quarta-feira, 3 de outubro de 2012

TRABALHO - Filhos


“FILHOS” quem são nossos filhos, qual sua função na família, quando e como melhor educá-los, qual a melhor hora de deixá-los decidir por si, educação religiosa, os equívocos na educação e suas consequências; Enfim, como nós pais, podemos criá-los para serem no futuro, homens-espíritos e não homens-corpo.
Quem são nossos filhos?
Nossos filhos são espíritos que foram atraídos ao agrupamento familiar, através dos laços da simpatia ou antipatia, dependendo das necessidades carmicas.

Qual sua função na família?
Não recebemos os filhos em nosso lar por acaso. Estamos reunidos em uma família para crescermos juntos, aprendermos uns com os outros. 
Deus os envia para que na busca do ajuste familiar, num trabalho ativo e constante, muitas vezes sob conflitos, consigamos transformar defeitos em virtudes, desenvolvendo o lado moral e o lado intelectual. Tudo isso com o único objetivo: desabrochar o amor.


Questão 582 - pode-se considerar a paternidade uma missão?É incontestavelmente uma missão. “É ao mesmo tempo um dever muito grande, e que determina, mais do que o homem imagina, sua responsabilidade para o futuro.” Livro dos Espíritos

Quando melhor educa-los?
Não conhecemos o mistério que os filhos ocultam em sua inocência; não sabemos o que eles são, nem o que foram, nem o que serão. Na maioria das vezes, os filhos, (espíritos) podem ter vindo de um mundo em que tenham adquirido hábitos, paixões, tendência e gostos diferentes e opostos aos nossos. Por isso, se queremos que se incorporem em nosso ambiente, precisamos prepará-los na infância.
Lembrando que nos primeiros 7 anos, o espírito ainda se encontra muito ligado ao plano espiritual, essa 1ª grande fase da vida é de muita importância, pois ele está se firmando, se mantendo e se fortalecendo como uma plantinha que vai pegando e desenvolvendo.
 Todos recebem uma aparência de inocentes, como imagem do que eles deveriam ser. Mas não é somente por eles que Deus lhe dá esse aspecto, é também e sobre tudo por seus pais, que recebendo essa fragilidade infantil, no seio familiar, naturalmente sentem necessidade em dar o amor. E esse amor seria extraordinariamente enfraquecido se as crianças já demonstrassem um caráter impertinente e rude, ao contrário, sendo dóceis e ingênuas, naturalmente recebem toda afeição e são envolvidas nos mais delicados cuidados"Devemos perceber que os caminhos de Deus são sempre os melhores, e que, quando se tem o coração puro, é fácil conceber-se a explicação  respeito".
Mas, quando as crianças não mais necessitam dessa proteção, dessa assistência que lhes foi dispensada durante quinze a vinte anos, seu caráter real e individual reaparece em toda a sua nudez; e o Espírito se mostra como realmente é; permanecem boas, se eram fundamentalmente boas, mas, se frequentemente se revoltam, estão demonstrando o que estavam ocultando na primeira infância.
A sabedoria divina agindo sempre a favor dos filhos, proporciona a fase da infância para que a docilidade, ingenuidade e flexibilidade em aprender, possam facilitar a vida dos “filhos” que habitam um corpo infantil e aos pais, para que tenham a facilidade em ensinar o “Viver à Vida” sob as Leis Divinas, com limites e sempre reprimindo suas más tendências. Lembrando que o amanhã é construído hoje.


Como melhor educá-los?
A missão de ser pai, de ser mãe, é muito importante. Os filhos têm em seus pais o exemplo mais presente em suas vidas. Por isso, temos que ter o cuidado de não só ensinar por palavras, mas vivenciar as lições, porque aquilo que as crianças veem na prática é mais facilmente assimilado e compreendido.
 “O nosso sentir paternal ainda é produto do egocentrismo de um “ambiente de sensações”“. É, pois, indispensável que todas as emoções, inclusive as mais nobres, sejam subordinadas ao controle do raciocínio; e o amor para com os filhos não deve fugir a essa regra. Amar os filhos, no sentido exato do termo, importa, acima de tudo, em saber conduzi-los visando, não apenas, o futuro homem-corpo, mas, especialmente, o homem-espírito. Os pais que sabem atender a este aspecto moral libertam-se dos sentimentalismos afetivos que degeneram em liberdades nocivas.
E neste sentido, Deus nos dá esta lição e exemplo edificante: a sua bondade, embora infinita, não impediu que a sua sabedoria criasse a severidade dos mundos de correção espiritual, destinados aos que se afastam da linha reta estabelecida pelas suas leis, pois não basta sentir o amor; é preciso saber exercê-lo de modo que bondade e sabedoria formem duas linhas paralelas, a fim de que se estabeleça o equilíbrio entre o sentir e o saber”.


