O universo físico é onde vivemos, onde nos relacionamos, onde recebemos as informações através dos órgãos dos sentidos, onde vivem os humanos, os animais, as plantas, os mineirais, os gases, os líquidos etc..
Neste universo existem o que chamamos de matéria, a massa, a energia, a eletricidade, o magnetismo; é a área de estudo das ciências físicas.
Já no universo extra-físico é onde encontram-se os espíritos, as consciências, as mônadas espirituais, os elementais, as almas grupo, os encantados (na umbanda), os anjos, os mestres, os orixás (umbanda) e todas as manifestações destes seres.
É o universo do pensamento e das emoções.
No universo material encontramos a massa e a energia.
Sabemos que energia e massa são conversíveis entre si, portanto quanto falamos de energia estamos falando em matéria e vice-versa.
Lembramos da famosa lei de Einstein E=M.C²
Não vamos entrar em detalhes, apenas lembrar que já é do conhecimento científico que massa se transforma em energia e energia se transforma em massa.
A ciência ainda afirma que dentro de um universo fechado a energia é constante, ou seja, você nunca irá destruir a energia pois elea estará sempre se transformando.
Quem não se lembra da conhecida Lei de Lavoisier: "Na Natureza nada se cria e nada se perde, tudo se transforma"
Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794) era um químico francês que em 1785 descobriu a Lei de Conservação das Massas, que recebeu o nome de Lei de Lavoisier em homenagem ao seus criador. Esse ciêntista foi considerado o pai da química moderna.
Lavoisier fez inúmeras experiências nas quais pesava as substâncias participantes, antes e depois da reação. Lavoisier verificou que a massa total do sistema permanecia inalterada quando a reação ocorria num sistema fechado, sendo (reagentes), é igual à soma total das massas da substâncias produzidas pela reação (produtos), ou seja, num sistema fechado a massa total permanece constante.
MATÉRIA SE TRANSFORMA EM ENERGIA E ENERGIA SE TRANSFORMA EM MATÉRIA
Se o universo físico existe a energia e a massa, no universo extra-físico ou espiritual encontramos os espíritos, as consciências e todas as suas manifestações.
Definimos então a existência de duas realidades: A matéria e o Espírito.
Matéria e espírito são duas essências diferentes e não são conversíveis entre si.
Matéria não se transforma em espírito e espírito não se transforma em matéria, embora o espírito atue sobre a matéria.
São realidades totalmente diferentes em sua essência, mas interagem entre si.
Aqui neste ponto tiramos uma conclusão importante.
se espírito não é matéria e nem se transforma em matéria, então espírito nunca poderá ser energia.
ESPÍRITO NÃO É ENERGIA
É muito comum as pessoas afirmarem que Deus é uma forma de energia, ou que os espíritos são uma forma de energia etc...
É uma afirmação errada.
Falar que o espírito é uma forma de energia é afirmar que o espírito é matéria, o que vai de encontro a princípio da diferença entre espírito e matéria.
Fazer esta afirmação é negar a existência do espírito, é simplismente confirmar uma visão materialista e não espiritualista.
Ser espiritualista é aceitar a existência do espírito, como alguma coisa real, mas não material.
SER ESPIRITUALISTA É ACREDITAR NA EXISTÊNCIA DO ESPÍRITO
Embora a ciência já conheça e domine bastante a matéria e a energia, a natureza do espírito (para tal) ainda continua totalmente desconhecida.
Extraído do blog mata verde
http://www.blog.mataverde.org/archives/1072
"Na grande oficina surge, então a diferenciação da matéria ponderável, dando origem ao Hidrogênio. As vastidões atmosféricas são amplo repositório de energias elétricas e de vapores que trabalham as substâncias torturadas no orbe terrestre. O frio dos espaços atua, porém, sobre esse laboratório de energias incandescentes e a condensação dos metais verifica-se com a leve formação da crosta solidificada." A Caminho da Luz - Emmanuel cap. 1 - pág. 20
Para melhor entendimento do assunto, faremos pequena análise do atual estágio de conhecimento da ciência acadêmica, sobre a estruturação da matéria, seguindo-se então a sua caminhada evolutiva a partir dos elementos mais simples, gerando através do tempo, elementos mais velhos e mais densos.
Na Grécia antiga, berço da cultura, Demócrito e Leucipo haviam chegado à conclusão de que dividindo-se continuamente a matéria chegaríamos a uma partícula ínfima, a qual Demócrito batizou de átomo, palavra que quer dizer indivisível. Contudo, o estudo dos gregos, apesar de racional e lógico, tinha como base a filosofia e não a ciência. Daí, aquilo que eles chamaram de indivisível, o século XX provou se plenamente explorado, dividido, transformado.
