sábado, 23 de julho de 2016

Estamos Vivendo Muita Violência! O que nos espera?



Extraído da Revista eletrônica o Consolador:
 
Recebemos de um leitor de nossa revista, o Sr. Leocadio Barbosa Junior, a seguinte mensagem: 

Estamos vivendo em um mundo de caos; pai mata filho; filho mata mãe; estupros acontecem com frequência... O que será o amanhã? o que acontecerá com os nossos filhos e netos? O que nos espera?
  
Em resposta, diremos inicialmente que o quadro pintado nas palavras acima lembra-nos muito bem o que Jesus disse aos seus discípulos naquele que é chamado de Sermão Profético, adiante reproduzido: 
“E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?
E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane; Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. E ouvireis falar de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio das dores. Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo.

E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.” (...) 
 
“O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar. Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai.” (O Evangelho segundo Mateus, 24:3-36) 
Nós, os espíritas, sabemos perfeitamente por que tais coisas ocorrem. A Terra, disse certa vez Emmanuel, é uma “casa em reforma” – e todos sabemos bem o que é uma casa em reforma.
No sermão acima transcrito fica evidente que depois da iniquidade, do escândalo, dos conflitos, o mundo chegará a um momento em que o Evangelho do reino será pregado e exemplificado em todos os lugares. O mundo velho dará então lugar ao chamado Mundo de Regeneração, um tema tão comentado ultimamente no meio espírita.
É claro que, para isso, é necessário primeiro que façamos a nossa parte, uma vez que o planeta não vai melhorar só porque Deus assim o deseja. Não é isso que aprendemos na doutrina espírita. 
A Terra vai melhorar, sim, mas nesse processo será indispensável o esforço daqueles que nela habitam, e esse é, sem dúvida, o motivo que levou Jesus a dizer, no tocante ao chamado “final dos tempos”, que quanto a esse dia só Deus sabe, porque não existe uma data, uma vez que ela depende de uma série de fatores e, sobretudo, da cooperação efetiva de todos nós, cristãos, muçulmanos, judeus ou ateus.
Emmanuel escreveu em uma de suas obras: “Todas as reformas sociais, necessárias em vossos tempos de indecisão espiritual, têm de processar-se sobre a base do Evangelho. Como? – podereis objetar-nos. Pela educação, replicaremos.” (Emmanuel, cap. XXXV, obra psicografada por Chico Xavier.)
A tarefa de iluminação da criatura humana deverá ser feita de pessoa a pessoa, de consciência a consciência, como explicou Gabriel Delanne (Espírito) em oportuna entrevista concedida a André Luiz em agosto de 1965, publicada no livro Entre Irmãos de Outras Terras, obra psicografada por Waldo Vieira e Chico Xavier.
André Luiz estranhou: “De pessoa a pessoa?” E Delanne reafirmou: "Sim, de pessoa a pessoa, de consciência a consciência. A verdade a ninguém atinge através da compulsão. A verdade para a alma é semelhante à alfabetização para o cérebro. Um sábio por mais sábio não consegue aprender a ler por nós". 
Diante da resposta de Delanne, André Luiz replicou perguntando se esse processo não seria moroso demais, ao que Delanne respondeu: "Uma obra-prima de arte exige, por vezes, existências e existências para o artista que persegue a condição do gênio. Como acreditar que o esclarecimento ou o aprimoramento do Espírito imortal se faça tão só por afirmações labiais de alguns dias?" (Obra citada, pág. 108.)
Anos antes, Abel Gomes (Espírito) também se havia referido a isso: “Nem todos se retiram na Terra na posição de heróis. A perfeita sublimação é obra dos séculos incessantes”. (Falando à Terra, obra psicografada por Chico Xavier.)
A lição de Gabriel Delanne confirmava, um século depois, o que Allan Kardec havia escrito em 1861: "Se o Espiritismo deve, como foi anunciado, realizar a transformação da humanidade, só poderá fazê-lo pelo melhoramento das massas, o que só se dará gradualmente, pouco a pouco, pelo melhoramento moral dos indivíduos". (O Livro dos Médiuns, cap. 29, item 350.)
No mesmo livro e capítulo, o Codificador registrou: “É para esse fim providencial que devem tender todas as sociedades espíritas sérias". (...) "Essa é a via pela qual nos temos esforçado para levar o Espiritismo. A bandeira que arvoramos bem alto é a do Espiritismo cristão e humanitário..." (O Livro dos Médiuns, cap. 29, item 350.)
Esperamos que as explicações acima tranquilizem o leitor que nos escreveu e todos aqueles que, com justa razão, têm dificuldade em compreender como pode a Terra dar lugar, em pleno século 21, a tantos conflitos, a tantas mentiras, a tanta corrupção, a tantas desigualdades, a tantas cenas de desrespeito, preconceito e desumanidade.
 

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)



http://www.oconsolador.com.br/ano9/418/oespiritismoresponde.html
    

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