Não podem ser entendidos como iguais, pois as distinções se verificam na origem, na doutrina e na prática
Marcus de Mario
01/03/2018
Muitas pessoas ainda confundem Espiritismo com crenças e
práticas que, na verdade, nada tem com a Doutrina Espírita – e já
podemos esclarecer que as denominações corretas são Espiritismo ou
Doutrina Espírita, e que seus adeptos são espíritas ou espiritistas.
É uma doutrina formada por um conjunto de princípios filosóficos, científicos e religiosos (ou de consequências morais), cujo marco inicial foi o lançamento de O Livro dos Espíritos, em 18 de abril de 1857, por Allan Kardec (pseudônimo do professor Hippolyte Léon Denizard Rivail). Isso aconteceu na França, mais particularmente em Paris, em meados do século 19, depois de pouco mais de dois anos de intensas investigações e observações dos fenômenos de ordem mediúnica (ou espiritual). O Espiritismo, portanto, não é obra de um homem, e sim dos Espíritos, que através de diversos médiuns ditaram as instruções, os esclarecimentos, os ensinos. Coube a Kardec organizar, selecionar, pensar, perguntar e publicar, motivo pelo qual ele sempre insistiu em dizer que o Espiritismo é doutrina dos Espíritos.
Podemos agora fazer outro esclarecimento: não existe kardecismo e, portanto, também não existem kardecistas. Existem Espiritismo e espíritas, e ponto final.
A palavra kardecismo nos remete ao entendimento da existência de uma doutrina formulada por Allan Kardec, o que não existe, não é verdadeiro. A doutrina partiu dos Espíritos, dos seres humanos que se encontram desencarnados, vivendo no mundo (ou dimensão) espiritual, e possui quatro princípios básicos que sustentam todo o edifício doutrinário:
1 – Deus – como Pai e Criador de tudo o que existe no universo.
2 – Imortalidade da alma – proclamando a vida depois da morte, que é apenas do corpo físico (orgânico).
3 – Comunicabilidade – a comunicação entre desencarnados e encarnados através da mediunidade.
4 – Evolução – porque todos somos destinados à perfeição.
A partir desses quatro princípios básicos outros se desdobram, como reencarnação, livre-arbítrio, lei de causa e efeito, entre outros, que estão muito bem estudados e consolidados nas demais obras de Allan Kardec, a chamada codificação espírita, composta por: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese. Devemos também destacar, por sua importância, os livros O que é o Espiritismo, Obras Póstumas e a coleção da Revista Espírita, publicação mensal que Kardec dirigiu de 1858 a 1869, quando desencarnou no final do mês de março.
E com relação à umbanda? Umbandistas não são também espíritas? Com todo respeito aos nossos irmãos umbandistas, às suas crenças e práticas, a bem da verdade devemos esclarecer que não, eles não são espíritas. Espírita é aquele que estuda e pratica o Espiritismo, conforme seus princípios publicados nas obras assinadas por Allan Kardec. Aquele que se insere na umbanda é, apenas, umbandista. O que acontece é que muitos templos umbandistas utilizam, de forma indevida, a expressão espírita, causando uma certa confusão entre os adeptos das duas doutrinas e, principalmente, entre os leigos.
Mas não existem pontos de contato entre Espiritismo e umbanda? Sim, isso é verdade, mas nem por isso se confundem. São distintas na origem, na doutrina e na prática. O Espiritismo não possui nenhum tipo de ritual. Não utiliza roupas especiais, paramentos, incensos etc. A umbanda surgiu do sincretismo religioso entre crenças e rituais trazidos pelos negros escravizados da África, com as crenças e rituais do catolicismo, que à época era a religião oficial brasileira nos períodos colonial e imperial. Os pontos de contato, que se dão na crença na imortalidade da alma e na utilização da mediunidade, não confundem as duas doutrinas, muito diversas entre si.
Espíritas se reúnem no centro espírita, que não é nem fraco nem forte, nem de mesa branca ou qualquer outra coisa, mas tão somente centro espírita. Nele se desenvolvem atividades em diversas áreas: estudo, mediunidade, evangelização da família, promoção social e tantas outras, visando sempre ao progresso intelectual e moral das pessoas e da humanidade.
