A Gênese.
O Livro dos Espíritos, livro 1o cap.I.
Estudos Espírtas cap. 1. - Joanna de Ângelis - Divaldo Pereira Franco.
Segue-me -"Do lado de Deus" - Emmanuel - F.C.X.
Caminho, Verdade e Vida "Dadivas espirituais"- Emmanuel - F.C.X.
Emmanuel, cap. XV e XXXI - Emmanuel - F.C.X.
A Caminho da Luz, cap. XXIV - Emmanuel - F.C.X.
Estude e Viva Cap, 3 "Em todos os Caminhos" "Prescreições Sempre Novas"
O Consolador, questões 27,218 e 224 Emmanuel - F.C.X.
C O N C L U S Ã O: Caráter da Revelação item 1 a 6
Todas as ciências que Nos fazem conhecer os mistérios da Natureza são revelações. Pode-se dizer que há para a Humanidade uma revelação incessante. E o Espiritismo? Pode ser considerado uma revelação? Neste caso, qual o seu caráter? E os grandes reveladores da humanidade? Quem são? De onde vieram o seu conhecimento?
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO
a) Quais os requisitos para que um ensinamento possa ser considerado uma revelação?
R - O vocábulo revelação deriva do termo latino revelare, que significa sair de sob o véu e, em linguagem figurada, descobrir, dar a conhecer uma coisa secreta ou desconhecida. Em sua acepção genérica, todas as ciências que nos trazem o conhecimento de ideias até então ignoradas e que nos põe em contato com o que não sabíamos podem ser consideradas revelações. Há, sob esse aspecto, para a humanidade, uma revelação incessante.
Para que um ensinamento possa ser considerado uma revelação faz-se mister que sua característica essencial seja a verdade e que esta verdade seja até então desconhecida. Revelar um segredo é tornar conhecido um fato. Se é falso, já não há um fato e, consequentemente, não existe revelação. Toda revelação desmentida pelos fatos não pode emanar de Deus, pois Deus não se engana nem mente. Há que ser, assim, considerada produto de uma concepção humana.
b) O Espiritismo pode ser considerado uma revelação? Por quê?
R - Tendo trazido à humanidade o conhecimento acerca das leis que regem o mundo espiritual e suas relações com o mundo material, que eram até então desconhecidas, o Espiritismo preenche todos os requisitos para ser considerado uma revelação. Mostra a realidade da nossa natureza espiritual, revelando ao homem o que ele é, de onde vem, o que faz na Terra e para onde vai após a morte do corpo físico. Revela a existência de uma vida espiritual em uma outra dimensão, paralela ao mundo físico, da qual o homem tinha tão somente um vago conhecimento.
c) Como entender, à luz do Espiritismo, os chamados "homens de gênios"?
R - Para as doutrinas materialistas, os chamados "homens de gênio" receberam, por acaso, matéria cerebral em maior quantidade e de melhor qualidade, daí serem melhores dotados de inteligência que os demais. Para alguns espiritualistas, representados pelas diversas correntes religiosas que há muito predominam, Deus teria concedido a esses homens uma alma mais favorecida do que aos homens comuns, levando-nos a admitir uma Divindade parcial e injusta, pois privilegiaria algumas de suas criaturas. Ambas as hipóteses levam à conclusão de que nenhum mérito possuem esses homens, pois teriam sido privilegiados pela matéria ou pelo Criador.
O Espiritismo, no entanto, demonstra que a única explicação lógica e racional, condizente com os atributos de justiça da Divindade, está na preexistência do espírito que encarna nesta condição e na pluralidade das vidas sucessivas. Os "homens de gênio", explica Kardec, são espíritos que melhor têm aproveitado o tempo vivido, adquirindo mais conhecimentos e progredindo mais do que os que estão menos adiantados. Ao reencarnarem, trazem o seu saber, que é fruto de seu trabalho e não de um privilégio material ou divino. Antes de renascer como homem de gênio, já era um espírito de adiantada evolução. Reencarna para fazer com que os outros aproveitem do que ele já sabe e para adquirir novos conhecimentos. A fim de possibilitar que os mais adiantados possam auxiliar os que se encontram mais atrasados é que Deus envia a todos os povos, em épocas diversas, esses homens de gênio, impulsionando-os ao progresso e os tirando da inércia, como o estudante em relação ao professor.
d) Quem são e qual o papel dos espíritos que encarnam como reveladores?
R - Os espíritos que encarnam como reveladores, são aqueles tratados por Kardec como "homens de gênios", que, como vimos, caracterizam-se pela superioridade de conhecimentos. Vêm à Terra com o papel de ensinarem verdades que os homens ignoram e que ainda ignorariam durante muito tempo, se tivessem que aprender por si mesmos, a fim de lhes dar um impulso para que possam se elevar mais rapidamente. O que de novo ensinam aos homens, quer sejam ensinamentos de ordem física, quer de ordem filosófica, é que se constitui uma revelação. Deus, de tempos em tempos, envia à Terra esses reveladores como seus missionários, para revelarem à humanidade não apenas verdades científicas como também verdades morais, indispensáveis ao progresso do homem.
Todas as ciências que Nos fazem conhecer os mistérios da Natureza são revelações. Pode-se dizer que há para a Humanidade uma revelação incessante. E o Espiritismo? Pode ser considerado uma revelação? Neste caso, qual o seu caráter? E os grandes reveladores da humanidade? Quem são? De onde vieram o seu conhecimento?
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO
a) Quais os requisitos para que um ensinamento possa ser considerado uma revelação?
R - O vocábulo revelação deriva do termo latino revelare, que significa sair de sob o véu e, em linguagem figurada, descobrir, dar a conhecer uma coisa secreta ou desconhecida. Em sua acepção genérica, todas as ciências que nos trazem o conhecimento de ideias até então ignoradas e que nos põe em contato com o que não sabíamos podem ser consideradas revelações. Há, sob esse aspecto, para a humanidade, uma revelação incessante.
Para que um ensinamento possa ser considerado uma revelação faz-se mister que sua característica essencial seja a verdade e que esta verdade seja até então desconhecida. Revelar um segredo é tornar conhecido um fato. Se é falso, já não há um fato e, consequentemente, não existe revelação. Toda revelação desmentida pelos fatos não pode emanar de Deus, pois Deus não se engana nem mente. Há que ser, assim, considerada produto de uma concepção humana.
b) O Espiritismo pode ser considerado uma revelação? Por quê?
R - Tendo trazido à humanidade o conhecimento acerca das leis que regem o mundo espiritual e suas relações com o mundo material, que eram até então desconhecidas, o Espiritismo preenche todos os requisitos para ser considerado uma revelação. Mostra a realidade da nossa natureza espiritual, revelando ao homem o que ele é, de onde vem, o que faz na Terra e para onde vai após a morte do corpo físico. Revela a existência de uma vida espiritual em uma outra dimensão, paralela ao mundo físico, da qual o homem tinha tão somente um vago conhecimento.
c) Como entender, à luz do Espiritismo, os chamados "homens de gênios"?
R - Para as doutrinas materialistas, os chamados "homens de gênio" receberam, por acaso, matéria cerebral em maior quantidade e de melhor qualidade, daí serem melhores dotados de inteligência que os demais. Para alguns espiritualistas, representados pelas diversas correntes religiosas que há muito predominam, Deus teria concedido a esses homens uma alma mais favorecida do que aos homens comuns, levando-nos a admitir uma Divindade parcial e injusta, pois privilegiaria algumas de suas criaturas. Ambas as hipóteses levam à conclusão de que nenhum mérito possuem esses homens, pois teriam sido privilegiados pela matéria ou pelo Criador.
O Espiritismo, no entanto, demonstra que a única explicação lógica e racional, condizente com os atributos de justiça da Divindade, está na preexistência do espírito que encarna nesta condição e na pluralidade das vidas sucessivas. Os "homens de gênio", explica Kardec, são espíritos que melhor têm aproveitado o tempo vivido, adquirindo mais conhecimentos e progredindo mais do que os que estão menos adiantados. Ao reencarnarem, trazem o seu saber, que é fruto de seu trabalho e não de um privilégio material ou divino. Antes de renascer como homem de gênio, já era um espírito de adiantada evolução. Reencarna para fazer com que os outros aproveitem do que ele já sabe e para adquirir novos conhecimentos. A fim de possibilitar que os mais adiantados possam auxiliar os que se encontram mais atrasados é que Deus envia a todos os povos, em épocas diversas, esses homens de gênio, impulsionando-os ao progresso e os tirando da inércia, como o estudante em relação ao professor.
d) Quem são e qual o papel dos espíritos que encarnam como reveladores?
R - Os espíritos que encarnam como reveladores, são aqueles tratados por Kardec como "homens de gênios", que, como vimos, caracterizam-se pela superioridade de conhecimentos. Vêm à Terra com o papel de ensinarem verdades que os homens ignoram e que ainda ignorariam durante muito tempo, se tivessem que aprender por si mesmos, a fim de lhes dar um impulso para que possam se elevar mais rapidamente. O que de novo ensinam aos homens, quer sejam ensinamentos de ordem física, quer de ordem filosófica, é que se constitui uma revelação. Deus, de tempos em tempos, envia à Terra esses reveladores como seus missionários, para revelarem à humanidade não apenas verdades científicas como também verdades morais, indispensáveis ao progresso do homem.
C O N C L U S Ã O: Caráter da
revelação item 7 a 10
Uma revelação se diz religiosa quando trata, mais particularmente, das coisas espirituais que o homem não pode descobrir por meio da inteligência, nem com o auxílio dos sentidos. Todas as religiões tiveram seus reveladores. Pode haver revelações sérias e verdadeiras como apócrifas e mentirosas. Só os Espíritos puros recebem a palavra de Deus com a missão de transmiti-la. Mas sabe-se hoje que nem todos os Espíritos são perfeitos e que existem muitos que se apresentem sob falsas aparências, o que levou João a dizer: «Não acrediteis em todos os Espíritos; vede antes se os Espíritos são de Deus.» (1ª Carta, cap. IV, v. 4).