Diferentes funções na formação dos filhos:


  •        Diretiva
  •         Orientativa
  •         Sugestiva
  •        Colaborativa




1ª fase da infância – Função Diretiva:
Os pais vão dirigir seus filhos para a prática do bom, do bem e do belo.
Fortalecendo o amor em sí mesmos, para próximo e para Deus.

2ª fase da Infância – Função orientativa:
Pais já podem orientar com base em conceitos para que ele reflita. Aqui os pais percebem o caráter do filho; trabalha pela transformação das características negativas do filho, reforçando as positivas.
Evitando a pretensão de criar o caráter.
Adolescência – o Espírito reencarnante “chegou”
Adolescente possui capacidade plena de elaborar conceitos, permitindo aos pais extrair o que ele/ela pensa –  Aqui a prática do diálogo mais profundo com respeito exercitando as virtudes.
Cabe mais orientação, mas sempre direcionando com habilidade, efetividade e afetividade para que realmente aconteça o direcionamento para o bem, o bom e o belo, permitindo que haja a formação do caráter do adolescente.


O escritor Sergio Sinay, 66 anos, é um especialista em vínculos humanos. Sociólogo e jornalista, formou-se na Escola de Psicologia da Associação Gestáltica de Buenos Aires. Requisitado consultor sobre assuntos familiares e relações pessoais, tem vários livros publicados.
 Pergunta: Ao abordar o problema de jovens envolvidos com drogas e violência, o senhor diz que a solução é os pais terem mais controle sobre o que eles fazem e onde vão. Como não resvalar para a superproteção?A infância e a adolescência são etapas muito breves da vida e necessárias para o amadurecimento biológico, psíquico e cognitivo. Seremos adultos a maior parte da nossa vida. A adolescência termina entre os 18 e os 19 anos. Quando os pais são ausentes ou não cumpriram suas funções, vemos adolescentes imaturos de 30 ou 40 anos. Se os pais pegam no leme do barco, e realizam esse trabalho com amor, ao fim da adolescência, seus filhos serão pessoas com ferramentas para caminhar pela vida. Terão muito por aprender ainda, mas terão boas bases e um bom sistema imunológico contra os principais perigos sociais. Os limites do controle vão mudando com a idade dos filhos e vão se flexibilizando até desaparecer por completo. Para saber quando e como modificá-los, há que estar presente. 

Fase adulta:
Só é cabível a função sugestiva. Sugerem-se possibilidades de realização para o filho, de acordo com suas escolhas.
 Convite aos pais a repensar o livre-arbítrio dos filhos; trabalhando o desapego as funções temporais.
Função colaborativa:
Em todas as fases, porque o compromisso maior do pai e da mãe é de colaborarem com Deus na formação daquele irmão em humanidade que estará transitoriamente, como filho do casal.


Educação religiosa

Quando nós olhamos para os nossos filhos, é bom que tenhamos a percepção de que eles são nossos filhos biológicos, porque lhes demos um corpo físico. Mas, em realidade, eles são filhos de Deus como nós. Vieram para evoluir.

E, como nem sempre nós chegamos à Terra zerados com relação aos valores atormentados que acumulamos, muitos chegamos cumulados de tormentos, de angústias, de problemas trazidos de outras existências, de fobias, de crimes, que precisamos acertar com a consciência.

Nossos filhos são assim. Muitas vezes são crianças inteligentíssimas, espertas, cheias de brilho, de viço, capazes de captar rapidamente tudo quanto nós lhes ensinamos e, às vezes, coisas que não lhes ensinamos. 
O lado intelectual está maravilhoso, mas o que aprendemos dos bons anjos, dos Espíritos guias, é que a maior parte dos nossos filhos vêm à Terra para ajustar exatamente o que lhes faltou no passado, o lado moral, o lado espiritual, o lado ético.
Quando se fala em levar os filhos para a vida religiosa, é porque cabe aos pais redimensionar a vida desses filhos, reencaminhando esses Espíritos para Deus.

