A vontade é a maior de todas as potencialidades da alma.
Sua ação é comparável a de um imã.
A vontade de viver desenvolve em nós a vida.
Atrai-nos novos recursos vitais.
A vontade de evoluir oportuniza-nos chances de crescimento e de progresso.
O uso persistente e tenaz dessa faculdade soberana permite-nos modificar nossa natureza, vencer todos os obstáculos.
É pela vontade que dirigimos nossos pensamentos para alvos determinados.
Na maior parte dos homens os pensamentos flutuam sem cessar.
Essa mobilidade constante impossibilita a ação eficaz da vontade.
É necessário saber concentrar-se, sintonizando com as esferas superiores e com as nobres aspirações.
A vontade pode agir tanto durante o sono quanto durante a vigília.
Isso porque a alma valorosa que, determinada, busca alcançar um objetivo na vida procura-o com tenacidade em todos os momentos da vida.
Funciona como uma correnteza poderosa e constante que mina devagar e silenciosamente todos os obstáculos que se apresentem.
Se o homem conhecesse a extensão dos recursos que nele germinam, ficaria deslumbrado.
Não mais temeria o futuro, tampouco se julgaria fraco.
Compreenderia sua força e acreditaria na possibilidade de ele próprio alterar seu presente e seu futuro.
O poder da vontade é ilimitado.
O homem consciente de si mesmo e de seus recursos latentes sente crescer suas forças na razão de seus esforços.
Sabe que tudo o que de bem e bom desejar há de, mais cedo ou mais tarde, realizar-se.
É consolador e belo poder dizer: “Sou uma inteligência e uma vontade livres. Edifico lentamente minha individualidade e minha liberdade.
Conheço a grandeza e a força que existem em mim.
Hei de amparar-me nelas e elevar-me acima de todas as dificuldades.
Vencerei até mesmo o mal que existe em mim.
Hei de me desapegar de tudo que me acorrenta às coisas grosseiras e levantar vôo para realidades mais felizes.
Para frente, sempre para frente.
Tenho um guia seguro que é a compreensão das leis da vida.
Aprendi a conhecer-me, a crer em mim e a crer em Deus.
Hei de me conservar firme na vontade inabalável de enobrecer-me e elevar-me.
Atrairei, com o auxílio de minha inteligência, riquezas morais e construirei para mim uma personalidade melhor.”
É chegada a hora de despertar do pesado sono que nos envolve.
É necessário rasgar o véu da ignorância que nos prejudica o entendimento.
Cabe-nos aprender a conhecer a nós próprios e as nossas potencialidades.
Compete-nos utilizá-las.
Não nos entreguemos ao desespero.
Não nos julguemos fracos.
Basta-nos querer para sentirmos o despertar de forças até então desconhecidas.
Creiamos em nossos destinos imortais.
Creiamos em Deus.
Lembremo-nos: podemos ser o que efetivamente quisermos.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base na terceira parte, item XX, do livro “O problema do ser, do destino e da dor”, de Léon Den
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