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO
a) No sentido religioso, qual a característica de uma revelação?
R - Como vimos no capítulo anterior, o vocábulo revelação significa sair de sob o véu e é utilizado no sentido de descobrir, de dar a conhecer uma coisa secreta ou desconhecida. As ciências terrenas, materialistas, de tempos em tempos, trazem-nos revelações acerca das leis e forças que regem a matéria, como o fazem a Astronomia, a Geologia, a Física e a Química, dentre outras. No sentido religioso, contudo, o que caracteriza uma revelação é a sua natureza espiritual. Uma revelação de caráter religioso diz sempre respeito às coisas espirituais, que o homem não pode descobrir por meio da inteligência nem com o auxílio dos sentidos. O conhecimento destas coisas é permitido por Deus e é sempre feita à humanidade por intermédio de homens predispostos, seus mensageiros, considerados profetas ou messias, quer por meio da palavra direta, quer pela inspiração. Provindo de uma fonte infinitamente sábia e justa, a revelação, neste caso, implica em aceitação absoluta, sem verificação, exame nem discussão.
b) Pode o homem receber diretamente de Deus uma revelação?
R - Kardec explica que é possível ao homem receber diretamente da Divindade uma revelação, dando a entender que esta hipótese não contraria as Leis Naturais. Todavia, ressalta que nenhuma prova há neste sentido. O que não podemos duvidar é que há Espíritos que, pela elevação já alcançada, encontram-se mais próximos de Deus, o que lhes permite assimilar os seus pensamentos para transmiti-los aos homens. Quando se trata de um revelador encarnado, pode ele tirar dos seus próprios conhecimentos o ensinamento a ser revelado ou recebê-lo de Espíritos mais elevados, mensageiros diretos de Deus.
É, pois, segundo Kardec, correto dizer-se que quase todos os reveladores são médiuns inspirados, audientes ou videntes, o que não significa que todos médiuns sejam reveladores. Daí, entretanto, não se deve concluir que todos os médiuns sejam reveladores nem, muito menos, intermediários diretos da Divindade ou dos seus mensageiros.
Uma revelação se diz religiosa quando trata, mais particularmente, das coisas espirituais que o homem não pode descobrir por meio da inteligência, nem com o auxílio dos sentidos. Todas as religiões tiveram seus reveladores. Pode haver revelações sérias e verdadeiras como apócrifas e mentirosas. Só os Espíritos puros recebem a palavra de Deus com a missão de transmiti-la. Mas sabe-se hoje que nem todos os Espíritos são perfeitos e que existem muitos que se apresentem sob falsas aparências, o que levou João a dizer: «Não acrediteis em todos os Espíritos; vede antes se os Espíritos são de Deus.» (1ª Carta, cap. IV, v. 4).
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO
a) No sentido religioso, qual a característica de uma revelação?
R - Como vimos no capítulo anterior, o vocábulo revelação significa sair de sob o véu e é utilizado no sentido de descobrir, de dar a conhecer uma coisa secreta ou desconhecida. As ciências terrenas, materialistas, de tempos em tempos, trazem-nos revelações acerca das leis e forças que regem a matéria, como o fazem a Astronomia, a Geologia, a Física e a Química, dentre outras. No sentido religioso, contudo, o que caracteriza uma revelação é a sua natureza espiritual. Uma revelação de caráter religioso diz sempre respeito às coisas espirituais, que o homem não pode descobrir por meio da inteligência nem com o auxílio dos sentidos. O conhecimento destas coisas é permitido por Deus e é sempre feita à humanidade por intermédio de homens predispostos, seus mensageiros, considerados profetas ou messias, quer por meio da palavra direta, quer pela inspiração. Provindo de uma fonte infinitamente sábia e justa, a revelação, neste caso, implica em aceitação absoluta, sem verificação, exame nem discussão.
b) Pode o homem receber diretamente de Deus uma revelação?
R - Kardec explica que é possível ao homem receber diretamente da Divindade uma revelação, dando a entender que esta hipótese não contraria as Leis Naturais. Todavia, ressalta que nenhuma prova há neste sentido. O que não podemos duvidar é que há Espíritos que, pela elevação já alcançada, encontram-se mais próximos de Deus, o que lhes permite assimilar os seus pensamentos para transmiti-los aos homens. Quando se trata de um revelador encarnado, pode ele tirar dos seus próprios conhecimentos o ensinamento a ser revelado ou recebê-lo de Espíritos mais elevados, mensageiros diretos de Deus.
É, pois, segundo Kardec, correto dizer-se que quase todos os reveladores são médiuns inspirados, audientes ou videntes, o que não significa que todos médiuns sejam reveladores. Daí, entretanto, não se deve concluir que todos os médiuns sejam reveladores nem, muito menos, intermediários diretos da Divindade ou dos seus mensageiros.
c) Qual a diferença entre uma revelação divina e as leis humanas?
R - O caráter essencial de uma lei revelada pela Divindade é o da eterna verdade. Sendo Deus a sabedoria plena, uma revelação eivada de erros ou sujeita a modificações não pode Dele emanar. A lei do Decálogo recebida por Moisés, por exemplo, tem todos os caracteres de sua origem divina, pois perfeitas e até hoje acatadas pela humanidade. Jesus veio confirmá-las e dar-lhes cumprimento. O mesmo não se pode dizer das demais leis moisaicas, expedidas pelo legislador hebreu para disciplinar um povo ainda brutalizado. Eram leis fundamentalmente transitórias, que, em muitas ocasiões, contrariavam a Lei do Sinai. Eram obra pessoal e política daquele legislador e, desse modo, leis de natureza humanas. À medida que aquele povo foi evoluindo, os costumes foram abrandados, o uso da violência diminuindo e essas leis, por si mesmas, caindo em desuso. Sendo assim, a diferença entre uma lei de revelação divina e uma de autoria humana é que a primeira traz uma verdade definitiva, inquestionável, ao passo que segunda, provindo de uma fonte imperfeita, como o homem, carece de perfeição, sendo, pois, meramente transitória, refletindo os costumes da época.
C O N C L U S Ã O Caráter da
revelação item 11 a 18
É antigo o conhecimento da possibilidade de nos comunicarmos com os seres do mundo espiritual. No entanto, até o surgimento do Espiritismo, esse conhecimento ficou sem proveito para a Humanidade, pois a ignorância das leis que regem as relações entre esses dois planos levou o homem à superstição, incapaz de tirar daí qualquer dedução salutar. Estava reservado ao Espiritismo desembaraçá-lo de crenças ridículas, fazendo surgir a luz destinada a clarear-lhe o caminho do futuro.
É antigo o conhecimento da possibilidade de nos comunicarmos com os seres do mundo espiritual. No entanto, até o surgimento do Espiritismo, esse conhecimento ficou sem proveito para a Humanidade, pois a ignorância das leis que regem as relações entre esses dois planos levou o homem à superstição, incapaz de tirar daí qualquer dedução salutar. Estava reservado ao Espiritismo desembaraçá-lo de crenças ridículas, fazendo surgir a luz destinada a clarear-lhe o caminho do futuro.
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO
a) Por que o Espiritismo pode ser considerado uma revelação científica?
R - O Espiritismo é também uma revelação científica por terem seus ensinamentos sido recebidos através de um trabalho de observação e de pesquisa realizado por Allan Kardec. Sua doutrina não foi ditada completa nem impingida como crença cega.
Ao contrário, é deduzida pelo trabalho de observação dos fatos, tendo se submetido à experimentação os ensinamentos e instruções que os Espíritos Superiores transmitiram. Caracteriza-se, ainda, como revelação científica, por dar a conhecer à humanidade o mundo invisível que a cerca e no meio do qual vive sem que o suspeitasse, assim como as leis que o regem, suas relações com o mundo visível, a natureza e o estado dos seres que o habitam e, por conseguinte, o destino do homem depois da morte. É, portanto, uma verdadeira revelação, na acepção científica da palavra.
b) Qual o caráter divino da revelação espírita?
R - O Espiritismo é ao mesmo tempo uma revelação divina por ter o seu surgimento resultado da ação da Providência de Deus e não da iniciativa ou desígnio de um homem. Os seus ensinamentos foram dados a conhecer pelos Espíritos Superiores, sob a égide de Jesus e encarregados por Deus de esclarecer os homens sobre coisas que eles ignoravam e que não tinham condições de aprender por si mesmos.
c) Há semelhança entre o método de elaboração do Espiritismo e das ciências materialistas?
R - O método de elaboração utilizado por Kardec para codificar o Espiritismo foi exatamente o mesmo que é usado pelas ciências positivas. Fatos novos se apresentam, que não podem ser explicados pelas leis conhecidas, são observados, comparados, analisados e, remontando dos efeitos às causas, chega-se à lei que os rege. Depois, deduz-lhes as consequências e busca as aplicações úteis. Não foram, portanto, os fatos que vieram a posteriori confirmar a teoria. A teoria é que veio subsequentemente explicar e resumir os fatos. É, pois, rigorosamente exato dizer-se que o Espiritismo é uma ciência de observação e não produto da imaginação, elaborado pelo mesmo método experimental, que se aplica não apenas à matéria, mas, igualmente, às questões metafísicas.
d) Qual a importância destas ciências para o advento do Espiritismo?
R - O Espiritismo e as Ciências positivas se completam, reciprocamente. Sem os conhecimentos trazidos pelo Espiritismo, a Ciência acha-se impossibilitada de explicar certos fenômenos, utilizando-se apenas as leis da matéria. O Espiritismo, por sua vez, sem a Ciência, não encontraria apoio nem comprovação para muitos dos fenômenos que explica. Por essa razão, o estudo das leis da matéria tinha que preceder o das leis que regem o mundo espiritual, porque a matéria é que primeiro fere os sentidos. O Espiritismo, tendo por objeto o estudo de um dos elementos constitutivos do Universo, toca forçosamente na maior parte das ciências. Só podia, portanto, vir depois da elaboração delas, pela força mesma das coisas e pela impossibilidade de tudo se explicar com o auxílio apenas das leis da matéria.
