Texto auxiliar de estudo de A Gênese, cap. III O bem eo mal.
O bem que deixes de
fazer, podendo fazê-lo, é um grande mal que fazes.
Quando convidado a
informar sobre alguém, referes-te ao seu lado positivo, dando oportunidade ao
outro para renovar as suas paisagens íntimas infelizes, sem o constrangimento
de saber que os demais estão inteirados das suas dificuldades.
Se alguém agir mal em
referência a ti, inutilmente passarás o acontecimento adiante.
Muito ajuda aquele
que não divulga as mazelas do próximo.
Hábito salutar se
deve impor o cristão para o feliz desiderato, na comunidade em que realiza as
suas experiências evolutivas: policiar a palavra.
Infelizmente, a invigilância
em relação ao verbo tem sido responsável por muitos dissabores e conflitos que
não se justificam. Aliás, coisa alguma constitui desculpa honesta para
contendas e perturbações.
A civilização e a
cultura, engendrando os valores éticos da educação, constituem eficientes
recursos para que o homem se liberte das paixões inferiores que geram
desforços, agressões, pelejas, através dos quais resvala, inexoravelmente, de
retorno às expressões primitivas, que já deveria haver superado.
Toda interpelação
agressiva, qualquer verbete ferinte, cada reação violenta constitui ingrediente
para a combustão do ódio e a semeação nefasta da amargura.
Útil quão urgente o
esforço pela preservação da paz íntima, mesmo quando concitado ao desvario ou
diretamente chamado ao desforço pessoal.
Dos hábitos mentais —
suspeita, ciúme, inveja, animosidade, fixação —, como dos condicionamentos
superiores pelo exercício do pensamento — reflexão, prece, humildade,
auto-exame — decorrem as atitudes, quando se é surpreendido pela agressividade
ou perseguido pela antipatia espontânea de alguém, em si mesmo inditoso.
Reagirás sempre,
conforme cultives o pensamento.
Falarás e agirás
conforme as aquisições que armazenares nos depósitos mentais, através das
ocorrências do cotidiano.
Assim, atenta, quanto
possível, para os valores dignificantes do teu próximo, exercitando-te nas
visões relevantes e contribuirás com expressivos recursos em favor da economia
de uma Terra feliz por que aspiras na vivência contínua do bem sempre.
Leis Morais, cap. 50 – Joanna de Ângelis – Divaldo Pereira
Franco
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