Convidamos os interessados a ler e estudar O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, magistral obra construída na forma de diálogo, para real conhecimento do Espiritismo. E pedindo licença a Kardec, que cunhou a frase “Fora da caridade não há salvação”, bandeira do verdadeiro espírita, podemos encerrar estes esclarecimentos afirmando que “Fora de Kardec não há Espiritismo”.
www.oclarim.org/oclarim/materias/5672/jornal/2018/Marco/espiritismo-kardecismo-umbanda.html
É uma doutrina formada por um conjunto de princípios filosóficos, científicos e religiosos (ou de consequências morais), cujo marco inicial foi o lançamento de O Livro dos Espíritos, em 18 de abril de 1857, por Allan Kardec (pseudônimo do professor Hippolyte Léon Denizard Rivail). Isso aconteceu na França, mais particularmente em Paris, em meados do século 19, depois de pouco mais de dois anos de intensas investigações e observações dos fenômenos de ordem mediúnica (ou espiritual). O Espiritismo, portanto, não é obra de um homem, e sim dos Espíritos, que através de diversos médiuns ditaram as instruções, os esclarecimentos, os ensinos. Coube a Kardec organizar, selecionar, pensar, perguntar e publicar, motivo pelo qual ele sempre insistiu em dizer que o Espiritismo é doutrina dos Espíritos.
Podemos agora fazer outro esclarecimento: não existe kardecismo e, portanto, também não existem kardecistas. Existem Espiritismo e espíritas, e ponto final.
A palavra kardecismo nos remete ao entendimento da existência de uma doutrina formulada por Allan Kardec, o que não existe, não é verdadeiro. A doutrina partiu dos Espíritos, dos seres humanos que se encontram desencarnados, vivendo no mundo (ou dimensão) espiritual, e possui quatro princípios básicos que sustentam todo o edifício doutrinário:
1 – Deus – como Pai e Criador de tudo o que existe no universo.
2 – Imortalidade da alma – proclamando a vida depois da morte, que é apenas do corpo físico (orgânico).
3 – Comunicabilidade – a comunicação entre desencarnados e encarnados através da mediunidade.
4 – Evolução – porque todos somos destinados à perfeição.
A partir desses quatro princípios básicos outros se desdobram, como reencarnação, livre-arbítrio, lei de causa e efeito, entre outros, que estão muito bem estudados e consolidados nas demais obras de Allan Kardec, a chamada codificação espírita, composta por: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese. Devemos também destacar, por sua importância, os livros O que é o Espiritismo, Obras Póstumas e a coleção da Revista Espírita, publicação mensal que Kardec dirigiu de 1858 a 1869, quando desencarnou no final do mês de março.
E com relação à umbanda? Umbandistas não são também espíritas? Com todo respeito aos nossos irmãos umbandistas, às suas crenças e práticas, a bem da verdade devemos esclarecer que não, eles não são espíritas. Espírita é aquele que estuda e pratica o Espiritismo, conforme seus princípios publicados nas obras assinadas por Allan Kardec. Aquele que se insere na umbanda é, apenas, umbandista. O que acontece é que muitos templos umbandistas utilizam, de forma indevida, a expressão espírita, causando uma certa confusão entre os adeptos das duas doutrinas e, principalmente, entre os leigos.
Mas não existem pontos de contato entre Espiritismo e umbanda? Sim, isso é verdade, mas nem por isso se confundem. São distintas na origem, na doutrina e na prática. O Espiritismo não possui nenhum tipo de ritual. Não utiliza roupas especiais, paramentos, incensos etc. A umbanda surgiu do sincretismo religioso entre crenças e rituais trazidos pelos negros escravizados da África, com as crenças e rituais do catolicismo, que à época era a religião oficial brasileira nos períodos colonial e imperial. Os pontos de contato, que se dão na crença na imortalidade da alma e na utilização da mediunidade, não confundem as duas doutrinas, muito diversas entre si.
Espíritas se reúnem no centro espírita, que não é nem fraco nem forte, nem de mesa branca ou qualquer outra coisa, mas tão somente centro espírita. Nele se desenvolvem atividades em diversas áreas: estudo, mediunidade, evangelização da família, promoção social e tantas outras, visando sempre ao progresso intelectual e moral das pessoas e da humanidade.
Convidamos os interessados a ler e estudar O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, magistral obra construída na forma de diálogo, para real conhecimento do Espiritismo. E pedindo licença a Kardec, que cunhou a frase “Fora da caridade não há salvação”, bandeira do verdadeiro espírita, podemos encerrar estes esclarecimentos afirmando que “Fora de Kardec não há Espiritismo”.