C O N C L U S Ã O caráter da Revelação 19 a 25
O simples fato de poder o homem comunicar-se com os seres do mundo espiritual traz consequências incalculáveis da mais alta gravidade; é todo um mundo novo que se nos revela e que tem tanto mais importância, quanto a ele hão de voltar todos os homens, sem exceção. É uma revolução completa a operar-se nas ideias, revolução tanto maior, tanto mais poderosa, quanto não se circunscreve a um povo, nem a uma casta, visto que atinge simultaneamente, pelo coração, todas as classes, todas as nacionalidades, todos os cultos. Razão há, pois, para que o Espiritismo seja considerado a terceira das grandes revelações.
Moisés, como profeta, revelou aos homens a existência de um Deus único, Soberano Senhor e Orientador de todas as coisas; promulgou a lei do Sinai e lançou as bases da verdadeira fé. Como homem, foi o legislador do povo pelo qual essa primitiva fé, purificando-se, havia de espalhar-se por sobre a Terra. O Cristo, tomando da antiga lei o que é eterno e divino e rejeitando o que era transitório, puramente disciplinar e de concepção humana, acrescentou a revelação da vida futura, de que Moisés não falara, assim como a das penas e recompensas que aguardam o homem, depois da morte.
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO
a) Qual a diferença entre o Espiritismo e as antigas "ciências ocultas"?
R - Do mesmo modo que a Astronomia tem seus fundamentos na observação dos mesmos fatos observados pela Astrologia e a Química nos fatos observados pela Alquimia, o Espiritismo, tal qual as antigas ciências ocultas, apoia-se na manifestação dos Espíritos. Assim como a Astronomia, por intermédio de homens como Galileu, Newton e Kepler, torno conhecidas as leis que regem o mecanismo do Universo, revelando que os astros nada mais são do que simples mundos semelhantes à Terra, desfazendo-se o sentido do maravilhoso que lhes era atribuído pela Astrologia, o Espiritismo, relativamente às ciências ocultas, que se apoiam também na manifestação dos Espíritos, trouxe a conhecer as leis que regem o mundo espiritual, desfazendo práticas e crenças ridículas, através da experiência e da observação dos fatos.
b) Podemos considerar que a revelação trazida por Jesus veio revogar(anular) a lei mosaica?
R - As leis promulgadas por Moisés podem ser classificadas em duas partes: uma, é o conhecido Decálogo, base da religião cristã, revelação de origem divina, recebida por ele como profeta, denominação dada então aos portadores de faculdades mediúnicas. Recebida no Monte Sinai, lançou as bases da verdadeira fé, revelando aos homens a existência do Deus único, soberano e criador de todas as coisas. Outra parte de suas leis são de origem puramente humana, destinada a regular a vida daquele povo em sociedade. Jesus, como ele próprio afirmou, segundo a anotação dos Evangelistas, não veio revogar a lei de Moisés e, sim, dar-lhe cumprimento. Mas apenas no que se refere à lei de origem divina, que é a parte eterna, irrevogável, pois emanada da Sabedoria Suprema. A parte da lei mosaica de concepção humana, que se destinava a disciplinar aquela sociedade, era transitória e, com o progresso intelectual e moral da humanidade, tornou-se obsoleta e inaceitável. Esta parte não foi acolhida pelo Cristo.
c) Qual a diferença entre a visão de Deus apresentada por Moisés e a revelada por Jesus?
R - A maneira inteiramente nova para a época com que Jesus explicava o sentido de Deus é o ponto mais importante de sua revelação. Moisés trouxe a ideia de uma Divindade temível, ciumenta e vingativa. Cruel e implacável para com aqueles que contra ela se insurgissem; que ordena o massacre e o extermínio de povos, sem excetuar, sequer, mulheres, crianças e velhos; que castiga os que poupam suas vítimas; que pune todo um povo pelo erro de seu governante; que pune os filhos pelas faltas dos pais; que se vinga do culpado na pessoa do inocente; que privilegia um povo, presidindo aos combates para sustentar a sua causa contra a de outros povos; que consente com a escravidão de povos rivais. Enfim, o Deus mosaico era injusto e inclemente, parcial e vingativo.
Jesus ensinou um Deus diferente, justo e bom, manso e misericordioso. Que perdoa o pecador que se arrepende e dá a cada um segundo as suas obras. O Pai de todos, que estende sua proteção a todos os seus filhos, indistintamente. Um Deus que não faz da vingança uma virtude e que ordena o olho por olho, dente por dente. Mas o Deus de misericórdia, que perdoa as ofensas e que ensina a fazer o bem em troca do mal e a não fazer o que não queremos que nos façam. Jesus trouxe um Deus grande, que vê o pensamento e não a adoração formal. Já não é um Deus que quer ser temido, mas amado.
d) Que aspectos da doutrina de Jesus mais contribuem para modificar o modo do homem encarar a vida na Terra?
R - A revelação do verdadeiro Deus que a doutrina de Jesus nos trouxe, se corretamente compreendida, tem tudo para operar uma profunda modificação no modo como o homem encara a vida na Terra. Demonstra a imparcialidade da Divindade, sua soberana justiça e bondade; colocando o amor como o móvel que deve presidir as ações humanas; ensina a amá-lo sobre todas as coisas e o próximo como a nós mesmos e estabelece o princípio da igualdade dos homens perante ele e da fraternidade universal. Esta revelação acerca da Divindade é o ponto central da doutrina de Jesus, juntamente com a da imortalidade da alma e da continuidade da vida após a morte do corpo, impondo aos homens novas obrigações. Quando corretamente compreendida, fará o homem encarar a vida terrena sob outro aspecto e o impulsionará a mudanças nos costumes e nas relações sociais.
O simples fato de poder o homem comunicar-se com os seres do mundo espiritual traz consequências incalculáveis da mais alta gravidade; é todo um mundo novo que se nos revela e que tem tanto mais importância, quanto a ele hão de voltar todos os homens, sem exceção. É uma revolução completa a operar-se nas ideias, revolução tanto maior, tanto mais poderosa, quanto não se circunscreve a um povo, nem a uma casta, visto que atinge simultaneamente, pelo coração, todas as classes, todas as nacionalidades, todos os cultos. Razão há, pois, para que o Espiritismo seja considerado a terceira das grandes revelações.
Moisés, como profeta, revelou aos homens a existência de um Deus único, Soberano Senhor e Orientador de todas as coisas; promulgou a lei do Sinai e lançou as bases da verdadeira fé. Como homem, foi o legislador do povo pelo qual essa primitiva fé, purificando-se, havia de espalhar-se por sobre a Terra. O Cristo, tomando da antiga lei o que é eterno e divino e rejeitando o que era transitório, puramente disciplinar e de concepção humana, acrescentou a revelação da vida futura, de que Moisés não falara, assim como a das penas e recompensas que aguardam o homem, depois da morte.
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO
a) Qual a diferença entre o Espiritismo e as antigas "ciências ocultas"?
R - Do mesmo modo que a Astronomia tem seus fundamentos na observação dos mesmos fatos observados pela Astrologia e a Química nos fatos observados pela Alquimia, o Espiritismo, tal qual as antigas ciências ocultas, apoia-se na manifestação dos Espíritos. Assim como a Astronomia, por intermédio de homens como Galileu, Newton e Kepler, torno conhecidas as leis que regem o mecanismo do Universo, revelando que os astros nada mais são do que simples mundos semelhantes à Terra, desfazendo-se o sentido do maravilhoso que lhes era atribuído pela Astrologia, o Espiritismo, relativamente às ciências ocultas, que se apoiam também na manifestação dos Espíritos, trouxe a conhecer as leis que regem o mundo espiritual, desfazendo práticas e crenças ridículas, através da experiência e da observação dos fatos.
b) Podemos considerar que a revelação trazida por Jesus veio revogar(anular) a lei mosaica?
R - As leis promulgadas por Moisés podem ser classificadas em duas partes: uma, é o conhecido Decálogo, base da religião cristã, revelação de origem divina, recebida por ele como profeta, denominação dada então aos portadores de faculdades mediúnicas. Recebida no Monte Sinai, lançou as bases da verdadeira fé, revelando aos homens a existência do Deus único, soberano e criador de todas as coisas. Outra parte de suas leis são de origem puramente humana, destinada a regular a vida daquele povo em sociedade. Jesus, como ele próprio afirmou, segundo a anotação dos Evangelistas, não veio revogar a lei de Moisés e, sim, dar-lhe cumprimento. Mas apenas no que se refere à lei de origem divina, que é a parte eterna, irrevogável, pois emanada da Sabedoria Suprema. A parte da lei mosaica de concepção humana, que se destinava a disciplinar aquela sociedade, era transitória e, com o progresso intelectual e moral da humanidade, tornou-se obsoleta e inaceitável. Esta parte não foi acolhida pelo Cristo.
c) Qual a diferença entre a visão de Deus apresentada por Moisés e a revelada por Jesus?
R - A maneira inteiramente nova para a época com que Jesus explicava o sentido de Deus é o ponto mais importante de sua revelação. Moisés trouxe a ideia de uma Divindade temível, ciumenta e vingativa. Cruel e implacável para com aqueles que contra ela se insurgissem; que ordena o massacre e o extermínio de povos, sem excetuar, sequer, mulheres, crianças e velhos; que castiga os que poupam suas vítimas; que pune todo um povo pelo erro de seu governante; que pune os filhos pelas faltas dos pais; que se vinga do culpado na pessoa do inocente; que privilegia um povo, presidindo aos combates para sustentar a sua causa contra a de outros povos; que consente com a escravidão de povos rivais. Enfim, o Deus mosaico era injusto e inclemente, parcial e vingativo.
