Qual o homem que, nas horas de silêncio e recolhimento, já deixou de interrogar a Natureza e o seu próprio coração, pedindo-lhes o segredo das coisas, o porquê da vida, a razão de ser do Universo? Onde está esse que não tem procurado conhecer os seus destinos, erguer o véu da morte, saber se Deus é uma ficção ou uma realidade! Não há ser humano, por mais indiferente que seja, que não tenha enfrentado algumas vezes com esse grandes problemas.
(...)
Entretanto, o homem tem necessidade de saber, precisa do esclarecimento, da esperança que consola da certeza que guia e sustém. Também tem os meios de conhecer, a possibilidade de ver a verdade desprender-se das trevas e inundá-lo com sua luz benéfica. Para isso, deve afastar-se dos sistemas preconcebidos, perscrutar-se a si próprio, escutar essa voz interior que fala a todos e que os sofistas não podem deturpar: a voz da razão, a voz da consciência.
Assim fiz eu, (Léon Denis nos fala). Muito tempo refleti, meditei sobre os problemas da vida e da morte; com perseverança sondei esses abismos da vida e da morte, com perseverança sondei esses abismos profundos. Dirigi à Eterna Sabedoria uma ardente invocação e Ela me atendeu, como atende a todo espírito animado de amor do bem. (...)
Depois de duvidar, acreditei, depois de ter negado, vi. E a paz, a confiança, a força moral desceram sobre mim.(...)
Jamais a necessidade da luz fez sentir-se de um modo mais imperioso. Uma transformação imensa se opera no seio das sociedades humanas (...)
A liberdade em todos os seus domínios, tende a substituir-se à coação e a autoridade, a guiar as nações para horizontes novos.
O direito de alguns tornou-se o direto de todos, mas, para que o direto soberano seja conforme com a justiça e produza seus frutos, é necessário que o conhecimento das leis morais venha regular o seu exercício. Para que a liberdade seja fecunda, para que ofereça às obras humanas uma base segura e duradoura, deve ser aureolada pela luz, pela sabedoria, pela verdade. A liberdade, para homens ignorantes e viciosos, não será como arma poderosa entre as mãos de uma criança?
A arma nesse caso, volta-se muitas vezes contra aquele que a traz, e o fere.
Trecho do capitulo I do livro O PORQUÊ DA VIDA - Léon Denis
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