Médiuns
inspirados são aqueles aos quais os espíritos sugerem pensamentos.
Nas outras
mediunidades nós reconhecemos facilmente a ação dos espíritos sobre o médium.
Porém, com relação aos médiuns inspirados, tal não se dá; a ação dos espíritos
sobre ele é tão oculta, tão sutil que mesmo o próprio médium não a sente,
apenas percebe que está sendo ajudado em suas ideias.
A pessoa que
possui a mediunidade de inspiração se quiser tirar o máximo proveito dela,
precisa estudar muito. É dever de todo o médium estudar; mas, para o médium
inspirado, o estudo é uma necessidade imperiosa.
Repetimos
que é uma necessidade imperiosa, porque os médiuns inspirados transmitem seus
próprios pensamentos que os espíritos avivam, despertam e ajudam a dar forma.
Eis porque se não estudarem ativamente não poderão servir de instrumentos
eficazes aos espíritos que lutam por difundir as luzes espirituais em nosso
planeta.
Foi através
de uma magnífica mediunidade inspirada que Allan Kardec codificou o
Espiritismo.
DÁ DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBESTE
Antes de
aprendermos a usar nossa mediunidade e de merecermos o título de médium,
meditemos sobre o seguinte:
Não
julguemos que a mediunidade nos foi concedida para simples passatempo ou para
satisfação de nossos caprichos. Em circunstância alguma, façamos dela o nosso
ganha-pão.
Infeliz do médium
que utiliza sua mediunidade visando aos seus interesses terrenos!
Mal-aventurado quem procura trocar por dinheiro os dons de Deus!
A
mediunidade é coisa santa e com ela devemos suavizar os sofrimentos alheios. É
a maneira mais simples de praticarmos a verdadeira caridade: a caridade
espiritual.
Cooperando
com os espíritos curadores, concorremos para o alívio daqueles que sofrem. E
como instrumentos dos espíritos educadores, contribuímos para o adiantamento
moral de nossos irmãos. Ao desenvolvermos nossa mediunidade lembremos de que
ela nos é dada com um arrimo para mais facilmente conseguirmos a Perfeição e
para mais suavemente liquidarmos os pesados débitos que contraímos em existência
passadas e para servirmos de guias a irmãos mais atrasados.
Vamos dar de
graça o que Deus nos conceder, conforme nos ensinou Jesus.
Nunca
troquemos por algumas moedas o que a bondade de nosso Pai que está nos céus
quer distribuir a seus filhos necessitados. Onde há interesse, por pequeno que seja
não há caridade.
Livro A Mediunidade sem Lágrimas - Eliseu Rigonatti
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