Jesus ensinou um Deus diferente, justo e bom, manso e misericordioso. Que perdoa o pecador que se arrepende e dá a cada um segundo as suas obras. O Pai de todos, que estende sua proteção a todos os seus filhos, indistintamente. Um Deus que não faz da vingança uma virtude e que ordena o olho por olho, dente por dente. Mas o Deus de misericórdia, que perdoa as ofensas e que ensina a fazer o bem em troca do mal e a não fazer o que não queremos que nos façam. Jesus trouxe um Deus grande, que vê o pensamento e não a adoração formal. Já não é um Deus que quer ser temido, mas amado.
d) Que aspectos da doutrina de Jesus mais contribuem para modificar o modo do homem encarar a vida na Terra?
R - A revelação do verdadeiro Deus que a doutrina de Jesus nos trouxe, se corretamente compreendida, tem tudo para operar uma profunda modificação no modo como o homem encara a vida na Terra. Demonstra a imparcialidade da Divindade, sua soberana justiça e bondade; colocando o amor como o móvel que deve presidir as ações humanas; ensina a amá-lo sobre todas as coisas e o próximo como a nós mesmos e estabelece o princípio da igualdade dos homens perante ele e da fraternidade universal. Esta revelação acerca da Divindade é o ponto central da doutrina de Jesus, juntamente com a da imortalidade da alma e da continuidade da vida após a morte do corpo, impondo aos homens novas obrigações. Quando corretamente compreendida, fará o homem encarar a vida terrena sob outro aspecto e o impulsionará a mudanças nos costumes e nas relações sociais.
C O N C L U S Ã O caráter da Revelação item 26 a 30
Se o Cristo não disse tudo quanto poderia dizer, é que julgou conveniente deixar certas verdades na sombra, até que os homens chegassem ao estado de compreendê-las. Como ele próprio o confessou, seu ensino era incompleto, pois anunciava a vinda daquele que o completaria. Previra, ainda, que suas palavras não seriam bem interpretadas e que os homens se desviariam do seu ensino. Completar o seu ensino deve entender-se no sentido de explicar e desenvolver, não no de ajuntar-lhe verdades novas, porque tudo nele se encontra em estado de gérmen, faltando-lhe só a chave para se apreender o sentido das palavras.
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO
a) Por que o Cristo não ensinou tudo o que tinha para ensinar?
R - Em sua passagem pela Terra, o Cristo não disse tudo o que poderia dizer, uma vez que a humanidade não se encontrava, àquela época, em condições de compreender certas verdades. Conforme afirmou, seu ensinamento era incompleto, posto que não pôde ser desenvolvido inteiramente, por faltar aos homens conhecimentos que só podiam ser adquiridos com o tempo e sem os quais não o compreenderiam. Como ele próprio afirmou: «Muitas das coisas que vos digo ainda não as compreendeis e muitas outras teria a dizer, que não compreenderíeis; por isso é que vos falo por parábolas; mais tarde, porém, enviar-vos-ei o Consolador, o Espírito de Verdade, que restabelecerá todas as coisas e vo-las explicará todas.» (S. João, caps. XIV, XVI; S. Mat., cap. XVII.)
b) Por que Jesus denominou a nova revelação de "Consolador"?
R - Jesus denominou a nova revelação de "Consolador" porque previa que os homens necessitariam de consolações, o que as crenças que seriam fundadas não teriam como o fazer. Esse "Consolador", contudo, não deve ser entendido como a revelação de novas verdades, mas no sentido de explicar e desenvolver o ensino do Cristo, porque é nele que se encontra toda a verdade. Faltava, apenas, a chave para entender o seu significado.
c)Como a Ciência e o Espiritismo contribuem para a interpretação das chamadas "Escrituras Sagradas"?
R - Durante longo período, os homens só puderam explicar os ensinamentos contidos no Antigo Testamento e no Evangelho com o auxílio do que até então lhes era permitido saber. Tinham sobre as leis da Natureza noções falsas ou incompletas. Os teólogos davam às Escrituras interpretações embasadas em erros e preconceitos, buscando obter a confirmação de ideias preconcebidas. Não podiam compreender causas que dependiam do conhecimento de leis que lhes eram até então desconhecidas. Tornando conhecidas algumas destas leis, a Ciência possibilita aos homens uma interpretação mais de conformidade com a razão, a lógica e o bom-senso. O Espiritismo, por sua vez, revela leis que igualmente ficaram desconhecidas durante muito tempo, relativas ao mundo espiritual. Assim, tanto as ciências positivas, como o Espiritismo, prestam grande contribuição para a inteligência dos textos das chamadas Escrituras, criando as condições necessárias à sua correta interpretação e derrogando os sistemas utópicos defendidos pelos teólogos.
d) Por que Kardec afirma que o Espiritismo é consequência direta da doutrina de Jesus?
R - O Espiritismo é consequência direta dos ensinamentos de Jesus porque partiu de suas palavras, como ele partiu das de Moisés. Kardec cita alguns dos ensinamentos trazidos pelo Espiritismo que comprovam ser ele consequência direta dos ensinos de Jesus, complementando-o, como ele prometera. O Cristo nos trouxe uma vaga ideia da vida futura, não podendo se estender em maiores esclarecimentos, face à incapacidade de compreensão dos homens.
O Espiritismo acrescenta ao ensino de Jesus a revelação da existência do mundo espiritual, que nos rodeia e que povoa o espaço; esclarece acerca do nascimento e da morte, mostrando aos homens de onde vem e para onde vai, por que está na Terra e por que sofre; ensina que a alma progride incessantemente até atingir a perfeição possível que a aproxima de Deus, através das vidas sucessivas; que as almas são criadas em iguais condições de aptidão para progredir; que Deus é igual para todos, não havendo criaturas deserdadas nem favorecidas; que não há seres perpetuamente destinados ao mal e ao sofrimento nem outros criados puros e perfeitos. Enfim, o Espiritismo demonstra que "não há criações múltiplas, nem diferentes categorias entre os seres inteligentes, mas que toda a criação deriva da grande lei de unidade que rege o Universo e que todos os seres gravitam para um fim comum que é a perfeição, sem que uns sejam favorecidos à custa de outros, visto serem todos filhos das suas próprias obras", completa Kardec.
Se o Cristo não disse tudo quanto poderia dizer, é que julgou conveniente deixar certas verdades na sombra, até que os homens chegassem ao estado de compreendê-las. Como ele próprio o confessou, seu ensino era incompleto, pois anunciava a vinda daquele que o completaria. Previra, ainda, que suas palavras não seriam bem interpretadas e que os homens se desviariam do seu ensino. Completar o seu ensino deve entender-se no sentido de explicar e desenvolver, não no de ajuntar-lhe verdades novas, porque tudo nele se encontra em estado de gérmen, faltando-lhe só a chave para se apreender o sentido das palavras.
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO
a) Por que o Cristo não ensinou tudo o que tinha para ensinar?
R - Em sua passagem pela Terra, o Cristo não disse tudo o que poderia dizer, uma vez que a humanidade não se encontrava, àquela época, em condições de compreender certas verdades. Conforme afirmou, seu ensinamento era incompleto, posto que não pôde ser desenvolvido inteiramente, por faltar aos homens conhecimentos que só podiam ser adquiridos com o tempo e sem os quais não o compreenderiam. Como ele próprio afirmou: «Muitas das coisas que vos digo ainda não as compreendeis e muitas outras teria a dizer, que não compreenderíeis; por isso é que vos falo por parábolas; mais tarde, porém, enviar-vos-ei o Consolador, o Espírito de Verdade, que restabelecerá todas as coisas e vo-las explicará todas.» (S. João, caps. XIV, XVI; S. Mat., cap. XVII.)
b) Por que Jesus denominou a nova revelação de "Consolador"?
R - Jesus denominou a nova revelação de "Consolador" porque previa que os homens necessitariam de consolações, o que as crenças que seriam fundadas não teriam como o fazer. Esse "Consolador", contudo, não deve ser entendido como a revelação de novas verdades, mas no sentido de explicar e desenvolver o ensino do Cristo, porque é nele que se encontra toda a verdade. Faltava, apenas, a chave para entender o seu significado.
c)Como a Ciência e o Espiritismo contribuem para a interpretação das chamadas "Escrituras Sagradas"?
R - Durante longo período, os homens só puderam explicar os ensinamentos contidos no Antigo Testamento e no Evangelho com o auxílio do que até então lhes era permitido saber. Tinham sobre as leis da Natureza noções falsas ou incompletas. Os teólogos davam às Escrituras interpretações embasadas em erros e preconceitos, buscando obter a confirmação de ideias preconcebidas. Não podiam compreender causas que dependiam do conhecimento de leis que lhes eram até então desconhecidas. Tornando conhecidas algumas destas leis, a Ciência possibilita aos homens uma interpretação mais de conformidade com a razão, a lógica e o bom-senso. O Espiritismo, por sua vez, revela leis que igualmente ficaram desconhecidas durante muito tempo, relativas ao mundo espiritual. Assim, tanto as ciências positivas, como o Espiritismo, prestam grande contribuição para a inteligência dos textos das chamadas Escrituras, criando as condições necessárias à sua correta interpretação e derrogando os sistemas utópicos defendidos pelos teólogos.
d) Por que Kardec afirma que o Espiritismo é consequência direta da doutrina de Jesus?
R - O Espiritismo é consequência direta dos ensinamentos de Jesus porque partiu de suas palavras, como ele partiu das de Moisés. Kardec cita alguns dos ensinamentos trazidos pelo Espiritismo que comprovam ser ele consequência direta dos ensinos de Jesus, complementando-o, como ele prometera. O Cristo nos trouxe uma vaga ideia da vida futura, não podendo se estender em maiores esclarecimentos, face à incapacidade de compreensão dos homens.
O Espiritismo acrescenta ao ensino de Jesus a revelação da existência do mundo espiritual, que nos rodeia e que povoa o espaço; esclarece acerca do nascimento e da morte, mostrando aos homens de onde vem e para onde vai, por que está na Terra e por que sofre; ensina que a alma progride incessantemente até atingir a perfeição possível que a aproxima de Deus, através das vidas sucessivas; que as almas são criadas em iguais condições de aptidão para progredir; que Deus é igual para todos, não havendo criaturas deserdadas nem favorecidas; que não há seres perpetuamente destinados ao mal e ao sofrimento nem outros criados puros e perfeitos. Enfim, o Espiritismo demonstra que "não há criações múltiplas, nem diferentes categorias entre os seres inteligentes, mas que toda a criação deriva da grande lei de unidade que rege o Universo e que todos os seres gravitam para um fim comum que é a perfeição, sem que uns sejam favorecidos à custa de outros, visto serem todos filhos das suas próprias obras", completa Kardec.
