"Na grande oficina surge, então a diferenciação da matéria ponderável, dando origem ao Hidrogênio. As vastidões atmosféricas são amplo repositório de energias elétricas e de vapores que trabalham as substâncias torturadas no orbe terrestre. O frio dos espaços atua, porém, sobre esse laboratório de energias incandescentes e a condensação dos metais verifica-se com a leve formação da crosta solidificada." A Caminho da Luz - Emmanuel cap. 1 - pág. 20
Para melhor entendimento do assunto, faremos pequena análise do atual estágio de conhecimento da ciência acadêmica, sobre a estruturação da matéria, seguindo-se então a sua caminhada evolutiva a partir dos elementos mais simples, gerando através do tempo, elementos mais velhos e mais densos.
Na Grécia antiga, berço da cultura, Demócrito e Leucipo haviam chegado à conclusão de que dividindo-se continuamente a matéria chegaríamos a uma partícula ínfima, a qual Demócrito batizou de átomo, palavra que quer dizer indivisível. Contudo, o estudo dos gregos, apesar de racional e lógico, tinha como base a filosofia e não a ciência. Daí, aquilo que eles chamaram de indivisível, o século XX provou se plenamente explorado, dividido, transformado.
O átomo é formado fundamentalmente por um núcleo pequeno e pesado, dotado de carga positiva, e gravitando ao seu redor, em regiões chamadas orbitais, sem trajetórias claramente definidas, caracterizadas como ondas ou campos, os elétrons. As partículas do núcleo são os prótons, com cargas positivas e os nêutrons, sem cargas elétricas. Como a distância entre o núcleo e os elétrons é muito grande, havendo um predomínio de espaços vazios, e como toda matéria existente é constituída de átomos, dizemos ser a matéria descontínua, ou seja, com predominância do vazio. A sua aparência de solidez é causada pela extrema velocidade dos elétrons que parecem estar em todos os pontos de eletrosfera ao mesmo tempo, não podendo se localizado em determinado ponto específico, mas com possibilidades de encontrar-se a um certo instante em uma zona ou orbital.
Mas a ciência avança sempre em suas descobertas e hoje está comprovado que as partículas fundamentais da matéria são os quarks, que formam os prótons e os nêutrons, núcleo do átomo. Para cada quark (existem seis) temos um lépton.
Tais partículas só podem ser detectadas em aceleradores, verdadeiros túneis do tempo quando se trata de averiguar o passado do universo. Essas partículas só existem livremente nas primeiras frações de segundos após o big bang, devido à enorme quantidade de energia disponível. Atualmente sí existem dois tipos de quarks, os up e o down, e dois tipos de léptons, o elétron e o neutrino. Esses quarks e léptons só conseguiram sobreviver por estarem acomodados à temperatura atual do universo, sendo que os demais membros dessa família se transformaram em partículas mais estáveis.
A matéria tem no momento atual a seguinte configuração: cada próton possui dois quarks ups e um down, e cada nêutron apenas um quark up e dois downs.
"Mas, a princípio, dois minutos após o big bang, a temperatura já caíra para um bilhão de graus, facultando a que prótons e nêutrons se juntassem por forças atrativas formando assim núcleos de Deutério (Hidrogênio pesado) que possui um próton e um nêutron. Tais núcleos teriam então se combinado com mais prótons e nêutrons formando núcleos de Hélio, Lítio e Berílio"(Breve História do Tempo - Hawking).
Através de possantes telescópios constata-se atualmente nos grandes aglomerados celestes, apresença do Hidrogênio na proporçào de 68%, seguido de Héli 30% e de outros elementos 2%.
O Hidrogênio parece ser a matéria mais abundante do Universo, espécie de ponto de partida para o surgimento de outros elementos.
Texto extraído do livro O Perispírito e suas modelações - cap, 4 - Luiz Gonzaga Pinheiro
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