O átomo é formado fundamentalmente por um núcleo pequeno e pesado, dotado de carga positiva, e gravitando ao seu redor, em regiões chamadas orbitais, sem trajetórias claramente definidas, caracterizadas como ondas ou campos, os elétrons. As partículas do núcleo são os prótons, com cargas positivas e os nêutrons, sem cargas elétricas. Como a distância entre o núcleo e os elétrons é muito grande, havendo um predomínio de espaços vazios, e como toda matéria existente é constituída de átomos, dizemos ser a matéria descontínua, ou seja, com predominância do vazio. A sua aparência de solidez é causada pela extrema velocidade dos elétrons que parecem estar em todos os pontos de eletrosfera ao mesmo tempo, não podendo se localizado em determinado ponto específico, mas com possibilidades de encontrar-se a um certo instante em uma zona ou orbital.
Mas a ciência avança sempre em suas descobertas e hoje está comprovado que as partículas fundamentais da matéria são os quarks, que formam os prótons e os nêutrons, núcleo do átomo. Para cada quark (existem seis) temos um lépton.
Tais partículas só podem ser detectadas em aceleradores, verdadeiros túneis do tempo quando se trata de averiguar o passado do universo. Essas partículas só existem livremente nas primeiras frações de segundos após o big bang, devido à enorme quantidade de energia disponível. Atualmente sí existem dois tipos de quarks, os up e o down, e dois tipos de léptons, o elétron e o neutrino. Esses quarks e léptons só conseguiram sobreviver por estarem acomodados à temperatura atual do universo, sendo que os demais membros dessa família se transformaram em partículas mais estáveis.
A matéria tem no momento atual a seguinte configuração: cada próton possui dois quarks ups e um down, e cada nêutron apenas um quark up e dois downs.
"Mas, a princípio, dois minutos após o big bang, a temperatura já caíra para um bilhão de graus, facultando a que prótons e nêutrons se juntassem por forças atrativas formando assim núcleos de Deutério (Hidrogênio pesado) que possui um próton e um nêutron. Tais núcleos teriam então se combinado com mais prótons e nêutrons formando núcleos de Hélio, Lítio e Berílio"(Breve História do Tempo - Hawking).
Através de possantes telescópios constata-se atualmente nos grandes aglomerados celestes, apresença do Hidrogênio na proporçào de 68%, seguido de Héli 30% e de outros elementos 2%.
O Hidrogênio parece ser a matéria mais abundante do Universo, espécie de ponto de partida para o surgimento de outros elementos.
Texto extraído do livro O Perispírito e suas modelações - cap, 4 - Luiz Gonzaga Pinheiro
"Esse fluido cósmico que enche o mundo, mais ou menos rarefeito, nas regiões imensas, opulentas de aglomerações de estrelas; mais ou menos condensado onde o céu astral ainda não brilha; mais ou menos modificado por diversas combinações, de acordo com as localidades da extensão, nada mais é do que a substância primitiva onde residem as forças universais, donde a natureza há tirado todas as coisas."A Gênese - Allan kardec cap. VI - item 17
Segundo nossos padrões científicos, torna-se difícil uma imagem real ou aproximada do fluido universal, por absoluta falta de analogia. Podemos, contudo, considerá-lo como elemento que permeia todo o cosmo, constituindo-se na ambiência propagadora da energia e a fonte de tudo que se materializa no universo.
Nossa ciência acadêmica tem dificuldade em detectá-lo e estudá-lo, porque, em seus planos e pesquisas, admite o fluido universal (éter ou algum tipo de fluido que ocupa o espaço, de vez que não há o vazio) como forma de matéria palpável ou mensurável, quando, na realidade, nossos instrumentos apresentam-se adequados apenas para vibrações grosseiras, escapando-lhes as de natureza etérea.
O fluido universal é uma espécie de substância primitiva originada sob o comando divino, e que dará nascimento a todos os elementos cosntituintes dos mundos, através de diferentes arranjos atômicos e moleculares. As propriedades desse fluido propiciam à matéria, estabilidade na forma e na essência, evitando a sua contínua transformação.
É pela ação pensante sobre o fluido universal que resulta a criação dos mais simples aparelhos usados no cotidiano dos Espíritos e também a formação dos vastos aglomerados estrelantes. A capacidade criativa e de utilização desse elemento está diretamente relacionada com o estado mental e moral do Espírito. Assim imprimindo-se o pensamento unido à vontade criativa sobre os fluidos, estes são modelados em formas desejadas, dispersos, direcionados, assumem colorações e finalidades específicas, são dotados de poderes dulcificantes, tóxicos, enfermiços, terapêuticos, manipulados, enfim, conforme o desejo e o poder de quem neles atua.