Mas há um lado que relutam sempre. É o lado que se relaciona com as coisas de Deus. 

É muito comum que os filhos não queiram ir à sua Igreja, ao Centro Espírita, à Sinagoga. É muito comum que as crianças reajam. E caberá aos pais não forçá-las de modo violento, mas persuadi-las, a partir de vários recursos, para que elas passem a gostar de participar dessa vida social religiosa da família. 
Será importantíssimo que criemos nos nossos filhos a alma de religiosidade. Aquela reverência profunda e honesta ao Criador da vida. fundamentalmente, aprender elas próprias, nossas crianças, a manter contato com o Pai Criador. Aprender a se elevar através do pensamento. A desenvolver dentro de si a sua oração, a ter mais confiança nos poderes sublimes da vida. 

Para isto, não basta frequentar uma casa religiosa. É preciso ter aprendido a verdade ensinada por Jesus Cristo, seja qual for à interpretação, desde que esta interpretação nos eleve nos amadureça, nos transforme em homens e mulheres de bem e os nossos filhos aos quais amamos tanto, serão convertidos igualmente em homens e mulheres de bem. 


Quando respeitar seu livre-arbítrio?
Quem é mãe ou pai biológico sempre o será, no entanto, sua função termina com o desenvolvimento e a maturidade dos filhos. A função de educar dura até que os filhos tenham a liberdade de escolha, entendimento de si mesmos, poder de direcionar os seus destinos.
No reino animal, vemos claramente o casal estimulando os filhotes a ser independentes, ajudando-os a assumir a própria vida. Aves marinhas, que fazem ninhos em altíssimos rochedos, quando percebem que suas crias estão aptas a voar, empurram-nas com o bico, lançando-as das alturas, sem a preocupação de que vão voar ou não, pois confiam nos instintos criados pela Natureza.
Não nos esqueçamos de que também somos Natureza, porquanto temos forças instintivas que não podemos subestimar.


Questão 843 – O homem tem sempre o livre-arbítrio?- Uma vez que tem a liberdade de pensar, tem a de agir. Sem o livre-arbítrio o homem seria com uma máquina.Questão 844 – O home desfruta de seu livre-arbítrio desde seu nascimento?- Há liberdade de agir desde que haja a liberdade de fazer. Nos primeiros tempos da vida a liberdade é quase nula: ela vai evoluindo e seus objetivos mudam de acordo com o desenvolvimento das faculdades. A criança, tendo pensamentos relacionados com as necessidades de sua idade, aplica seu livre-arbítrio às escolhas que lhe são necessárias. Livro dos Espíritos

Equívocos na educação: 


Formas de relacionamento entre pais e filhos:

Relação Rígida-Autoritária






  Relacionamento Autoritário:
·         Relação do tipo dominador/dominado.
·         Os pais dominam e os filhos são dominados.
·         Os Pais impõem decisões, soluções e vontades de modo arbitrário, enquanto as necessidades e os desejos dos filhos permanecem insatisfeitos.
Práticas autoritárias
·         Limites rígidos; excesso de ordem, ameaças, proibições e castigos.
Características de pais autoritários:
·         Ligado ao excesso de controle.
·         Medo de perder o controle dos filhos.
·         Desequilíbrio de poder: falta de exercício quanto ao desenvolvimento da autoestima, autoconfiança, autorrespeito e auto-responsabilidade. Gera filhos inseguros.
·         Todo autoritário traz uma insegurança muito grande dentro de sí.
Características de filhos de pais autoritários:
·         Insegurança: temerosos e culpados, como se não pudessem cuidar de sí mesmo.
·         Medo dos pais; se sentem impotentes e desamparados.
·         Submissivos, dependentes quando tendem a ter características mais passivas ou.
·         Hostis e agressivos quando tendem a ter características reativas.
·         Carecem de autovalor e autoestima!



