A
doutora Helen Wambach (PhD) foi uma das primeiras cientistas pesquisadoras
norte-americanas em reencarnação e vidas passadas
“Não acredito em
reencarnação tenho a certeza de que ela existe".
H.Wambach Helen Wambach (1982) fez um relatório com mais de casos de pessoas que
retornaram (geralmente através da hipnose em grupos de regressão) à experiência
do nascimento e antes deste.
Dra. Helen Wambach em seu
livro Recordando Vidas Passadas relata sua experiência com a regressão a vidas
passadas feitas em pacientes. Por indução hipnótica levou esses pacientes aos
períodos 1850, 1700, 1500, 25 d.C e 500 a.C. Ao levar os
seus pacientes nos períodos escolhidos perguntava-lhes: qual classe pertencia,
raça, sexo, roupa usada, calçado usado, alimentos comidos, pratos usados. (1)
As excelentes pesquisas da dra. Wambach foram montadas em
cima das seguintes perguntas básicas, formuladas depois que a pessoa regrediu
ao período imediatamente anterior ao seu nascimento:
1-
Foi sua a decisão de nascer?
2-
Alguém o ajudou a decidir? Em caso positivo,
qual o seu relacionamento com o conselheiro?
3-
Como você se sente ante a perspectiva de viver a
próxima existência?
4-
Há alguma razão pela qual você tenha escolhido
nascer na segunda metade do século XX?
5-
Foi você que escolheu seu sexo? Se foi, por que
você decidiu ser homem (ou mulher)?
6-
Qual o seu objetivo nesta vida?
7-
Caso você tenha conhecido sua mãe em alguma
existência anterior, que tipo de relacionamento tiveram?
8-
E seu pai? Se você o conheceu em alguma
existência anterior, que tipo de relacionamento tinham?
9-
Concentre-se no feto. Você sente que está dentro
dele, ou fora? Ou entrando e saindo? Em que momento sua consciência passa a
funcionar no feto.
10-
Você tem consciência das atitudes e sentimentos
de sua mãe pouco antes de você nascer?
11-
O que você sentiu ao emergir do canal do
nascimento?
Como se pode verificar, a dra Wambach não estava fantasiando,
nem se dirigindo a uma “coisa”, a uma abstração ou hipótese, ela está falando com
uma pessoas norma, inteligente, consciente, responsável, capaz de observar
concluir e expor suas ideias coerentemente, como qualquer adulto razoavelmente
sensato e equilibrado. Ela não se dirige a um bebê que acaba de ser criado e
que, portanto, não teria consciência anterior de si mesmo, nem qualquer tipo de
relacionamento com mãe, pai e outras pessoas.
É uma pessoa que sabe dizer se decidiu espontaneamente viver
outra existência na carne ou se foi induzida (ou até forçada) a fazê-lo.
Lembra-se das pessoas com as quais conversou, programou sua vida e
aconselhou-se quanto aos seus objetivos, necessidades e projetos. É alguém que
ponderou seriamente acerca das responsabilidades de uma nova existência; que
por alguma razão pessoal, bem clara e explícita, resolveu nascer nesta época e
não antes ou mais adiante; que decidiu por um sexo ou outro, também por opção consciente;
que, usualmente, conhece, de outra vidas, sua mãe e seu pai e com eles já
manteve relações de parentesco, amizade ou até desavenças que precisam ser
sanadas; que tem consciência de sua ligação a um feto, ou seja, a um corpo
físico em formação. Mais do que isso tudo, porém, tem condições de captar, por
algum processo ainda obscuro, os sentimentos de sua futura mãe, de seu pai e
demais pessoas, com relação a ele, espírito renascente. E que, finalmente, é
capaz de observar todo o processo, analisa-lo com perfeita lucidez e concluir,
ordenadamente, o que acha de tudo aquilo.
Creio que precisamos examinar com mais vagar alguns desses
dados científicos, uma vez que são importantes
demais para eles nos referimos apenas em duas ou três frases apressadas.
As informações neles contidas são de vital significação para todos nós e, por
isso, proponho conversarmos mais adiante sobre o assunto. Antes porém, parece
oportuno passar os olhos em alguns dados estatísticos colhidos pela
brilhantíssima dra Helen Wambach.
Noventa por cento de seus pacientes mergulharam nesse
fantástico depósito de lembranças e emergiram com algumas surpresas para si
mesmos e para a competente psicóloga. Uma delas: a de que morrer até que é bom
nascer é que não é nada interessante. “As duas mortes que tive, nas duas vidas
(de que me recordei) esta noite, foram experiências muito agradáveis”, escreve
uma pessoa.