Servem-se desse fluido não somente os Espíritos superiores, mas todos os Espíritos, que com ele fabricam os objetos que lhes são íntimos e habituais, por vezes até sem se aperceberem, dando-lhes existências enquanto perdure o pensamento, agente materializante, dirigido a tais objetos.
Dessa maneira os Espíritos trazem ao real, suas próprias recordações, externando das lembranças mentais mais fortalecidas, residências, mobiliários, vestimentas, adornos e até frutas e iguarias. Aqui reforçamos o princípio da proporcionalidade do estado evolutivo de cada Espírito, ou seja, perfeito faz quem perfeito é.
Em estado latente encontra-se nesse fluido o princípio vital, que animará as futuras formas de vida dos inumeráveis seres que preencherão os mundos. Igualmente as características a serem gravadas nos planetas formados, as suas especificidades, quais pressão, atmosfera, gravidade...que nele têm sua gênese.
Esse fluido dará ensejo ainda ao surgimento de uma força gravítica suportável pela vida, que aguarda o momento de palpitar em qualquer mundo, refletindo as vibrações que lhes serão próprias.
Assim falando temos um fluido com poderes quase de um Deus. Mas importa saber que foi Deus quem criou o fluido com essas atribuições, o que reflete a sua suprema inteligência.
Sob o comando imperioso das mentes superiores o fluido universal se aglutina, torna movimento e é regulado em seus espaços atômicos e moleculares, para que nele se definam as rotações e movimentos adequados ao determinismo necessário e formador dos elementos físicos e químicos, materiais e orgânicos, os quais a tempo certo afloram, se isolam ou permutam-se em avanço se anteparo para a vida.
Os mundos nascem do fluido universal por condensação e a ele voltam por desagregação.
Essa parece ser a versão admitida pelos Espíritos como a que mais se aproxima da verdade.
Texto extraído do livro O Perispírito e suas modelações - Luiz Gonzaga Pinheiro
O primeiro desafio que temos a enfrentar quando ousamos entender Deus, é o da limitação. É do senso lógico que o limitado não abrange o ilimitado. A parte não absorve o todo. O relativo não se sobrepõe ao abstrato, nem o finito descreve com plenitude o infinito.
Alguém pode pensar simploriamente que uma gota do oceano seja capaz de lhe desvendar os mistérios. Concordamos em parte que sim. A essência, os elementos químicos formadores de suas moléculas, algumas formas de vida nela existentes, as transformações relativas aos fenômenos físico-químicos poderiam fornecer pálida ideia do conjunto formado pelo oceano.
Mas daí a aventurar-se a mar alto confiando nessas informações, é candidatar-se a decepções e desenganos frustrantes. Descobriria de imediato o navegante, os inumeráveis pluricelulares marinhos, as formas de vida exuberantes que lhe ultrapassariam em centenas de vezes o peso e o tamanho; os abismos obscuros; as correntes indomáveis; as tormentas bruscas; os segredos que esperam os heróis incansáveis para a pesquisa e o trabalho fecundos. Deus em nosso estágio de entendimento, tem a grandeza que a nossa inferioridade permite ver. Nós O olhamos com os olhos de catarata. À proporção em que nossa ciência e sabedoria atuarem como bisturi da ignorância que nos torna cegos, nosso cristalino terá menos opacidade, permitindo que os raios de luz da verdade, em sucessivas raspagens reencarnatórias nos permita vê-Lo, como sentenciou o Espírito da Verdade.
Claro está que jamais o veremos circunscrito a um local específico, nem conseguiremos descrevê-lo em dimensões e formas. Nós o entenderemos relativamente e com Ele nos identificaremos em essência e destinação.
Dizem alguns tolos cujo orgulho lhes põe cera aos ouvidos e vendas aos olhos: se Deus existe, prove-o!É o segundo desafio. O da demonstrabilidade. Poderíamos dizer-lhes o mesmo, utilizando de sua ótica retorcida. Se Ele não existe, prove-o!
No entanto, seria gastar tempo e energia, fazendo-nos de mestres que não somos, quando para tais alunos o mestre tem muitos nomes: frustração, vazio, desengano, dor, e no final do curso, aceitação.
Podemos, no entanto, lembrar a quem de interesse sadio se arme, que o sentimento e a certeza da existência de Deus são universais. Da crença mais bizarra nos Espíritos primitivos até a intelectualidade mesmo fria. Deus é a razão, lei Criador do universo.
