- Havia um pai, que tinha dois filhos. Um era sábio e sensato, trabalhava com afinco nas terras do pai para garantir o alimento da família. O outro era um jovem inconsequente, ele detestava o trabalho no campo e insistia diariamente com seu pai para que lhe desse sua parte na herança, pois ele desejava ir para a cidade e viver do empréstimo de dinheiro.
Tanto o rapaz insistiu, que o pai vendeu parte de sua fazenda e lhe deu a parte que lhe cabia na herança. O rapaz ficou muito, mas muito feliz. Em dois dias ele estava com suas malas prontas para viajar em direção à cidade grande, onde ele haveria de fazer fortuna emprestando dinheiro a juros.
O jovem, chegando na grande metrópole, encantou-se com o luxo e os prazeres. Logo ele comprou roupas caras e "caiu"na vida noturna, gastando dias após dia a sua parte da herança. Muitos amigos surgiram para compartilhar as noitadas com o novo boêmio que pagava todas as festas. Primeiro ele iria tirar algumas férias, dizia ele. Precisava renovar as energias para o trabalho.
Mas em pouco tempo ele estava sem nenhum centavo. O jovem desesperou-se e procurou a ajuda dos amigos, mas todos fugiram, pois não queriam sua amizade e, sim, seu dinheiro.
O jovem perdulário passou grandes necessidades, chegando ao ponto de ter que mendigar para poder conseguir um simples pedaço de pão. Desesperado, ele procurou emprego, mas a região estava sofrendo com uma grande seca e ninguém tinha emprego para lhe oferecer. Com frio e fome, ele encontrou um pequeno agricultor que, a princípio, lhe negou emprego, pois não tinha condições de lhe pagar. Mas vendo o estado de penúria em que se encontrava o jovem, ele se compadeceu e disse-lhe: "Meu filho, não tenho dinheiro algum, estamos passando por uma grande crise, mas se tu alimentares os porcos, podes ficar com o que sobrar da comida deles."
O rapaz aceitou a tarefa e alimentou os porcos. Após colocar a comida no cocho, ele atirou-se junto com os animais na busca pelo alimento. Até mesmo os porcos ficaram chocados com aquele concorrente que lutava desesperadamente por uma porção daquela "lavagem".
Após alguns minutos, o rapaz caiu em si e, olhando para os seus braços empastados de comida de porcos, disse: "Meu Deus, no que eu me tornei! Até mesmo os servos de meu pai têm uma comida mais digna. "Então, ele teve uma ideia genial, recolheu seus pertences e voltou para casa, dizendo. "Eu irei até meu pai e lhe suplicarei para que me empregue como um de seus servos".
Quando ele estava aproximando-se da casa, um dos servos o viu e avisou ao dono da terra. Este vendo a chegada de seu filho, correu até ele e disse: "Meu filho, meu filho, tu estás vivo e com saúde, graças a Deus. "E o rapaz lhe disse, cabisbaixo e humilde: "Meu pai, eu pequei contra Deus e contra ti. Eu não sou digno de ser chamado teu filho, mas, por favor, apenas peço-te que me empregues como um dos teus servos, pois estou passando fome e necessidade. "E o pai, com os olhos marejados de lágrimas, respondeu: "Nunca, nunca, meu filho! Então o pai gritou a todos: "Pessoal, meu filho voltou. Tragam minha melhor túnica par eu vesti-lo, coloquem um anel em sua mão e sapatos em seus pés e tragam um bezerro cevado e matem e assem e vamos comer e festejar."
E a festa entrou noite adentro, enquanto isso o filho mais velho trabalhava no campo. O primogênito retornou tarde da noite. Percebendo o barulho da festa, ele perguntou a um dos servos o que estava acontecendo. E o servo respondeu que seu irmão havia retornado. Impressionado, ele perguntou se seu irmão havia feito fortuna, como prometido. O servo respondeu que não, que ele havia perdido tudo.