C O N C L U S Ã O caráter da
Revelação 31 a 38
O Espiritismo, ainda que apenas trouxesse ao homem a comprovação da vida futura, teria feito mais pelo seu aperfeiçoamento moral do que todas as leis disciplinares, que o detêm algumas vezes, mas que o não transformam. Estabelecendo o intercâmbio entre aqueles que deixaram a Terra e os que aqui se encontram e melhor esclarecendo acerca da lei natural da reencarnação, até então conhecida mas não corretamente compreendida, o Espiritismo não só comprova, materialmente, a realidade da existência e da individualidade do espírito, como faz o homem melhor compreender sua realidade existencial e a necessidade de sua transformação moral para que consiga alcançar a almejada felicidade.
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO
a) De que forma o conhecimento das relações entre espíritos encarnados e desencarnados faz o homem melhor compreender a realidade da sua existência?
R - As relações entre os dois planos de vida traz ao homem a prova material da sua natureza espiritual, da sua individualidade como espírito imortal e da solidariedade que une todos os seres da criação, encarnados, desencarnados e até os que estão vinculados a outros planetas. Além disso, este relacionamento contribui para uma melhor compreensão da nossa realidade existencial ao trazer o conhecimento:
- da situação dos espíritos que deixaram a Terra e que se encontram no mundo espiritual;
- de suas migrações, através das sucessivas reencarnações;
- das suas alegrias e de seus sofrimentos, enquanto espíritos desencarnados;
- das causas por que são felizes ou infelizes, conforme o bem ou o mal que tenham feito, pois a felicidade ou desdita na vida espiritual depende do seu grau de perfeição ou imperfeição, pois cada um é punido naquilo em que pecou.
- de que todos podem abreviar seus sofrimentos, fazendo-os cessar através do arrependimento e da reparação ou prorrogá-los, se persistirem na prática do mal.
b) E a revelação da pluralidade das existências?
R - Com a correta compreensão da lei natural da reencarnação, o homem passa a entender as causas das anomalias com que tem de conviver durante a vida terrena. A realidade da pluralidade das existências torna incongruente os preconceitos de raças e de castas, pois demonstra que um espírito que hoje é rico e poderoso pode renascer pobre e subordinado. Nenhum outro argumento contra os preconceitos e as injustiças sociais é tão convincente e toca tanto na consciência do homem como o fenômeno da reencarnação. Comprovando a sobrevivência do espírito, o homem não se sente livre para aumentar seus gozos da vida presente, independente de qualquer forma de moralidade, pois sem ela nada o esperaria após a morte. Por outro lado, seus sofrimentos ficariam sem perspectivas de terem fim, somente lhe restando o desespero. Trazendo-lhe a certeza da vida futura e do reencontro com aqueles a quem amou e com aqueles a quem ofendeu, o homem tem uma nova visão da sua existência. Com estas revelações, o Espiritismo dá ao homem os instrumentos de que necessita para operar a sua transformação
c) Como Kardec entende o chamado "pecado original"?
R - O pecado original, da forma como as religiões tradicionais o compreendem, é absolutamente inconciliável com os atributos de justiça e de bondade de Deus, na medida em que torna os homens responsáveis pela falta cometida por um só e quando ainda sequer existiam. Kardec interpreta de modo racional a teoria do pecado original, explicando-o à luz da realidade da pluralidade das existências. Preexistindo antes do seu renascimento, o espírito traz o gérmen das imperfeições acumuladas em existências pretéritas, das quais não conseguiu se despojar e que afloram na nova existência em forma de instintos naturais e pendores. É esse o verdadeiro pecado original, explica Kardec. O homem sofre as suas consequências na nova vida, mas com a diferença de que sabe que foi ele o causador, por suas próprias faltas e não pelas faltas de outrem. Além de mais conforme a justiça divina,é, ao mesmo tempo, mais consolador, pois traz ao homem a certeza de que a misericórdia do Criador lhe proporcionará todas as oportunidades de que necessita para se corrigir e progredir, até tornar-se purificado e não mais necessitar da vida corporal, passando a viver exclusivamente a vida espiritual, definitiva e bem-aventurada.
O Espiritismo, ainda que apenas trouxesse ao homem a comprovação da vida futura, teria feito mais pelo seu aperfeiçoamento moral do que todas as leis disciplinares, que o detêm algumas vezes, mas que o não transformam. Estabelecendo o intercâmbio entre aqueles que deixaram a Terra e os que aqui se encontram e melhor esclarecendo acerca da lei natural da reencarnação, até então conhecida mas não corretamente compreendida, o Espiritismo não só comprova, materialmente, a realidade da existência e da individualidade do espírito, como faz o homem melhor compreender sua realidade existencial e a necessidade de sua transformação moral para que consiga alcançar a almejada felicidade.
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO
a) De que forma o conhecimento das relações entre espíritos encarnados e desencarnados faz o homem melhor compreender a realidade da sua existência?
R - As relações entre os dois planos de vida traz ao homem a prova material da sua natureza espiritual, da sua individualidade como espírito imortal e da solidariedade que une todos os seres da criação, encarnados, desencarnados e até os que estão vinculados a outros planetas. Além disso, este relacionamento contribui para uma melhor compreensão da nossa realidade existencial ao trazer o conhecimento:
- da situação dos espíritos que deixaram a Terra e que se encontram no mundo espiritual;
- de suas migrações, através das sucessivas reencarnações;
- das suas alegrias e de seus sofrimentos, enquanto espíritos desencarnados;
- das causas por que são felizes ou infelizes, conforme o bem ou o mal que tenham feito, pois a felicidade ou desdita na vida espiritual depende do seu grau de perfeição ou imperfeição, pois cada um é punido naquilo em que pecou.
- de que todos podem abreviar seus sofrimentos, fazendo-os cessar através do arrependimento e da reparação ou prorrogá-los, se persistirem na prática do mal.
b) E a revelação da pluralidade das existências?
R - Com a correta compreensão da lei natural da reencarnação, o homem passa a entender as causas das anomalias com que tem de conviver durante a vida terrena. A realidade da pluralidade das existências torna incongruente os preconceitos de raças e de castas, pois demonstra que um espírito que hoje é rico e poderoso pode renascer pobre e subordinado. Nenhum outro argumento contra os preconceitos e as injustiças sociais é tão convincente e toca tanto na consciência do homem como o fenômeno da reencarnação. Comprovando a sobrevivência do espírito, o homem não se sente livre para aumentar seus gozos da vida presente, independente de qualquer forma de moralidade, pois sem ela nada o esperaria após a morte. Por outro lado, seus sofrimentos ficariam sem perspectivas de terem fim, somente lhe restando o desespero. Trazendo-lhe a certeza da vida futura e do reencontro com aqueles a quem amou e com aqueles a quem ofendeu, o homem tem uma nova visão da sua existência. Com estas revelações, o Espiritismo dá ao homem os instrumentos de que necessita para operar a sua transformação
c) Como Kardec entende o chamado "pecado original"?
R - O pecado original, da forma como as religiões tradicionais o compreendem, é absolutamente inconciliável com os atributos de justiça e de bondade de Deus, na medida em que torna os homens responsáveis pela falta cometida por um só e quando ainda sequer existiam. Kardec interpreta de modo racional a teoria do pecado original, explicando-o à luz da realidade da pluralidade das existências. Preexistindo antes do seu renascimento, o espírito traz o gérmen das imperfeições acumuladas em existências pretéritas, das quais não conseguiu se despojar e que afloram na nova existência em forma de instintos naturais e pendores. É esse o verdadeiro pecado original, explica Kardec. O homem sofre as suas consequências na nova vida, mas com a diferença de que sabe que foi ele o causador, por suas próprias faltas e não pelas faltas de outrem. Além de mais conforme a justiça divina,é, ao mesmo tempo, mais consolador, pois traz ao homem a certeza de que a misericórdia do Criador lhe proporcionará todas as oportunidades de que necessita para se corrigir e progredir, até tornar-se purificado e não mais necessitar da vida corporal, passando a viver exclusivamente a vida espiritual, definitiva e bem-aventurada.
CONCLUSÃO caráter da Revelação item 39 a 44
O Espiritismo estudou as propriedades dos fluidos espirituais, assim como comprovou a existência do perispírito estudando as suas propriedades, demonstrando a sua importância para o homem, definindo-lhe as atribuições. Na interpretação do Evangelho, o Espiritismo veio explicar racionalmente, à luz da ciência, os ensinamentos e os atos do Cristo até então incompreendidos. O mesmo fez com relação a certos fenômenos
tidos como sobrenaturais, pela incompreensão de seus mecanismos.
QUESTÕES PARA ESTUDO
a) Podemos considerar o perispírito uma revelação do Espiritismo?
Quanto à sua existência, o perispírito não é uma revelação espírita, posto que já conhecido desde tempos remotos, principalmente pelas doutrinas orientais diversas.
Também Paulo, em sua primeira carta aos cristãos de Corinto, demonstrou conhecê-lo, tendo-o denominado de "corpo espiritual". O termo "perispírito", todavia, foi criado por Allan Kardec, no Livro dos Espíritos, para definir esse envoltório que liga o espírito ao corpo material e que sobrevive à morte deste.
O Espiritismo estudou as propriedades dos fluidos espirituais, assim como comprovou a existência do perispírito estudando as suas propriedades, demonstrando a sua importância para o homem, definindo-lhe as atribuições. Na interpretação do Evangelho, o Espiritismo veio explicar racionalmente, à luz da ciência, os ensinamentos e os atos do Cristo até então incompreendidos. O mesmo fez com relação a certos fenômenos
tidos como sobrenaturais, pela incompreensão de seus mecanismos.