Sergio Sinay Faz uma citação sobre a educação autoritária:
Pergunta: Ao se referir ao modelo do passado, em que as mães eram o retrato do sacrifício, e os pais, da disciplina ainda que com distância emocional, o senhor diz que todos sabiam seu papel, algo não acontece hoje. Aquele modo de educar era de alguma forma melhor?Aquele modo de educar tinha muitas limitações e era muito rígido em muitos aspectos. Mas se sabia claramente quem eram os pais e quem eram os filhos. Os pais não tinham medo de atuar como pais, ainda que às vezes cometessem excessos em sua autoridade. Mas é sempre mais fácil corrigir um excesso do que superar uma ausência. Alguém pode mudar um modelo pobre ou insuficiente. Muito mais grave é não ter modelo. 

Relação invertida






Características de pais permissivos:
·         Baseada na prepotência dos filhos sobre os pais que se tornam impotentes.
·         Necessidades/desejos/vontades dos filhos estão sempre em primeiro plano.
·         Desequilíbrio de poder: os filhos têm um poder ilimitado e os pais não tem poder.
·         Insuficiência de limites e falhas na tentativa de encontrar soluções que satisfaçam as necessidades de ambas as partes.
·         Os pais anulam as suas próprias vontades em um esforço vão de evitar conflitos com os filhos.
·         Causa: comodismo dos pais que não querem ter o trabalho de acompanhar o desenvolvimento dos filhos.
·         Outra causa: sentimento de culpa (pode estar ligada ao fato de que os pais trabalham fora de casa o dia inteiro).
Características de filhos de pais permissivos:
·         Dificuldades em lidar com limites.
·         Insegurança: eles anseiam por limites.
·         Desenvolvem pouca autodisciplina, pois está é realizada a partir de regras estabelecidas, para serem cumpridas.
·         Não desenvolvem auto-responsabilidade: pode desenvolvê-la, se pressupõe um aprendizado das consequências em agir dessa ou de outra maneira.

Relação Horizontal





Características da Relação Horizontal:
·         Pais agem como colegas e amigos dos filhos.
·         Amigos e colegas não colocam limites para os filhos.
·         Adultecente: adulto-adolescente (aberração).
·         Pais pedem demissão da função de paternidade e maternidade, de colaborarem com Deus na formação do caráter dos filhos.

O que é ser um bom pai ou uma boa mãe?
·         Presença emocional: não importa quanto tempo, mas a qualidade do tempo que passamos com os nossos filhos.
·         Os filhos querem pais presentes, não presentes.
·         Limites são importantes: o problema são os extremos (excesso ou falta de)



Praticando a Relação consensual-amorosa




·         Exercitar a capacidade de pensar por si mesmo – estimular nos filhos: A prática da Lei do Amor.



O que é ser um bom pai ou uma boa mãe?
·         Presença emocional: não importa quanto tempo, mas a qualidade do tempo que passamos com os nossos filhos.
·         Os filhos querem pais presentes, não presentes.
·         Limites são importantes: o problema são os extremos (excesso ou falta de)

Poder – latim: Potere; significa “ser capaz de”.
·         O poder é uma capacidade que trazemos e que os pais são convidados a exercitar na relação com os filhos.
·         Paternidade e maternidade saudável é um processo de uso e também de concessão de poder.
Os pais devem exercer:
·          Relação de poder equilibrado, objetivo de realizar ações de transformações da própria vida e para aprimoramento da relação.
·         Os pais exercem um poder relativo sobre os filhos, resultado do compromisso que eles receberam do Criador para auxiliar na formação dos irmãos em humanidade, momentaneamente como seus filhos.
·         Auxiliam os filhos a exercitar o poder de livre-arbítrio com responsabilidade.
·         Levar sempre em consideração as várias fases do desenvolvimento dos filhos.
·         Prática do Evangelho no lar.


Sergio Sinay - Não se pode ter medo de tomar decisões, dizer não, proibir certas relações perigosas. Os filhos vão protestar, tentarão transgredir. Isso não é um problema, é parte do processo. Os filhos sempre buscarão transgredir para crescer. O problema é quando os pais viram o rosto, olham para o outro lado, não estabelecem limites ou têm medo dos filhos. Ser pai com amor e presença não significa converter-se em uma pessoa simpática, em um animador de televisão. Às vezes, há que se tomar medidas duras. 

Lembretes:
·         Obediência: movimento da pessoa que se esforça para disciplinar.
·         Disciplina: virtude que surge a partir da autoconsciência; não da coerção.
·         A independência psicológica começa a ser construída na própria infância, através da forma como os pais agem com os filhos.
·         As dificuldades nos oferecem uma oportunidade e auto-superação.


