Não há efeito sem causa: o nada poderia produzir coisa
alguma. Estão aí verdades incontestáveis. Ora, como se verifica em cada um de
nós a existência de forças, de potências que não podem ser consideradas com
materiais, há necessidade, para explicar a sua causa, de remontar a outra origem
além da matéria, a esse principio que designamos por alma ou Espírito.
Penetrando nos recessos mais íntimos do nosso ser encontramo-nos
em face de princípios augustos, sem os quais não há grandezas para a
Humanidade: o amor do bem, o sentimento da justiça e do progresso. Esses princípios,
que se encontram em graus diversos, no ignorante do mesmo modo que no homem de
gênio, não podem proceder da matéria, que está desprovida de tais atributos.
Devemos antes considerá-lo como reflexos duma alta e pura
luz que brilha em cada um de nós, do mesmo modo que o Sol se reflete sobre as
águas, estejam elas turvas ou límpidas.
Sentimos, amamos, possuímos a consciência, a vontade e a razão,
e precederíamos duma causa que não possui essas qualidades em nenhum grau, duma
causa que não sente, não ama, sem conhecer coisa alguma, que é cega e muda! Superiores
à força que nos produz, seriamos mais perfeitos e melhores do que ela.
O homem participa de duas naturezas. Pelo seu corpo, pelos
seus órgãos deriva-se da matéria; pelas suas faculdades intelectuais e morais,
procede do Espírito.
extraído da aula de Filosofia Espírita -site Ifevale
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