QUESTÕES PARA ESTUDO
a) Podemos considerar o perispírito uma revelação do Espiritismo?
Quanto à sua existência, o perispírito não é uma revelação espírita, posto que já conhecido desde tempos remotos, principalmente pelas doutrinas orientais diversas.
Também Paulo, em sua primeira carta aos cristãos de Corinto, demonstrou conhecê-lo, tendo-o denominado de "corpo espiritual". O termo "perispírito", todavia, foi criado por Allan Kardec, no Livro dos Espíritos, para definir esse envoltório que liga o espírito ao corpo material e que sobrevive à morte deste.
b) Qual a sua importância para o
espírito, segundo ensina a revelação espírita?
O estudo das propriedades do perispírito abre novos horizontes à Ciência e dá a chave para o entendimento de uma série de fenômenos até então incompreendidos por falta de conhecimento da lei que os rege. Tais são, entre outros, os fenômenos da dupla vista, da visão a distância, do sonambulismo, da catalepsia, da letargia, da presciência, das aparições, dos pressentimentos, etc.
c) Que influência o Espiritismo exerceu na interpretação do Evangelho?
O Espiritismo, sem negar o Evangelho, veio, ao contrário, confirmá-lo, explicando-o à luz das novas leis da Natureza que revela. Os atos e os ensinamentos deixados pelo Cristo, alguns tidos como miraculosos e inadmissíveis, foram elucidados pela nova doutrina. Com ela, a humanidade teve esclarecidos alguns pontos obscuros do ensino de Jesus, entendendo melhor o seu alcance e podendo distinguir a realidade e a alegoria.
d) Como explicar o fato de o Espiritismo conseguir ser aceito por tantas pessoas, apesar de fortemente criticado?
Por ter trazido a fé raciocinada, embasada na razão e na justiça e bondade de Deus, atendendo a uma necessidade que o homem tinha de crer em alguma coisa. Dirigindo-se aos aflitos, o Espiritismo trouxe a consolação da imortalidade do espírito e das vidas sucessivas. Em vez das chamas eternas do inferno e da ociosidade contemplativa inútil e perpétua, trouxe a certeza de um futuro mais sedutor, que só depende de nós próprios.
O estudo das propriedades do perispírito abre novos horizontes à Ciência e dá a chave para o entendimento de uma série de fenômenos até então incompreendidos por falta de conhecimento da lei que os rege. Tais são, entre outros, os fenômenos da dupla vista, da visão a distância, do sonambulismo, da catalepsia, da letargia, da presciência, das aparições, dos pressentimentos, etc.
c) Que influência o Espiritismo exerceu na interpretação do Evangelho?
O Espiritismo, sem negar o Evangelho, veio, ao contrário, confirmá-lo, explicando-o à luz das novas leis da Natureza que revela. Os atos e os ensinamentos deixados pelo Cristo, alguns tidos como miraculosos e inadmissíveis, foram elucidados pela nova doutrina. Com ela, a humanidade teve esclarecidos alguns pontos obscuros do ensino de Jesus, entendendo melhor o seu alcance e podendo distinguir a realidade e a alegoria.
d) Como explicar o fato de o Espiritismo conseguir ser aceito por tantas pessoas, apesar de fortemente criticado?
Por ter trazido a fé raciocinada, embasada na razão e na justiça e bondade de Deus, atendendo a uma necessidade que o homem tinha de crer em alguma coisa. Dirigindo-se aos aflitos, o Espiritismo trouxe a consolação da imortalidade do espírito e das vidas sucessivas. Em vez das chamas eternas do inferno e da ociosidade contemplativa inútil e perpétua, trouxe a certeza de um futuro mais sedutor, que só depende de nós próprios.
CONCLUSÃO caráter da Revelação item
45 a 49
A primeira revelação teve a sua personificação em Moisés e a segunda no Cristo. A terceira, não a tem em ninguém. As duas primeiras foram individuais; a terceira, coletiva.
Esse é um caráter essencial de grande importância, pois a permitiu se propagar maisrapidamente, surgindo em vários pontos da Terra ao mesmo tempo.
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO
a) É mais fácil crer no que lhe dizem através de uma pessoa que podemos todos ver e crer do que aquilo lhe dizem através dos espíritos que não se vê para crer... A 1ª e a 2ª revelação vieram através de um indivíduo e são "localizáveis", enquanto que a Doutrina veio "em massa" através dos espíritos. Como explicar, então, tamanha simpatia pela Doutrina?
Uma das causas apontadas por Kardec como responsável pela rápida propagação da Doutrina é o fato dela ter surgido simultaneamente em diversos pontos da Terra, posto que não está personificada em uma só pessoa. Sendo fruto da manifestação dos vários Espíritos que emprestaram seus ensinamentos, multiplicaram-se os pontos de irradiação.
Se tivesse surgido num só ponto, como obra exclusiva de um homem, talvez decorresse muitos anos sem que ela ultrapassasse os limites do país onde começara. Devido ao caráter de universalidade de seus ensinamentos, rapidamente se propagou.
A primeira revelação teve a sua personificação em Moisés e a segunda no Cristo. A terceira, não a tem em ninguém. As duas primeiras foram individuais; a terceira, coletiva.
Esse é um caráter essencial de grande importância, pois a permitiu se propagar maisrapidamente, surgindo em vários pontos da Terra ao mesmo tempo.
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO
a) É mais fácil crer no que lhe dizem através de uma pessoa que podemos todos ver e crer do que aquilo lhe dizem através dos espíritos que não se vê para crer... A 1ª e a 2ª revelação vieram através de um indivíduo e são "localizáveis", enquanto que a Doutrina veio "em massa" através dos espíritos. Como explicar, então, tamanha simpatia pela Doutrina?
Uma das causas apontadas por Kardec como responsável pela rápida propagação da Doutrina é o fato dela ter surgido simultaneamente em diversos pontos da Terra, posto que não está personificada em uma só pessoa. Sendo fruto da manifestação dos vários Espíritos que emprestaram seus ensinamentos, multiplicaram-se os pontos de irradiação.
Se tivesse surgido num só ponto, como obra exclusiva de um homem, talvez decorresse muitos anos sem que ela ultrapassasse os limites do país onde começara. Devido ao caráter de universalidade de seus ensinamentos, rapidamente se propagou.
b) No item 46, nos diz o trecho: "Multiplicando-se esses centros, seus raios se reúnem pouco a pouco, como os círculos formados por uma multidão de pedras lançadas na água, de tal sorte que, em dado tempo, acabarão por cobrir toda a superfície do globo." Podemos entender então que a Doutrina Espírita será ou tem a tendência de ser a "religião do futuro"? A que será aceita por todos ou sua grande maioria?
No livro "O Que É Espiritismo", Kardec afirmou que o Espiritismo não tinha vindo para ser mais uma religião, pois o mundo já possuía muitas, não precisando de mais uma. O Espiritismo veio para esclarecer, à luz das novas leis que revela, muitos dos ensinamentos do Cristo que ficaram perdidos na incompreensão da humanidade e para trazer outros, que não puderam ser ministrados quando de sua passagem pela carne. Assim, devemos entender a citação em questão como uma previsão de que a Doutrina se espraiaria por toda a Terra, tornando seus ensinos conhecidos por toda a humanidade.
No entanto, não podemos dizer que será a religião do futuro, mas que seus preceitos, seus postulados, serão, afinal, compreendidos e aceitos no futuro pelas religiões existentes.
Como quis dizer o Cristo, quando afirmou que haveria um só rebanho e um só pastor. Não que todas as religiões se fundiriam, mas que todas convergiriam para uma só verdade.
c) Pela forma como a Doutrina se "mostrou" podemos afirmar que ela não tem como morrer?
Acreditamos que a Doutrina veio para ficar, pois elaborada por Espíritos Superiores, por ordem de Deus, sob a direção de Jesus e codificada por um seu Missionário, Allan Kardec.
Sendo evolucionista, como explicou Kardec, ela se atualizará sempre, acompanhando o progresso das ciências, dos costumes e das ideias, razão por que nunca estará ultrapassada.
Tem tudo, portanto, para não morrer nunca.
d) Podemos dizer que o
Espiritismo é uma Doutrina Universal?
Sem dúvida nenhuma, é uma doutrina universal, pois elaborada pela universalidade dos Espíritos Superiores, surgindo em vários pontos do globo e através de muitos médiuns.
e) Quais as principais diferenças entre as três revelações?
As duas primeiras revelações resultaram de um ensino direto, pois a humanidade ainda não evoluíra o suficiente para concorrer na sua elaboração. A primeira, foi imposta pela fé, através autoridade de Moisés; a segunda, apresentada por Jesus por meio de seus aconselhamentos e tendo como base o amor.
A terceira revelação, sem descartar a parte divina da primeira nem todo o ensinamento trazido pela segunda, não foi revelada por um único homem, mas por uma coletividade de Espíritos Superiores e tem como objetivo dar continuidade aos ensinamentos da segunda revelação, agora explicados pelas leis que regulam os fenômenos que regem o Universo.
c) Além de possibilitar a rápida propagação da doutrina, qual o outro motivo de ser o seu surgimento simultâneo em várias partes do globo?
Surgindo simultaneamente em várias partes do Planeta, os adeptos da nova doutrina não se viram isolados, o que ocorreria se ela fosse revelada num determinado ponto.
Espalhada pelo mundo, a revelação rapidamente se tornou forte e recebeu uma base de apoio maior, seguindo seus seguidores com passo mais firme e lutando com mais coragem, pois não se viram isolados.
d) Quais os critérios adotados por Kardec para a aceitação dos ensinamentos que recebia através dos diversos médiuns?
Kardec utilizou-se, basicamente, do método comparativo, para verificar a universalidade do ensinamento dos Espíritos. Se o conteúdo da mensagem não estivesse conforme o que revelavam os demais Espíritos codificadores, era deixado de lado. Esse foi o principal critério adotado pelo Codificador para elaborar o Livro dos Espíritos, obra da Codificação. Assim procedeu para evitar que opiniões pessoais prevalecessem sobre o pensamento da maioria, o que retiraria o caráter coletivo de seus ensinamentos.
