QUEM SOU – DE ONDE VIM – QUE FAÇO AQUI – PARA ONDE
VOU?
Bibliografia
O LIVRO DOS ESPÍRITOS – ALLAN KARDEC – EDI FEB
FILME
QUEM SOMOS NÓS?
REFLEXÃO
A CADA UM CONFORME SEU ENTENDIMENTO?
O aprendizado do homem é feito de duas formas:
através do medo ou através do entendimento.
Nos níveis intelecto-morais inferiores a orientação
educativa é de fora para dentro e necessita vencer toda inércia psíquica do
indivíduo. Uma das formas eficazes neste estágio é o uso do medo. O homem com
medo acua e se submete.
À medida que o conhecimento e o aprendizado
compulsório se desenvolvem a compreensão acompanha. Dá-se inicio a educação
orientada de dentro para fora. Os horizontes se alargam. O Homem começa a enxergar
ao seu redor. Vê o outro ser. Busca entender até chegar ao nível cósmico.
1 PARTE: OBJETIVO DESTA AULA
Esta aula tem por objetivo investigar
filosoficamente qual a nossa origem e o nosso destino. Duas correntes
filosóficas são analisadas, a materialista e a espiritualista. Dentro da espiritualista
há uma divisão maior conforme as doutrinas de cada religião.
2 PARTE: INTRODUÇÃO
O tema desta aula é filosofia pura, investigação
filosófica.
Ao tratarmos do “eu”, a primeira questão que se
formula é a respeito de sua dualidade. Na visão dual, corpo e espírito ( Res
Externa e Res Cogito de Descartes), tanto a Ciência como a Religião fornecem
sua compreensão e a sua conceituação. Este é o campo comum onde elas poderá trocar
as primeiras ideias no sentido de um trabalho em conjunto. A Filosofia pode
auxiliar nessa tarefa de unir esforços em busca de objetivo comum o que seria
salutar para benefício do Homem. Estas áreas vivem tradicionalmente em
conflitos pelo fato de seus integrantes terem fortes preconceitos um em relação
ao outro. Ambos buscam ou se dizem de posse da Verdade. Como não existem duas
Verdades mais cedo ou mais tarde vã desaguar no campo comum.
Os nossos comportamentos são consequência daquilo
que cremos apesar de terem outros comportamentos: Os emocionais e os psíquicos.
Entre estes se encontram: os desejos, os medos e as carências influenciando
significativamente os procedimentos.
A nossa crença tem condições de orientar e até
inibir as emoções e os atos psíquicos (medos, vícios, hábitos).
O assunto desenvolvido nesta aula mostrará como as
atitudes humanas são direcionadas pelo subjetivo, pelo metafísico.
Só por esta razão deduzimos a importância da Religião
no cotidiano e como ela pode harmonizar a vida em sociedade beneficiando a
todos seus integrantes. Ela também proporcionará um equilíbrio em nossos
pensamentos tomando nossas ações mais harmônicas com o conjunto social.
Portanto, as respostas que damos aos questionamentos
metafísicos (quem somos, de onde viemos, que fazemos aqui e para onde vamos)
influem em nossa forma de ser, nosso humor e nossos costumes.
3 PARTE: QUEM SOU
Duas correntes filosóficas se destacam nesta
questão: a Materialista e a Espiritualista.
A corrente Materialista afirma que o “eu” é
exclusivamente matéria e que os pensamentos, vontades, memória e emoções são
todos oriundos dela e se aniquilam com a sua extinção.
Ao admitirmos o “eu” como sendo somente nosso corpo
físico e que os pensamentos são subprodutos oriundos da massa encefálica, não temos
dúvida em saber quem sou eu. Sou o resultante da união de duas sementes, uma
masculina e outra feminina que apresenta um desenvolvimento celular conforme as
leis da genética, as quais se extinguirão com o aniquilamento da vitalidade dos
órgãos. Essa concepção oriunda do materialismo tem fraca aceitação porque ela
se abstém ou mesmo explica de maneira pouco convincente uma série de fenômenos
e acontecimentos da vida cotidiana. Ela se apoia integralmente no ceticismo e
no empirismo através dos cinco sentidos no seu vinculo com o meio ambiente.
A corrente espiritualista (admite a existência de “algo”
além da matéria) considera o Ser Humano como dual: corpo e alma ou corpo e espírito uma construção
psíquica interior que mantém nossa integridade individual.
