Em fases embrionárias ou infantis da vida no cosmos, é necessária a polaridade, a visão dualista do mundo, a fim de que os seres se situem no contexto educativo da vida e administrem a possibilidade de escolher.
O bem e o mal, dessa forma, aparecem no cenário do mundo como as trevas em relação à luz, o caos em relação à ordem.
Durante a fase infantil da evolução anímica, é preciso a existência dos contrastes para que o ser compreenda a real grandeza do caminho do bem.
Mesmo assim, suas escolhas foram previstas pela Onisciente Sabedoria, que dispõe de leis para regular o processo educativo de seus filhos.
Surge então, no cenário do mundo, o elemento dor, necessariamente vinculado à própria manifestação da lei que regula os efeitos em relação com as causas.
A dor assume um papel importante na vida orgânica do universo.
A lei que a regula em sua intensidade foi propositadamente gerada pela mente do Todo-Poderoso.
Dor e sofrimento são recursos inseridos no próprio programa de desenvolvimento do cosmos a fim de regular as ações das criaturas e marcar a necessidade de retorno do caos aparente para a ordem real.
Toda vez que algum ser ou alguma parte do universo tende ao caos ou à desarmonia, a dor e o sofrimento surgem como forças dinâmicas que atuam em sentido educativo e coercitivo, orientando a parte desarmônica para o sentido pleno da vida — a ordem e a harmonia.
A dor traz em si mesma, implícita em sua própria existência, uma lei de autoextermínio.
Ou seja, a dor consome- se a si mesma, tão logo o ser se adapte à rota do bem, da ordem e da equidade.
Tudo isso foi previsto pela onisciência do Todo-Poderoso.
Conhecendo com antecedência as escolhas, os acertos e desacertos de seus filhos, antes mesmo de serem criados, estatuiu as leis morais, para que pudessem regular as relações e as decisões, de forma que ninguém se perca na caminhada.
As leis morais, juntamente com as leis físicas, servem como prova para todas as criaturas de que existe um planejamento oculto, um direcionamento de cada ser, cada situação, para um fim determinado, e de que é impossível que alguém ou algum ser, em qualquer parte do universo, aja ou
escolha um caminho contrário à lei de Deus.
Toda vez que, na visão limitada e estreita do homem terrestre, o ser escolhe um caminho equivocado, produzindo o mal, a lei geral da harmonia entra em ação, e surge a dor como elemento reparador e educador, orientando o ser para a readaptação.
O processo da vida orgânica do mundo contém em si todos os recursos de forma a regular os atos morais da criatura, e, assim, onisciência e providência divinas convivem com absoluta perfeição, orientando o universo moral.
A Suprema Sabedoria dispôs o universo como berço da vida.
Galáxias, sóis, planetas, poeira estelar existem unicamente com a finalidade de aconchegar a vida.
Tudo foi disposto com objetivos definidos.
Assim, cada ser minúsculo do vosso mundo, cada criatura, verme, vírus ou outra qualquer forma de vida existem para o perfeito equilíbrio do ecossistema da vida universal.
Diante da complexidade e da variedade da vida no mundo, a única forma de vida que, ao manifestar-se, pode usufruir e entrar em relação direta com as outras formas de vida, interferir, criar, destruir, amar, odiar, sentir e raciocinar é a forma inteligente.
Todos os outros seres que antecedem o homem na escala evolutiva estão na condição de ensaios da vida.
O ser inteligente é o único capaz de transformar e autotransformar-se, com consciência, e direcionar-se inteligentemente nas múltiplas escolhas que a Suprema Lei faculta aos seres.
A Suprema Inteligência, ao estatuir as leis do universo, insuflou nas próprias leis a condição de que os seres criados as descobrissem e compreendessem.
Organizou o universo como um sistema orgânico em que mundos e sóis funcionassem à semelhança de subsistemas.
Sociedades de espíritos, de seres inteligentes ou não, biosferas, culturas e mundos são diretamente influenciados pelas criaturas pensantes, que provocam com suas escolhas as reações que desencadeiam as transformações ocorridas no mundo.
O homem é o agente de Deus para a evolução do próprio universo. As leis físicas, espirituais e morais foram formadas e elaborações de tal maneira, que o próprio ser possa provocar, acelerar ou dinamizar as transformações sociais, políticas, filosóficas, religiosas, evolutivas ou biológicas, alterando profundamente o ecossistema universal.
Qualquer que seja sua escolha, na finalidade do processo em que se situa, o homem sempre estará participando ativamente do aperfeiçoamento da vida.
Ao atuar fisicamente no mundo, influenciando-o com suas escolhas de uma forma negativa, entram em ação as leis físicas, imediatamente, que ativarão suas defesas para recuperar e reorganizar a parte em conflito.
Da mesma maneira, quando o indivíduo atua no universo moral, também devido às suas escolhas, influenciando de forma equivocada o contexto em que se situa, as leis morais determinarão elementos reparadores para sua reeducação.
De qualquer ângulo que se observe, seja pela disposição material, física, moral ou religiosa em que todas as coisas possam se manifestar, não há como excluir a ideia de Deus, de uma Consciência Organizadora, idealizadora e diretora de tudo o que existe.
Por trás de tudo, está Deus; tudo o que existe está mergulhado e existe em Deus, nada pode ser concebido fora de Deus. Essa é a realidade primeira e última da criação. Deus está sempre presente na criação, mas não é a própria criação. O Criador não se confunde com a criatura. Deus simplesmente é.
Gestação da Terra – Robson Pinheiro [pelo espírito Alex Zarthu] cap 1 Deus
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