Outros métodos utilizados por Allan Kardec foram de fundamental importância para que a revelação viesse à luz com as características do Consolador prometido por Jesus, como a experimentação e a submissão das mensagens ao controle da razão e da ciência. Somente um Espírito Superior, evoluído, seria talhado para exercer essa missão.
e) Por que a elaboração da doutrina foi confiada a uma coletividade de Espíritos e não a um só?
Não confiou Deus a um único Espírito a missão de elaborar a doutrina para que vários pudessem trazer a sua colaboração, além de permitir que ela fosse mais rapidamente elaborada. Como todo Espírito e todo homem dispõem de limitada soma de conhecimentos, nenhum estava habilitado a tratar isoladamente das inúmeras questões que o Espiritismo envolve. Sendo obra coletiva, estabeleceu-se entre todos um laço de solidariedade cooperativa, cada um se ocupando de um assunto objeto da revelação.
Dessa maneira, a doutrina nasceu com a autoridade de ter sido elaborada por uma coletividade de Espíritos Superiores, que expressaram seus pensamentos a médiuns diversos, em várias partes do mundo e que foram comparados, experimentados e submetidos a um trabalho de codificação que propiciasse um adequado estudo, o que faltaram às doutrinas originadas de um tronco único.
c) Que importância para o futuro da humanidade trouxe a revelação da existência do mundo espiritual?
R - A vida terrena era tudo para o homem, porque nada via ele além dela. Sua visão se detinha no túmulo. Desvendando a realidade da vida espiritual, o Espiritismo ajuda o homem a entender as causas do sofrimento na Terra; a ver no bem uma finalidade e não mais uma teoria. A crença em que tudo acaba com a vida faz o egoísmo reinar soberano entre os homens. Com a certeza da vida futura, a solidariedade e a fraternidade ligam todos os seres, nesta e na outra vida. A nova revelação veio encher o vácuo que a incredulidade criou, levantar os ânimos abatidos pela dúvida ou pela perspectiva do nada e imprimir a todas as coisas uma razão de ser. O Espiritismo representa uma nova era para a humanidade, por lhe demonstrar a imortalidade da alma e as consequências para vida futura da nossa atual existência. Com isso, mostrou ao homem que apenas ele é o responsável pelo seu próprio destino, tornando-o mais compreensivo e sensível às Leis Naturais e jogando por terra as antigas concepções de paraíso e de inferno.
RESUMO DESTE CAPITULO
Estudamos este importante capítulo I do livro "A Gênese", em que Kardec aborda os caracteres da revelação espírita. Para concluir o estudo, podemos destacar três caracteres que são fundamentais para distinguirmos a revelação espírita das que a precederam:
1º - a sua impessoalidade - Diferentemente das duas primeiras revelações, que foram personificadas em Moisés e em Jesus, o Espiritismo não reflete o ensinamento de uma única personalidade. É fruto do pensamento e das conclusões de uma coletividade de Espíritos Superiores, sob a égide do Espírito de Verdade. Todos colaboraram na medida de seus conhecimentos específicos, daí abranger toda essa gama de assuntos diferentes que a Doutrina aborda. Tal não seria possível se resultasse de um único ser, por mais intelectualizado e poderoso que fosse.
2º - a revelação da realidade da vida futura - O homem apenas vagamente tinha noção da vida futura. O Espiritismo, além de ratificá-la, revelou a existência de um mundo invisível, que existe paralelamente ao mundo material que conhecemos, conosco coabita e povoa o espaço. Descerrando o véu que encobria essa realidade, fez o homem entender a finalidade da sua existência, mostrando-lhe a necessidade de nortear sua relação com o próximo pelo sentimento de fraternidade, que passou a se constituir uma necessidade.
3º - o caráter científico - O Espiritismo não estabelece como princípio absoluto nada que não se ache devidamente demonstrado pelos fatos e pela razão. Para codificar o ensinamento que os Espíritos traziam através de vários médiuns e em localidades diversas, Kardec utilizou-se dos métodos adotados por todas as ciências para estabelecerem suas bases. Nada foi aceito que não houvesse passado pelo crivo do da pesquisa do Codificador. Por esse motivo, não encontraremos ensinos contraditórios na Doutrina, conseqüência do método experimental que norteou os seus estudos.
Sem dúvida nenhuma, é uma doutrina universal, pois elaborada pela universalidade dos Espíritos Superiores, surgindo em vários pontos do globo e através de muitos médiuns.
e) Quais as principais diferenças entre as três revelações?
As duas primeiras revelações resultaram de um ensino direto, pois a humanidade ainda não evoluíra o suficiente para concorrer na sua elaboração. A primeira, foi imposta pela fé, através autoridade de Moisés; a segunda, apresentada por Jesus por meio de seus aconselhamentos e tendo como base o amor.
A terceira revelação, sem descartar a parte divina da primeira nem todo o ensinamento trazido pela segunda, não foi revelada por um único homem, mas por uma coletividade de Espíritos Superiores e tem como objetivo dar continuidade aos ensinamentos da segunda revelação, agora explicados pelas leis que regulam os fenômenos que regem o Universo.
CONCLUSÃO caráter da Revelação item 50 a 54
A terceira revelação é resultado do pensamento coletivo de uma falange de Espíritos Superiores e codificada por Allan Kardec. Como os ensinamentos chegavam ao mesmo tempo em várias partes do mundo, provenientes de vários Espíritos e por intermédio de diversos médiuns, era necessário um núcleo centralizador, que os examinassem e os submetessem aos critérios da razão e da ciência.
Quis Deus que a doutrina fosso fruto de um ensinamento coletivo para que não se restringisse ao conhecimento individual de um único Espírito, por mais sábio e evoluído que fosse, pois nenhum o teria suficiente para abordar tão diferentes assuntos.
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO:
a) Por que Kardec afirma que o Espiritismo veio na época certa?
A terceira revelação veio na época certa, porque num momento em que a humanidade atingira uma certa emancipação e madureza intelectual. Veio num momento em que o homem já não aceitava cegamente as coisas, mas procurava saber o porquê e o como de cada coisa. Tinha ela que resultar, ao mesmo tempo, de um ensinamento e de um trabalho de pesquisa, estudo e experimentação. Se viesse antes, não sobreviveria, pois a humanidade ainda não estava preparada para recebê-la; se viesse depois, poderia já ser tarde, pois as teorias materialistas e o positivistas avançavam.
b) Qual a contribuição de Kardec para o advento da terceira revelação?
Como a revelação foi coletiva, resultando do ensino de Espíritos de todas as ordens, era preciso um poder moderador, que verificasse se os ensinamentos estavam conforme a razão. Era necessário separar as ideias isoladas das que eram fruto do pensamento universal dos Espíritos, afastando as que contraditavam a Ciência e a lógica. Esse trabalho de centralização, análise e experimentação do que era trazido foi o papel atribuído pela Espiritualidade Superior a Allan Kardec.
Allan Kardec foi o missionário designado para esse trabalho. Pela sua superioridade espiritual, pôde desempenhar sua missão sem se deixar influenciar por suas opiniões pessoais, por preconceitos de seita e tendo como compromisso único a verdade. Foi o centro de elaboração da Doutrina, sem o qual não seria possível esta se tornar realidade.
A terceira revelação é resultado do pensamento coletivo de uma falange de Espíritos Superiores e codificada por Allan Kardec. Como os ensinamentos chegavam ao mesmo tempo em várias partes do mundo, provenientes de vários Espíritos e por intermédio de diversos médiuns, era necessário um núcleo centralizador, que os examinassem e os submetessem aos critérios da razão e da ciência.
Quis Deus que a doutrina fosso fruto de um ensinamento coletivo para que não se restringisse ao conhecimento individual de um único Espírito, por mais sábio e evoluído que fosse, pois nenhum o teria suficiente para abordar tão diferentes assuntos.
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO:
a) Por que Kardec afirma que o Espiritismo veio na época certa?
A terceira revelação veio na época certa, porque num momento em que a humanidade atingira uma certa emancipação e madureza intelectual. Veio num momento em que o homem já não aceitava cegamente as coisas, mas procurava saber o porquê e o como de cada coisa. Tinha ela que resultar, ao mesmo tempo, de um ensinamento e de um trabalho de pesquisa, estudo e experimentação. Se viesse antes, não sobreviveria, pois a humanidade ainda não estava preparada para recebê-la; se viesse depois, poderia já ser tarde, pois as teorias materialistas e o positivistas avançavam.
b) Qual a contribuição de Kardec para o advento da terceira revelação?
Como a revelação foi coletiva, resultando do ensino de Espíritos de todas as ordens, era preciso um poder moderador, que verificasse se os ensinamentos estavam conforme a razão. Era necessário separar as ideias isoladas das que eram fruto do pensamento universal dos Espíritos, afastando as que contraditavam a Ciência e a lógica. Esse trabalho de centralização, análise e experimentação do que era trazido foi o papel atribuído pela Espiritualidade Superior a Allan Kardec.
Allan Kardec foi o missionário designado para esse trabalho. Pela sua superioridade espiritual, pôde desempenhar sua missão sem se deixar influenciar por suas opiniões pessoais, por preconceitos de seita e tendo como compromisso único a verdade. Foi o centro de elaboração da Doutrina, sem o qual não seria possível esta se tornar realidade.
c) Além de possibilitar a rápida propagação da doutrina, qual o outro motivo de ser o seu surgimento simultâneo em várias partes do globo?
Surgindo simultaneamente em várias partes do Planeta, os adeptos da nova doutrina não se viram isolados, o que ocorreria se ela fosse revelada num determinado ponto.
Espalhada pelo mundo, a revelação rapidamente se tornou forte e recebeu uma base de apoio maior, seguindo seus seguidores com passo mais firme e lutando com mais coragem, pois não se viram isolados.
d) Quais os critérios adotados por Kardec para a aceitação dos ensinamentos que recebia através dos diversos médiuns?
