorismo também ensina que a alma é imortal e transmigra para outras criaturas vivas. É a Metempsicose. Por conta disso os pitagóricos não comem carne e tem rigorosa dieta alimentar. Segundo Pitágoras a vida do homem tem 4 etapas: a Puerícia (primavera) até os 20 anos, a Adolescência (verão) dos 20 aos 40 anos; a Juventude (outono) dos 40 aos 60 anos e a Senectude (inverno) dos 60 aos 80 anos. O pitagorismo tem raízes dualistas como os orientais: o finito e o infinito, os pares e os ímpares Os principais discípulos e continuadores de Pitágoras foram: Alcmeon e Filolau de Crotona, Árquitas e Lísis de Tarento, Hípaso de Metaponto e outros.
7ª PARTE: O ORFISMO E LEGADOS DO PITAGORISMO
O Orfismo foi uma seita filosófico-religiosa muito difundida na Grécia a partir do século VI aC e que se julgava fundada por ORFEU. Segundo a crença fundamental dessa seita, a vida terrena era uma simples preparação para uma vida mais elevada, que podia ser merecida por meio de cerimônias e de ritos purificadores que constituíam o arcabouço secreto da seita. Essa crença passou por várias escolas filosóficas da Grécia Antiga (Pitágoras, Empédocles, Platão). Como legado, o pitagorismo nos deixou as seguintes heranças: 1-) no aspecto religioso, a transmigração da alma para outros corpos, inclusive animais (metempsicose) 2-) os pitagóricos consideravam o corpo apenas como receptáculo da alma. Tal concepção despreza o prazer em detrimento de uma vida regrada e harmoniosa 3-) postulavam um parentesco entre todas as formas de vida 4-) no campo da Física e da Astronomia entendiam que a Terra era redonda e girava em torno do próprio eixo. Nem a Terra e nem o Sol eram o centro do Universo, mas, uma bola de fogo 5-) defendiam um retorno cíclico dos mais variados acontecimentos
8ª PARTE: UNIVERSO MATEMÁTICO – DUALISMO MATEMÁTICO - “OS IRRACIONAIS”
Os números nascem da experiência e partindo deles chegava ao conhecimento das artes através da harmonia. O som da bigorna era função do peso do martelo e o som da corda vibrante é função do comprimento e da tração sobre ela. E nascem as oitavas musicais (múltiplos em freqüência sonora). Pitágoras é o primeiro homem que “matematiza” os fenômenos naturais. Após prática, enuncia o famoso Teorema de Pitágoras sobre os triângulos retângulos (a² = b² + c²) e institui o triangulo posteriormente batizado de pitagórico o 3, 4, 5. Coloca o numero 1 como sendo o criador de todos os demais, seus múltiplos. Ele sintetiza o infinito e o finito, o limitado e o ilimitado. Encerra os contrários não em contradição, mas em harmonia. Na Tábua das Oposições de um lado ficam os pares representantes do ilimitado e de outro os ímpares representantes do limitado. É o equilíbrio dos dois que resultam as coisas. Assim temos: 1-) o finito e o infinito, 2-) a reta e a curva, 3-) o repouso e o movimento, 4-) o masculino e o feminino, 5-) o bom e o mau 6-) a luz e as trevas 7-) o definido e o indefinido 8-) o quadrado e o retângulo. Finalmente, os pitagóricos adotam uma representação figurada porem com sentido aos números: o UM é o ponto; o DOIS determina a linha; o TRES gera a superfície e o triangulo; o QUATRO produz o sólido e os seres individualizados; o CINCO é a união dos sexos (dos contrários) é a junção do par 2 com o ímpar 3 ; o SEIS corresponde aos corpos vivos, pois é a multiplicação do par pelo ímpar (2 X 3); o SETE é o da razão que não tem fator nem produto; o OITO é o numero da amizade, representa o primeiro cubo; o NOVE é o quadrado do primeiro impar e sendo ultima unidade representa a medicina; finalmente a década ou o DEZ é o numero do Universo a determinação de tudo. Surge no estudo do triangulo a figura do irracional que seria a hipotenusa de um triangulo retângulo cujos catetos é igual à unidade, ou seja, a RAIZ de 2. Concluindo, a magia dos números mostra a primeira iniciativa da fusão do místico com o racional, do sensível com o metafísico, da Fé com a Razão.
9ª PARTE: OS FRACTAIS – A MATEMÁTICA DA NATUREZA
Na geometria representamos suas figuras através de formas regulares como retas, circunferências, planos, triângulos, esferas, cilindros, cones e outras.
Mas será que uma nuvem é formada por esferas, uma montanha formada por cones e um continente por circunferências? Existem alguns comportamentos na natureza que são tão irregulares, tão sem-forma que foge completamente da geometria euclidiana, aquela por nós conhecida. Essas formas chamadas de amórficas, foram estudadas e analisadas recentemente por vários pesquisadores. Em 1960, Benoit B. Mandelbrot apresentou uma posição concreta sobre o que seriam essas “não-formas”. Refazendo alguns estudos nessa área e buscando idéias de outros autores apresentou seus pensamentos sobre os fractais criando assim a teoria dos fractais. Fractais caracterizam-se por terem uma aparência confusa e caótica, mas quando olhadas matematicamente sua análise mostra figuras regulares e apresentam comportamentos curiosos como o de se assemelharem a elas mesmas quando observadas sob diferentes escalas de grandeza. Esses estudos mostraram o que são fractais, a matemática por traz deles e os principais estudiosos dessa área do conhecimento. O conhecimento da teoria de fractais requer conhecimento de outras partes da matemática como números complexos, funções matemáticas, entre outros. Estes estudos poderão ser encontrados no seguinte site: www.inf.ufsc.br/~l3c/artigos/fractais.pdf
10ª PARTE: CONCLUSÃO
As teorias desta escola eram muito avançadas para sua época, tanto que permaneceram mais de 2000 anos para que a humanidade voltasse aos seus estudos. Foram Galileu e Giordano Bruno, nos séculos XVI e XVII que retomaram as teorias sobre a esfericidade da Terra. No campo metafísico, a transmigração da alma e da reencarnação vem a ser reestudada novamente pela Teosofia e pela Doutrina Espírita.
Alan Krambeck
11ª PARTE: ASSUNTO E PESQUISAS PARA A PROXIMA AULA
Próxima aula: Livro 1 – Cap. 7 – Sócrates e os Sofistas
B – Bibliografia a ser pesquisada: A HISTÓRIA DA FILOSOFIA E OS PRINCIPAIS FILÓSOFOS – Alan Krambeck CONVITE A FILOSOFIA – Marilena Chauí FILOSOFANDO – INTRODUÇÃO A FILOSOFIA – Ma. Lucia a Aranha HISTÓRIA GERAL – Vol. I – Marco Antonio Villa
Páginas
- Página inicial
- A Mediunidade sem Lágrimas - Eliseu Rigonatti
- Vídeos
- IPEAK - Instituto de Pesquisas Espírita Allan Kardec
- Séries Psicológicas de Joanna de Ângelis
- Diretrizes Seguras para Desenvolver o Auto amor
- Federação Espírita do Mato Grosso
- Material para o Auto Conhecimento
- Escolinha Espírita
- Material Didático à Evangelização
- Spiritualistic School for Children
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por sua mensagem. Será publicada após aprovação.