Indignado, o filho mais velho foi falar com o pai, neste termo: "Meu pai todos estes anos tenho servido ao senhor e nunca o desobedeci, e o senhor nunca me deu um carneiro que seja, para eu comemorar com meus amigos. Mas tão logo meu irmão volta para casa, aquele que desperdiçou metade de sua fortuna, o senhor mata um bezerro cevado para ele!"E o pai respondeu: "Eu teria feito o mesmo por ti. Filho eu amo a vocês dois e tudo o que me resta é de vocês. E se fosse necessário eu entregaria todos os meus bens e me tornaria um homem pobre, se com isto tu e teu irmão se tornassem homens sábios e de bem. Teu irmão sofreu muito para adquirir sabedoria, mas tu, meu filho, já nasceste sábio".
Emocionado com as palavras do pai, o rapaz abraçou aquele que daria sua vida para que seus filhos fossem sábios e justos. Após o fraterno abraço, o pai disse ao filho: "Venha, meu filho, vamos festejar, pois seu irmão estava morto e renasceu; estava perdido e foi encontrado".
Pai e filho então, entraram felizes para dentro da casa para festejar a volta do filho pródigo.
***
Esta parábola de jesus "O Filho Pródigo", mostra-nos o amor e a misericórdia de Deus, Nosso Pai. Mesmo o filho tendo desperdiçado sua parte da herança com festas degradantes, o pai o perdoou. Nós, também, desperdiçamos o patrimônio Divino, através de um mal viver. Desprezamos, insistentemente, a oportunidade de sermos sábios e homens de bem, alegando mil e uma desculpa. Mas até quando, irmãos, ficaremos no grupo do irmão perdulário, que termina os dias comendo a comida dos porcos por pura invigilância?
Deus, com todo o seu amor, nos permite novas e renovadas oportunidades através da reencarnação, mas muitos a desprezam, tendo que padecer nas zonas de trevas até nova oportunidade. Não seria mais fácil tentar lutar contra os instintos inferiores e buscar a sabedoria que ilumina a traz paz e felicidade?
Por toda a história da humanidade, Deus iluminou o caminho de seus filhos. Primeiro com as revelações de Moisés, depois com os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo e seus enviados e, agora, por fim, com o Advento do Consolador às portas do Terceiro Milênio. Mais do que nunca este é o momento de reflexão e análise, pois a lenda de Adão e Eva se repetirá! Aqueles que insistem em cultuar a "maça do pecado" perderão o paraíso Terra, tendo que seguir suas vidas em um novo mundo de dor e sofrimento. Acordem irmãos! Acordem!
Digo isto àqueles que não se definiram pela direita do Cristo, que é a verdadeira postura cristã. Estamos vivendo a última oportunidade de redenção na Terra, pois ela será herdade pelos da direita do Cristo, sendo que o da esquerda terão que partir. Pensem nisso! De que lado estamos? Pois é isso que definirá nosso futuro por séculos e mais séculos de nosso evolução espiritual.
E não se esqueçam que Deus é amor e perdão. Nunca é tarde para a transformação, desde que seja sincera e de boa vontade, implicando esta conversão no desejo de reconstrução de nossas vidas para a glória de Deus.
- Não quero ser um fanático que prega o Apocalipse, mas aqueles que tenham olhos para ver, que vejam. Uma análise superficial dos acontecimentos que envolvem a nossa humanidade, atualmente, é suficiente para comprovar todas as profecias apocalípticas!
Por isto lhe digo: Acordem! Pois é chegado o momento de separar o joio do trigo, os da esquerda do Cristo dos da direita do Cristo, separar os lobos das ovelhas.
Irmãos, cabe somente a nós decidirmos em que grupo queremos ficar. E não é preciso muito para ficar com o Cristo. Não precisamos virar fanáticos religiosos, precisamos apenas amar e repeitar a todos os nossos semelhantes como se eles fossem nossos irmãos muito amados. E precisamos tornar-nos pessoas melhores em todos os sentidos, resgatando a verdadeira dignidade que esta humanidade há muito perdeu.
Que Jesus abençoe a todos nós, iluminando nossos caminhos e nos trazendo a paz, pois é com ela que encontraremos a estrada que nos leva ao Reino de Luz.
Extraído do livro "A História de um Anjo" - cap 29 A grande despedida - Roger Bottini Paranhos
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