"moldagem da matéria viva feita pela ideia".
A ideia não é um atributo, um produto da matéria; ao contrário, ela é que modela a matéria e lhe confere a forma e seus atributos.
No mesmo sentido já afirmara Camille Flamarion que
"a explicação puramente mecânica da natureza é insuficiente e existe no universo alguma outra coisa além da pretensa matéria; não é a matéria que rege o mundo, mas um elemento dinâmico e psiquico".
Idêntica afirmativa fazia o insigne fisiologista Claude Bernard:
"O que caracteriza a máquina viva não é a natureza de suas propriedades físico-químicas: é a criação dessa máquina junto a uma ideia definida".
Sobre a importância dessas conclusões, diz Bozzano:
Essa nova definição científica do ser vivente decorre irrefutável e segura desse grande acontecimento: o de haver sido demonstrada pelos fatos. É a definição pela qual o Pensamento e a Vontade são forças plásticas e organizadoras. E tão grande é o valor teórico dessa demonstração que abre uma nova época científica por desmoronar totalmente, mas fictícias, construções laboriosamente estabelecidas por numerosos grupos de investigadores pertencentes a todos os ramos científicos decalcados no postulado da Onipotência da matéria, quando na verdade o templo alicerçar-se no postulado diametralmente contrário da Onipotência do Espírito."
Vejamos como André Luiz se refere ao assunto (Mecanismos da Mediunidade):
"Pelos princípios mentais que influenciam em todas as direções, encontramos a telementação (desprendimento parcial da personalidade, com o deslocamento de centros sensoriais. Mecanismos da mediunidade – pag 92)e a reflexão comandando todos os fenômenos de associação, desde o acasalamento dos insetos até a comunhão dos Espíritos Superiores, cujo sistema de aglutinação nos é, por agora, defeso ao conhecimento.
"Emitindo uma ideia, passamos a refletir as que se lhe assemelham, ideia essa que para logo se corporifica, com intensidade correspondente à nossa insistência em sustentá-la, mantendo-nos, assim, espontaneamente em comunicação com todos os que nos esposem o modo de sentir.
"É nessa projeção de forças a determinarem o compulsório intercâmbio com todas as mentes encarnadas ou desencarnadas, que se nos movimenta o Espírito no mundo das formas-pensamentos, construções substanciais na esfera da alma, que nos liberam o passo ou no-lo escravizam, na pauta do bem ou do mal de nossa escolha. Isso acontece porque, à maneira do homem que constrói estradas para a sua própria expansão ou que talha algemas para si mesmo, a mente de cada um, pelas correntes de matéria mental que exterioriza, eleva-se a gradativa libertação no rumo dos planos superiores ou estaciona nos planos inferiores, como quem traça vasto labirinto aos próprios pés".
Extraído do livro - Iniciação Espírita - Fraternidade dos Discípulos de Jesus - Coordenação Edgard Armond
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