Kardec utilizou-se, basicamente, do método comparativo, para verificar a universalidade do ensinamento dos Espíritos. Se o conteúdo da mensagem não estivesse conforme o que revelavam os demais Espíritos codificadores, era deixado de lado. Esse foi o principal critério adotado pelo Codificador para elaborar o Livro dos Espíritos, obra da Codificação. Assim procedeu para evitar que opiniões pessoais prevalecessem sobre o pensamento da maioria, o que retiraria o caráter coletivo de seus ensinamentos.
Outros métodos utilizados por Allan Kardec foram de fundamental importância para que a revelação viesse à luz com as características do Consolador prometido por Jesus, como a experimentação e a submissão das mensagens ao controle da razão e da ciência. Somente um Espírito Superior, evoluído, seria talhado para exercer essa missão.
e) Por que a elaboração da doutrina foi confiada a uma coletividade de Espíritos e não a um só?
Não confiou Deus a um único Espírito a missão de elaborar a doutrina para que vários pudessem trazer a sua colaboração, além de permitir que ela fosse mais rapidamente elaborada. Como todo Espírito e todo homem dispõem de limitada soma de conhecimentos, nenhum estava habilitado a tratar isoladamente das inúmeras questões que o Espiritismo envolve. Sendo obra coletiva, estabeleceu-se entre todos um laço de solidariedade cooperativa, cada um se ocupando de um assunto objeto da revelação.
Dessa maneira, a doutrina nasceu com a autoridade de ter sido elaborada por uma coletividade de Espíritos Superiores, que expressaram seus pensamentos a médiuns diversos, em várias partes do mundo e que foram comparados, experimentados e submetidos a um trabalho de codificação que propiciasse um adequado estudo, o que faltaram às doutrinas originadas de um tronco único.
C O N C L U S Ã O caráter da
Revelação item 60 a 62
Os Espíritos não se manifestam para dispensar o homem do estudo e da pesquisa, nem para lhe trazerem pronta e acabada uma ciência. Como encontram-se numa situação que os torna livres da influência da matéria, têm melhores condições de apreciarem as coisas e de nos darem a conhecer determinadas questões que, encarnados, não teríamos como saber. Essa é uma característica que somente a Doutrina Espírita possui e daí advém, em grande parte, a sua superioridade.
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO
a) Em que consiste a superioridade do ensino dos Espíritos?
R - O Espiritismo ensina ser errôneo atribuir-se aos espíritos todo o saber e toda a sabedoria, bem como supor-se que baste se dirigir ao primeiro espírito que se apresente para conhecer todas as coisas. Saídos da Humanidade, os espíritos constituem uma de suas faces, havendo, assim como na Terra, os superiores e os vulgares. Do mesmo modo que os homens, os espíritos mais adiantados podem instruir-nos sobre maior porção de coisas, dar-nos opiniões mais judiciosas, do que os atrasados. Ouvir os espíritos não é entrar em entendimento com potências sobrenaturais. É tratar com seus iguais, com aqueles mesmos com quem convivemos neste mundo. O Espiritismo veio corrigir a falsa ideia que se fazia da natureza do mundo espiritual e das relações dos homens com o além-túmulo.
A superioridade do ensino dos Espíritos decorre do fato de, estando eles libertos dos entraves da matéria e isentos dos cuidados da vida corpórea, apreciarem as coisas de um ponto de vista mais elevado. Gozam eles de uma perspicácia que lhes possibilita ver um horizonte mais vasto; compreendem seus erros, retificam suas ideias e se desembaraçam dos prejuízos humanos. Daí serem seus conselhos, segundo o grau de adiantamento que alcançaram, mais judiciosos e desinteressados do que dos encarnados. Além disso, o meio em que se encontram lhes permite iniciar-nos em coisas que ignoramos, relativas à vida futura e que não podemos aprender no meio em que estamos.
b) Por que as revelações dos Espíritos são parciais e gradativas?
R - Porque nós não entenderíamos tudo de uma só vez. As revelações somente devem ser feitas quando a humanidade se encontra preparada para recebê-las. Jesus fez isso há dois mil anos. Ensinou aquilo que o povo entenderia na época e prometeu, para depois, a vinda do Consolador, que viria nos revelar todas as coisas e relembrar os seus ensinamentos. Achando-se a humanidade madura para tanto, Deus permitiu que penetrasse na realidade do mundo espiritual, erguendo o véu que encobria o mundo invisível e desvendando o mistério do futuro do homem.
Os Espíritos não se manifestam para dispensar o homem do estudo e da pesquisa, nem para lhe trazerem pronta e acabada uma ciência. Como encontram-se numa situação que os torna livres da influência da matéria, têm melhores condições de apreciarem as coisas e de nos darem a conhecer determinadas questões que, encarnados, não teríamos como saber. Essa é uma característica que somente a Doutrina Espírita possui e daí advém, em grande parte, a sua superioridade.
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO
a) Em que consiste a superioridade do ensino dos Espíritos?
R - O Espiritismo ensina ser errôneo atribuir-se aos espíritos todo o saber e toda a sabedoria, bem como supor-se que baste se dirigir ao primeiro espírito que se apresente para conhecer todas as coisas. Saídos da Humanidade, os espíritos constituem uma de suas faces, havendo, assim como na Terra, os superiores e os vulgares. Do mesmo modo que os homens, os espíritos mais adiantados podem instruir-nos sobre maior porção de coisas, dar-nos opiniões mais judiciosas, do que os atrasados. Ouvir os espíritos não é entrar em entendimento com potências sobrenaturais. É tratar com seus iguais, com aqueles mesmos com quem convivemos neste mundo. O Espiritismo veio corrigir a falsa ideia que se fazia da natureza do mundo espiritual e das relações dos homens com o além-túmulo.
A superioridade do ensino dos Espíritos decorre do fato de, estando eles libertos dos entraves da matéria e isentos dos cuidados da vida corpórea, apreciarem as coisas de um ponto de vista mais elevado. Gozam eles de uma perspicácia que lhes possibilita ver um horizonte mais vasto; compreendem seus erros, retificam suas ideias e se desembaraçam dos prejuízos humanos. Daí serem seus conselhos, segundo o grau de adiantamento que alcançaram, mais judiciosos e desinteressados do que dos encarnados. Além disso, o meio em que se encontram lhes permite iniciar-nos em coisas que ignoramos, relativas à vida futura e que não podemos aprender no meio em que estamos.
b) Por que as revelações dos Espíritos são parciais e gradativas?
R - Porque nós não entenderíamos tudo de uma só vez. As revelações somente devem ser feitas quando a humanidade se encontra preparada para recebê-las. Jesus fez isso há dois mil anos. Ensinou aquilo que o povo entenderia na época e prometeu, para depois, a vinda do Consolador, que viria nos revelar todas as coisas e relembrar os seus ensinamentos. Achando-se a humanidade madura para tanto, Deus permitiu que penetrasse na realidade do mundo espiritual, erguendo o véu que encobria o mundo invisível e desvendando o mistério do futuro do homem.
c) Que importância para o futuro da humanidade trouxe a revelação da existência do mundo espiritual?
R - A vida terrena era tudo para o homem, porque nada via ele além dela. Sua visão se detinha no túmulo. Desvendando a realidade da vida espiritual, o Espiritismo ajuda o homem a entender as causas do sofrimento na Terra; a ver no bem uma finalidade e não mais uma teoria. A crença em que tudo acaba com a vida faz o egoísmo reinar soberano entre os homens. Com a certeza da vida futura, a solidariedade e a fraternidade ligam todos os seres, nesta e na outra vida. A nova revelação veio encher o vácuo que a incredulidade criou, levantar os ânimos abatidos pela dúvida ou pela perspectiva do nada e imprimir a todas as coisas uma razão de ser. O Espiritismo representa uma nova era para a humanidade, por lhe demonstrar a imortalidade da alma e as consequências para vida futura da nossa atual existência. Com isso, mostrou ao homem que apenas ele é o responsável pelo seu próprio destino, tornando-o mais compreensivo e sensível às Leis Naturais e jogando por terra as antigas concepções de paraíso e de inferno.
RESUMO DESTE CAPITULO
Estudamos este importante capítulo I do livro "A Gênese", em que Kardec aborda os caracteres da revelação espírita. Para concluir o estudo, podemos destacar três caracteres que são fundamentais para distinguirmos a revelação espírita das que a precederam:
1º - a sua impessoalidade - Diferentemente das duas primeiras revelações, que foram personificadas em Moisés e em Jesus, o Espiritismo não reflete o ensinamento de uma única personalidade. É fruto do pensamento e das conclusões de uma coletividade de Espíritos Superiores, sob a égide do Espírito de Verdade. Todos colaboraram na medida de seus conhecimentos específicos, daí abranger toda essa gama de assuntos diferentes que a Doutrina aborda. Tal não seria possível se resultasse de um único ser, por mais intelectualizado e poderoso que fosse.
2º - a revelação da realidade da vida futura - O homem apenas vagamente tinha noção da vida futura. O Espiritismo, além de ratificá-la, revelou a existência de um mundo invisível, que existe paralelamente ao mundo material que conhecemos, conosco coabita e povoa o espaço. Descerrando o véu que encobria essa realidade, fez o homem entender a finalidade da sua existência, mostrando-lhe a necessidade de nortear sua relação com o próximo pelo sentimento de fraternidade, que passou a se constituir uma necessidade.
3º - o caráter científico - O Espiritismo não estabelece como princípio absoluto nada que não se ache devidamente demonstrado pelos fatos e pela razão. Para codificar o ensinamento que os Espíritos traziam através de vários médiuns e em localidades diversas, Kardec utilizou-se dos métodos adotados por todas as ciências para estabelecerem suas bases. Nada foi aceito que não houvesse passado pelo crivo do da pesquisa do Codificador. Por esse motivo, não encontraremos ensinos contraditórios na Doutrina, conseqüência do método experimental que norteou os seus estudos.
Fonte:www.cvdee.org.br
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