Essa hipótese é menos concreta por não ser
comprovada por métodos científicos convencionais. Esses métodos, porém são
ineficazes diante de uma série de fenômenos observados. O Ser dual apresenta
uma abrangência muito maior na compreensão do cotidiano. Num raciocínio lógico
e coerente não contraria qualquer lei natural conhecida cientificamente. Amplia
os horizontes do entendimento do se humano. No nosso entender a linha
Espiritualista é a alternativa mais lógica e racional que a materialista por
vários aspectos: emoções, vícios, vontades, sonhos, autodestruição.
Segundo Descartes, nas suas cogitações filosóficas,
o vínculo entre os dois, é a glândula pineal. Ele descreve a Pineal como sendo
o centro de controle do corpo pelo espírito isso já no século XVII.
Ela exerce comando sobre as demais glândulas. É mais
espiritual que material. Produz o hormônio melatonina; é a glândula da
mediunidade.
Enquanto a Ciência se ocupa do corpo material,
temporário e efêmero, a Religião se ocupa da Alma ou do Espírito, duradouro e
eterno.
Estudos desenvolvidos pela Doutrina Espírita
investigam o vínculo dessas duas essências nas seguintes áreas: Epífise ou
Glândula Pineal, terapia de Vidas Pregressas, Intercom e Materializações.
4 PARTE: DE ONDE VIM
Quanto à parte física do “eu”, a Ciência através da
Biologia nos mostra de maneira clara a nossa origem. Desde a formação da
primeira célula seguida de seu desdobramento e formando o embrião, despontando
na vida uterina e evoluindo o nosso corpo com a formação dos órgãos até o
nascimento. Dá sequencia com o crescer do corpo, o desenvolver de todas as
potencialidades orgânicas até o decréscimo das vitalidades com a completa extinção.
Quanto ao espírito do “eu” a Ciência se abstém de qualquer
pronunciamento. Nesta altura entra o papel fundamental das religiões.
Estas, em suas compreensões, doutrinário-filosóficas,
se dividem quanto à origem e a época da gênese do espírito. Muitas admitem o
nascimento do espírito junto com o corpo físico, já outras, afirmam a
preexistência do espírito em relação ao corpo físico. Apesar de essas
concepções serem discutíveis, elas irão influenciar o comportamento dos
indivíduos.
Outra componente polemica que aqui se apresenta é a
figura do Criador. Este é o ponto fundamental de todas as crenças. Deus. Ele é
a causa primeira criadora de tudo quanto há. Este é o ponto nevrálgico: ou se
crê ou não se crê na sua existência. Tanto a prova da sua existência como de
sua inexistência é inviável dentro da metodologia científica. Este assunto será
objeto de aula específica.
A gênese da matéria e da vida é também uma
incógnita para a Ciência Acadêmica, apesar de existirem várias teorias a
respeito.
A gênese do espírito é polemico entre as religiões.
Enquanto umas se afirmam em dogmas (interpretações particulares de Livros
Sagrados) outras buscam seu entendimento de forma mais racional partindo para
investigações de caráter filosófico.
Grande parte dos filósofos da Grécia Antiga
acreditava na existência da Alma e a tinham como um ser imaterial que atuava
sobre o corpo com vida independente dela. Socrates ensinava “o homem é a sua
alma”. Para Platão essa Alma tomava conhecimento da realidade das coisas “o
mundo das ideias” antes de sua existência atual na vida física.
Na filosofia oriental dos livros sagrados da Índia,
o Espírito percorria várias existências reencarnando em corpos que lhes serviam
de vestimenta transitória.
Portanto, o de “onde vim” como espírito, tem uma
série de respostas que estão por demais vinculadas as nossas crenças. A adoção
de uma ou outra resposta tem como pano
de fundo a nossa crença religiosa.
5 PARTE: QUE FAÇO AQUI
Somos todos Espíritos imortais que ocupam
temporariamente o corpo físico para nosso progresso e desenvolvimento
espiritual. Todo ser vivo está sujeito à evolução, que através de vidas
sucessivas favorece a oportunidade de renovação e crescimento com destino à
perfeição: neste e em outros mundos continuaremos a jornada evolutiva, assim
explica a doutrina espírita.
Outro questionamento metafísico e de muitas
controvérsias.
A corrente Espiritualista, com uma visão mais ampla
de mundo, onde o espírito sobrevive à morte do corpo físico tem valores e
comportamentos adversos. O porvir justifica a forma de ser de hoje,
Essa existência torna-se um preparo para a outra ou
outras. Ela se torna objetiva.