“Nascer é que parece uma tragédia”.
Quem diria, hem?
Outra inesperada informação para a dra. Wambach: a de que
nem um só de seus 750 pacientes (àquela altura) sentia que o “verdadeiro ser
interior de cada um fosso masculino ou feminino”. O que nos leva à evidência –
por mim referida em O espiritismo e os problemas humanos – e que a libido é uma
forma de energia e o sexo, em si mesmo, a resultante de uma polarização de tal
energia.
Coloquemos mais uma de tais informações-surpresas: a consciência
de cada ser não provém do feto, não faz parte integrante dele, apenas está
nele. “Eles existem, totalmente conscientes, como entidades independentes do
feto.” Na realidade o “corpo fetal é restrito e limitador”, e muitos preferiam “a
liberdade da existência sem o corpo”. Em outras palavras, era melhor não ter
nascido.
O recém-nascido “sente-se como segregado, reduzido e
solitário, em comparação com o estado intermediário entra uma vida e outra”.
Mas, voltemos aos dados estatísticos.
1-
81% dos pacientes disseram que eles próprios
haviam decidido renascer. 19% afirmaram que não tinham lembranças de nenhuma
decisão ou que nada lhes ocorrera dizer, quando questionados com relação a esse
ponto.
2-
Do total pesquisados, 68% declaravam-se
relutantes, tensos, ou resignados ante a perspectiva de viver nova existência.
Somente 26% consideravam a nova oportunidade com certo otimismo, mas,
curiosamente, não estavam interessados em fazer da vida um contínuo fluxo de
prazeres e, sim, nutriam esperanças de alcançar alguma conquista evolutiva.
3-
90% dos pesquisadores informaram que as mortes
foram experiências agradáveis, mas que os nascimentos constituem momento de
desventura e tensão.
4-
Ainda quanto aos objetivos planejados para a
vida a ser vivida, não observou a cientista nenhum projeto especial de
desenvolver talentos ou faculdades, mas, “prioritariamente, aprender a
relacionar-se com os outros e amar sem exigência e possessivo”. Deste grupo,
28% tinham consciência de haver trazido uma espécie de “mensagem” à humanidade
no sentido de que é preciso ser solidário com o semelhante e “desenvolver o consciente
superior”, ou seja, o conceito de que somos todos, primariamente, seres
espirituais. Os pacientes da dra, Wambach foram “praticamente unânimes em
rejeitar qualquer intenção voltada par o aumento da riqueza, do status e do
poder.
5-
87% das pessoas consultada – uma taxa
elevadíssima – declararam haver conhecido seus pais, amantes, parentes e amigos
de uma ou outra vida anterior. Nenhuma consistência encontrou a doutora em
apoio às teorias freudianas do complexo de Édipo e do complexo de Electra,
segundo os quais os filhos experimentam forte atração sexual pelas mães e as
filhas pelos pais. (Observação nesse sentido consta, igualmente, de meu já
citado livro “A memória e o tempo.”) O relacionamento anterior pode ter sido o
mais diversificado possível.
Como se depreende de tudo isso, nascer ainda constitui, para
a maioria, uma espécie de provação, mais um dever do que um prazer. Morrer, ao
contrário, é um processo de libertação, quanto ao confinamento na carne.
A mais dramática conclusão, porém, a que mais destacadamente
ressalta dessa pesquisa, é a de que a criança é um ser espiritual adulto,
experiente, consciente, dono de insuspeitado acervo de conhecimentos, envolvido
em deliberado projeto de vida, com metas, objetivos e propostas nitidamente
concebidos e programados. É, portanto, uma pessoa preexistente e sobrevivente,
conforme o espiritismo insiste em ensinar há mais de um século e como o próprio
Cristo ensinou há cerca de dois milênios.
Acho, porém, que ainda temos importantes aspectos a comentar
sobre a excelência pesquisa da dra. Helen Wambach.
O leitor ainda está comigo? Vamos avançar um pouco mais? Ou
já resolveu jogar o livro fora e nem percebi o quando você desceu do trem? Se
desceu, paciência. Lamento dizer que ficará por aí à espera de outro trem, que
poderá demorar mais do que você imagina.
É claro, contudo, que a opção é sua, no uso e gozo do seu sagado direito ao
livre-arbítrio.
Bibliografia:
(1)
https://slideplayer.com.br/slide/1268580/
Livro Nossos filhos são espíritos de Hermínio C, Miranda
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por sua mensagem. Será publicada após aprovação.