Quando em vez alguém tenta negar a existência do ser supremo ou deixá-lo ausente das construções universais. Tal foi a infeliz conclusão de Nietzsche ao afirmar a morte de Deus, e a singular resposta de Pierre de Laplace a Napoleão Bonaparte, quando este lhe interrogou sobre a obra do importante matemático, intitulada "Mecânica Celeste": Escrevestes este enorme livro sobre o sistema do mundo sem mencionar uma só vez o autor do Universo? Perguntou Napoleão. E Laplace respondeu com mais respeito ao imperador que a Deus: Senhor, não senti necessidade dessa hipótese.
Trinta anos após a morte de Laplace, sai na Europa "O Livro dos Espíritos" cuja pergunta número um é: Que é Deus? Essa pergunta abriu de vez as portas do Além para a Humanidade. E a sua resposta (Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas) deixou claro que as portas do céu estão abertas para quem as queira conquistar através da caridade.
Em "O Evangelho Segundo o Espiritismo" falam os Espíritos superiores que, nos mundos mais atrasados onde a força bruta é a lei, no fundo tenebroso das inteligências de seus habitantes encontra-se latente a vaga intuição de um ser supremo, mais ou menos desenvolvida.
Pela observação e questionamento de si e do Universo, o Espírito terá milhões de provas materiais e filosóficas de uma ordem mantenedora, de uma harmônica diretriz que a tudo impulsiona ruma à perfeição. Todas as equações e fórmulas científicas do nosso mundículo atestam a existência de Deus, mas nem todos partilham de igual visão.
Os racionalistas, tomando a razão como via natural do conhecimento, só aceitam Deus racionalmente. Muito bem! Eles estão satisfeitos com a sua meia verdade. Os que defendem a supremacia da fé, entendem que jamais o Espírito encontraria Deus pela razão, pois só na fé, existem condições indispensáveis para o desabrochar da luz espiritual. Esses estão crentes na sua meia verdade.
Convivendo com ambos, os vinculados ao plano das emoções rejeitam a razão e optam pelo sentimento afirmando: Deus não pode ser racionalizado, apenas sentido. Esses estão acomodados em sua meia verdade. Se Deus está em tudo, todos os caminhos desaguam em sua plenitude. Juntando as meias verdades teremos uma meia verdade aproximada de Deus, ainda de acordo com o nosso estágio de semi-analfabetos da ciência espírita.
Objetivistas e subjetivistas em suas buscas filosóficas enquanto sadias, ampliarão a cada dia o pensamento sobre Deus, até que descubram que ambos estão corretos e incompletos. O problema exige a atuação da mente e a melodia do coração.
Apreende-se desse fato que todos possuem argumentos na busca pelo conhecimento teológico. Só aquele que procura negar a existência de um ser superior é que os possui. E se julga detê-los, eis a lógica inflexível que os devora, deixando-o aturdido frente à sua imaturidade espiritual.
Deus nesta obra será tratado como causa primeira de todas as coisas, o que pode criar a substância e a essência, cabendo ao Espírito, manejar, planejar, direcionar, auxiliar, supervisionar, mas nunca decidir em grau maior, de vez que as leis divinas já incluem a decisão em seu âmago. O Espírito decide através do seu livre-arbítrio em questiúnculas, pois em última instância prevalecem as leis divinas, dotadas de determinismo inexorável e a culminar na sabedoria, beleza, justiça...
Os Espíritos agem portanto sob o comando de uma diretriz já delineada, cujo fatalismo é sentido obrigatório. À proporção em que escapam da faixa grosseira da ignorância e adentram a sutileza das emoções sublimadas, mais corroboram com esse determinismo.
Se quisermos entender um pouco da grandiosidade de Deus, procuremos entender e conhecer a nós mesmos, criados à Sua semelhança, e estimemos o que é, e do que será capaz o poder amoroso de Deus.
Sem contaminar a palavra hoje tão vulgarizada e tomada com representação de sentimentos e atitudes até mesquinhas, diria que Deus é fonte inesgotável de amor. A fonte que move e sustenta a bipartição de um simples protozoário e a estabilidade das imensas galáxias bordadas de bilhões de sóis. Por esse motivo não pune, não castiga, não é guerreiro, não obriga, não distribui chagas ou medalhas para nenhuma de suas criaturas.
Como energia criadora criou a lei, e como ninguém é forte fora da lei, ausentando-se dela, a ela retorna por absoluta falta de opção. A vida não deixa alternativa. É seguir Deus ou sofrer. E como ninguém se adapta à dor, embora muitos com ela convivam por largos anos, acaba cedendo ao chamamento do amor, após a lapidação imposta por esse mestre tão enérgico, mas tão solicitado no mundo atual, qual seja, o sofrimento.
É um conforto saber da existência de Deus e ter a segurança de que não somos órfãos em tão extenso Universo.
O Perispírito e suas modelações - Luiz Gonzaga Pinheiro