Ao nos depararmos com os reveses da vida cotidiana,
os seguidores de cada corrente têm reações diferentes. Enquanto os
materialistas se tornam angustiados e depressivos, os espiritualistas são
amenizados pela força contida em suas crenças.
Com as respostas já presentes, os obstáculos se
tornam facilmente transponíveis. Os desequilíbrios são evitados.
E aqui reside à força da Religião. A Ciência não consegue
solucionar estas crises interiores a não ser via medicamentos que procuram
mudar as dinâmica psíquica.
6 PARTE: PARA ONDE VOU
O término dessa existência sempre é uma incógnita
quando não um pavor para as pessoas.
Aquele que nada crê, o fim é inconcebível e árduo.
As diferentes crenças religiosas têm proposituras
diversas para o nosso porvir. Muitos admitem vida única e colocam duas
alternativas para a posteridade: ou o Éden ou o Inferno perpétuo.
Aos que admitem vidas múltiplas, já tornam esse
futuro de penas, algo temporário, voltando para uma próxima experiência na
carne.
Novamente a Religião dando amparo ao Homem nos seus
conflitos interiores onde a Ciência não consegue acessar. Esta tem seu alcance
limitado ao campo da matéria. A tecnologia não consegue levar o bem-estar ao
íntimo do indivíduo.
O Paraíso, o Nirvana, a Felicidade, o reino de
Deus, o Reino dos Céus é objetivo e todos. O Ser Humano busca e orienta todas
as suas ações no sentido de atingir esse
estado eterno.
7 PARTE: DE ONDE VIM SEGUNDO O LIVRO DOS ESPÍRITOS
O Livro dos Espíritos apresentando um caráter
filosófico não poderia deixar de tratar esses assuntos ontológicos. Vemos nas
questões abaixo as respostas dadas pelos espíritos superiores às perguntas de
Kardec.
Pergunta 77- Os Espíritos são
seres distintos da Divindade, ou serão simples emanações ou porções desta e,
por isto, denominados filhos de Deus?
Pergunta 79- Pois que há
dois elementos gerais no Universo: o elemento inteligente e o elemento
material, poder-se-á dizer que os Espíritos são formados do elemento inteligente,
como os corpos inertes o são do elemento material?
R- “Evidentemente. Os Espíritos são a individualização
do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio
material. A época e o modo por que essa formação se operou é que são
desconhecidos.”
Pergunta 80- A criação dos Espíritos é permanente,
ou só se deu na origem dos tempos?
R- “É permanente. Quer dizer: Deus jamais deixou de criar.”
Pergunta
82- Será certo dizer-se que os Espíritos são
imateriais?
R-
“Como se pode definir uma coisa, quando faltam termos de comparação e com uma
linguagem deficiente? Pode um cego de
nascença definir a luz? Imaterial não é bem o termo; incorpóreo seria mais
exato, pois deves compreender que, sendo uma criação, o Espírito há de ser
alguma coisa. É a matéria quintessenciada, mas sem analogia para vós outros, e
tão etérea que escapa inteiramente ao alcance dos vossos sentidos.”
Dizemos
que os Espíritos são imateriais, porque, pela sua essência, diferem de tudo o
que conhecemos sob o nome de matéria. Um povo de cegos careceria de termos para
exprimir a luz e seus efeitos. O cego de nascença se julga capaz de todas as
percepções pelo ouvido, pelo olfato, pelo paladar e pelo tato. Não compreende
as ideias que só lhe poderiam ser dadas pelo sentido que lhe falta. Nós outros
somos verdadeiros cegos com relação à essência dos seres sobre-humanos. Não os
podemos definir senão por meio de comparações sempre imperfeitas, ou por um esforço
da imaginação.
8 CONCLUSÃO:
O questionamento que todo ser tem sobre o seu
destino,
Entendendemps que entre elas, a Doutrina Espírita
ser aquela que melhor responde aos questionamentos de caráter metafísico.
Alan
Kranbeck
9 PARTE: Próxima aula:
Livro 3 – cap 6 – O PARAISO – A FELICIDADE – O
REINO DE DEUS – O NIRVANA
Leitura:
O LIVRO DAS RELIGIÕES – Jostein Gaarder – Edit Cia
de Bolso
RELIGIÕES DO POVO – Georgio Paleari – AM Edições
RELIGIÕES – CREN;CA E CRENDICES – Urbano Zilles -
Edipucrs
site ifevale
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