Quem são os dragões?É a mais antiga comunidade da maldade que se organizou socialmente nas regiões chamadas subcrostais ou submundo astral. Segundo o romance, ela existe há 10 mil anos.Essa comunidade, administrada por inteligências do mal, criou a Cidade do Poder e sua hierarquia é composta pelos “dragões” legionários, justiceiros e conselheiros. São espíritos que fazem o mal intencionalmente.
Tudo começou, como com Lúcifer e uma multidão de insatisfeitos degredados de outros orbes. Eles
contribuíram com o progresso da Terra e se achavam injustiçados com os resultados espirituais de suas atitudes, queriam privilégios.
A Casta dos Justiceiros, pouco a pouco, aperfeiçoou-se e surgiram os dragões legionários, os dragões justiceiros e os dragões conselheiros, ordem que se mantém até hoje.
Nessa hierarquia, os dragões legionários são os generais. Alguns deles não reencarnam há pelo menos 5.000 anos, cumprindo com os mais altos postos da ordem. Temos os dragões justiceiros ou ministros. E temos os dragões aspirantes, que são os conselheiros.
Cada ministro chefia mil conselheiros ou dragões aspirantes, graduando-se, assim, ao posto de legionário. Existem mil cargos desse nível, totalizando 1 milhão de dragões legionários - governantes da Cidade do Poder. Chama-se de dragão soberano ou legionário soberano quem chefia esse milhão de dragões. É, por assim dizer, o comandante da Cidade do Poder. Mais conhecido como Lúcifer, um título de reconhecimento e grandeza perante a casta em homenagem ao dragão-mor que deu origem à casta.
São extremamente rígidos nesse processo hierárquico. Se perderem um componente, logo o substituem. E as graduações - raras - ocorrem principalmente em razão das reencarnações em "missões especiais" na Terra ou por traições que redundam em castigos inenarráveis.
Como temos sete cidades principais desse porte, calcula-se um número em torno de 7 milhões de almas nos alicerces da maldade organizada dos dias atuais. São as sete maiores e mais antigas que patrocinam o mal na Terra. Não são as únicas existentes.
Nesse jogo do poder entre as sete facções, Lúcifer, como hábil manipulador, manteve as rédeas dos dragões legionários, que até hoje são seus escudeiros fiéis, ocupando cargos de destaque em cada
uma das cidades. Se ocorre vaga no cargo, logo promovem outro, e nunca ultrapassam essa marca. Cada local, conforme sua função, adota terminologias próprias. Por exempio, na cidade do prazer, os
justiceiros são chamados de servos de Baco ou dragões da luxúria.
Pelo menos 300 milhões de mentes estão envolvidas com esses sete sítios da loucura hierarquizada, divididos entre mandantes e comandados, espíritos conscientes e inconscientes de seu processo
espiritual. Cada qual conta com uma governadoria, conforme suas características específicas, dentro dos objetivos nefandos a que atendem. (Esse número, segundo dona Modesta, cresceu pelo menos dez vezes até a virada do milênio e continua ascendente.)
Egito Antigo, Cruzadas, Templários, Inquisição, Noite de São Bartolomeu formam alguns dos reflexos das trevas sob tutela dos dragões abismais, que cada dia mais buscam possuir as rédeas da Terra em suas mãos. Os justiceiros são os mesmos soldados de deus da Idade Média cujo objetivo era defender a mensagem do Cristo.
Todavia, a maldade é frágil e instável. As hordas que ergueram a polis do mal começaram a digladiar entre si. Podem ser disciplinados, mas não sabem ser éticos. A vinda do Cristo ao mundo foi a segunda grande derrota na concepção dos asseclas de Lúcifer. Fragilizados por não conseguirem impedir a vinda de Jesus, criaram cisões e se enfraqueceram.
O próprio Mestre enfrentou Lúcifer no deserto por quarenta dias e noites. Essa batalha de que os homens nem sequer imaginam as nuances mudou o destino de toda a humanidade.("E ali esteve no deserto quarenta dias, tentado por Satanás. E vivia entre as feras, e os anjos o serviam." - Marcos, 1:13)
Acordos e iniciativas foram feitos nessa oportunidade para postergar estratégias nefandas de assenhoreamento da mensagem do Cristo. Ainda assim, a política aprisionou a religião pura no catre
da ignorância espiritual e substituiu os valores da simplicidade pelo personalismo desenfreado. Surgiu uma igreja que em nada remete à mensagem de amor e libertação trazida por Jesus.
As cisões em tais hostes da maldade renderam mais seis cidades que, de alguma forma, por razões de interesse, mantiveram alguns laços em comum para atingir o objetivo maior de hegemonia do orbe.
Assim, dentro da mesma plataforma de exploração da inferioridade moral dos homens, nos últimos 15.000 anos, surgiu, em sete linhas distintas, o poderio da maldade descentralizada na seguinte ordem cronológica:
O poder, cujo núcleo é o apego e a arrogância.
O prazer, envolvendo as ilusões da fisiologia carnal.
A vaidade, explorando o individualismo.
A violência, voltada para vampirizar pela agressividade e pelo ódio.
A mentira, insuflando a hipocrisia nas intenções.
A descrença, fragilizando a fé nos corações e criando a sensação de abandono e impotência.
A doença, incendiando o corpo de dor.
Juntas, formam a causa moral de todos os males do planeta em todos os tempos e latitudes.
Extraído do livro Os Dragões - Espírito Maria Modesto Cravo - psicogr/ Wanderley Oliveira.
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