Viktor Frankl, o eminente psiquiatra vienense, devido ao fato de ser judeu, foi perseguido e preso em campos de concentração, na Alemanha nazista. A esposa grávida, seus pais e irmãos pereceram nestes campos. Entretanto, o desafortunado homem sobreviveu e, estando em situação de completa fragilidade, buscou, acima das dores, um sentido para seu sofrimento.
Quando conseguiu a liberdade, lutou por divulgar suas percepções. Frankl passou a ensinar que o sentido da vida pode ser encontrado por uma pessoa através de três caminhos:
O primeiro diz respeito ao exercício de um trabalho que seja importante, ou a realização de um feito, uma missão, que dependa de seus conhecimentos e de sua ação, e que faça com que a pessoa se sinta responsável pelo que faz; o segundo caminho é o do amor a uma pessoa ou a uma causa, uma ideia, o que estabelece uma responsabilidade para com a pessoa amada ou à causa defendida e, por último, quando diante de um sofrimento inevitável, assumir uma postura de buscar um significado e utilidade para a dor, pois através da experiência cada pessoa pode contribuir para a vida de outras pessoas.
Afirmou ele que “dentro de cada um de nós há celeiros cheios onde nós armazenamos a colheita da nossa vida. O significado está sempre lá, como celeiros cheios de valiosas experiências. Quer sejam as ações que fizemos, ou as coisas que aprendemos, ou o amor que tivemos por alguém, ou o sofrimento que superamos com coragem e resolução, cada um destes eventos traz sentido à vida. Realmente, suportar um destino terrível com dignidade e compaixão pelos outros é algo extraordinário. Dominar seu destino e usar seu sofrimento para ajudar os outros é o mais alto de todos os significados para mim”. (FRANKL, 1985). Espírito valoroso, soube ouvir e entender a dor, retirando dela o que tinha de melhor.
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