Conclusão:
Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos, para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem  que alguém pode ter , porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e de medo de perder algo tão amado. Perder? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo.  (José Saramago) 
A educação de nossos filhos não é tarefa fácil, pois todos somos espíritos em fase de desenvolvimento emocional e trazemos gravado em nosso subconsciente emoções dessa e de tantas outras vidas na qual transferimos aos nossos.A Doutrina Espírita nos dá essa consciência e passamos a compreender que não somos perfeitos e que a educação dos filhos requer um trabalho de renovação de sentimentos entre todos os membros.Esse é nosso trabalho educacional, que não deve ser seguido por termos simples ou didático, mas a busca da educação consciência, com diálogo, respeito e exemplo de amor a sí e ao próximo. 
Texto sugerido:
NÓ DO AFETO

Em uma reunião de pais, numa escola da periferia, a diretora incentivava o apoio que os pais devem dar aos filhos. Pedia-lhes, também, que se fizessem presentes o máximo de tempo possível.
Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhassem fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar e entender as crianças.
Mas a diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou e explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo, durante a semana.
Quando ele saía para trabalhar, era muito cedo e o filho ainda estava dormindo. Quando voltava do serviço era muito tarde e o garoto não estava mais acordado.
Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família.
Mas ele contou, também, que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava se redimir indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa.
E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria.
Isso acontecia, religiosamente, todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado.
O nó era o meio de comunicação entre eles.
A diretora ficou emocionada com aquela história singela e emocionante.
E ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.

* * *
O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras de um pai ou uma mãe se fazer presente, de se comunicar com o filho. Aquele pai encontrou a sua, simples mas eficiente.
E o mais importante é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo.
Por vezes nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos do principal, que é a comunicação através do sentimento.
Simples gestos como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais que presentes ou desculpas vazias.
É válido que nos preocupemos com os nossos filhos, mas é importante que eles saibam, que eles sintam isso.
Para que haja a comunicação é preciso que os filhos ouçam a linguagem do nosso coração, pois em matéria de afeto os sentimentos sempre falam mais alto do que as palavras.
É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o ciúme do bebê que roubou o colo, o medo do escuro.
A criança pode não entender o significado de muitas palavras, mas sabe registrar um gesto de amor.
Mesmo que esse gesto seja apenas um nó. Um nó cheio de afeto e carinho.
E você? Já deu algum nó afetivo no lençol do seu filho hoje?

* * *
Se você é um desses pais ou dessas mães que realmente precisam se ausentar do lar para prover o sustento da família, lembre-se que você pode encontrar a sua própria maneira de garantir ao seu filho a sua presença.
Você pode encontrar um jeito de dizer a ele o quanto ele é importante na sua vida e o quanto você o ama.
Mas lembre-se da linguagem do coração. Dessa linguagem que pode ser sentida, apesar da distância física.
E procure apertar os laços do afeto, pois estes são os verdadeiros elos que nos unem aos seres que amamos.

Pense nisso, mas, pense agora!


Bibliografias:
·      A Vida no Planeta Marte e os Discos Voadores - Ramati
        Um Modo de Entender - uma nova forma de viver - Espírito Hammed - Francisco do Espírito Santo Neto.
·      Base no seminário de Raul Teixeira no VI simpósio Paranaense de Espiritismo 27/05/2003 – Site Momento Espírita
·      Livro dos Espíritos
·      Nossos filhos - Claudia Schmidt. – Site O Consolador
       PPS - Formas de Relacionamento entre pais e filhos/ Saúda na Relação entre pais e filhos – Carolina Von Scharten – blog Escolinha  Espirita 
Educação Religiosa dos filhos – Raul Teixeira - Blog Espiritismo na Rede
Entrevista de  Sergio Sinay - coluna da revista Época
Texto sugerido - Redação do Momento Espírita com base em texto de autoria ignorada.
Disponível no livro Momento Espírita v. 2, ed. Fep.
Em 18.10.2010



TRABALHO EM GRUPO
CURSO BÁSICO I 
GRUPO SOCORRISTA ITAPORà
UNIÃO FRATERNAL
– SP – 
ALUNOS
Andréa C.T.
Elaine  Saes
Gleicy M. P. E.
João D.S.


   2012

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