domingo, 18 de novembro de 2012

PARÁBOLA DO GRÃO DE MOSTARDA


"O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e lançou no seu campo; o qual grão é, na verdade, a menor de todas as sementes, mas depois de crescida é a maior das hortaliças e faz-se árvore, de tal modo que as aves do céu vêm pousar nos seus ramos". (M, 8: 31-32 Mc, 4: 30-32 Lc, 13, 18-19)

O sentido da parábola é este:
Consideremos aqui, o Reino dos Céus como tudo o que está acima e abaixo, à direita e à esquerda de nós, todo esse espaço imenso, infinito, incomensurável, onde se balançam os astros e fulgem as estrelas; todo esse éter que nos parece vazio, mas que, na verdade, encerra multidões de seres e de mundos, onde se ostentam maravilhas da Arte e da Ciência de Deus.
Para quem o vê da Terra, com os olhos da carne, parece o seu conhecimento insignificante, como o é uma semente de grão de mostarda.
Mas, depois que o estudamos, assim como depois que se planta a semente, nossa inteligência se dilata, como se dilata a semente quando germina; transforma-se o nosso modo de pensar, como sói acontecer à semente modificada já em erva; e o conhecimento do Reino dos Céus cresce em nós como cresce a mostarda, a ponto de nos tornarmos um centro de apoio em torno do qual voluteiam os Espíritos, bem assim os homens que sentem a necessidade desse apoio moral e espiritual, da mesma forma que os pássaros, para o seu descanso, procuram as árvores mais exuberantes para gozarem a sombra benéfica das suas ramagens!
O grão de mostarda serviu duas vezes para as comparações de Jesus: uma vez comparou-o ao Reino dos Céus; outra, á fé.
O grão de mostarda tem substância e uma semente faz efeito revulsivo. Essa mesma substância se transforma em árvore; dá, depois, muitas sementes e muitas árvores e até suas folhas servem de alimento.
Mas é necessário a fertilidade da terra, para que trabalhe a germinação, haja transformação, crescimento e frutificação do que foi semente; e é necessário, a seu turno, o trabalho da semente e da planta no aproveitamento desse elemento que lhe foi dado.
Assim acontece com o Reino dos Céus na alma humana; sem o trabalho dessa "semente", que é feito pelos Espíritos do Senhor; sem o concurso da boa vontade, que é a maior fertilidade que lhe podemos proporcionar, sem o esforço da pesquisa, do estudo, não pode aumentar a engrandecer-se em nós, não se nos pode mostrar tal como é, assim como a morstarda não se transforma em hortaliça sem o emprego dos requisitos imperiosos para essa modificação.
A fé é a mesma coisa: parece-se com um grão de mostarda quando já é capaz de "transportar montanhas", mas a sua tendência é sempre para o crescimento, a fim de operar mudança para campo largo, mais aberto, de mais dilatados horizontes.
A fé verdadeira, estuda, examina, pesquisa, sem espírito preconcebido, e cresce sempre no conhecimento e na vivência do Evangelho de Jesus.
O Espiritismo, com seus fatos positivos, vem dar um grande impulso à fé desvendando a todos o Reino dos Céus.
Assim como o reinado celeste abrange o infinito, a fé é tudo e dela todos precisam para crescer no conhecimento da vida eterna!

Extraido do livro Parábolas e Ensinos de Jesus - Caibar Schutel

A Parábola do Grão de Mostarda é uma das menores Parábolas de Jesus. Ele aparece em três dos evangelhos sinóticos do Novo Testamento. As diferenças entre Mateus 13:31-32, Marcos 4:30-32 e Lucas 13:18-19, são pequenas e as três parábolas podem ser derivadas da mesma fonte.

Em Mateus:
«Mais outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e plantou no seu campo; o qual grão é, na verdade, a menor de todas as sementes, mas depois de crescido, é a maior das hortaliças e faz-se árvore, de tal modo que as aves do céu vêm pousar nos seus ramos.» (Mateus 13:31-32)
Em Marcos:
«Ainda disse: A que assemelharemos o reino de Deus, ou com que parábola o representaremos? É como um grão de mostarda, que, quando semeado na terra, embora seja menor que todas as sementes que há na terra, contudo depois de semeado, cresce e se torna a maior de todas as hortaliças, e deita grandes ramos, de tal modo que as aves do céu podem pousar à sua sombra.» (Marcos 4:30-32)
Em Lucas:
«Disse, pois: A que é semelhante o reino de Deus, e a que o compararei? É semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e plantou na sua horta, e que cresceu e fez-se árvore; e as aves do céu pousaram nos seus ramos.» (Lucas 13:18-19)

Evangelho de Tomé

No Evangelho de Tomé, a narrativa é:
20. Disseram os discípulos a Jesus: Dize-nos, a que se assemelha o Reino do céus? Respondeu-lhes ele: Ele é semelhante a um grão de mostarda, que é menor que todas as sementes; mas, quando cai em terra, que o homem trabalha, produz um broto e se transforma num abrigo para as aves do céu.
 



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